BUDA, O ILUMINADO

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Autoria de Lu Dias Carvalho buda

Este menino será grande entre os grandes. Será um poderoso rei ou um mestre espiritual que ajudará a humanidade libertar-se dos sofrimentos. (palavras do sábio Ansita, quando o bebê Sidarta Gautama é apresentado aos sacerdotes no templo)

Todas as coisas compostas morrem. Lutem por sua própria liberação com diligência. (Últimas palavras de Gandhi, segundo alguns)

Conta a lenda que Sidarta Gautama  vivia apenas dentro do castelo luxuoso de seu pai, que não queria que ele tivesse qualquer contato com o mundo exterior, após  ter ouvido a profecia de que o filho seria um rei poderoso ou um mestre espiritual. Ali, distante da miséria humana, Sidarta só conhecia as delícias e os prazeres da vida, o que o levava a pensar que a existência fosse assim para todos. Casou-se aos 16 anos com sua prima Yasodhara e teve com ela um filho, Rahula. O encontro do príncipe com o mundo deu-se quando tinha 29 anos, ao sair do palácio acompanhado de seu criado Channa, para conhecer a vida simples do povo.

Ao deixar o palácio de sua família, Sidarta tinha como objetivo conhecer seu país, mas a realidade que encontrou fora das fortificações palacianas foi extremamente diferente da vida que conhecia. Assim, o jovem tomou conhecimento de que a velhice, a doença e a morte são o caminho percorrido pelo homem, e, que ninguém está imune a esses três símbolos do efêmero e do transitório, pois a vida flui e nada é o que parece ser, em razão da inconstância. E, embora nada seja estável, todas as coisas encontram-se interligadas, fluindo para o sofrimento. Ao encontrar um monge que pedia esmolas, uma mudança profunda ocorreu na sua vida, tornando o luxo em que vivia totalmente sem sentido. Assim, após o nascimento do filho, renunciou à sua posição de nobre, para enfrentar o mundo real, onde a dor era vista a cada passo. Seu objetivo tornou-se único: encontrar um meio de evitar o sofrimento.

Sidarta passou a fazer parte dos ascetas itinerantes e dos iogues, mas não encontrava respostas que o satisfizessem entre eles. Então passou a viver sozinho, praticando exercícios respiratórios, jejuando e fazendo mortificações, a ponto de colocar sua vida em risco. Mas isso também não lhe trouxe as respostas buscadas. Concluiu que tanto o excesso de sofrimento quanto o de prazer equivaliam-se, ou seja, não levavam a nada. Acabou desistindo da rijeza da ascese, quando foi então abandonado por seus discípulos, escandalizados com sua nova postura. Não conseguiam entender as mudanças do mestre.

Sozinho, Sidarta dirigiu-se para a beira de um rio, sentou-se debaixo de uma figueira-da-índia e pôs-se a meditar, com o intuito de não se levantar, enquanto não encontrasses as respostas que procurava. Ali passou 45 dias. Depois de concentrar-se profundamente, chegou à tão buscada iluminação, aos 35 anos, que lhe trouxe as respostas para as quatro perguntas mais importantes:

  1. O que é o sofrimento? – É a parte inerente à existência.
  1. De onde ele vem? – A origem do sofrimento é a ignorância e as consequências da ignorância são o apego e o desejo.
  1. Como pode ser superado? – O apego e o desejo podem ser interrompidos.
  1. Qual é o caminho para superá-lo? – O cumprimento da Nobre Senda Óctupla levará à cassação do apego e desejo e, portanto, do sofrimento.

Para Buda, templos, rituais, cerimônias, deuses e demônios eram de somenos importância. Ao ser indagado sobre tais questões, ele respondia que aquele que é atingido por uma flecha envenenada deve se preocupar primeiro com a ferida, e só depois se preocupar com quem a desferiu. Ou seja, não adiantam as nossas preocupações com o mundo exterior, se o nosso interior ainda não tiver encontrado respostas para eliminar seu próprio sofrimento. Também não lhe importavam a raça e a classe das pessoas. Importava-lhe, apenas, a Verdade.

Buda, que significa o “desperto” ou o “iluminado”, peregrinou com seus monges durante 45 anos. Morreu aos 85 anos de idade, no Nepal, em consequência de uma comida envenenada. Segundo afirmam os budistas, alcançou a redenção definitiva, isto é, não mais precisou de se reencarnar, pois havia conhecido o estado conhecido como Nirvana. Ele não deixou nenhum mestre para sucedê-lo, de modo que seus discípulos ficaram com a tarefa de continuar espalhando seus ensinamentos, mas sem jamais impô-los, pois, o homem sofredor deve encontrar a sua própria libertação por si mesmo, desapegando-se de seu próprio eu, vivendo em comunhão universal.

Não é possível separar a verdade sobre a vida de Sidarta Gautama do mito. Pouca coisa se sabe com certeza sobre ele. Sabe-se que ele nasceu em 563 a.C. e morreu em 483 a.C., contudo, a data relativa à sua morte tem sido motivo de controvérsias. Alguns estudiosos situam-na entre os anos de 420 e 380 a.C.. Sabe-se, também, que sua mãe morreu uma semana depois de seu nascimento, sendo ele criado por uma tia, irmã dela. Casou-se com uma prima, aos 16 anos, e teve um filho de nome Rahula.

A palavra “buda” é extensiva a todos os seres que alcançaram a iluminação espiritual. Segundo as escrituras do budismo, 24 budas já existiram em épocas diferentes do passado.

Nota: Certas representações de buda contém algumas marcas que simbolizam seu despertar espiritual, como por exemplo:

  • protuberância no topo da cabeça – simboliza sua acuidade mental
  • longos glóbulos auriculares longos – simbolizam sua percepção
  • terceiro olho – simboliza sua grande capacidade intuitivas

Fontes de pesquisa:
Líderes que Mudaram o Mundo/ Gordon Kerr
Religiões do Mundo/ Hans Küng

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