Mit. – BACO E ARIADNE

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Recontado por Lu Dias Carvalho

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Apesar de Júpiter ser chegado a um rabo de túnica, sua esposa Juno parecia nunca se acostumar com as traições costumeiras do marido. E pior, quem pagava o pato (ou seria o cisne?) eram sempre as ninfas e mulheres humanas seduzidas por ele, sob os mais diferentes disfarces, e os filhos com elas gerados. Uma das vítimas foi o deus Baco, filho de Júpiter com a mortal Sêmole.

Para se vingar de Sêmole, a intempestiva Juno, assumiu a forma de sua ama, dizendo que poderia ser outro e não Júpiter o seu amante, pois nem sempre as pessoas, e até mesmo os deuses, são o que dizem ser. Para tirar a prova, ela deveria pedir ao amante que viesse visitá-la majestosamente vestido, em todo o seu esplendor, como andava pelo céu. E assim fez a ingênua Sêmole. Perguntou ao rei dos reis se ele atenderia um pedido seu. Ele jurou pelo Rio Estige, juramento esse que jamais poderia ser quebrado, que sim. E ela pediu aquilo que lhe aconselhara a esperta Juno. Júpiter, ainda que aflitivo com o pedido, não teve outra saída senão cumpri-lo. Vestiu-se esplendorosamente nos céus e veio visitar a amante. Ao vê-lo, Sêmole sucumbiu diante de tanta luz que de suas vestes irradiava, transformando-se instantaneamente em cinzas.

Com a morte da mãe, Baco foi entregue às ninfas, para que dele cuidassem em sua infância. Após se transformar em homem, aprendeu como cultivar a vinha e como extrair o suco da uva. Mas Juno, ainda insatisfeita com sua vingança, pois nutria grande ódio pelos filhos do marido com as amantes, fez com que ele ficasse louco e vagasse sem rumo pela Terra. Ao chegar à Frígia, o coitado foi curado pela deusa Reia, que lhe ensinou seus ritos religiosos. Baco também instruiu vários povos sobre como cultivar a vinha. Ao retornar à Grécia, depois de muito tempo fora do país, fez com que também fosse cultuado, embora encontrasse forte oposição naqueles que temiam que ele fosse provocar desregramento e doidice. Em Tebas, sua terra natal, seu culto foi proibido pelo rei Penteu, mas as pessoas receberam-no triunfalmente.

Baco encontrou Ariadne, aquela que fora abandonada por Teseu, a quem ajudara a matar o Minotauro, na Ilha de Naxos. A jovem encontrava-se desesperada por encontrar-se sozinha naquele local ermo. Dormira e, ao despertar-se, não havia mais ninguém, apenas a nau do ingrato a singrar em alto mar. Mas Vênus, que a tudo observava, prometeu-lhe como companheiro um ser imortal, no lugar do mortal e desagradecido Teseu. E assim aconteceu, conforme prometera a deusa. Baco encontrou a jovem, consolou-a e por ela se apaixonou, vindo a casarem-se. Ela recebeu como presente de casamento, por parte do marido, uma coroa de ouro, cravejadas de pedras preciosas. Quando Ariadne morreu, Baco atirou essa mesma coroa aos céus. Ela varou o espaço e suas pedras preciosas transformaram-se em estrelas. (Ver descrição do quadro no blog)

Nota: Baco e Ariadne, obra de Ticiano.

Fontes de Pesquisa
Mitologia/ Thomas Bulfinch
Mitologia/ LM

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4 comentaram em “Mit. – BACO E ARIADNE

    1. LuDiasBH Autor do post

      MarQo

      Muito bem lembrado. Eu acrescento um pãozinho de queijo para o acompanhamento… risos.

      Abraços,

      Lu

      Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Mário

      Porque ele está ligado ao vinho… risos. Só que neste calor vai melhor uma cervejinha gelada.

      Abraços,

      Lu

      Responder

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