Mit. – JASÃO E O VELOCINO DE OURO

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Recontado por Lu Dias Carvalho

javelou

O rei Atamas e a rainha Nefele eram os governantes da Tessália. Juntos, tiveram um menino e uma menina. Mas o rei, enjoado da esposa, expulsou-a de casa, casando-se com outra. Preocupada com a possibilidade de seus filhos sofrerem nas mãos da madrasta, Nefele pediu ajuda aos deuses no sentido de salvar seus filhos, tirando-os das mãos do pai.

Mercúrio deu a Nefale um carneiro com velocino de ouro, no qual a pobre mulher colocou seus dois filhos, a fim de que fossem salvos. O carneiro cortou os ares, em direção ao nascente. Mas durante a viagem, a garota caiu no mar, ficando apenas o menino Frixo, que foi recebido pelo rei Etes. Júpiter recebeu o carneiro em sacrifício, e o Velocino de Ouro foi entregue ao rei, que o guardou numa gruta sagrada, vigiada por um dragão que não dormia nunca, pois jamais poderia perder tesouro tão rico.

O rei Esão, por sua vez, governava um reino próximo ao do rei Etes, sendo parente desse. Cansado com os anos de governança, repassou a coroa a seu irmão Pélias, instruindo-o a governar até que Jasão atingisse a maioridade. Mas isso não aconteceu, tendo Jasão que reclamá-la. Para ganhar tempo, Pélas sugeriu ao sobrinho que partisse em busca do Velocino de Ouro no reino de Etes, pois, segundo ele, a pele de ouro do carneiro pertencia à família deles. Empreitada aceita pelo jovem e intrépido herói.

Jasão convocou Argos para construir uma embarcação capaz de levar 50 homens a bordo. O gigantesco barco recebeu o nome de “Argos”, em honra de seu hábil construtor. Os aventureiros que nele viajaram foram chamados de “argonautas”. No meio encontravam-se conhecidos heróis, como Hércules, Teseu, Orfeu, etc.

Depois de muitas aventuras, o grupo de Jasão chegou ao reino de Etes, que concordou em abrir mão do Velocino de Ouro, sob certa condição. A exigência era tal, que Jasão jamais superaria, se não fosse pela ajuda da feiticeira Medeia, filha do rei, com quem disse que se casaria. Para fazer o dragão adormecer, Medeia forneceu-lhe uma poção de certo preparado. Ocasião em que Jasão apossou-se do Velocino de Ouro, fugindo apressado com seus amigos e Medeia, temendo as represálias do rei Etes.

Ao chegar à Tessália, Jasão entregou o Velocino de Ouro ao esperto Pélias, e dedicou o barco Argos ao deus Netuno.

Nota: Jasão com o Velocino de Ouro, obra de Bertel Thorvaldsen

Fontes de pesquisa
Mitologia/ Thomas Bulfinch
Mitologia/ LM

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