Autoria de Lu Dias Carvalho
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O Império Romano foi erguido sobre as ruínas dos reinos helênicos (ou helenísticos). Mas antes de prosseguirmos em direção à sua arte, é necessário conhecermos um pouco de sua história. Comecemos pelo famoso conquistador Alexandre III Magno ou Alexandre, o Grande que formou um grande império (Egito, Mesopotâmia, Síria, Pérsia e Índia) em apenas 10 anos de reinado (333 a 323 a.C.), tendo legitimado o grego como língua oficial e interferido na formação cultural do povo dominado, fazendo prevalecer o padrão grego em algumas instituições e em outras os elementos orientais. Essa mistura deu início ao período conhecido como “helenístico”.
A civilização helenística foi, portanto, a soma da união de diversas sociedades com a predominância da grega, persa e egípcia. Sua arte escultórica era dotada de fortes emoções ou movimentos bruscos, efeitos que os artistas helenísticos conseguiam obter através de poses retorcidas ou de aprimorados drapeados esvoaçantes. A escultura de “retratos” foi também muito popular. Esse período teve seu início com a morte de Alexandre, o Grande (323 a.C.), prevalecendo até a subida do primeiro imperador romano (Augusto) ao trono (27 a.C.). Mas qual é o porquê do nome “Cultura Helenística”? Referia-se ao nome que os gregos davam a si mesmos — Helenos.
A cultura grega foi imensamente beneficiada com o movimento expansionista efetuado por Alexandre, o Grande, pelo Oriente, ao fundar inúmeras cidades, a exemplo de várias delas com o nome de Alexandria — em sua própria homenagem — que viriam a converter-se em grandes centros de disseminação da arte grega no Oriente, que por sua vez se fundia com as culturas locais. Mas o jovem conquistador Alexandre Magno morreu muito cedo, aos 33 anos, sem ter passado por qualquer derrota. Tampouco deixou um herdeiro para sucedê-lo, o que levou seus generais a engalfinharem-se em sangrentas batalhas entre si, brigando pelo grandioso império que foi todo esfacelado entre eles, surgindo as dinastias absolutistas e enfraquecendo a outrora unidade construída por ele. Como inimigos divididos são inimigos enfraquecidos, os romanos foram conquistando uma por uma das dinastias durante os séculos II e I a.C.
Grande parte dos artistas que exerciam sua profissão em Roma era grega, sendo suas obras muito bem aceitas pelos colecionadores romanos, por isso, a arte permaneceu meio apática no período em que os exércitos romanos ampliavam seu império. Mas, quando Roma passou a ser a mandachuva do mundo, as coisas mudaram no que diz respeito à arte. Os artistas foram obrigados a adequar-se às imposições de seus mandantes, pois lhes foram destinadas tarefas diferentes das que executavam. O campo da engenharia civil foi aquele que teve maiores realizações, como mostram as estradas, os aquedutos e banhos públicos romanos, ainda que se apresentem hoje em ruínas. No que diz respeito à arte pictórica, apenas um pequeno número de pinturas romanas, a maioria delas feitas em painéis de madeira, chegou aos nossos dias.
O Coliseu (primeira ilustração à esquerda) foi o mais famoso edifício romano e que até hoje provoca admiração. Os arcos triunfais (segunda ilustração) são outra grande proeza do vasto Império Romano, erguidos nas mais diferentes terras conquistadas. Eles possuíam uma grande porta frontal ladeada por aberturas mais estreitas. A arquitetura romana tinha como ponto principal o uso de arcos — construção dificílima para a época, uma vez que eram feitos com pedras separadas. Foi exatamente o domínio de tal técnica que levou os arquitetos romanos a projetos cada vez mais audaciosos, como a construção de tetos abobadados. O Panteão (terceira ilustração) — templo dedicado aos deuses — é tido como o mais belo dos edifícios romanos. Os artistas romanos aprenderam muito com a arquitetura grega e fizeram uso de tudo que lhes interessava, o mesmo aconteceu nos demais campos da arte.
Exercício:
- O que aconteceu com o Império de Alexandre, o Grande?
- O que contribuiu para a criação do Império Romano?
- Fale sobre a arquitetura no Império Romano.
Ilustração: 1. Coliseu, Roma, c. 80 d.C. / 2. Arco Triunfal de Tibério, Orange, França, c. 14-37 d.C. / 3. Panteão, Roma, 126 d.C. / 4. Busto do Imperador Cláudio, Napóles/Itália, c.41-54 d.C.
Fonte de pesquisa
A História da Arte / Prof. E. H. Gombrich
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