Sérgio Ramos – A CRAVIOLA

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Autoria de Alfredo Domingos

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Gosto do desenho, de contar uma história, de criar algo positivo por meio da pintura. (Sergio Ramos)

No bordejo por outras cidades de Minas Gerais, após regozijo em Belo Horizonte, fui bater com os costados em Tiradentes. A cidade é encantadora! Cheira a história, a boa conspiração, a liberdade e a terra. O ar é ferrífero! Trata-se de um permanente entorpecer por parte da natureza. Ela não nos dá sossego. Que bom!

Um aspecto de destaque é a arte. Há ambiente e inspiração para qualquer coisa e mais um pouco. Foquemos, por oportuno, nas artes plásticas. Dessa maneira, no ir e vir e no sobe e desce das ruas, cheguei ao atelier do artista e arquiteto brasileiro Sérgio Ramos, na Rua Padre Toledo, fácil de encontrar, em pleno centro histórico de Tiradentes. O local é encantador, a começar pela excelente hospitalidade em uma agradabilíssima casa antiga, mas não velha. O artista pessoalmente oferece cafezinho e apresenta a família. Residência e atelier se confundem. O espaço é único. A fazer toda a diferença, está uma enorme janela envidraçada, que nos oferece a pujança da montanha que cerca a cidade. A vista é “deslumbrante”, como costuma dizer Tia Zózima, de mãos nas cadeiras.

Resumindo a arte de Sérgio Ramos, ele introduz em suas obras inúmeros elementos, sem dó nem piedade, como verificamos no quadro acima, A Craviola. Encontramos, claro, ao centro, uma vistosa craviola, rodeada por peixes, casas, pássaros, galhos de planta, bandeirinhas e um possante gramofone, este dos tempos da vovó. A multiplicidade de cores é espantosa e, ao mesmo tempo, perfeitamente harmônica, sem choques de gosto. Imaginemos a música invadindo o resto do mundo! Por outro lado, as formas dão show de bola, curvas e retas brincam, num ótimo entrosamento, desafiando a boa percepção, porém, oferecendo chance ao entendimento. Mas ao final da observação, o espírito fica sossegado e maravilhado! Não é que a mistura dá certo?!

A obra em pauta, vamos e venhamos, inibe qualquer ambiente, domina o cenário. Se colocada, de imediato domina o pedaço. Beleza põe mesa e parede, sim, senhor! Finalmente, devo registrar que Sergio Ramos carrega no currículo cerca de cinquenta exposições, com mais de vinte e três anos de atividade artística, tendo como mote a sua seguinte expressão: “Gosto do desenho, de contar uma história, de criar algo positivo por meio da pintura”.

Ficha técnica
Ano: 2012
Técnica: tinta acrílica sobre tela
Dimensões: 120 x 80 cm
Localização: acervo do artista

Views: 25

Guignard – A EXECUÇÃO DE TIRADENTES

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Juscelino Kubistchek e Guignard muitas vezes estiveram juntos. O Guignard frequentava a casa da Lúcia Machado de Almeida e o Juscelino estava sempre lá. Ele tinha uma verdadeira paixão por Guignard, sempre o tratou com distinção e respeito. Dona Sara também era uma admiradora e recebia-o com todas as honras. Juscelino ganhou de presente do artista aquela obra histórica, a “Execução de Tiradentes”. (Pierre Santos)

 A Execução de Tiradentes é uma obra do pintor brasileiro Alberto da Veiga Guignard. Trata-se de sua única obra pertencente ao gênero histórico, tendo sido pintada em Minas Gerais, onde o artista passou parte de sua vida, ali vindo a falecer. Foi feita a pedido de Juscelino Kubitschek, presidente do Brasil à época.

O pintor narra um fato da história brasileira – a morte de Joaquim José da Silva Xavier, alcunhado de Tiradentes. Contudo, pelo fato de amar muito a cidade de Ouro Preto ou por desconhecimento mesmo, o artista situa a execução do herói na cidade mineira, quando, na verdade, ela ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, no estado do mesmo nome.

A figura de Tiradentes, com sua cabeleira negra a cair-lhe pelos ombros e costas e barba longa, está envolta por uma túnica azul. Já se encontra no patíbulo, tendo à sua frente o carrasco e à direita um padre. Muitos soldados armados, vestidos com uniforme vermelho e branco, acompanham a cena, assim como inúmeras pessoas espalhadas em volta do local e pelas estradas e morros adjacentes, que se manifestam levantando as mãos. É grande o número de indivíduos negros, muitos deles contidos por dois soldados, para não entrarem no local da execução.

Ao fundo descortina-se a cidade com seus morros, casarios e igrejas. Um céu carregado por nuvens densas é coroado por um sol de sangue que divide a tela exatamente ao meio, assim como o faz a figura do mártir.

Ficha técnica
Ano: 1961
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 60 x 80
Localização: Coleção Sergio Fadel, Rio de Janeiro, Brasil

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OS PROVÉRBIOS E O CASAMENTO

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Autoria de Lu Dias Carvalhomas5

Os provérbios não entram em consonância depois que se realiza o casamento, pois uma das excentricidades dos adágios é não ter concordância, ou seja, temos máximas para todos os gostos. Cada um que puxe a brasa para a sua sardinha, escolhendo o ditado que lhe aprouver, de acordo com o andar de sua carruagem.

Marido e mulher são como a língua e os dentes”, mas, como os dentes costumam cair ou serem arrancados, pelos mais diversos motivos, é bom cuidar bem da união. Se a convivência é boa, o casal pode tomar para si o provérbio chinês: “O casal apaixonado diz mil coisas sem trocar uma palavra”, ou seja, eles conversam apenas através do olhar. E um lituano ainda é mais enfático: “O casal apaixonado desenvolve tal grau de harmonia, que entre eles não escorre nem água”. Também não é preciso exagerar, pois ambos possuem a sua individualidade. E um provérbio tâmil diz na bucha: “Se o boi e a carroça andam juntos, que importam os obstáculos?”.

Em quase todas as culturas existe o alerta para que não se entre na vida do casal. A vida é de ambos e ninguém tem o direito de meter o bedelho, pois quem se mete sai com o dedo queimado. Um sisudo provérbio árabe aconselha: “Não tentes penetrar entre a árvore e a casca”, e um brasileiro, já afeito à rima diz: “Em briga de marido e mulher não se mete a colher”. Contudo, em razão das leis que hoje protegem a mulher por causa do feminicídio (crime configurado quando a mulher é morta por uma questão de gênero. O homem poderá pegar de 15 a 30 anos de prisão) que grassa por todas as culturas, é preciso meter a colher, sim.

Segundo os adágios, o casamento não é aquele mar de rosas com que sonham os enamorados, logo que se casam. Um provérbio finlandês ensina que “O amor é um jardim maravilhoso, mas o terreno do casamento é semeado de urtigas”, ou seja, é cheio de contratempos. Portanto, não se pode ir com muita sede ao pote. Alguns há que, decepcionados, até acham que “O casamento é o túmulo do amor”. Mas é claro que não é bem assim, como explica certo provérbio: “Por trás de um grande homem há sempre uma grande mulher).

Também é comum enaltecer o dinheiro em vez do amor, como afirma um provérbio chileno: “Quem se casa por amor vive penando”, e também um francês: “Quem se casa por amor tem dias ruins e noites boas”, enquanto outro diz que  “Só com amor a chaminé não fumega”, ou seja, o casal poderá morrer de fome e a vida a dois ir para o brejo. O fato é, segundo certos ditos populares, que “Quando a pobreza entra pela porta, o amor sai pela janela“. Mas um provérbio estoniano dá o xeque-mate, declarando o que é uma união sem amor: “O casamento sem amor é um tormento”. E bota tormento nisso!

Os adágios intrometem-se em tudo. Dão palpite até na intensidade do amor. Tanto é que um provérbio esloveno adverte: “Uma mulher sensata casa-se com o homem que a ama e não o inverso”, no que conclui o polonês: “Quando amas, és escrava; quando és amada és rainha”. Em assim sendo, é preferível ser rainha!

Perdoe-me o leitor, se tomo partido no tumultuado mundo dos adágios, mas concordo plenamente com o provérbio polonês, acerca de ser rainha ou escrava. O ideal é que numa união, os dois amem-se e se respeitem mutuamente, mas, quando as duas taças não podem ser cheias com igualdade, o melhor mesmo é ser mais amada, carregando o cetro de rainha. Concordam comigo? Deixe o seu comentário.

Fontes de pesquisa:
Nunca se case com uma mulher de pés grandes/ Mineke Schipper
Livro dos provérbios, ditados, ditos populares e anexins/ Ciça Alves Pinto
Provérbios e ditos populares/ Pe. Paschoal Rangel

Nota: A imagem representa a arte popular do Vale do Jequitinhoha/MG

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Zurbarán – A ADORAÇÃO DOS PASTORES

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Autoria de LuDiasBH

O pintor barroco, desenhista e gravador  espanhol Francisco de Zurbarán (1598-1664) foi aluno de Pedro Diaz de Villanueva, em Sevilha. Ele fez inúmeras obras para o Convento de Sevilha. Sua fama levou-o a receber o título de pintor honorário dessa cidade. Trabalhou para a corte de Madri no governo de Filipe IV. É tido como um dos mais importantes pintores espanhóis do século XVII, ao lado de Velázquez, Ribera e Murillo. Ele se tornou conhecido, sobretudo por suas obras religiosas que descrevem monges e mártires, e também pelas suas maravilhosas naturezas-mortas. A maioria de suas pinturas era destinada às ordens religiosas espanholas, tendo criado muitas pinturas religiosas durante a era barroca.

A composição intitulada A Adoração dos Pastores é uma obra do artista, criada sob a encomenda dos Cartuxos de Jerez, com a finalidade de adornar a igreja da ordem. Fazia parte das quatro principais pinturas de um retábulo que descreviam a infância de Jesus, sendo vistas como inigualáveis tanto na opulência da cor quanto no espetáculo mostrado. A pintura aqui apresentada possui uma apresentação direta da cena, carregada de uma poderosa interpretação de seu significado espiritual.

A obra mostra o momento em que o Menino recém-nascido – ladeado por Maria e José – recebe a visita dos pastores, pessoas rústicas e simples, maltratadas pela labuta diária sob o sol e intempéries. A maioria delas encontra-se ajoelhada em sinal de adoração e reverência. Toda a cena está organizada em torno da figura da criança iluminada no centro inferior da composição. Anjos estão presentes na adoração, entre os visitantes, tocando e cantando. Os demais estão na parte de cima – representando o mundo divino. O maior deles toca harpa, enquanto seis dos nove putti acompanham uma partitura. Os pastores mostram-se encantados com a presença do Salvador.

O artista cria uma atmosfera de serena reverência em sua obra. Ele não mostra preocupação com a anatomia das figuras. Sua maior atenção é dedicada à parte superior dos corpos e rostos, contudo esmera-se nos detalhes inanimados, como podemos observar: no pelo lanoso do cordeirinho com os pés peados, manchado pelo barro seco; na trama grosseira do tecido colorido que cobre a palha da manjedoura; nas cascas secas dos ovos, etc.

Ficha técnica
Ano: 1638
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 267 x 185 cm
Localização: Museu de Pintura e Escultura, Grenoble, França

Fonte de pesquisa
Pintura na Espanha/ Cosac e Naify Edições

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MULHER BONITA SÓ TRAZ PROBLEMAS

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Se o homem fosse levar em conta todos os provérbios que desprezam a mulher bonita, as beldades permaneceriam  solteironas e os cirurgiões plásticos estariam apenas a polir bisturis, já que nenhuma fêmea iria querer ganhar qualquer atrativo. A coisa é tão séria, se vista sob a ótica dos provérbios, que “A mulher bonita inveja a felicidade da feia”, pois, “Quem não sabe que um rosto bonito é um castigo”? Ou que “A mulher bonita é infeliz”? Portanto, amigo, “Antes que te cases, vê o que fazes“, para não cair na esparrela de casar-se com uma mulher bonita.

O macho precisa ser muito sábio na escolha de sua cara-metade, para não passar por um cruel martírio. Coitado do homem que se deixa cair nas malhas de uma mulher bela, porque ela só lhe trará problemas e nenhuma rentabilidade, já que beleza e trabalho são como água e óleo que nunca se misturam. Além de não gostar de fazer as tarefas domésticas, segundo o machismo dos provérbios, sempre pairando defronte ao espelho, a bela ainda traz preocupação para o marido, que nunca se sentirá seguro com a fidelidade da narcisista preguiçosa.

Fica o sábio conselho: “Ai do homem que se casa com uma mulher bonita; enquanto ela não envelhecer, viverá em permanente medo”, pois “Uma mulher bonita é a morte de um homem”. Ele pode até usar o meio-termo, como ensina um provérbio brasileiro: “Nem tão formosa que mate, nem tão feia que espante”, porque “Casa de mulher feia não precisa de fechadura”. Os provérbios brasileiros são mais condescendentes, pois abraçam as duas vertentes.

Dizem os provérbios que somente um homem fraco, que não conhece os perigos da vida, escolhe uma mulher formosa como companheira, porque “Fogo de morro acima, água de morro abaixo, e mulher que trai, quando começa não para mais“. Além de conviver com o perigo da traição, o homem ainda corre risco de perder a vida, uma vez que “Uma mulher bonita é um machado que corta a vida”, assegura um provérbio japonês. Mesmo que a dita derrame lágrimas para amolecer o coração do marido, ele deve sempre se lembrar de que “Nada seca mais depressa do que as lágrimas” e “Quem vê cara, não vê coração”

Motivos pelos quais o homem deve escolher uma mulher feia:

  • Moça bonita, cabeça vazia.
  • Uma mulher bonita é um inimigo.
  • A mulher feia teme o espelho.
  • Beleza não põe mesa.
  • A beleza não enche a barriga.
  • Rosto bonito não faz comida.
  • A beleza não tempera a sopa.
  • Casa com a beleza e casarás com os problemas.
  • As mulheres feias são as mais apaixonadas.
  • A pele da raposa é o seu principal inimigo.
  • A mulher que adora o espelho, odeia a panela.
  • Triste é a casa onde o marido chora e a mulher fica diante do espelho.
  • Quanto mais a mulher se olha no espelho, menos cuida da casa.

Mulheres belas, chegou a hora de abandonar os cremes de beleza e  a maquiagem. Nada de bisturi ou academia, se quiserem se casar. Os provérbios não mentem. Será? Adeus indústria da beleza.

Fonte de pesquisa:
Não se case com mulher de pés grandes/ Mineke Schipper
Provérbios e ditos populares/ Pe. Paschoal Rangel

Nota: Imagem copiada de cinema.terra.com.br

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MULHER, SEIOS, NÁDEGAS E PROVÉRBIOS

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Autoria de Lu Dias Carvalhoberz12345678

As partes desejadas e exaltadas do corpo da mulher variam de acordo com as culturas e a época. Em algumas delas, os seios, por exemplo, não exercem nenhum apelo sexual, sendo vistos apenas como necessários à criação dos filhos, com bem adverte o provérbio “Menina, tu mamas no peito de tua mãe, e outros mamarão do teu”, ou outro que diz que “O filho mama o que a mãe come”. Um provérbio ruandês deixa bem claro que os seios não são tudo no corpo da mulher: “Uma mulher é algo mais do que um par de tetas; as cabras também as têm”. Se às mulheres não é atribuída capacidade intelectual, elas pelo menos servem para amamentar os filhos que terão que se lembrar de que “O peito de sua mãe não deve ser esquecido”, pois, no futuro ela virá a depender daqueles a quem amamentou.

Certas culturas, entretanto, veem nos seios femininos um atrativo erótico, podendo trazer grandes perigos para o homem. Um provérbio espanhol reza que “Mulher de seios grandes, casa-a ou coloca-a num convento”, para que não tragam problemas. E, se o homem não quer confusão, é bom que “Não deseje os seios da mulher alheia”. Como as moças não fazem ideia do perigo que carregam, são alertadas para o fato de que “A jovem exibe os seios sem conhecer as consequências”. O homem precisa estar atento às suas escolhas, pois “Quem escolhe esposa velha não pode se queixar de peitos caídos”.

Outra preocupação que certas sociedades possuem é com a menstruação. Um provérbio árabe ensina que “Quando uma moça começa a menstruar, casa-a ou a enterre”, pois o perigo passa a ser dobrado. Na Costa do Marfim um provérbio reza que “É melhor dormir com fome do que comer a comida feita pela mulher menstruada”. Certos povos não aceitam ter relações sexuais com mulheres menstruadas ou com viúvas, como deixa claro o provérbio “É indiferente que a viúva esteja ou não menstruada”, ou seja, ninguém fará coito com ela.

Um provérbio russo diz que a “A mulher é como uma bolsa: carrega qualquer objeto que se coloque lá dentro”, numa referência ao útero, onde o homem despeja o seu esperma, ou seja, ela é o receptáculo do marido, de quem em tudo depende. Enquanto um provérbio tailandês aconselha cuidado com a vagina, ao dizer que “Enfia devagar a agulha no buraco pequeno”, outro já diz que “Uma vagina é como um focinho de porco”, ou seja, é tão forte que jamais deixará de funcionar. Mas “Se uma mulher oferecer seu sexo a todos, pilões serão usados nela”, pois acabará sendo abusada e desprezada, sem falar que terá a sua vagina alargada. O homem deve tomar cuidado e não se deixar iludir pela formosura da mulher, pois “A mulher de beleza deslumbrante tem dentes na vagina” Que perigo!

As nádegas são melhores vistas na África, Caribe e América do Sul. O Carnaval no Brasil que o diga, pois “Ninguém se gaba do traseiro se este não for grande”. Mas o homem tem que saber que “Uma mulher com um traseiro grande consome muita energia”, ou seja, custará muito dinheiro ao parceiro. Ele que se cuide!

Fontes de pesquisa:
Nunca se case com uma mulher de pés grandes/ Mineke Schipper
Livro dos provérbios, ditados, ditos populares e anexins/ Ciça Alves Pinto
Provérbios e ditos populares/ Pe. Paschoal Rangel

Ilustração: obra de Fernando Botero

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