Tot Sint Jans – OS OSSOS DE SÃO JOÃO BATISTA

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Autoria deLu Dias Carvalho

Heródias havia persuadido a filha, Salomé, a pedir a cabeça de João Batista a seu pai, Herodes Antipas, em troca de ela dançar em sua festa de aniversário (Mt 14: 6-12; Marcos 6: 21-28).

O pintor holandês Geertgen tot Sint Jans (1460-1490) teve uma vida curta e, em consequência uma produção também limitada, o que levou seu trabalho a permanecer na obscuridade, sendo posta em dúvida a autoria de algumas obras consideradas como dele. É tido como o primeiro gênio da escola holandesa. É provável que tenha sido aluno de Albert van Ouwater.

A composição intitulada Os Ossos de São João Batista, também conhecida como A Lenda das Relíquias de São João Batista, é uma obra do artista. Trata-se da face externa do lado direito de um tríptico feito para adornar um altar dos Cavaleiros de São João, na cidade de Harlem. A face externa retratando uma “Pietà” também se encontra no mesmo museu.  Uma das três partes foi destruída durante o cerco de Harlem em 1573.

O artista conta a história dos ossos de São João Batista em cinco episódios:

  1. Heródias esconde a cabeça decapitada de São João Batista no jardim do palácio.
  2. O sepultamento do corpo decapitado é feito pelos seguidores do santo.
  3. O Imperador Juliano ordena que o corpo seja retirado do túmulo e queimado.
  4. O corpo do santo é queimado sob a visão do Imperador e comitiva.
  5. Os ossos que restam da fogueira são levados ao convento como relíquias.

O Imperador Juliano, o Apóstata, encontra-se em primeiro plano, à direita, assistindo à cremação dos ossos do santo que ele mandara matar. Usa uma coroa em formato de chapéu e traz na mão esquerda o cetro, sendo acompanhado por seu séquito e soldados. Dois cães fazem parte do grupo. À direita, dois homens encarregam-se de manter aceso o fogo, enquanto um terceiro, trazendo os ossos numa pá, direciona-se à fogueira.

À esquerda da tela está o grupo dos Cavaleiros da Ordem de Malta, formado por doze cavaleiros, próximos ao túmulo aberto do santo, onde resgatam alguns ossos. No caminho que leva ao convento de São João d’Acre, cinco deles são vistos levando os ossos enrolados num pano branco. A junção de vários episódios sucessivos em uma única composição era muito comum na tradição mais antiga. A iluminação clara e a cor forte da pintura ajudam na explicação dos cinco episódios.

Obs.: Com o grupo de doze figuras em pé, próximas ao túmulo aberto, Geertgen tot Sint Jans acabou criando o primeiro retrato de grupo na pintura neerlandesa.

Ficha técnica
Ano: 1484-1490
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 172  x 139 cm
Localização: Museu de História da Arte, Viena, Áustria

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
https://artsandculture.google.com/asset/legend-of-the-relics-of-st-john-the-baptist/2wHsU51xGd9knQ

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Mazo – A FAMÍLIA DO ARTISTA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

A composição denominada A Família do Artista é uma obrado pintor espanhol Juan Bautista Martinez del Mazo (c. 1911-1667), genro do pintor Diego Velázquez e um de seus mais devotados discípulos. Foi Mazo quem o substituiu como pintor da corte espanhola, após sua morte. Muitas vezes é difícil separar o trabalho de um e de outro. Embora tenha pintado retratos, a originalidade de Mazo estava nas paisagens, gênero no qual  se destacou em meio a seus colegas hispânicos.

A composição apresenta um retrato da família Gonzaga. O artista mostra Francesca de la Vega, sua segunda esposa, as crianças de seu primeiro e segundo casamentos, além de incluir outros membros de sua família. É possível que o artista tenha tomado como inspiração o retrato criado por seu sogro (As Meninas). Velázquez é visto no fundo do quadro pintando um retrato da Infanta Margarida.

No centro da tela, ao fundo, vê-se um retrato de Filipe IV na parede. A inclusão de algum episódio, apresentado como um quadro ou por uma janela, como mostra a cena com Velázquez à direita, era um procedimento comum na arte holandesa.

Ficha técnica
Ano: 1659-1660
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 148 x 174,5 cm
Localização: Museu de História da Arte, Viena, Áustria

Fonte de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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Weyden – A VIRGEM E O MENINO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Na composição A Virgem e o Menino, do pintor Roger van der Weyden, Maria está majestaticamente assentada com o seu Menino no colo.

Maria, ricamente vestida, simboliza A Virgem do Leite, ao trazer o seio direito descoberto. Ela enlaça o filho com a mão direita, sem tampar totalmente sua genitália. Suas mãos estão em posição de preces. Esta composição foi considerada imoral pela Contra Reforma.

O Menino está nu, assentado sobre um pano branco no colo da mãe. No braço direito dobrado sobre o corpo,  sua mãozinha traz dois dedos erguidos, como se estivesse a abençoar, enquanto a esquerda segura a ponta do pequeno lençol. Sua nudez simboliza a sua humanidade, pois o dogma da Encarnação diz que “O filho de Deus veio ao mundo inteiro em todas as partes que constituem um homem.”.

Dados técnicos
Ano: c.1460
Técnica: painel
Dimensões: 49 x 31 cm
Localização: Musée des Beaux – Artes, Caen, França

Fonte de pesquisa
Cristo na Arte/ Manuel Jover

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A MULHER DEPOIS DO CASAMENTO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

mudedoca

A escuridão oculta tudo, menos uma má esposa. (Provérbio hebraico)

Uma boa esposa deve ser submissa como um bode expiatório, atarefada como uma abelha, bela como uma ave do paraíso e fiel como uma rolinha. (Provérbio russo)

De modo geral os provérbios populares trazem contidos em si uma visão machista, pois refletem a sociedade que os criou. E não se poderia esperar outra coisa, senão a crítica à mulher, seja ela solteira ou casada. São poucos aqueles que conseguem sair da caixinha antiquada e bolorenta e ver os gêneros como detentores dos mesmos direitos, como companheiros de passagem pelo planeta.

Trataremos hoje especificamente das mulheres casadas e o parecer do macho sobre elas. Segundo os ditos, o homem precisa ter muita sabedoria para não acabar nos braços de uma megera, pois é depois do casamento que ela irá mostrar sua verdadeira índole, pois é muito astuta. Um provérbio servo-croata afirma que “Enquanto está com a mãe, a mulher é terna como um cordeiro; quando se casa mostra os dentes”. Outros dois ditos populares, um russo e outro estadunidense, questionam: “Se as solteiras são belas, doces e meigas, de onde saem todas as esposas más?”; “Se todas são moças boas, de onde saem as megeras?” (estadunidense).

Por que as mulheres são consideradas más? O conceito de “uma boa esposa”, visto em certas culturas, está ligado, sobretudo, à total submissão feminina. A mulher deve estar ciente de sua posição inferior, e sem reclamar, conservando o bico fechado. Logo, quem foge a tal preceito é tida como perversa e má aos olhos da sociedade. O mais questionável é que um bom casamento depende unicamente da esposa, como se o homem dele não fizesse parte. A mulher é vista como um tesouro na vida do marido ou como sua ruína, como rezam os provérbios a seguir: “Uma boa mulher salva o maridos dos maus caminhos” (chinês), “A mulher conserta o que o marido estraga” (chileno) e “A esposa é um véu para o marido” (oromo).

Para a compreensão dos argumentos acima, basta tomar conhecimento do provérbio hebraico: “Ele se casou com uma mulher má, e se tornou mau; ela se casou com um homem mau e o tornou bom”. E um provérbio persa confirma que “Uma mulher boa torna o marido bom”. Com tanto poder, eram as mulheres que deveriam estar à frente de todos os assuntos importantes, não é mesmo? O problema é tão sério em relação à “mulher má” que existem até provérbios dando conselhos ao homem: “Se tens uma mulher má, não vás a funerais, pois tens um em casa todos os dias” (armênio) e “Quem tem uma mulher boa, tem um anjo a seu lado, e quem tem uma mulher má, tem o diabo sobre os ombros” (estadunidense).

Alguns poucos provérbios, ainda que não degradem o homem, aconselham-no no trato com sua esposa: “Um bom cão não mata os frangos; um bom marido não bate na mulher” (chinês), “Um bom marido é melhor do que um amigo ou um irmão” (tadjique) e “Um bom marido vale por duas boas mulheres, pois o que é raro é mais valioso” (estadunidense). Fica subentendido, neste último dito, que são poucos os bons esposos. Um intrigante conselho também é dado por um provérbio árabe: “Sê bom para a tua mulher e terás a do vizinho”. A Rússia traz um provérbio condenatório ao mau marido, o que é difícil de encontrar na maioria da literatura popular: “Um homem mau desconfia sempre que a esposa é infiel”, e a China contribui com “Um mau marido é uma triste sepultura para a esposa”. Mas um dito hebraico joga toda e qualquer esperança no chão, ao alegar que “Antes maldade de homem do que virtude de mulher”. Mulheres, somente o estudo – fonte do saber – poderá libertá-las!

Nota: artesanato brasileiro

Fontes de pesquisa:
Nunca se case com uma mulher de pés grandes/ Mineke Schipper
Livro dos provérbios, ditados, ditos populares e anexins/ Ciça Alves Pinto
Provérbios e ditos populares/ Pe. Paschoal Rangel

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CHINA – CALENDÁRIO CHINÊS E FENG SHUI

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Autoria de Lu Dias Carvalho

calchin

O Feng Shui, embora possa parecer magia para muitos, assim como a acupuntura, trata-se de uma arte milenar, fundada sobre uma aprimorada observação da natureza. Tal arte ou filosofia nasceu na China, mas atualmente é conhecida e muito popularizada em várias partes do mundo. Existem decoradores que levam bastante a sério os ensinamentos do Feng Chui que vão desde a cor das paredes à posição dos móveis, de modo a trazer  saúde, sorte, harmonia e prosperidade para os habitantes da casa.

Feng em chinês significa vento e shui significa água. Podemos traduzir a expressão Feng Chui como “a força da natureza”, de modo que o especialista em tal arte deve conhecer os elementos fundamentais que formam o mundo e compreender a influência de um sobre o outro. Durante séculos a arquitetura chinesa foi determinada pelos princípios do Feng Chui e até mesmo as tumbas imperiais.

O conceito primordial desta arte é o restabelecer constante da harmonia da natureza. Tudo deve estar em equilíbrio, pois doenças, desgraças, esterilidade ou má sorte seriam a quebra dessa harmonia, segundo seu conceito. A função de um praticante do Feng Shui é apontar o local onde se dá tal ruptura e eliminá-la.

Para a grande maioria dos chineses nunca existiu um deus transcendente. Por isso, a natureza é tudo para eles. A natureza e o divino formam um único mundo. E é dela que nasceram seus conhecimentos e crenças. Até mesmo a escrita chinesa é feita de imagens retiradas da natureza. Não se trata de uma convenção abstrata como a nossa. Entretanto, nos dias atuais, podemos notar que não mais existe na China uma ligação tão profunda com a natureza como antes em razão da globalização e do acesso ao conhecimento científico para muitos. O que tem sido responsável por tantas doenças que desabam sobre o país, inclusive as relativas ao aparelho respiratório, segundo grande parte do povo chinês.

A astrologia chinesa tem como base, principalmente, o calendário lunar. Um ano é composto por 12 luas novas. A cada 12 anos acrescenta-se uma décima terceira lua nova. Doze anos perfazem um ciclo. O primeiro dia do ano é marcado pela primeira lua, por isso, ao contrário do nosso ano ocidental, o início do ano chinês nunca cai na mesma data, embora se situe entre janeiro e fevereiro. Sua comemoração é a maior e a mais importante das festas chinesas.

Os chineses relacionam cada novo ano a um dos doze animais que teriam atendido ao chamado de Buda para uma reunião com o mundo animal. O homem santo em agradecimento acabou por transformá-los nos signos da astrologia chinesa. Os doze animais do horóscopo chinês a que correspondem os anos chineses são, de acordo com a ordem com que teriam se apresentado a Buda: rato, búfalo, tigre, coelho, dragão, cobra, cavalo, cabra, macaco, galo, cão e o javali. Desta forma, se 2008 foi o ano do rato, 2009 foi atribuído ao boi, 2010 é o ano do Tigre, 2011 será o do coelho, 2012 o do dragão e, assim, sucessivamente. A China vive agora (2023) o ano do coelho. O ano de nascimento de uma pessoa é de grande importância, pois o animal determina sua personalidade e seu destino, segundo os chineses.

Algumas curiosidades:

  • quem nasce no ano do rato deve ter cuidado com as armadilhas da vida;
  • quem nasce no ano do coelho será sempre uma pessoa tímida e temerosa;
  • quem nasce no ano do galo terá sempre que cavoucar a terra para se alimentar;
  • as mulheres nascidas no ano do cavalo são indomáveis e, por isso, tornam-se esposas difíceis;
  • os homens que nascem no ano do dragão são fortes, inteligentes e afortunados;
  • as mulheres que nascem na combinação do cavalo com o fogo (fato que só ocorre a cada 60 anos) são selvagens, perigosas e é quase impossível que se casem.

O ano de 1966 foi um ano de combinação entre cavalo e fogo. Conta-se que na Ásia várias mulheres que se engravidaram nesse ano, fizeram aborto para não colocar no mundo filhas que, com certeza, não encontrariam maridos. Já o ano de 1988 foi representado pelo dragão, de modo que os casais tentaram ter filhos em tal época. Muitas mulheres submeteram-se ao parto de cesariana, antecipando os nascimentos para que os filhos chegassem no ano promissor. Quanta superstição!

A hora exata do nascimento é um elemento importante para se conhecer o destino de uma pessoa. Somente através de tal dado o astrólogo poderá traçar seu horóscopo. Mas conhecer a hora do nascimento do indivíduo é também uma arma que pode se voltar contra ele. Tal informação poderá ser usada para lhe trazer desgraças, analisar sua personalidade e para conhecer sua maneira de agir em determinadas situações. Por isso, muitos políticos asiáticos mantém a hora do nascimento guardada a sete chaves ou, então, declaram um horário falso. Cada povo com sua cultura!

As decisões políticas em vários países asiáticos são tomadas de acordo com a astrologia. Até o serviço secreto desses países empregam astrólogos para descobrirem o que os astrólogos de países adversários estão tramando. É a contraespionagem astrológica. E vivam os astros!

Fonte de pesquisa:
U
m Advinho me Disse/ Tiziano Terzani

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CARL SAGAN – A CAÇA ÀS BRUXAS (VI)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Tem chegado a nossos ouvidos que membros de ambos os sexos não evitam manter relações com anjos, íncubos e súcubos malignos. Por meio de feitiçarias, palavras mágicas, amuletos e conjuros eles sufocam, extinguem e abortam os filhos das mulheres. (Inocêncio VIII)

O papa Inocêncio VIII incentivou a loucura em relação aos demônios, ao editar uma bula em 1484 a respeito desses. Através dessa fatídica bula, mulheres inteligentes – tidas como bruxas – passaram a ser perseguidas em toda a Europa da época. Embora homens também fossem acusados de ter relações com súcubos, meninas e mulheres foram as principais perseguidas pela Inquisição – período assombroso da humanidade. Os protestantes do século seguinte, ao invés de condenar os desmandos da Igreja Católica, endossaram as suas práticas escabrosas. Até mesmo os humanistas Erasmo de Roterdã e Thomas More acreditavam na existência das bruxas. O famoso teólogo da Igreja Católica – Agostinho de Hipona – acreditava que as bruxas eram o resultado da relação entre demônios, também conhecidos como “anjos caídos”, e mulheres.

Os demônios, que a Igreja Cristã alegava seduzir as mulheres, recebiam o nome de íncubos e aqueles, cuja sedução era direcionada aos homens eram conhecidos como súcubos. Segundo os cânones da época, a relação acontecia quando a suposta vítima encontrava-se adormecida, vitimada por sonhos atormentadores. Supostamente hipnotizada, a coitada sentia apenas um peso sobre o peito.

A bula de Inocêncio VIII foi responsável pela acusação, tortura e execução de incontáveis mulheres e meninas, tidas como bruxas em toda a Europa. A acusação usada pela Igreja era a de que elas “buliam com o mundo invisível” e, portanto, tinham que ser eliminadas para salvar a alma das pessoas e derrotar os demônios, quando, na verdade, o demônio encontrava-se dentro de seus perseguidores que buscavam a obediência ao culto religioso a qualquer preço, prática doentia que vemos até hoje, não aos moldes da Inquisição, mas com outra asquerosa metodologia.

O livro Malleus Maleficarum (Martelo das Bruxas), escrito pelos inquisidores Henry Kramer e James Sprenger, que dizia respeito ao trato com as bruxas, é reconhecido como um dos mais horrendos da história da humanidade, sendo que, para Thomas Ady (1606-1704) – médico e humanista inglês, autor de dois livros céticos sobre bruxaria e caça às bruxas – tudo não passava de uma mistura de doutrinas e invenções infames.

A palavra dos inquisidores não podia ser contestada, ficando os réus sem nenhum direito. Muitas vezes as acusações eram motivadas por vingança, inveja ou ganância, uma vez que todos os bens das vítimas eram confiscados pelos inquisidores e posteriormente divididos entre Igreja e Estado. A  vítima e sua família pagavam todos os custos da investigação, julgamento e execução. Tais custos iam do vinho para os guardas até os feixes de lenha e a corda usada pelo carrasco. Havia toda uma burocracia institucionalizada a serviço da perversa caça às bruxas. Por que eram queimadas? Como a Igreja Cristã era contrária ao “derramamento de sangue” foi instituída a cremação, como se isso fizesse muita diferença.

Ilustração: O Voo das Bruxas, 1798, obra de Francisco Goya

Fonte de pesquisa
O mundo assombrado pelos demônios/ Companhia de Bolso

Indicação: Site “Além da Fé” no You Tube.

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