Pisanello – RETRATO DE JOVEM MULHER

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O medalhista, desenhador e pintor italiano Pisanelo (1395 – 1455) tinha como nome original o de Antonio di Pucci Pisano. Foi criado em Verona, mas estudou em Veneza com o mestre Gentile Fabriano, servindo-lhe de assistente nos trabalhos do palácio do Dodge. Mudou-se para Florença e de lá foi para Roma, após a morte da mãe. Veio a tornar-se um dos pintores mais importantes de seu tempo, sendo chamado para executar trabalhos nas cortes de Mântua, Ferrara e Milão. Também trabalhou em Nápoles para o rei Afonso de Aragão. Em razão de sua pintura que unia a elegância e a delicadeza, aliada a uma alegre narrativa e uma observação afiada da natureza, Pisanelo tornou-se um dos maiores representantes do Gótico Internacional.

A composição intitulada Retrato de Jovem Mulher, também conhecida por Retrato de uma Princesa da Casa d’Este, é uma obra de Pisanello, pintor ligado ao gosto palaciano, no qual se movia com tranquilidade, como mostram as características de suas pinturas. Para alguns, a retratada é Margarida Gonzaga de Mântua que veio depois a casar-se com Lionello d’Este, enquanto outros dizem ser Genevre d’Este, esposa de Sigismundo Malatesta. Em sua manga esquerda, um bordado mostrando o vaso de cristal, ornamentado com contas redondas e brancas, era o emblema da família d’Este.

A jovem mulher que mais se parece com uma menina, encontra-se com a cabeça de perfil, mas com o corpo voltado ligeiramente para a sua esquerda. Apresenta-se diante de um fundo escuro, provavelmente composto por uma tapeçaria bordada com borboletas e flores. Usa um vestido plissado branco com longas e largas mangas vermelhas, também plissadas,  e um cinto esverdeado. Uma grande borboleta, próxima à sua cabeça, pode simbolizar sua alma. Seus cabelos estão esmeradamente puxados para trás, presos rigidamente por uma faixa e uma fita branca que cruza cinco vezes sua cabeça. A testa raspada mostra-se de conformidade com a moda da época da Itália renascentista. Um pequeno corpete prende seu corpo, que parece muito fino.

As cores (branco, verde e vermelho) do vestido da mulher tanto podem representar as cores da família Gonzaga, em Mântua, como as virtudes teologais: Fé, Esperança e Caridade. O retrato pode se referir a um noivado ou casamento. A identidade da jovem que tanto pode estar relacionada à família Este como à Gonzaga, ainda continua indefinida.

Ficha técnica
Ano: c. 1435/49
Técnica: têmpera sobre madeira
Dimensões: 43 x 30 cm
Localização: Museu do Louvre, Paris, França

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
http://www.louvre.fr/oeuvre-notices/portrait-dune-jeune-princesse

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