Autoria de LuDiasBH
Por favor, todos vocês, ouçam-me por piedade!
Parem todos os relógios e as máquinas; calem
os telefones fixos e os móveis; ensurdeçam as
vozes dos homens e animais; enrouqueçam os
instrumentos e sons dos arredores; emudeçam
todos os sonidos da Terra e que só as lágrimas
anunciem a descida de seu corpo, seguido pelo
murmurar choroso do vento:
— Ela partiu! Ela foi embora para sempre!
Que as aeronaves singrem no ar lastimando-se
e que escrevam nos céus a verdade mais cruel:
ELA PARTIU para nunca mais voltar.
As estrelas não são bem vistas, apaguem-nas,
uma a uma, por favor! Guardem eternamente
a lua, as flores; desmontem pra sempre o sol e
a brisa; escureçam o azul do céu de uma vez;
despejem os oceanos na amplitude do Cosmo;
livrem-se da música, das flores e árvores onde
cantam os curiós, sabiás, canários e rouxinóis
porque coisa alguma trará a beleza de tempos
atrás e nada existe que possa minimizar minha
dor, pois eu nunca mais ouvirei o som doce de
sua voz no durar de meus dias na Terra.
Por favor, meus parentes e meus amigos, atem
laços violetas nas torres das igrejas; botem um
manto roxo nos letreiros luminosos; inibam as
crianças de divertirem-se nos parques; enlacem
tarjas negras nos braços dos passantes; cubram
a felicidade impressa no rosto dos enamorados;
empanem de preto a cor verdejante dos campos
e deixem-me também murchar, expirar, morrer,
porque minha vida já não tem mais significado.
Eu lhes suplico, ó gentis presentes, que não me
estanquem a voz com frases feitas; não me falem
de céu, paraíso ou eternidade; não me consolem
com promessas vazias e não me entorpeçam com
o sono da caridade, pois tudo será inútil diante da
dor pungente que me dilacera corpo e alma. Mas,
por favor, abracem-me! Apenas abracem-me!
Ó minha mãe e adorada amiga, jamais tocarei
de novo a sua face e nem sentirei a ternura de
seu abraço; não ouvirei sua voz chamando por
meu nome e nem sentirei o repercutir de seus
passos pela casa. Quando a noite ou o dia vier,
eu estarei só, e sozinha estarei quando a vida
me machucar, pois você era o meu Norte e o
meu Sul, era também o meu Leste e o Oeste.
Você, minha mãe, era tudo para mim — o meu
incondicional amor — desde que visitei a Terra.
Era os meus dias úteis e meus finais de semana,
a minha força, os meus causos, a minha poesia
e era também a minha alegria mais profunda.
Eu imaginava que o amor de mãe fosse eterno,
porém a realidade aparece agora nas lágrimas
que ora correm pelo meu rosto murcho e roto,
na dor que despedaça meu coração sem rumo,
coo sentimento forte de ter morrido junto, para
depois constatar angustiada que fiquei pra trás,
aqui, sozinha neste vasto e inseguro mundo.
Que nos abracemos agora todos nós, filhos sem
mãe, deserdados do amor materno. Que o nosso
conforto seja capaz de arrefecer o nosso luto, por
termos ficado tão sós, sós nos braços do mundo.
Mas a vida deve continuar, dizem os sábios, pois
assim é, nada há que a mude, apesar de tudo.
Nota: poema em homenagem à minha mãe Etelvina Dias e a todas as mães que já nos deixaram. Foi inspirado no poema “Funeral Blues” de W. H. Auden.
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Lu
Apesar de achar muito bonito seu poema, não estou de acordo em emudecer tudo, até a natureza, por causa da minha dor da ausência. Por favor , deixe a vida de tudo continuar, inclusive a nossa vida , pois nossa mãe nos deixou para ser feliz junto ao Criador. Ela mereceu tudo de luz , de vida ,de felicidade , que qualquer um encontra junto ao Pai . Saudade , como tudo na vida , PASSA! Inclusive nós também. Seremos egoístas se pedirmos que tudo sofra por causa da nossa dor .
Sketine
Este poema foi criado imediatamente após a perda da minha mãe, no início do século XXI, quando me encontrava numa depressão profunda. Todo ano eu o posto como uma homenagem. Foi o momento mais sofrido em que criei algo.
Beijos
Lu
Lu
Você me fez chorar agora, mas obrigada pelo lindo poema. Que Deus abençoe todas elas.
Eliana
Este poema é mesmo muito doído. Obrigada pelo carinho.
Abraços,
Lu
Lu
Lindo poema para uma mãe maravilhosa como foi Dona Vina.
Devas
Obrigada pelo carinho de sempre.
Abraços,
Lu
Bom dia minha querida! Que lindo poema! Escrito em um momento de muita dor, onde as palavras refletiam o que o coração sentia. Os comentários também são bacanas.
Neuzeli
Foi realmente escrito com muita dor. Estava tomada por um intenso sofrimento. Obrigada pelo seu carinho.
Beijos,
Lu
Minha querida Lu
Não sei escrever coisas lindas como você, mas tudo o que escreveu veio do fundo do seu coração. Imagino quanta emoção há em cada palavra sua. Parabéns pelo poema. Nenhum poeta escreveria nada assim tão carregado de tanto sentimento.
A perda de uma pessoa tão querida é como se caíssemos num abismo sem fim. A dor não passa nunca. Mas a tia continua conosco. Em nossos corações e em nossas mentes. Eu me lembro do carinho muito especial dela para conosco, sobrinhos, irmãos,enfim, com todos. Ela sempre ajudava todos nós. Como cuidou de Dênis com aquele linfoma! Você e Moá são como ela: coração bom, preocupados com todos.
Sei que ela sempre quis que os filhos, genro e todos sempre ficassem bem. E sei que sempre estará olhando por nós, feliz, vendo que estamos bem e pensando nela com muito amor e carinho. E é isso o que ela deseja .
Abraços
Marinalva
Obrigada por suas palavras tão sensíveis. Obrigada pelo amor dedicado à minha mãe que realmente sempre foi maravilhosa com toda a família.
Beijos,
Lu
Lu, suas palavras explicitam o que estou sentindo há um ano e meio! Confortante e completo.
Vagner
Criei este poema no auge da minha dor. Todos nós temos certeza da finitude da vida, entretanto, quando ela acontece com uma das pessoas que mais amamos, temos a impressão de que tudo está errado. Tive dois longos anos de profunda depressão. Eu relutava em não aceitar a transitoriedade da vida. Retornei ao psiquiatra, passei a tomar um novo medicamento que me ajudou na aceitação. Só recentemente tive coragem de olhar uma foto dela. Muitos anos já se passaram, a saudade continua, mas a dor cedeu espaço à compreensão.
Meu amigo, não nos resta outro caminho senão o da aceitação. Assim é e assim será. Nada há que possamos fazer. Somos todos passageiros do tempo. Passe a priorizar as lembranças boas. Sua mãe não iria gostar de vê-lo infeliz. Preencha sua vida com coisas boas. Viva de modo que ela, se aqui estivesse, teria orgulho de você. Caso tenha tempo, seja voluntário em alguma causa social, isso ajuda muito. E não se sinta só, pois somos uma infinidade de filhos sem mãe, como digo no final do poema. Quando se sentir muito triste, venha para este cantinho. Divida comigo a sua dor. Estarei sempre aqui para escutá-lo, pois sei o que é passar por isso, ainda mais quando se tem depressão.
Um grande abraço,
Lu
Lu
Antes de nascer na terra, nosso espírito já existia e continua existindo após a morte física. Morte física não é morte espiritual. Assim, a vida não inicia no berço e não termina na sepultura. O sacrifício do Senhor Jesus Cristo possibilitou a todos, indistintamente, ressuscitados e poder viver junto a quem amamos por toda a eternidade. Portanto, o período entre morte física e ressurreição é apenas um breve período.
Um caloroso abraço,
Constantino Alcântara
Constantino
Agradeço muitíssimo pelo seu comentário e visita ao meu espaço.
Abraços,
Lu
Lu
Belo, profundo, generoso e sofrido, onde apenas as lágrimas tentam render tributo. Assim é o ciclo da vida: ganhos e perdas – incomparável quando perdemos a razão da nossa vida – nossa mãe!
Vale se embriagar no amor que não se foi, ser agradecido quando a teve em quase todo o ciclo da vida e sobretudo, ter a certeza que ofereceu de si o melhor por ela. A nossa mente poderosa deve pegar o leme, contemplar o horizonte e dirigir sem rumo com a poderosa força do amor maior em busca do grande encontro.
Parabéns!
Messias
Obrigada por suas palavras!
Abraços,
Lu
Caríssima LU
Lindo seu poema!
Prof. Caniato
Muito obrigada!
Abraços,
Lu
Lu
Neste poema e maravilhoso, tudo que você expressou é a pura realidade!
Quando perdemos o nosso amor incondicional que é a nossa mãe, tudo perde o sentido, nada mais tem graça, principalmente quando existe uma reciprocidade muito forte entre as partes. O vazio provocado com essa ruptura jamais será preenchido, porque amor de mãe é único! Só quem tem ou teve o privilégio de sentir, sabe do que eu estou falando!
Não existe um só dia em que eu não me lembre da minha mãe. Após sua partida todos os meus projetos de vida dissiparam, porque ela estava incluída em tudo que eu fazia!
Hoje, tentamos caminhar e viver um dia de cada vez, mas sem o entusiasmo de antes. O que minimiza um pouco o vazio da perda da minha mãe é saber que vivemos juntos por muitos anos felizes, conversamos muito, fizemos projetos de vida e rimos bastante. A vida é muito efêmera, por isso temos que viver hoje como se fosse o primeiro, único e último dia, porque o futuro a Deus pertence.
Hernando
Muito obrigada pelo seu carinho.
Abraços,
Lu
Lu,
Antes da morte de minha mãe e de meu pai, eu via o pranto alheio pela perda de seus amigos e parentes e não entendia – afinal, eles não foram para um lugar melhor? Mas depois da morte deles passei a sentir um gosto muito amargo.
Lamento por sua perda.
José Elias
José Elias
Você andou bem sumidinho. Senti a sua falta.
Como diz uma música, se não me engando de Nélson Gonçalves “Só nós é que sabemos…”. É um tipo de dor nunca antes sentida, pois dilacera o coração. Muito obrigada por suas palavras.
Abraços,
Lu
Lu, o poema é emocionante e profundo. Eu ainda não fui deserdado do amor de mãe, ela se encontra comigo. Obrigado por partilhar comigo o amor de sua mãe. A mães não deviam morrer, pois elas partem e fica um profundo vazio, a triste perda. Mas a vida continua. A vida é como andar numa bicicleta, temos sempre que andar equilibrados.
Um grande abraço!
Rui
Obrigada, meu amigo, por seu carinho. Que bom que sua mãezinha ainda esteja perto de você. Elas não deviam morrer nunca, é verdade! Temos que superar a perda e tocar a vida para a frente.
Abraços,
Lu
Muito triste e lindo seu poema, Lu. Na infância tinha pânico de ver a minha mãe morrer. Sempre tinha dó das crianças que perdiam suas mães cedo. Graças a Deus a minha está conosco. A falta da mãe deve ser um vazio muito difícil de preencher.
Abraços
Rosa
A falta de nossa mãe nunca será preenchida, ainda mais quando ela nos amou muito. A saudade sempre volta com mais vigor, sempre que nos sentimos fragilizadas neste mundo louco. O amor de mãe é o único amor incondicional. Não há outro.
Beijos,
Lu
Desculpe eu perguntar, mas por acaso, você é a pessoa que comentava no blog do jornalista Luiz Nassif nos anos 2006-2007? É que seu estilo me lembra o de uma moça que escrevia muito naquele blog.
Abraços
Rosa
Sou eu, sim, minha amiguinha Rosa. Ele tem publicado textos meus, vez ou outra. Embora eu o leia todos os dias, tenho comentado muito pouco, pois, como respondo a todos os comentários no meu blog, além de fazer muita pesquisa, meu tempo é pouquíssimo. Acho que as pessoas precisam mais de mim aqui, como um apoio emocional.
Que bom reencontrá-la!
Beijos,
Lu
O menino perdeu sua mãe e dizia: “minha mãe é a mais linda do mundo”. Trouxeram-lhe as mais lindas mulheres do reino e ele dizia: “Nenhuma é minha mãe, minha mãe é a mais linda do mundo!”. Um dia, dentre outras belas mulheres, apareceu uma mulher simples e sem grandes atrativos, o menino a reconheceu e disse: “Esta é minha mãe, é a mais linda do mundo!”
Eu sempre perguntava para minha mãe (ela sabia da estória). “Quem é a mais linda do mundo?” E ela me respondia com um sorriso.
Mãe, eu te amo pra sempre!
Edson
Que história mais linda! A nossa mãe é realmente a pessoa mais linda do mundo. E continuará sendo ainda que seja tirada de nós. Trata-se do único tipo de amor incondicional.
Muito obrigada por sua participação.
Abraços,
Lu
Difícil não se emocionar. Lu, parabéns por tão belo poema.
Francisco
Muito obrigada por sua atenção e carinho.
Abraços,
Lu
Não há nada a acrescentar nesse belo poema, fruto de um amor verdadeiro, percebe-se. Queremos que o universo faça um minuto de silêncio para quem realmente merece. Entrementes, não cessa o barulho do mundo nas suas confusas prioridades. Daí nos angustiamos um pouco. Vida segue, amor não se apaga.
Acho que sua mãe não partiu. Foi ali tomar um cafezinho.
Abraço!
Paulo Rogério
O fato é que a vida continua. O mundo não para, e nem pode, para dar ouvido à nossa dor pessoal. A morte de minha mãe jogou-me em dois anos de profunda depressão. Confesso que este poema brotou das profundezas de meu coração, carregado de muita dor e saudade. Por que as mães morrem? Nunca mais encontrei essa parte de mim, que ela levou consigo.
Obrigada por seu carinho.
Abraços,
Lu
Lu, querida, a cada verso que lia, uma lágrima brotava junto com as lembranças, e no final o pranto tomou conta de mim. Mas não é um pranto de dor e sim de saudade. Uma saudade necessária para lembrar do privilégio que tive em ser gerada por tão maravilhoso ser, que foi a minha amada e amantíssima mãe. Obrigada por traduzir minha emoção nos seus versos.
Geralda
Este poema foi construído debaixo de lágrimas. Não é sempre que consigo lê-lo. Neste dia de homenagem às mães não tive coragem de revê-lo, pois estou muito fragilizada. Também não consigo rever os últimos retratos de minha mãe. A saudade é muito doída, como se fosse fazer brotar sangue. Quanto maior foi o amor, maior é a saudade.
Beijos, minha querida,
Lu
Bom dia, Lu. Ontem foi o Dia Delas, mas somente hoje revejo o seu poema tão intenso e bonito. Li, acima, uma frase bem interessante da Glaucia: “Mãe é tempo sem hora”. Gostei bastante! Envio os meus cumprimentos a ela. Você também é mãe, e assim, mesmo hoje, deixo o meu abraço apertado. Felicidades a todas as mães da família e as do blog!
Abraço,
Alfredo Domingos.
Alf
Sempre sinto-me muito feliz ao encontrar um comentário.
Esse é um dia muito triste para mim, cheio de saudade e dor. Dor essa que nunca amaina com o tempo. Eta vida besta, meu Deus, já dizia o poeta.
Tenho me lembrando muito de você, pois estou trabalhando com o pintor nacional Almeida Júnior que é apaixonante.
Enviarei a Glaucia os seus cumprimentos.
Um abraço forte para você,
Lu
Olá amiga querida!
Parabéns pelo dia de hoje! .Lindo o poema, expressa os sentimentos de nós, órfãs de mãe, carentes do calor do abraço das nossas saudosas mães. Hoje somos mães e felizes pela alegria de nossos filhos.
Um abraço carinhoso.
Celita Linda
Parabéns para você, também.
Estou com saudades suas.
Beijos,
Lu
Lu querida…. quanta lindeza você me deu hoje. O seu poema valeu pela saudade que sinto de mamãe. Ela se encantou dia 24 de dezembro de 2013.Tristes natais… obrigado mais uma vez.
Te adoro.
Carinhosamente,
Beth
Beth
Ainda me lembro muito bem de sua mamãe.
Faço ideia de como deve ter sido o seu Natal de 2013.
Por que as mães vão embora, meu Deus?
Também a amo muito.
Abraços,
Lu
Lu,
Emocionante! Seu poema diz tudo.
E o comentário da Hila Flávia é exatamente o que espero.
Beijos
Matê
Matê
Que dor danada de doída!
E não passa nunca.
Beijos,
Lu
Lu,
Aproveito seu poema para homenagear as Mães.
Um forte abraço,
Luiz Cruz
Luiz
Homenageadas sintam-se todas elas.
Abraços,
Lu
LuDias
Hoje amanheci pensando nela.
A saudade mais doída da existência
Bateu cortante em meu coração,
Muito tormentosa, de incessante tristeza,
Porém pródiga de seu maravilhoso amor!
Hoje amanheci pensando nela,
Naquela flor tão linda, encantadora,
Néctar de minha vida, pólen do meu nascer,
Que me embalou nos primeiros dias da vida,
E que viveu sua vida para me amar.
Hoje amanheci pensando nela,
E nela pensar me trouxe mais força,
Mais valentia para enfrentar a vida,
O existir paradoxal, de alegrias e tristezas,
E ter humor para continuar lutando.
Hoje amanheci pensando nela,
Entendo agora que nada é imutável,
E aquele amor da minha flor querida,
O néctar que me trouxe ao mundo,
Renasce a nova flor, que estava murchando!
Ed
Dentre os seus belos versos, um confessa a maior verdade da vida:
“A saudade mais doída da existência”
E no dia de hoje ela é ainda mais lancinante.
Abraços,
Lu
Lu, querida
É uma dor doída. Um silêncio, um vazio.
Lindo poema.
Feliz Dia das Mães.
Beijo,
TT
TT
Somente quem passa por esta dor pode avaliar a sua profundidade.
Parabéns para você, também.
Abraços,
Lu
Lu, obrigada por esse imenso carinho.
Sim, um abraço dado com o coração, abraça até a nossa alma.
E como muito bem escrevestes no teu poema, “Mas, por favor, abracem-me!”, e é esse abraço que vou receber e dar quando encontrar com ela, pois é pensando assim, de que ela só foi antes de mim … é que consigo pensar no meu futuro.
Teu carinho de me acolher nesse teu “cantinho”, me faz muito bem!
Beijo também no teu coração.
Clara
Lu, minha querida. Eu não vou te consolar. Tu és filha sem mãe e eu sou mãe sem filha.
Minha filha partiu há seis meses aos 32 anos, fazendo o caminho inverso, natural da vida … Como eu queria que tudo isso tivesse sido um pesadelo, mas cada manhã, é um novo dia me dizendo que ela não vai mais voltar…
Meu primeiro dia das mães sem ela, quis passar sozinha.
Com a tua permissão, já permitindo, me apropriei de um pedacinho do teu poema, que estou adaptando para minha mãe, que felizmente ainda está comigo.
“Tu és meus dias úteis,
os meus finais de semana,
minha poesia, meu causo
e é também meu canto. ”
Beijo, amiga e parabéns pela poesia, pela sensibilidade, pelo amor!
Clara
Clara, minha querida.
Existe um pensamento que diz: “estava chorando porque não tinha sapato e encontrei um homem que não tinha pé”.
Quando pensamos que a nossa dor é grande, basta olharmos em volta e veremos como existem aqueles que sofrem como a gente ou bem mais.
Realmente, um filho partir antes da mãe inverte a ordem natural da vida. Assim não deveria ser. Mas acontece! Mas quem somos nós para mudar os caminhos da existência humana?
Resta-nos sofrer e aceitar, ainda que a aceitação demore um tempo muito longo.
Tudo ainda está tão recente com você!
Imagino o quão despedaçado está o seu coração.
Cada amanhecer traz a esperança de que tudo não passa de um pesadelo. Mas é.
Então vem aquele banho de lágrimas, até que o coração aquiete-se e adormeça a dor pungente por algumas horas.
Amiga, eu queria tanto dar-lhe um grande abraço.
E dizer-lhe palavras de consolo… mas sou tão pobre nisso.
Mas tenho a certeza, pelo comentário feito, de que você é uma grande mulher que compreende que a dor é o outro lado da moeda.
E que somos passageiros do tempo.
E que uns partem mais cedo, enquanto outros vão depois.
Clara, venha ficar aqui conosco, desanuviar um pouco a tristeza.
Faça deste cantinho a sua casa.
Beijos no coração,
Lu
Lu,
Agradeço o seu presente para todos nós, que é esta poesia.
As mães são eternas. Perdi a minha em 2007. Mas ela está comigo, sempre. São muitos os detalhes e acontecimentos que nos indicam a presença delas. Hoje, lembrei-me de versos que Maria José dizia aos filhos, parentes e amigos nos momentos festivos e de comemorações. Trazia o papelzinho escrito. Era carinho puro! Que bom tê-la ao meu lado pra sempre. Dessa forma, nossos corações são consolados.
Envio meu abraço apertado às mães que transitam pelo blog. A elas desejo calor. Calor do amor dos seus filhos!
Alfredo Domingos.
Alfredo, minha mãe partiu um ano antes da sua.
Resta-nos apenas as palavras…
Obrigada pelo carinho,
Lu
Drummond disse num poema: “Amar o perdido / deixa confundido / este coração…”. Pela perda de minha mãe, troco o “confundido” por “fenecido”, pois todos morremos um pouco com nossa mãe. Estou confundo, Lu, pois, pelo seu belo, sincero e profundo poema, não sei se lhe dou os parabéns ou os pêsames.
Receba um grande abraço.
PP
São os pêsames, mesmo.
Obrigada pelo carinho,
Lu
A minha mãe foi como um raio, vítima de um infarto fulminante, que ela e todas que partiram continuem nos abençoando.
Beijos
Eny
Penso que quando acontece assim, a dor arrebenta quem fica para trás.
Obrigada pelo carinho,
Lu
Lu, hoje a minha mãe está presente no abraço dos meus filhos, na presença do meu irmão, no carinho da Leninha e no compartilhar do seu poema.
Acho que Deus permite que as mães partam para que os filhos fiquem e a ordem natural das coisas não se perca. Toda mãe sabe disso.
Os anjos que Ele nos manda para cuidar da gente na terra, nossas mães, um dia, com piedade e amor, ele chama de volta e deixa seus filhos. Assim, temos um anjo de verdade e só nosso, lá no céu, no nosso coração e nos nossos sonhos.
É doloroso, mas é possível lidar com essa dor. Minha mãe cumpriu dignamente, com determinação e muito amor, a tarefa de viver. De ser a mãe a quem hoje, devemos tudo que somos e que temos.
“Mãe é tempo sem hora.” As nossas, definitivamente, são.
Beijos,
Glaucia.
Glaucia
O amor de mãe é o único que é incondicional.
Obrigada por seu carinho,
Lu
Estou em prantos .
” MAS SEI QUE UMA DOR ASSIM PUNGENTE,NÃO HÁ DE SER INUTILMENTE . ”
João Bosco
Ju
Eu não consegui ler este poema, este ano.
Obrigada pelo carinho,
Lu
Lu, a minha amada e saudosa mãe é tão presente na minha vida que convivo com ela docemente. Não tenho a impressão de que nunca mais nos veremos. Tenho é a certeza de um encontro definitivo.
Hila
Quisera eu, ter a sua certeza!
Obrigada pelo carinho,
Lu
Lu
Ler este poema é doloroso mas real.
As perdas são irreparáveis. Entretanto o amor é eterno.
A saudade e o abraço ficarão num de fechar de olhos em momentos únicos, íntimos e inesquecíveis. Isto nos alimenta. Remete ao passado que nos uniu, eternizou e transformou.
Agora não estamos mais juntos mas somos um só coração.
Beijos
Ai, Pat, como é duro!
Obrigada pelo carinho,
Lu
Lu
Hoje vou dar o abraço na minha mãe, bem forte, corações juntinhos e o seu poema na minha memória.
Abraço, Luiz Cruz
Luiz
Faça isso mesmo, pois a vida passa muito rápido.
Obrigada pelo carinho,
Lu
Apesar da da comercialização da data, da indignidade e irresponsabilidade de tantas mães, Mãe é Mãe. Ela tem parceria com Deus . Não se desliga dos filhos, quando os traz à Luz.. Esses, para sempre serão seus meninos, meninas, sentirão o vínculo do amor mais puro, por meio de um cordão umbilical invisível…
A pior dor é quando o filho sente que a mãe está ali, mas que a perdeu em vida ou para o mal de Alzheimer… Enfim em qualquer idade a perda da mãe é a orfandade que se instala.
Que este Dia das Mães seja recolhimento, alegrias, agradecimento àquela que nos gestou, amamentou, cobriu de mimos, paninhos , sem o quais não estaríamos vivos .
Infelizmente, viver é conviver com as perdas. Parafraseando Guimarães Rosa, mãe não morre, Lu…. Mãe fica encantada.
Abraço carinhoso
Glória
É preciso se valer de palavras para enganar o coração.
Obrigada pelo carinho,
Lu
A minha mãe partiu há 06 meses, e hoje pela dor constatei que o único amor verdadeiro é o de mãe. Convivo com um senhor que só me faz sofrer, não tenho mais forças só espero o fim desta minha caminhada terrena, filhos não tenho. Não tenho mais nada a perder neste mundo.
Ny
Estou muito feliz por você ter deixado o seu comentário, falando do que vai em seu coração.
O amor de mãe é mesmo incondicional.
É o maior amor do mundo.
As mães sempre querem ver seus filhos felizes, mesmo quando partem e ficam olhando para nós de um outro lugar.
A vida é um presente de Deus.
E, se ele quer que você continue no mundo é porque sabe que sua presença aqui é importante.
Mesmo esse senhor chato precisa de você.
Quem nos faz sofrer são pessoas tristes, muito feias por dentro, pois não sabem ver beleza em nada.
Não permita que ninguém a faça sofrer.
Levante a cabeça e tenha apenas pena desse tipo de pessoa.
Mas, se houver agressão física, não deixe de denunciar.
Venha sempre aqui nos visitar.
Gostei muito de você.
Beijos no coração,
Lu
LuDias
A ausência é a saudade que nos retira a tristeza e nos leva a alegria das maravilhosas recordações. Adorei a frase abaixo de Glória, que sintetiza e muito bem os nossos sentimentos nesta data:
“Parafraseando Guimarães Rosa, mãe não morre, Lu…. Mãe fica encantada.”
Ed
É preciso enganar a alma…
Obrigada pelo carinho,
Lu
Lu,
Muito bonito o poema para Dona Vina. Como a conheci, posso testemunhar seu trato especial com todos que a cercavam. Seu carinho e compreensão com você, Antônio e com o Sr. Afonso foi admirável.
Abraço,
Devas
Devas
Minha mãe era mesmo muito especial.
A dor continua latente.
E a saudade cada vez maior.
Escrever é a minha salvação.
Beijos,
Lu
LuDias
Linda poesia, que mostra, com muita profundidade, os sentimntos que você tinha e tem em relação a sua mãe, que partiu. É mesmo muito doloroso, como um arrancar de nosso coração a hora da partida. Seus sentimentos saltaram nos versos e nos mostraram a beleza que ela, sua mãe era.
Há uma antítese que pode sintetizar o que penso sobre este tema:” Sinto saudade à presença de tua ausencia”. Este sentimeto, na verdade, revive, pois as boas recordaçõs vividas, fazem parte do acervo de nossa personalidade e nos faz, aí uma nova antítese, mesmo tristes, felizes!
Vivi, neste mês, mais um dia das mães sem a presença dela, entre nós. Foi um dia vazio, sem alegrias, a lembrar os domingos de encontro familiar, o almoço maravilhoso, tantos semblantes felizes, juntos comungando o amor daquela que era a nossa rainha.
Este dia, para mim, passou a ser de muita tristeza, porém, de muita reflexão. Sei que o dia de hoje é sempre uma dádiva de Deus e devemos vivê-lo com maior intensidade possível, junto com os entes mais queridos.
Meu consolo é que estivemos, eu e minhas irmãs, muito próximo do coração de nossa mãe, a quem, com as graças de Deus, dedicamos muito de nossas vidas. Choro sempre, mas vivo de lembranças de forte amor, que unia nossa família.
Adorei a poesia.
Ed
Se a razão não nos falasse sobre a finitude da vida, seria impossível aguentar tal separação.
A dor é muito doída, inigualável.
Dizem que só pode ser ultrapassada pela perda de um filho.
Não há um só dia em que eu não pense em minha mãe.
A presença dela é diária em minha vida.
A dor fere com um puhal enfiado no coração.
Mas é preciso continuar vivendo a qualquer preço, a menos que…
Mas outros dependem de nós.
Beijo no coração,
Lu
Ei Lu!
As perdas de pessoas amadas são dolorosas e inesquecíveis. Perdi meu Pai que carinhosamente o chamava de meu Rei,uma saudade eterna. “Aproveito” da minha Mãe o máximo e que seja eterno em quanto dure.
Bjos..
Rosana
Eu sei que você sofreu muito com a perda de seu pai.
Como são dolorosas tais perdas!
Não há outro jeito, senão aceitá-las.
“Aproveite” mesmo, de sua mãe.
Beijos,
Lu
Lú, lindo poema!!! Sua mãe era um anjo, eu tb amava muito ela, compartilho sua dor neste dia, que Deus continue dando forças para a gente continuar, também sinto muita falta da minha mãe, principalmente nestes dias…
Rosana
Minha mãe era maravilhosa e muito humana.
E você perdeu sua mãe quando era tão novinha!
É realmente um dia muito sofrido para todos nós, filhos de mães que partiram.
Beijos,
Lu
Eu nunca vi um terremoto, mas acredito que a perda do pai ou da mãe seja igual a subitamente você procurar e não achar o chão que você pisava.
João
É isso mesmo!
O chão foge debaixo de nossos pés.
Perdemos a noção de mundo.
Não nos damos conta de onde nos encontramos.
A gente sente como se estivesse só, num planeta desconhecido.
Grande abraço,
Lu
Lu,
Sempre nessas datas eu fico feliz por ter minha mãe serelepe por perto… e sempre sinto pelas que já se foram, pelas minhas avós queridas que tanto são lembradas pelos filhos.
A vida é mesmo esquisita… e como disse hoje para minha mãe: sinta o meu amor da melhor forma: do meu jeito. Sim, nesses dias tanto se fala e se mostra, mas o que vale é o sentimento de todos os outros dias do ano. Sentimento e gestos e atitudes.
Seu poema é triste e transborda sentimento.
Beijos.
Jovi
Perder a mãe é o que de mais triste pode acontecer a uma pessoa.
A vida nunca voltará a ser a mesma.
E o mundo será sempre visto de uma maneira diferente.
Eu tinha a sensação de que meu coração fora arrancado.
Precisei de muito amor de meus familiares e remédios para continuar a viver.
Num dia como esse, todo o sofrimento volta à tona.
Mas é preciso continuar a caminhada.
Beijo no coração,
Lu
Lu,
Poema belo e profundo! Talvez eu nunca mais na vida sinta a dor que senti quando a minha mãe morreu. Essa experiência dolorosa provou que realmente temos alma, pois a minha foi dilacerada. Esta cicatrizando aos poucos, mas a dor persiste na lembrança. Principalmente nesse domingo dedicado a elas.
Hoje nosso telefone tocou bem cedo. E, infelizmente, essa perda foi revivida através da dor sentida pelas minhas sobrinhas junto ao corpo da mãe no velório, ela faleceu nesta madrugada, após um mês internada num hospital. Segundo desejo manifestado em vida, seu corpo seu cremado ainda hoje. Talvez as cinzas sejam jogadas ao mar. Não sei. Pode ser que o mar, na sua imensidão azul, seja muito pequeno comparado ao tamanho do coração das mães.
Um abraço,
Beto
Beto
Penso que dor maior do que esta talvez possa ser a perda de um filho, pois sabemos que os pais sempre vão primeiro, pela ordem natural da vida.
Fiquei dois anos com depressão, recusando-me a aceitar aquela realidade.
Sofri muito!
Que pena das sua sobrinhas.
O pior é que o Dia das Mães ficará marcado para sempre, de uma forma muito dolorosa.
Meus pais também foram cremados.
Transmita-lhes o meu abraço,
Lu
Perdi a minha mãe há 14 anos, mas é como se tivesse perdido ontem. A dor não passa…mas devemos continuar a vida mesmo assim.
Obrigado prima por mais essa obra. Achei linda. Bjs
Nélio
A homenagem é extensiva a todas as mães que partiram, mas que continuam presentes em nosso coração.
Abraços,
Lu
Bom dia Lu.
Perdi minha mãe recentemente e ela dizia sempre: ” aproveite de mim que depois que eu for vc vai sentir muita falta.”
É verdade. Estou triste hoje mais do que os dias anteriores desde sua morte.
Mas feliz por meus filhos, netas, sobrinhos e irmãos, por perto.
Bjs, obrigada.
Flávia
A minha mãe também dizia isto.
A dor é mesmo muito intensa, pois parte do coração da gente foi junto.
A tristeza de hoje é mesmo muito maior, uma vez que todas as atenções voltam para as lembranças.
E o domingo é um dia que normalmente traz um grande vazio, pois é quando paramos nossas atividades.
Como disse no poema, a gente precisa continuar vivendo a qualquer custo.
A presença de nossos entes queridos próximos a nós minimiza a tristeza.
Beijo no coração e parabéns por seu dia.
Lu
Lu
Parabéns! Este poema resume de forma ampla o que pensam e sentem todos aqueles que, como eu, já não possuem suas mães nesse mundo material, mas que guardam no coração e na mente as lembranças marcantes que essas mulheres fortes e amorosas deixaram para sempre nas nossas vidas.
Parabéns também no dia de hoje a todas às mães vivas que lutam com sua força e amor pelo bem-estar e felicidade dos seus filhos. Que Deus abençõe a todas.
Lu, maravilhoso texto.
Abraços
Marcos Vidinha
Marcos
Por que as mães morrem? Elas deveriam ser eternas.
Confesso-lhe que hoje é um dia de profunda tristeza para mim. É como se renovasse todo o meu sofrimento. E nada me consola. Sei que não há como lutar contra a finitude da vida…
Obrigada por seu carinho.
Abraços,
Lu