Autoria de Lu Dias Carvalho
O nosso querido Aurélio define fotografia como um “Processo de formar e fixar sobre uma emulsão fotossensível a imagem dum objeto, e que compreende, usualmente, duas fases distintas: na primeira, a emulsão é impressionada pela luz, e sobre ela se forma, por meio dum sistema óptico, a imagem do objeto; na segunda, a emulsão impressionada é tratada por meio de reagentes químicos que revelam e fixam, permanentemente, a imagem desejada.”.
O francês Joseph Nicéphore Niépce iniciou os seus experimentos fotográficos em 1793. A princípio, as imagens obtidas por Joseph desapareciam muito depressa. Somente em 1824 ele obteve imagens que permaneciam por mais tempo, vindo a lograr êxito em 1826, nesse processo ao qual dava o nome de heliografia (gravura com a luz do Sol). A imagem heliográfica, feita com uma placa de estanho derivado de um petróleo fotossensível (Betume da Judeia), exigia que a imagem permanecesse cerca de 8 horas de exposição à luz solar. Embora Joseph tenha chegado à primeira imagem fotográfica, sabe-se que muitos pesquisadores participaram do processo, reunindo conhecimentos ao longo de muitos anos, que culminaram na invenção da fotografia.
Quem nunca ouviu falar numa máquina Kodak? Pois foi ela a responsável pelo boom da fotografia, quando a partir de 1888, a empresa multinacional Kodak (Eastman Kodac Company), fundada por um estadunidense, George Eastman, também inventor do filme fotográfico, usou como campanha o fato de que todos poderiam tirar suas fotos, sem ser necessário recorrer a um fotógrafo profissional.
É interessante notar que os princípios fundamentais da fotografia continuam os mesmos, desde o aparecimento do filme fotográfico colorido, ou película fotográfica, no entanto, a tecnologia tem trazido melhorias inimagináveis na qualidade das imagens, rapidez nas etapas de produção e, mais importante, reduzido consideravelmente os custos. Tudo isso junto contribuiu para popularizar a fotografia e transformá-la em robe para muitos.
Com a chegada da tecnologia digital, grandes mudanças vêm se processando no mundo da fotografia. Nunca foi tão fácil fotografar como nos dias de hoje. Os equipamentos estão cada vez mais sofisticados, oferecendo imagens cada vez melhores, fáceis de serem manuseados e com preços bem acessíveis. Atualmente, todo mundo pode ser jornalista, colhendo o fato na hora e distribuindo a imagem através da internet. Podemos dizer que os celulares são hoje os olhos do mundo. Os cliques acontecem nos lugares mais remotos do planeta, fazendo parte do cotidiano.
A fotografia nasceu em preto e branco (P&B), ou seja, com o preto sobre o branco, no início do século XIX. Mas hoje, apenas os grandes fotógrafos ou os aficionados por fotografia ainda preferem o P&B. Tais fotografias são mais ricas em tonalidades, tendo um alcance dinâmico (a faixa de luminância que uma câmara fotográfica consegue captar, ou os limites dessa faixa), maior do que a colorida.
Apesar dos avanços da fotografia digital, a fotografia “líquida” continua, pois os amadores e grandes artistas qualificados continuam fazendo uso de materiais e técnicas tradicionais.
Curiosidades
Existem, basicamente, quatro gêneros de fotografia jornalística:
- Fotografias sociais – onde se incluem a fotografia política, de economia e negócios e as fotografias de fatos gerais dos acontecimentos da cidade, do estado e do país, incluindo a fotografia de tragédia.
- Fotografias de esporte – Nessa categoria, a quantidade de informações é o mais importante e o que influi na sua publicação.
- Fotografias culturais – Esse tipo de fotografia tem como função chamar a atenção para a notícia antes de ela ser lida e nisso a fotografia é única. Neste item podemos colocar um grande segundo grupo, a esportiva, pois no fotojornalismo o que mais vende depois da fotografia policial é a esportiva.
- Fotografias policiais – quase todos os jornais exploram o sensacionalismo para vender mais jornais. Pode-se dizer que há uma rivalidade entre os jornais para ver qual deles mostra a cena mais chocante.
- Fotógrafo é a pessoa que tira (registra) fotografia, usando uma câmera. É geralmente considerado um artista, pois faz seu produto (a foto) com a mesma dedicação e da mesma forma que qualquer outro artista visual.
- Faz parte da cultura brasileira a figura do fotógrafo lambe-lambe. Os fotógrafos ambulantes surgiram nas primeiras décadas do século XX, trabalhando em praças e parques.
- A fotografia serve um vasto campo de assuntos e objetivos, por isso, foram criadas especializações, sendo as mais conhecidas: a foto reportagem (de eventos sociais), moda, fotojornalismo, paisagem, retrato e a publicitária (arte da fotografia de objetos em estúdio).
- George Eastman, fundador da Kodak e inventor do filme fotográfico, cometeu suicídio com um tiro de arma de fogo no coração e deixou uma nota de suicídio, onde dizia somente:
“Para os meus amigos. Meu trabalho está feito. Por que esperar?“.
(*) Imagem da primeira fotografia permanente do mundo feita por Nicéphore Niépce, em 1826. / Imagem da primeira fotografia colorida da história, tirada por James Clerk Maxwell, em 1861.
Fonte de pesquisa:
Wikipédia
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Lu
Depois do cinema falado que abalou o mundo, dada a beleza das formas e excelência de ideias, veio, a posteriore, a necessidade de estacionar as maravilhas do mundo para que o cinema não toldasse a visão daqueles turistas que viajavam gastando rios de dinheiro. Logo vemos que a necessidade de chamar o “comem” de sétima arte, não foi senão uma habilidosa, para não falar ardilosa, forma de disputa do entretenimento. Ou vai ao cinema ou viaja. Como para viajar também cutucava a aviação e outras empresas envolvidas temos que o cinema ficou em sétimo lugar nas artes, oferecendo caminho para fotografia em oitavo.
Obrigada
Café-da-manhã
O seu comentário deixa claro que até mesmo a arte é direcionada pelo capitalismo. Ao povo sem dinheiro para viajar, sobra o cinema, não nas salas de exibição, por ser caríssimo no Brasil, mas em casa. O DVD hoje possui preços relativamente baratos, permitindo acesso a tal entretimento.
Gostei muito do seu comentário. Será sempre um prazer contar com sua presença.
Abraços,
Lu