Autoria de Lu Dias Carvalho
Na época do Império Romano, somente as famílias muito ricas ofereciam a seus filhos uma educação de qualidade, contratando preceptores, embora nas cidades e nos burgos houvesse professores encarregados de ensinar os rudimentos da escrita. A escola era vista como uma instituição, cujas aulas aconteciam no período da manhã, obedecendo a um calendário religioso, responsável pela marcação das férias escolares.
Grande parte das crianças romanas, tanto meninos quanto meninas, frequentavam a escola, em salas mistas, antes de chegarem aos 12 anos de idade e, ao que parece, sem separação de classes sociais. Mas assim que completavam 12 anos, tudo mudava para elas. Somente os garotos que faziam parte de famílias ricas continuavam estudando, sob a tutela de um gramático ou professor de literatura. A eles cabia estudar os clássicos e a mitologia, que à época era tida como verdadeira.
As garotas, mesmo as de família abastadas, eram proibidas de continuar estudando. Com raras exceções, algumas tinham um preceptor em casa, que lhes ensinava os clássicos. Até porque aos 12 anos, a garota já era considerada em idade casadoura, estando algumas delas prometidas em casamento e, aos 14 anos já era considerada adulta. Quando atingia a idade núbil, se fosse filha de família rica, ficava encerrada em casa, fazendo alguns trabalhos, inclusive o de fiar, demonstrando que era recatada e honesta. Ao marido caberia a sua educação, escolhendo ele próprio o que ela deveria estudar. A mãe do filósofo Sêneca, por exemplo, não teve, por parte do marido, permissão para estudar filosofia, sob a alegação de que tal matéria era um caminho para a licenciosidade.
A educação dada aos meninos, pelas famílias abastadas, não tinha objetivo outro senão instruí-los nas belas-letras (gramática, eloquência, poesia, literatura, etc.), adornando-lhes o espírito. Não havia nenhuma preocupação com a formação ou com a adequação social. Não estudavam matérias formadoras ou utilitárias, mas as citadas acima, com ênfase para a retórica. Contudo, a educação ensinada nas regiões gregas do Império Romano diferenciava em vários pontos, a começar pelo fato de que a escola romana era isolada da rua, nada tinha a ver com a atividade política ou religiosa, enquanto a grega fazia parte da vida pública, dando grande destaque ao esporte. O ensino durava até os 16 anos, vindo depois um ou dois anos de efebia (preparação dos adolescentes para receber o título de cidadão).
O ensino grego era superior ao romano, pois os alunos de bom nascimento só eram considerados cultos se falassem o grego e conhecessem sua literatura, ao passo que os estudantes gregos não aprendiam o latim (língua romana) e tampouco estudavam seus literatos. Somente no final da Antiguidade é que os gregos passaram a aprender latim, interessados em servir como juristas ao Império Romano.
Leia também o texto anterior desta série: A INFÂNCIA NO IMPÉRIO ROMANO
Fontes de pesquisa:
História da Vida Privada I / Comp. das Letras
Nossa Herança Ocidental/ Will Durant/ Editora Record/ 4ª edição
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Lu
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Letícia
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Mandei-lhe via e-mail, mais artigos sobre o assunto. É uma pena que ele estivesse incorreto, voltando imediatamente.
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Lu
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Bid
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Lu