Autoria de Lu Dias Carvalho
A intensidade das expressões em suas obras dá aos temas tradicionais uma nova realidade. (Margaret Whinney)
Rogier van der Weyden (c. 1400/? – 1464) é outro grande artista nórdico de quem se sabe pouca coisa. Nasceu na cidade de Tournai, região sul de Flandres. Estudou pintura com o mestre Robert Campin — um dos mais renomados mestres da cidade. Seu aprendizado consistia em copiar esculturas e portais de igrejas, conhecimento que muito o favoreceu em sua pintura. Fez parte da corporação de ofício dos pintores de Bruxelas, sendo posteriormente nomeado pintor oficial da cidade, onde ornamentou o Palácio Municipal com quadros alusivos às lendas medievais e à vida do Imperador Trajano. Mas em 1695, durante o cerco à cidade, as telas foram queimadas por soldados franceses.
Por volta de 1450, já muito famoso em seu país, Van der Weyden partiu para a Itália, dirigindo-se para a cidade de Ferrara. É também provável que tenha passado por Milão e Florença antes de chegar a Roma. Presume-se que na Itália o pintor tenha conhecido os afrescos de Masaccio, a ponto de incorporar à sua obra elementos da linguagem artística do pintor italiano. Na Itália ele trabalhou para famílias importantes, inclusive para os Medici de Florença. A todos encantavam a forte emotividade e o caráter dramático do trabalho do artista. A pintura a óleo era uma técnica desconhecida na Europa meridional, sendo Van der Weyden o responsável por transmiti-la aos italianos, o que contribuiu grandemente para desenvolver a rica arte renascentista.
Van der Weyden era um homem muito religioso e tinha uma vida familiar impecável. Seu trabalho e conduta subordinavam-se aos compêndios estéticos e morais vigorantes na época, quando um puritanismo exacerbante via licenciosidade em tudo. Tido como um dos mais importante pintores de Flandres, ele teve patronos estrangeiros renomados, como Felipe III, duque de Borgonha. Recebeu reconhecimento internacional e fez fortuna. Em razão de um engano a respeito de sua identidade, sua obra foi quase ignorada durante o século XVIII.
O pintor Van der Weyden levou a arte dos Países Baixos para fora de suas fronteiras, tanto no que diz respeito à composição quanto ao desenvolvimento das figuras. Recebeu encomendas públicas, eclesiásticas e particulares, tanto dentro como fora de seu país. Dentre os seus trabalhos mais notáveis está a Deposição da Cruz, que apresenta uma cena de vívida emoção.
Nota: Rogier van der Weyden, pintura de Cornelis Cort, 1572
Fontes de pesquisa:
501 grandes artistas/ Sextante
Gênios da pintura/ Abril Cultural
A história da arte/ E.H. Gombrich
Gótico/ Taschen
Tudo sobre arte/ Sextante
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Nossa que interessante, nunca me perguntei como surgiu ou como chegou na Europa a tinta a óleo. Também não conhecia este artista.
Como sempre muito interessante LU.
Valeu!
Jor
Até chegar na tinta a óleo, os pintores tiveram que sujar as mãos com os mais diversos materiais.
O surgimento da tintura a óleo foi de grande importância para a pintura.
O mundo das artes agradece.
Abraços,
Lu