Autoria do Dr. Telmo Diniz
Saiba que o mau-humor crônico pode ser sintoma de uma doença psiquiátrica mais conhecida por distimia. Transtorno distímico ou depressão crônica é um tipo de depressão que se caracteriza principalmente pela falta de prazer com as coisas do dia a dia e com um constante sentimento de negatividade. Ela se difere dos outros tipos de depressão pelos sintomas serem mais leves.
Apesar de, geralmente, não privar o indivíduo de suas tarefas e obrigações, impede que ele desfrute a vida totalmente. A distimia também se estende por um período muito maior que os episódios de distúrbios depressivos severos. Frequentemente, são pessoas desanimadas para quase tudo.
Os principais sintomas são:
- uma baixa autoestima,
- intensa desmotivação,
- constante sensação de falta de esperança,
- pensamentos negativos,
- desinteresse pela maioria das suas atividades,
- insônia ou sono excessivo,
- perda de apetite ou alimentação exagerada,
- dificuldade de concentração,
- tendência ao isolamento.
Normalmente, são pessoas de poucos amigos e vida social limitada, apresentam sentimentos de rejeição, têm constante irritabilidade e um descontentamento com tudo. São pessoas que, em dia de “sol de brigadeiro”, olham pra cima e falam: “hoje vai chover”.
Alguns pacientes distímicos, de fato, não se queixam propriamente de tristeza, entretanto, queixam muito da falta de alegria de viver: “Doutor, eu não estou com tristeza, mas também não sinto alegria ou prazer com nada!”. Além disso, os próprios distímicos manifestam grande preocupação com sua inadequação. Quer dizer, eles mesmos sabem que são “chatos” e lamentam por isso.
Negativo
É importante colocar que, apesar de o paciente sentir todos ou a maioria desses sintomas, a distimia geralmente não impede que ele continue vivendo sua vida “normalmente”, ou seja, trabalhe, estude, etc. Porém, percebe-se que pessoas distímicas reclamam demais, têm um pensamento negativista, tendência ao pessimismo e uma eterna sensação de que nada pode ajudar.
Mas existe tratamento para esse “mau humor”. Estudos científicos compararam o uso de antidepressivo e o uso de placebo para o tratamento da distimia. Eles mostraram que 50% a 60% dos pacientes com distimia respondem ao tratamento com antidepressivos. Atualmente, o tratamento considerado mais eficaz é aquele que associa o uso de medicamentos com psicoterapia, principalmente a terapia da linha cognitivo comportamental.
Lembre-se de que todos os problemas de sua vida foram criados por você. Suas escolhas podem ter dado um resultado diferente do que você esperava, mas você conseguiu materializá-las. Creia verdadeiramente que as coisas podem ser melhores do que você imagina e procure ajuda médica.
(*) Imagem copiada de mulher.uol.com.br
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