Autoria de Lu Dias Carvalho
Como Dalí fosse um artista extremamente narcisista, não é de se espantar que estivesse presente em muitas de suas obras. Esta sua composição, Autorretrato com L’Humanité, já apresenta traços do cubismo e dos metafísicos italianos. O preto está fortemente presente no seu trabalho.
A obra apresentada trata-se de um autorretrato do pintor, em pose frontal, em que ele une seus traços com os objetos da tela. Essa sua linha de composição pode ser dividida em três tipos:
• de gênero – feitos na sua juventude;
• os surrealistas – em que agregava seus traços aos objetos apresentados;
• os duplos – apresentava-se ao lado de sua esposa Gala. Esses feitos ao final de sua próspera carreira.
A figura central e, que toma a maior parte da tela, tem atrás de si uma série de quadros retangulares, numa alusão à obra do pintor, feitos em aquarela e colagem de papeis.
O retrato do pintor é parecido com uma figura geométrica: o rosto longo e ovalado não possui boca, e o nariz está incompleto; os cabelos negros são compridos e simétricos; longas e curvas sobrancelhas negras parecem tocar os cabelos; os olhos escuros, amendoados, parecem orientais; o corpo, coberto por um uniforme azul que lembra um operário, tem a forma de um retângulo invertido.
À esquerda da figura é possível ver o cabeçalho do periódico comunista L’Humanité, fundado em 1904, que o pintor assinava, talvez por isso, ele tenha se pintado como um operário. O artista engajou-se politicamente durante o primeiro ano de seus estudos em Madri.
Ficha técnica:
Ano: 1923
Técnica: aquarela, óleo e colagem sobre cartão
Dimensões: 105 x 74 cm
Localização: Fundação Gala-Salvador Dalí, Figueras, Espanha
Fontes de pesquisa
Dalí/ Coleção Folha
Dalí/ Abril Coleções
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Lu
Adorei o quadro, é mesmo espetacular.
Erick
Que bom! Conheça aqui outras obras do pintor espanhol.
Abraços,
Lu
Lu,
este auto retrato expressa bem o pintor.
O artista sem falar e respirar consegue em suas telas traduzir todo seu sentimento.
Beijos
Pat
Esta pintura é do início de sua carreira.
Ele esta ainda muito tímido… risos.
Abraços,
Lu
Lu Dias
Em se tratando do Dalí, o autorretrato tinha que ser extravagante, pois acho que era assim que ele queria ser visto, e em 1923 ele ainda era normal e seus monstros ainda se encontravam em gestação. Meu entendimento pelo cubismo que é a parte quadrada do surrealismo e o metafísico, as alquimias buscada pelos artistas. Que viajem hein?
Mário Mendonça
Lu Dias
Gostou da minha viajada?
Mário Mendonça
Mário
HAHAHAHAHAHA
Você é ótimo!
Abraços,
Lu