RESFRIADO, GRIPE E VACINA

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

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A maioria das pessoas pensa que gripe e resfriado são a mesma coisa. Apesar de apresentarem sintomas semelhantes e de serem causadas por vírus, a gripe e o resfriado são doenças diferentes, em especial quanto à evolução e complicações.

O resfriado, em comparação com a gripe, apresenta um quadro clínico mais leve, que cursa com coriza, obstrução nasal e irritação na garganta. Raramente tem febre e, quando ocorre, é baixa. O resfriado tem evolução e término rápidos, de poucos dias. Pode ser causado por diversos vírus, como rinovirus, adenovirus, entre outros.

A gripe tem uma sintomatologia mais exuberante quando comparada com o resfriado. Pode apresentar os mesmos sintomas do resfriado, porém, com um comprometimento geral do organismo, cursando com febre alta, dores pelo corpo, sensação de mal-estar, dores de cabeça, cansaço, fraqueza, tosses e calafrios. É uma doença causada pelo vírus do tipo influenza. Pode surgir inesperadamente e sua evolução é mais arrastada, podendo chegar a uma ou duas semanas. Pode também evoluir para complicações mais severas, como sinusites, otites, bronquites e até pneumonia. A gripe é uma doença altamente contagiosa. Sua transmissão acontece quando uma pessoa gripada tosse ou espirra, espalhando o vírus pelo ambiente. Por isso, devemos evitar ficar em locais fechados e sem ventilação. Da mesma forma, a higiene das mãos também é importante.

A vacina contra a gripe é a melhor maneira de se prevenir contra a doença e suas complicações. Não há vacina para os resfriados. Quando a pessoa é vacinada, após 30 dias, em média, já estará com os anticorpos formados e que irão protegê-la por cerca de um ano. Quem apresentar os sintomas citados acima, após uma vacinação, provavelmente estará com um resfriado e, não, uma gripe.

Os antigripais não previnem nem curam a gripe. Eles podem, em alguns casos, diminuir os sintomas. A vacina contra gripe é segura e não provoca efeitos colaterais de relevância, reduzindo as complicações, internações ou, até mesmo, óbitos. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir em até 45% o número de internações por pneumonias e em até 75% a mortalidade por complicações da influenza. A vacina protege contra três subtipos do vírus, que são anualmente determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

As pessoas elencadas nos grupos de risco, como os idosos, crianças de seis meses até os cinco anos, cardiopatas, portadores de problemas pulmonares, portadores de doenças renais crônicas, imunodeprimidos, gestantes e profissionais da área da saúde devem ser vacinadas. Pessoas pertencentes a estes grupos apresentam mais riscos de complicações decorrentes das gripes. Quem se vacina estará também protegendo as pessoas que o cercam. Não fique de fora!

Nota: imagem copiada de www.hospitalflaviosantos.com.br

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2 comentaram em “RESFRIADO, GRIPE E VACINA

  1. Alfredo Domingos

    Envio os meus cumprimentos ao Dr. Telmo. Seu texto é um excelente alerta a todos nós.
    A minha médica também recomenda a vacina contra a gripe, e indica, inclusive, que seja aplicada no posto público de saúde, em função, entre outras vantagens, da sua alta rotatividade devido às campanhas procedidas.
    Muita gente alega que fica “resfriada” após o uso, mas, claro, não é por causa da vacina. O Dr. Telmo poderá explicar melhor essa particularidade.

    Abraço,
    Alfredo Domingos.

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    1. LuDiasBH Autor do post

      Alfredo

      A vacina não pega todos os tipos de vírus da gripe, pois ele é mutável.
      Mas, se a pessoa gripa, depois de ter tomado a vacina, o vírus vem bem mais fraco.

      Abraços,

      Lu

      Responder

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