Autoria do Dr. Telmo Diniz
A aspirina é uma substância conhecida há mais de um século. Seu nome químico é ácido acetilsalicílico (AAS) e, provavelmente, é um dos medicamentos mais conhecidos e mais vendidos no mundo, sendo muito utilizada como analgésico e anti-inflamatório. Nos últimos anos, inúmeras pesquisas estão sendo realizadas com a aspirina e, em várias condições, seu uso tem sido indicado, inclusive, na prevenção do câncer.
A história começou quando o químico alemão Felix Hoffman estava estudando um medicamento usado no tratamento da artrite, doença de seu pai. O objetivo era encontrar uma droga para substituir o salicilato de sódio, medicamento utilizado naquela época, mas que exigia grandes doses ao dia e com efeitos colaterais graves. Ele conseguiu preparar o ácido acetilsalicílico, que veio depois a ser chamado de aspirina. A nova droga tinha as mesmas propriedades do seu antecessor, porém, conseguia melhorar a qualidade de vida dos portadores de artrite com menos efeitos colaterais.
Os efeitos da aspirina variam de acordo com a dose que o indivíduo utiliza. Em altas doses, ela apresenta um efeito anti-inflamatório importante; em doses um pouco menores, funciona como analgésico. Uma ação pontual da aspirina é a inibição da agregação das plaquetas, ou seja, ela diminui a formação dos coágulos (que causam a trombose). Esse último efeito é essencial no que diz respeito às doenças cardiovasculares, tendo grandes benefícios na prevenção do infarto do miocárdio e na isquemia cerebral (chamado de acidente vascular cerebral), doenças que mais matam no mundo.
É por isso que há defensores ferrenhos do uso regular e profilático da aspirina, ou seja, na prevenção dos eventos cardiovasculares e também por ser popular (é uma medicação barata). Mas, como tudo na vida, existe um viés. A aspirina pode também causar efeitos adversos, em especial os sangramentos. Devido à sua atividade de deixar o sangue “mais ralo”, ela pode causar hemorragias do sistema digestivo e aumentar as chances de derrames cerebrais.
Foi publicado estudo sobre o uso da aspirina como forma de prevenção do câncer do sistema digestivo. O estudo publicado na revista da Sociedade Europeia de oncologia médica (“Annals of Oncology”) dá conta de que, no longo prazo, a administração diária de aspirina pode reduzir de forma significativa o risco de uma pessoa vir a sofrer de cânceres digestivos (colorretal, estômago e esôfago).
As vantagens do tratamento preventivo, segundo os autores, superam os riscos dos sangramentos. Tomar aspirina durante dez anos permitiria reduzir os casos de câncer de cólon em 35% e as mortes, em 40%. A aspirina evitaria, ainda, os cânceres de esôfago em 30% e as mortes por esta causa em 35%, revela a pesquisa.
Para se beneficiar desses efeitos, é necessário tomar uma dose diária de 75-100 mg durante dez anos, entre os 50 e os 65 anos de idade. A notícia é boa, mas não podemos esquecer de que toda medicação tem seus benefícios, mas também seus efeitos colaterais. O uso diário de aspirina deve ser sempre avaliado pelo medico assistente, pois somente ele poderá avaliar o risco/benefício no longo prazo.
Views: 3
Lu,
tudo tem um efeito colateral, estamos condenados a qualquer tempo a ter reações e doenças. Nossos alimentos são cheios de agrotóxicos o ar é só poluição. Logo o ditado é certo: “se ficar o bicho come e se correr o bicho pega”.
Beijos
Pat
Estamos num mato sem cachorro… risos.
Mas é bom poder contar com essas alternativas boas e baratas.
Beijos,
Lu
É perigoso tomar aspirina num país que é campeão em caso de dengue. Pensem bem.
Cezar
Você tem toda a razão.
Jamais devemos tomar remédio sem acompanhamento médico.
Os cardíacos tomam AAS diariamente.
Abraços,
Lu
É bom saber que a aspirina dá para prevenir alguns tipo de câncer; temos que ouvir as indicações dos médicos; eu pessoalmente não posso tomar a aspirina, porque tenho cirurgias marcadas e a aspirina faz o sangue ficar mais fino,para mim é perigoso. Mas é sempre bom saber que a aspirina dá para prevenir alguns cancros.
Abraços Lu
Rui Sofia
Rui
Na verdade, a substância é o ácido acetilsalicílico (AAS).
Aspirina é um nome fantasia.
Há inúmeras outras marcas como melhoral, etc.
Mas lembre-se de que tudo deve ser acompanhado pelo médico.
Abraços,
Lu
Dr. Telmo e Lu Dias
Bom dia
Entendo que medicamentos devem ser usados somente em casos de necessidade; agir preventivamente (no meu humilde modo de pensar) é praticar uma vida saudável:
1 – Controle do açúcar e sal
2 – Controle de gorduras – principalmente as saturadas
3 – Evitar Drogas – principalmente as lícitas: álcool e cigarro
4 – Atividades físicas – 50 minutos de caminhada por dia, se puder correr é melhor ainda.
Creio que se seguirmos as orientações acima não precisaremos ajudar a indústria farmacêutica e viveremos muito mais.
Abração
Mário Mendonça
Mário
Concordo plenamente com você.
Seguindo tais indicações, somente um fator pode ser contrário à nossa saúde: a genética.
Abraços,
Lu