Autoria de Lu Dias Carvalho
Não se trata de uma fórmula de química ou de uma expressão matemática, mas novos termos para falar de sexo. Não de qualquer coito, mas daquele regado meramente a prazer passageiro, sem carregar compromisso algum na mochila, ou discutir o relacionamento. A amizade colorida já ficou démodé, pois exigia mais tempo e sentimento do que devia e era creditada apenas aos homens, como soberanos do gozo e da liberdade plena. Mas agora são outros os tempos.
O que mais causa conflitos numa relação a dois é o sentimento de posse, a preocupação que os enamorados possuem um pelo outro e a eterna cobrança. Por isso, pensam os modernosos, que uma vez eliminado o nascedouro do delito, o barco do prazer haverá de navegar em águas tranquilas. Então, a pedida é curtir um tipo de relação em que os envolvidos não cultivam nenhuma espécie de compromisso entre si. Nada de amarras e tampouco de ancoradouros com encontros marcados. Qualquer um pode pegar carona no barco, desde que seja conhecido ou amigo. E, de preferência, um amigo gatão (ou gatona) com muito tônus muscular, capaz de arrancar muitos uis e ais.
Mas, quando o P.A. ou a X.A. é solicitado? Não tem segredo algum. Apenas quando o tesão acumula e bate aquele carecimento, aquela penúria daquilo e mais aquilo outro. Mas, que fique bem claro, o embeleco é relampejante e jamais está sujeito a chuvas e trovoadas, para não complicar a deliberação do acasalamento: liberar e libertar, sossegar e relaxar. Quer mais o quê, sô? Pensam os modernosos.
Os defensores do P.A. e do X. A. juram por todos os santos e por aqueles que ainda vão ser santificados, que é muito melhor copular com um amigo ou conhecido de que biscoitar uma pessoa estranha e se dar mal. Estar (e transar) entre amigos é outra coisa, troçam. E, é claro, que se pode ter sintonia física com uma pessoa, sem necessariamente se interessar por suas ideias (de jerico). Ou seja, o fueiro nada tem a ver com as calças.
Aqueles, que achavam que a mulher jamais seria capaz de remar na mesma canoa do homem, e que os hormônios masculinos davam ao macho o direito de pular de galho em galho, enquanto a fêmea deveria ser santa e sacrossanta para a nobreza da espécie, vão ter que tomar muito cloridrato de certralina ou fluoxetina, para não ficarem entibiados. Pois, com o aparecimento do P.A. toda a filosofia romanesca está indo para o brejo. As mulheres até dividem os marmanjos em duas alas bem distintas:
- aqueles que servem tão somente para se emparelhar e se desenfadar;
- e aqueles especiais para se enrabichar e ajudar a parir um monte de catarrentinhos.
Mas, nem todas as mulheres rezam na mesma cartilha. Algumas podem se contentar sexualmente, sem a necessidade de se envolver emocionalmente com o companheiro e sem nenhuma preocupação com o futuro. Outras, no entanto, só são capazes de fazer sexo, se houver envolvimento emocional ou um mínimo de entrega por parte do parceiro. Caso contrário, preferem enfrentar bravamente a penúria, até que venham bons tempos.
Para que o P.A. e o X. A. atinjam o objetivo, dizem os adeptos, é preciso que as cartas sejam colocadas na mesa e que o jogo seja limpíssimo. E nada melhor de que um amigo (a) para não transgredir as regras do entretenimento sexual. Pois, na verdade, é um mano (a) como outro qualquer. Só há uma diferença ínfima, irrelevante e imperceptível: fazem sexo. E, para se chegar ao orgasmo, basta tão somente conexão e disposição. E é muito melhor, pois não há necessidade de dar prazer, mas apenas de receber. Trocando em miúdos, cada um que cuide de seu quintal nesse jogo egóico.
Segundo especialistas no assunto, a busca por P.As. ou X.As. acontece nos entremeios de namoros, quando as pessoas encontram-se desacompanhadas. A relação tende a ser mais honesta de que num relacionamento convencional. Não havendo a exigência da fidelidade, também não haverá traição. De modo que entre mortos e feridos salvam-se todos. Mas, se alguém notar uma comichão resvalando para o romance, não deve hesitar: caia fora. Corra como o diabo corre da cruz. E nem olhe para trás, para não virar uma estátua de sal.
Tradução:
P.A. = Pau Amigo
X. A. = Versão feminina de P.A.
Nota: Imagem copiada de http://www.dominiojovem.com.br/?p=26507
Fonte de pesquisa:
Marie Claire/ fevereiro de 2011
Views: 2
QUANTO MAIS PODE HAVER PARA TRANSAR MAIS PECADO HÁ PARA GOSAR, MATANDO SANTO NÃO É?
Charlim Debon
Muito obrigada por sua participação neste blog.
Ficamos muito felizes com a sua presença.
Volte sempre e continue comentando, pois sua opinião é sempre valiosa.
Um grande abraço,
Lu
Lu/Paulo
Só rindo com vocês dois…
Aninha
Que coisa mais sem graça, não é mesmo!
Amigo é só amigo, uai.
Beijos,
Lu
Só agora entendi o P.A. do meu nome.rsrsrs
Paulo Afonso,
Sempre às ordens, como bom escoteiro.
Paulo
Vivendo e aprendendo… risos.
Abraços,
Lu