Autoria do Dr. Telmo Diniz
Nestes meses, o tempo está seco em grande parte do território brasileiro. Na nossa Belo Horizonte então, nem se fala! Meses sem chuva. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o índice ideal deve ficar acima de 60% de umidade no ar. Por aqui, os índices têm frequentemente ficado na casa dos 30% e, às vezes, até abaixo de 20% (considerado clima de deserto). E isto piora os problemas respiratórios e os alérgicos.
O maior malefício da baixa umidade do ar é a desidratação do organismo, principalmente da pele e das mucosas. Narinas e olhos ressecados, desconforto na garganta, dificuldade para respirar, cansaço e dor de cabeça são sintomas que podem aparecer quando o tempo fica seco como agora. Com o ar mais seco, cresce a prevalência de doenças como rinites, sinusites, bronquites e outras “ites”. Os agentes causadores das alergias — como poeira, poluição e pelos de animais — ficam mais tempo suspensos no ar. Quem não se hidrata corretamente também corre risco de contrair viroses e infecções bacterianas.
As pessoas mais afetadas são as que têm doenças crônicas. Dos segmentos que estão na ponta, crianças e idosos são os alvos preferidos. Tanto as crianças menores de 2 anos como as pessoas de mais idade têm imunidade mais fragilizada do que pessoas de outras faixas etárias e são, portanto, mais propensas a ter processos alérgicos e infecções respiratórias.
Alguns cuidados simples podem ser feitos para aliviar o sofrimento do nosso corpo neste período. Entre eles, o principal é ingerir mais água. Nunca é demais lembrar que as bebidas alcoólicas provocam mais desidratação, podendo piorar os sintomas. O uso de isotônicos deve ficar reservado àqueles que fazem atividades físicas mais intensas (tem contraindicação relativa em pessoas com hipertensão arterial, devido a uma maior concentração de sódio no produto). O aumento no consumo de legumes também é indicado, pois eles contêm uma maior quantidade de água em sua composição. Pelos mesmos motivos, o chá preferido também ajuda. As contraindicações para aumento da hidratação ficam restritas aos pacientes cardíacos ou renais crônicos, sob supervisão médica. Em relação aos ambientes, mantenham recipientes com água ou toalhas molhadas.
O uso de umificadores também pode ser considerado. É importante ressaltar que esses aparelhos devem ser usados por tempo limitado, ou seja, duas ou três horas antes de dormir, em quarto fechado são suficientes, pois, se eles são usados por muitas horas podem favorecer a proliferação de mofo, o que também é prejudicial. Outra medida que pode ajudar na prevenção é a lavagem do nariz com soro fisiológico. No mais é pedir para São Pedro dar um ajuda.
Nota: imagem copiada de chargesdoedra.blogspot.com
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