Autoria do Dr. Telmo Diniz
O inverno de 2015 começou no dia 21 de junho e vai até 23 de setembro. Com ele, os velhos problemas e incômodos respiratórios. A coluna de hoje é dedicada a esclarecer o que de fato pode ser feito, durante este período, para evitar e minimizar os desconfortos causados pelas baixas temperaturas.
Durante o inverno, normalmente se registra um aumento de 30% a 40% no atendimento a pacientes com doenças respiratórias (gripes, resfriados, rinites, sinusites, asma, etc.) sendo as crianças e os idosos a parcela mais afetada da população. Os quadros alérgicos também são preponderantes neste período.
No inverno, o ar frio, que é mais pesado, fica nas camadas mais baixas. Isso faz com que os poluentes fiquem mais concentrados, inclusive e principalmente devido às chuvas mais escassas. A consequência disso é a irritação das vias aéreas, o que acarreta piora dos sintomas alérgicos, como a falta de ar e a coriza. Além disso, a maior circulação de vírus, como o da gripe e do resfriado, influenciam diretamente no aumento de doenças do aparelho respiratório. É também neste período que as pessoas ficam em ambientes mais fechados, em aglomerações, e isso favorece a disseminação de vírus e bactérias, podendo complicar resfriados simples em quadros de pneumonias.
Existem diversas formas de amenizar ou mesmo evitar estes problemas respiratórios. Todas as dicas são úteis e fáceis de seguir, em especial nas pessoas que sabidamente já são alérgicas e mais propensas a adoecer nestes períodos mais frios:
• Mantenha o organismo hidratado (água fluidifica o muco das vias respiratórias e aumenta suas defesas).
• Não fumar, ou se expor a ambientes com muita poeira ou fumaça, é bastante importante.
• Evite o contato com pessoas gripadas ou com resfriados (quando for espirrar ou tossir, faça-o na dobra do braço e não com as mãos).
• Lavar as mãos frequentemente deve se tornar um habito contumaz (só esta atitude reduz de forma dramática as transmissões de pessoa a pessoa).
• O uso do soro fisiológico nas regiões dos olhos e narinas ajuda a hidratar as mucosas e reduz as irritações.
Os cuidados em casa também merecem atenção. O ambiente deve estar, sempre que possível, arejado (aproveite os dias de sol. Bactérias, vírus e ácaros “gostam” de ambientes fechados). Os lençóis, edredons e demais roupas de cama devem ser expostos ao sol e trocados com maior frequência. A presença de bichos de pelúcia, tapetes, cortinas ou qualquer outro elemento que possua pelos devem ser guardados neste período (nas residências de pessoas alérgicas, eventualmente deverão ser abolidos).
Retire o pó da mobília e limpe o chão com pano úmido (o uso de vassouras de pelos levantam alérgenos respiratórios e, portanto, não devem ser utilizadas). Nos dias de umidade baixa, o uso de umidificadores é de grande ajuda. A alimentação deve ser balanceada e deve conter verduras e legumes. As frutas são essenciais, principalmente aquelas que contêm vitamina C, como laranja e limão. Uma alimentação colorida é rica em nutrientes e vitaminas, e isso fortalece o sistema imunológico. Por fim, não se esqueça das vacinas contra a gripe, coqueluche e pneumonia.
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