Autoria de Danilo Vilela Prado
Para compensar a perda do iodo de fácil assimilação, encontrado em quantidades ideais no sal marinho, e que é perdido no processo de industrialização, ao sal refinado é adicionado o iodeto de potássio, também usado em xaropes como expectorante. Trata-se de uma exigência das autoridades, para prevenir o bócio, também chamado de papo ou papeira, aumento do volume da glândula tireoide, geralmente causado pela falta de iodo. A existência de nódulos na tireoide também é considerada bócio.
O iodeto de potássio, entretanto, oxida rapidamente quando exposto à luz. Então, normalmente é acrescido ao sal refinado na quantidade 20% superior à quantidade normal de iodo encontrado no sal marinho. É bem possível que essa opção seja a causa da disfunção da tireoide de boa parte da população brasileira, principalmente em mulheres, pois os consultórios dos médicos endocrinologistas vivem lotados de pacientes com problemas da tireoide, principalmente o hipotireoidismo.
Para comprovar a tese de que o iodeto de potássio tem causado o hipotireoidismo, exigindo a reposição com hormônio tiroidiano sintético é preciso investigação das autoridades, porque a população está adoecendo em ritmo alarmante. O iodeto de potássio até pode impedir o bócio, mas tem como efeito o hipotireoidismo, cujos sintomas, de acordo com algumas pesquisas são: depressão, desaceleração dos batimentos cardíacos, intestino preso, menstruação irregular, diminuição da memória, cansaço excessivo, dores musculares, sonolência excessiva, pele seca, queda de cabelo, ganho de peso, e aumento do colesterol no sangue.
No site do INMETRO constam informações úteis na apresentação dos resultados obtidos nos ensaios realizados em amostras de sal para consumo humano, baseadas em uma das etapas do Programa de Análise de Produtos. Pelas informações do site, praticamente todas as marcas de sal refinado disponíveis no Brasil estão de acordo, ou seja, “conforme” as exigências das legislações dos órgãos próprios para consumo humano. Apesar de cumprir as determinações legais, o sal refinado deveria ser alvo de novas análises de cientistas e pesquisadores, que deveriam criar grupos de controles, nos quais seriam observadas as pessoas durante certo período de consumo do sal, com o objetivo de comprovar ou não se o sal refinado é nocivo.
Por conter a metade do sódio encontrado no sal refinado, de 16%, o sal light, com 8% de sódio, tem sido indicado para reduzir a pressão alta (hipertensão). Mas dois problemas surgem:
1) Por salgar menos, as pessoas acham que a comida com o sal light está sem sal e costumam colocar o dobro do sal para compensar, anulando o benefício da redução do sódio.
2) O sal light também passa pelo processo de industrialização e possui os mesmos “defeitos” do sal refinado, como o iodeto de potássio, antiumectantes…
É muito difícil encontrar o sal marinho natural no Brasil. Praticamente só em casas especializadas é possível achá-lo, porque a recomendação governamental é o uso do sal refinado. Depois de começar a consumir o sal marinho, observei uma enorme melhora no meu desempenho físico e na aparência. Com pouco mais de 15 dias de uso já senti resultados positivos. As autoridades brasileiras deveriam permitir que o sal marinho fosse opção de escolha dos consumidores. A responsabilidade é de quem compra e usa. O Governo tutelar o consumidor do sal só se justifica em alguns casos. Por experiência própria, sei que o sal marinho foi muito mais benéfico do que o sal refinado, porque meus hormônios tireoidianos tiveram melhora.
Infelizmente, o sal rosa do Himalaia é falsificado por gente inescrupulosa. Muitas pessoas que conhecem os malefícios do sal refinado passaram a comprar o sal do Himalaia e tiveram agravados os problemas de saúde. Para saber distinguir o sal rosa do Himalaia verdadeiro do falso e evitar enganações, é recomendável acessar o YouTube. Para conhecer outras maneiras de falsificação e evitar as fraudes, pesquise no Google com o título “sal rosa do Himalaia falso”.
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