Autoria de Lu Dias Carvalho
Esta menina perdeu a mãe na guerra.
No pátio do orfanato desenhou-a com giz.
Aconchegou-se num colo que não existe mais,
deixando fora as sandálias para respeitá-la, como
manda a cultura oriental ao se entrar num lugar santo.
(Explicação que acompanha o pps)
O mundo virtual traz-nos muitas coisas interessantes e outras nem tanto. Mas os pontos positivos superam em muito os negativos, quando mil caminhos desta nossa existência, ainda que efêmera, abrem-se à nossa frente e nos tornam parte deste planeta maravilhoso chamado Terra. Não digo “parte” pelo fato de estarmos aqui neste momento. Refiro-me a nos sentirmos integrados a ele, lutando para que se transforme num lugar sagrado, onde todos nos tornemos divinos, mas só depois de nos tornarmos realmente humanos.
Foi exatamente este mundo virtual que me trouxe a imagem tocante da garotinha que busca conforto junto ao corpo etéreo de sua mãe ausente. Mais do que isso, numa postura de feto, ela procura o útero que a agasalhou e a protegeu de todas as maldades do homem, que ainda não se tornou humano. Mas aquele lugarzinho ali é sem dúvida, divino, ainda que por um breve instante, até que ela se acorde para as cruezas que lhe traz o homem, na vida.
Eu odeio todos os tipos de guerra, sobretudo pelo sofrimento que impingem às crianças, esses serezinhos que mal começam a desabrochar para a vida. Nada pode ser mais cruel do que roubar de uma criança a sua mãe. Ela perde todo o contato consigo e com o mundo. Melhor seria que tivesse nascido para a vida num outro tempo, numa outra dimensão, numa outra esfera ou num outro planeta, quando e onde o homem tivesse se tornado humano na busca do divino.
Malditas sejam todas as guerras que existem.
Amaldiçoados sejam os que as promovem.
Precitos os que nada fazem para evitá-las.
Desgraçados vermes da maldade humana
que tornam nosso planeta tão triste.
E benditas sejam todas as crianças
deserdadas do amor – pelas guerras,
de ontem, de hoje e de amanhã,
quaisquer que seja elas.
“Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.” (Clarice Linspector)
Nota:
Peço aos leitores que leiam a observação do Gilberto J. Otto, postada como comentário:
Não querendo ser o “estraga prazeres” é que já vi esta foto sendo postada no face por vários amigos, oriundos de sites e blogs de cunho religiosos. Todos querem aproveitar e tirar uma “casquinha” da situação. Mas fui a fundo e na verdade achei o seguinte: A história conta, de fato, é verdadeira para milhares de crianças espalhadas pelo mundo, vítimas de guerras e outros males, mas não se aplica a menina na foto. A autoria Bahareh Bisheh explicou que a menina é sua prima e que se adormeceu sobre o asfalto do lado de fora da minha casa após muita brincadeira. A fotógrafa aproveitou o momento desenhou no chão a figura e subiu em uma cadeira para fazer a foto, não podia deixar passar a chance. A foto foi feita em janeiro de 2009. Assim, não há orfanato envolvido e nem trágica história por trás disso. Afirma a autora que é um estilo de fotografia. Visite o site e veja outras belas e criativas fotos com a mesma menina (visitem e comprove): http://www.flickr.com/photos/khatt-khatti/
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Não querendo ser o “estraga prazeres” é que já vi esta foto sendo postada no face por vários amigos, oriundos de sites e blogs de cunho religiosos. Todos querem aproveitar e tirar uma “casquinha” da situação. Mas fui a fundo e na verdade achei o seguinte: A história conta, de fato, é verdadeira para milhares de crianças espalhadas pelo mundo, vítimas de guerras e outros males, mas não se aplica a menina na foto. A autoria Bahareh Bisheh explicou que a menina é sua prima e que se adormeceu sobre o asfalto do lado de fora da minha casa após muita brincadeira. A fotógrafa aproveitou o momento desenhou no chão a figura e subiu em uma cadeira para fazer a foto, não podia deixar passar a chance. A foto foi feita em janeiro de 2009. Assim, não há orfanato envolvido e nem trágica história por trás disso. Afirma a autora que é um estilo de fotografia. Visite o site e veja outras belas e criativas fotos com a mesma menina (visitem e comprove): http://www.flickr.com/photos/khatt-khatti/
Gilberto
A Daniela fez um comentário semelhante ao seu.
O que nos prova o poder de gerar e espalhar boatos que a rede possui.
Imagine a rapidez com que essa foto e mensagem estão dando volta ao mundo.
Este é um dos posts mais lidos.
Eu vou acrescentar seu comentário ao texto.
Imaginemos que se trata de um alerta que tem o poder de tocar o coração das pessoas.
Não é assim que acontece com o cinema?
Embora esse caso, em especial, pareça uma grande mentira, sabemos que as crianças são as maiores vítimas das guerras, com bem diz você, em seu maravilhoso comentário.
Imaginemos então que se trata de uma advertência.
Muito obrigada por sua participação.
Venha nos visitar diariamente.
Será um prazer ter seus comentários no blog.
Grande abraço,
Lu
Na verdade, essa fotografia foi apenas um momento de criatividade. Alguém inventou essa história por trás dela e a fez ficar viral. No Flickr do autor da foto, Bahareh Bisheh, tem várias outras fotos do mesmo ensaio.
Bahareh Bisheh:
This little girl is my cousin and she actually fell asleep on the asphalt just outside my house. She must have played for some time and just lied to rest and fell asleep. im used a chair to stand on in order to take this shot. There is no orphanage involved and no tragic story behind this. i took this opportunity to be creative. It is a style of photography You can use my photos in your webblag If you mention my name as the photographer of this photo. thanks to all for the consideration .
http://www.reddit.com/r/pics/comments/1i8k06/the_little_girl_has_never_seen_her_mother_so_she/
Dani
Sempre fico com um pé atrás em relação aos e-mails que recebo.
O mundo virtual é capaz de construir histórias mirabolantes.
E quem conta um conto, acrescenta um ponto.
Mas, apesar disso, esta imagem possui um ponto positivo, pois toca no coração das pessoas.
E, ainda que de uma forma diferente, milhares de crianças perdem suas mães todos os dias, ficando abandonadas.
Ainda que se trate de um ensaio fotográfico, situações como essa são corriqueiras nos países onde existem guerras, principalmente civis.
Portanto, o artista cumpriu uma missão, denunciar a violência das guerras, ainda que não o quisesse.
Vemos isso no cinema e na literatura, também.
Agradeço a sua colaboração, ao trazer os fatos reais.
Venha nos visitar mais vezes.
Abraços,
Lu
Linda foto … linda mensagem!
Marcinha
E muito comovente.
Quase chorei ao tomar conhecimento da mesma.
Beijos,
Lu
Lu
Fiquei profundamente tocado pela imagem e pelo texto.
Beijos
Nel
Nel
As crianças são sempre as maiores vítimas dos conflitos humanos.
É de fazer dó o gesto da garotinha.
Beijos,
Lu