Autoria de Edward Chaddad
Quando estava lá pelos meus trinta e poucos anos fumava demasiadamente. Vício que adquiri na juventude impulsiva, naquele desejo de experimentar e que me custou muito caro. Eram quase três maços de cigarros por dia. Foi quando percebi que, se continuasse com aquela “tragação”, certamente seria levado brevemente para a Avenida da Saudade (cemitério local). Conscientizando-me de que a vontade é que vem em primeiro lugar, eu – um viciado inveterado – cônscio do mal que estava causando à minha saúde e à da minha família (fumantes passivos), de repente, sem avisar ninguém, decidi parar de fumar. Nunca mais, coloquei um cigarro na boca, inclusive eu me afasto de pessoas que estão fumando ao meu redor. Essa decisão foi comemorada por minha família.
Eu comecei depois a comer como um leão. De um vício ruim entrei em outro. Engordei, engordei, engordei, chegando a ter 25 quilos a mais do que meu peso ideal. Virei um gorducho. Não sei como minha esposa me aturava (ela era uma santa). Com toda essa banha, estava ficando ridículo, grotesco, estapafúrdio e melancólico. Foi quando resolvi – mais uma vez – botar um basta nisso. Não dei bola nenhuma para dietas e medicamentos. Nem ao médico fui. Apenas mudei de vida. Passei a fazer uso de muitas verduras e legumes e de frutas nos intervalos entre as refeições mais importantes. Como pouco cereal, mas sempre integral, feijão, um pouco de carne, como ensinava a pirâmide alimentar. Ao mesmo tempo, coloquei fim no meu sedentarismo que cada vez mais contribuía para meu aumento de peso. Passei inicialmente a andar. Depois a correr, vagarosamente. Cheguei a correr quase oito mil metros três vezes por semana, intercalado por exercícios de natação. Fui bom nadador, quando adolescente – e retornei.
Comecei emagrecendo dois quilos por mês, aproximadamente, pois não fechei a boca. Apenas comia o que era necessário e recomendável. Aboli os alimentos industrializados, disse não para o açúcar, o óleo e o sal. Minha salada passou a ser sem sal. Adorei, pois comecei a sentir o gosto natural dos alimentos. Dei adeus às frituras e aos doces. É claro que vez ou outra como alguma fritura, um doce por semana e pouquíssimo sal. Chego até a comer macarronada, no entanto, com parcimônia. Os exercícios diminuíram, é claro, mas ainda ando pelos calçadões, não deixando de ativar minha circulação e tomando sol, tão necessário ao ser humano, responsável pela produção da vitamina D, imprescindível para os ossos. Mantenho ativos meus músculos.
Resultado: meus exames de laboratório estão excelentes. Segundo o médico, eles mais se parecem exames de uma criança. Portanto, posso afiançar que vale a pena pôr em prática a nossa força de vontade em prol de nossa saúde.
Nota: quadro de Fernando Botero
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LuDias
Primeiramente, obrigado por transformar meu comentário em um texto.
Sou adepto de uma teoria, na qual todos podemos ser o que quisermos, dentro de nossas possibilidades.
Conheci um homem que dizia que nunca iria trabalhar, mas que mesmo assim viveria. Arrumou um emprego em um governo e ficava sentado o dia todo, lendo jornais e revistas. No final do dia, ia pescar. Outro dizia que, mesmo sendo de classe média, iria viver como um rico. E conseguiu, pois frequentava os ambientes mais ricos, os hotéis de luxo, clubes, passeou pelo mundo, nunca guardou tostão algum. Morreu pobre, mas viveu a vida de milionário (rsrsrsrsrs).
Agora, falando sério. Podemos ser o que queremos, dentro de nossas possibilidades.
Não posso deixar de lembrar de um show, que assisti, onde ouvi:
“- Querer é poder; poder é querer”, lembro-me, gritava um anão, um pequeno, mas grande homem que tinha deficiências físicas, não possuindo braços, mas fazia tudo que podia com os dedos dos pés,mostrando a todos que, incrivelmente, conseguia se alimentar, escrever e ensinar que não temos desculpas para nao vencer nossos desafios.
Assim, é importante nunca deixar o desânimo invadir nosso coração e sempre lutar para que tenhamos aqui que pretendemos.
Lembro-me um fato interessante. Quando fiz o vestibular para Direito, um amigo meu, que também havia sido aprovado, negou-se a fazer a matrícula. Ao inquiri-lo, fez a seguinte assertiva:
– Meu amigo, você, tenho a certeza, será um advogado. Eu estou pensando em ser rico. Então….”
Hoje ele não e milionário, mas é rico. Tem dois grandes supermercados em uma capital estadual. E esta com excelente nível de vida.
Temos que buscar chegar aos nossos objetivos. Não há barreiras insuperáveis.
Ed
Você tem toda a razão, pois é a força de vontade a nossa maior arma.
Sem ela ficaremos arranjando mil desculpas para justificar as nossas quedas.
Sei que não é fácil lutar contra os vícios, hábitos arraigados ao longo dos anos.
É preciso uma vontade férrea, coisa que você teve de sobra.
Parabéns!
Abraços,
Lu