Autoria de Lu Dias Carvalho
Paolo di Dono (c.1397 – 1475) nasceu em Florença, Itália. O pintor tinha um grande amor pelos animais e adorava pintá-los, mantendo em sua casa um grande número de pinturas de todas as espécies de bichos, principalmente de aves. Por isso, foi apelidado de Paolo Uccelli (Paulo dos Pássaros).
Desde criança Uccello mostrou a sua inclinação para a pintura, começando sua carreira como aluno do escultor florentino Lorenzo Ghiberti, responsável por projetar as portas de bronze do Batistério da Catedral de Florença. A oficina de Ghiberti era o centro principal para a arte florentina da época.
Muito pouco se conhece sobre o início da carreira de Uccello. Trabalhou como mosaicista em Veneza e produziu em Florença os afrescos da Criação para a igreja de Santa Maria Novella. Foi um dos responsáveis pelo Pré-Renascimento italiano.
Uccello tornou-se fascinado pela perspectiva, influenciado pela obra do escultor Donatello, com quem travou grande amizade, sendo reconhecido como um dos pioneiros nessa técnica que cria a ilusão de profundidade e que contribuiu para transformar a arte. Chegou a ser criticado por dedicar excessivamente às teorias da perspectiva em detrimento da arte, pois passava noites em claro, tentando compreender o ponto de fuga. Ele não se preocupava com a história temática de sua obra, o que buscava nela era a sensação de profundidade.
Embora tenha morrido pobre e quase desconhecido, nos dias de hoje Paolo Uccello é visto como o maior mestre da perspectiva de sua geração e pela impressão de relevo que deu à pintura, sendo um dos mais importantes precursores do Renascimento florentino, fazendo parte da fase do Quattrocento do Renascimento. A perspectiva aplicada em suas pinturas influenciou pintores famosos, como Piero della Francesca, Albrecht Dürer e Leonardo da Vinci, dentre outros. Seus trabalhos mais conhecidos são as três pinturas representando a batalha de San Romano.
Curiosidade:
Ponto de fuga (cuja abreviatura é PF) em geometria, é o ponto de convergência das linhas que descrevem a profundidade dos objetos; é a direção para onde o objeto segue; se aprofunda.
Nota: Autorretrato do pintor
Fontes de pesquisa:
A história da arte/ E.H. Gombrich
501 grandes artistas/ Sextante
1000 e uma obras-primas…/ Konemann
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