Autoria de Lu Dias Carvalho
A composição A Mesa Redonda é uma obra do pintor normando Georges Braque, quando esse se encontrava no final de sua produção de naturezas-mortas, dando início à fase das musas e das figuras de perfil. Trata-se, portanto, de uma obra de transição.
A pintura chama a atenção do observador, sobretudo, pela harmonia das cores, onde se juntam tons marrons, que vão do castanho-claro ao chocolate, e uma linda mancha de azul-cobalto, na parte esquerda da mesa, assim como o fundo alaranjado e o marrom da guitarra.
Na natureza-morta de Braque estão presentes: uma guitarra, um tubo, uma garrafa, uma folha de música, um jornal, faca, maçãs, um livro de música aberto, etc. Nesta colossal obra, o artista apresenta objetos simples, mais cheios de uma surpreendente complexidade na forma como são representados, num desconstruir e construir incessante da ilusão que representam. Portanto, a pintura é ao mesmo tempo uma representação pictórica e uma desconstrução da representação.
O pedestal escuro da mesa possui três pés, dois dos quais se adentram pela borda inferior da tela. E ainda que se mostrem frágeis, apoiam a mesa com todas as coisas que nela se avolumam. Acima dos pés estão uns arcos romanos e mais acima vem um retângulo plano. A guitarra sem cordas é o maior objeto que se encontra sobre a mesa. Suas cordas aparecem como pautas no livro de música. Na parte mais alta da construção estão folhas de papel coloridas, que se parecem com o canto da sala.
Ficha técnica
Ano: 1929
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 146 x 114 cm
Localização: Coleção Philips, Washinton, EUA
Fontes de pesquisa
Gênios da Pintura/ Abril Cultura
https://sites.google.com/site/beautyandterror/Home/lying-to-tell-the-truth
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