BRASIL – DESEMPREGO E DOENÇAS

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

Pela primeira vez no Brasil, o número de desempregados chega à cifra de impressionantes 14 milhões de pessoas procurando por trabalho (sem falar nos que não foram contabilizados). Este quadro alarmante é fruto de uma política pública desastrada, corrupta e incompetente. Os brasileiros já sentem os efeitos colaterais no bolso e na saúde mental.

Um estudo publicado nos Estados Unidos analisou o impacto que a falta de perspectiva gerada pelo desemprego causa na saúde da população. O estudo teve como foco a população masculina americana, que cresceu ou estava no auge da idade produtiva, quando ocorreu a recessão global de 2007/2008. Estudiosos e economistas da Universidade de Princeton concluíram que um percentual expressivo dos desempregados apresentava dores crônicas – sem um motivo aparente – e praticavam um consumo abusivo de analgésicos.

Atualmente no Brasil, estamos com uma taxa de desemprego recorde, de acordo com a Pnad contínua. O Brasil vive a sua pior crise no mercado de trabalho. São milhões de trabalhadores sem emprego com um tempo médio de até oito meses para recolocação. Além dos efeitos evidentes nos orçamentos domésticos, o desemprego tem graves reflexos na saúde das pessoas. Os principais riscos são as doenças mentais que, sem o tratamento adequado, podem levar até mesmo ao suicídio.

O impacto do desemprego na saúde vai variar de pessoa a pessoa. O estresse físico e emocional é maior para quem tem filhos e irá enfrentar uma situação financeira mais difícil até conseguir um novo emprego. Isso pode causar sérios danos à autoestima da pessoa, que poderá ter episódios frequentes de angústia, ansiedade e chegar à depressão. Do ponto de vista físico, o desemprego pode desencadear queda de cabelos, insônia, ganho de peso, pressão alta, piora do diabetes, infarto e até câncer. Não dormir várias noites seguidas e fugir do convívio social com um isolamento característico são sinais de alerta.

Para quem está desempregado, é possível manter a saúde emocional minimamente equilibrada gastando pouco ou nada. Uma rotina simples com atividade física, exercícios de respiração regular e meditação contribuem para reduzir os efeitos nocivos da inatividade laboral. Parece fácil falar em sair para caminhar e estar sem emprego. Entretanto, se você fizer um teste verá que uma simples caminhada de meia hora irá reduzir seu estresse, melhorar sua disposição diária e lhe proporcionará forças para seguir adiante.

A terapia com um psicólogo estimula um olhar positivista, ajudando a seguir e procurar por dias melhores. Lembre-se que tudo passa, até as coisas ruins. Pense também no lado positivo do processo, que enquanto procura um emprego terá mais tempo para uma caminhada matinal, fazer seu café da manhã com mais calma junto da família e, quem sabe, ajudar o próximo. É isso mesmo! Está provado que o voluntariado retorna em dobro para quem pratica o ato. Certa vez, um ministro de Estado falou: “eu não sou ministro, estou ministro”. De igual forma, você não é um desempregado e, sim, está, momentaneamente, sem emprego

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