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Artigos variados sobre cinema e a análise de filmes que se tornaram clássicos.

Filme – TITANIC

Autoria de Lu Dias Carvalho

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A melhor demonstração da genialidade humana se impondo sobre a natureza humana foi a construção do Titanic. Mas a viagem inaugural terminou num pesadelo que abalou a crença na capacidade do ser humano, apontando suas limitações. (James Cameron)

Vê-lo emergir do fundo da escuridão como um navio fantasma sempre me emociona. Ver os tristes destroços do grande navio aqui no fundo, onde ele pousou às 2:30 horas de 15 de abril de 1912 depois de sua longa queda da superfície. (Brock Lovett)

O trágico naufrágio do majestoso transatlântico Titanic, 1912, em sua viagem inaugural, responsável pela morte de mais de 1500 pessoas, já foi tema de duas produções cinematográficas que misturam amor e tragédia.

O primeiro filme, Titanic (1953), em preto e branco, vencedor do Oscar de melhor roteiro, foi dirigido pelo cineasta Jean Negulesco, tendo nos papéis principais os astros: Clifton Webb, Barbara Stanwyck e Robert Wagner.

Sinopse do Titanic (1953)

Ano de 1912. Julia Sturges (Barbara Stanwyck), uma socialite, embarca no Titanic acompanhada pelos filhos Annette (Audrey Dalton) e Norman (Harper Carter), e deixa para trás o marido, Richard Ward Sturges (Clifton Webb). Julia está cansada do estilo sofisticado do seu esposo e planeja viver nos Estados Unidos com os filhos. Richard arruma um jeito de embarcar no último minuto e descobre que Julia quer se divorciar dele. Eles acabam discutindo e coisas duras são ditas, mas quando o Titanic bate num iceberg e começa a afundar todos os problemas deles se tornam bem pequenos.

O segundo filme, Titanic (1997), dirigido pelo cineasta norte-americano James Cameron, foi vencedor de 11 Oscar, além de angariar uma das maiores bilheterias de todos os tempos, só ultrapassada por Avatar, do mesmo diretor. É sobre ele que irei comentar.

O filme começa mostrando a equipe do caçador de tesouros Brock Lovett (Bill Paxton) munida de uma câmera-robô, em meio aos destroços do transatlântico Titanic, a quatro mil metros de profundidade, debaixo de uma pressão extrema da água, em busca de riquezas sepultadas ali. O navio Keldish serve como base para a operação de busca.

Lovett imagina que no cofre resgatado pela equipe esteja o famoso diamante Coração do Oceano, que pertenceu ao rei francês Luís XVI, uma das joias mais valiosas do planeta. Contudo, surpreende-se ao se deparar apenas com desenhos de uma garota nua, que traz no pescoço o tal diamante. Apesar de decepcionado, Lovett repassa sua descoberta para a tevê em todo o mundo. E é através da mídia televisiva que uma centenária senhora toma conhecimento da notícia e das imagens encontradas pela equipe de Lovett, o que a leva, depois de entrar em contato com o explorador, a tomar um helicóptero e, acompanhada de sua neta Lizzy (Susy Amis), dirigir-se ao navio Keldish, onde se apresenta a Lovett como Rose Dawson Calvert, sobrevivente do trágico naufrágio do Titanic. Ela começa a contar a sua história que se desenrola em forma de um romance em meio à tragédia acontecida 85 anos antes. Ei-la:

O órfão Jack Dawson (Leonardo DiCaprio), um grande talento para o desenho, vive no interior dos Estados Unidos. Trata-se de um rapaz bonito e aventureiro que morou em Paris, sobrevivendo com a venda de seus desenhos. Jack, através de uma partida de pôquer, ao lado de seu amigo italiano Fabrizio (Danny Nucci), ganha em Southampton, Inglaterra, as passagens para viajar no transatlântico Titanic, de volta para seu país.

No transatlântico também se encontra a jovem aristocrata Rose DeWitt Bukater (Kate Winslet), que aceita se casar com Cal (Billy Zanel), um homem riquíssimo, mas extremamente autoritário, diante dos apelos de sua mãe orgulhosa, Ruth (Frances Fischer), para manter seu status e impedir que sua família caia na falência, uma vez que só possuem agora o nome aristocrático e muitas dívidas.

Cal, percebendo que Rose reluta em aceitá-lo como marido, usa de astúcia para vencer sua resistência. Presenteia-a com o diamante Coração do Oceano, antecipando o presente do noivado que deveria acontecer somente após a chegada do transatlântico aos Estados Unidos.

O encontro entre Rose e Jack acontece quando ela, não mais aguentando a pressão do noivo, tenta se jogar ao mar, mas é impedida pelo rapaz que a convence de não fazer aquilo, pois, ele teria que pular atrás para salvá-la. Enquanto fala, Jack vai se despindo, para mostrar que está falando sério. Rose desiste do suicídio e Jack é convidando para um jantar na primeira classe, como forma de agradecimento, onde fica conhecendo a nata da aristocracia, presente no Titanic em sua viagem de inauguração. A partir daí nem tudo são flores para Jack que é humilhado pela mãe arrogante de Rose, vigiado pelo secretário de seu noivo e constrangido pela evidente diferença de classes sociais. O casal, em razão do amor que os une passa pelas mais árduas provas, inclusive pela separação que advirá com o naufrágio. E os retratos, que ficaram sepultados por quase nove anos no leito profundo do mar, são a única prova desse amor intenso e sofrido.

Os passageiros do transatlântico falam sobre a sua segurança, pois é dotado de avançada tecnologia, de modo que jamais poderá afundar. Extremamente confiantes, seus donos estão ansiosos para lograrem o feito de bater o recorde de tempo de travessia até Nova York. E, por mero problema estético, o navio só leva metade dos botes salva-vidas necessários ao número de pessoas presentes na viagem.

Durante a viagem, apesar de alguns alertas de icebergs no oceano Atlântico, o capitão dá ordens para que seja aumentada a sua velocidade. É noite de 14 de abril. Jack e Roses encontram-se no convés, atraindo a atenção dos vigias que, repentinamente, deparam com um enorme iceberg, sendo impossível evitar a colisão iminente. Grande parte do navio fica danificada. Não há dúvidas de que não tardará em afundar.

Os botes, como já sabiam os donos do navio, não são suficientes para todos. Cobrem apenas metade dos passageiros. Mulheres e crianças da primeira classe terão a preferência. Na terceira classe, trancafiados por portões de ferro que tentam impedir o avanço das águas salgadas do oceano, os passageiros já se encontram condenados à morte. Aos da primeira classe resta a luta pela vida. Água e pânico dão forma ao trágico pesadelo. A morte é iminente para todos.

Cal, o autoritário noivo de Rose, fingindo ser pai de uma criança, tenta subornar um oficial, para ganhar espaço em um dos botes. Uma mãe desesperançada conta a seus filhos uma história, na qual crianças transformam-se em cisnes. Centenas de pessoas debatem-se nas águas gélidas do oceano Atlântico, ansiando por manter a vida.

Rose é resgatada no único bote salva-vidas que retorna par tentar salvar mais pessoas. No navio Carpathia, que chegara para resgatar os náufragos, ela se esconde de Cal, adotando um novo sobrenome: Dawson, e passa a realizar tudo que planejara com Jack.

Após contar sua trágica história, deixando Lovett e sua equipe embasbacados, Rose vai até o convés do navio e lança ao mar o diamante Coração do Oceano, que estivera o tempo todo com ela. Agora, ele iria adornar o túmulo de Jack, nas profundezas daquele oceano, para sempre.

Curiosidades sobre o filme Titanic:

  • Ganhou 87 prêmios em todo o mundo, além de ter a maior bilheteria, até ser ultrapassado por Avatar, do mesmo diretor.
  • Foi agraciado com 11 Oscar: melhor diretor, melhor direção de arte, melhor fotografia, melhor figurino, melhores efeitos sonoros, melhor edição de som, melhores efeitos especiais, melhor trilha sonora e melhor canção.
  • O diretor James Cameron não queria nenhuma canção no filme, mas o compositor James Horner, em parceria com o letrista Will Jennings, compôs secretamente My Heart Will Go On, cantada por Celine Dion. A música foi aceita pelo cineasta e se tornou a trilha sonora mais vendida da história do cinema, além de ganhar o Oscar de melhor trilha sonora e melhor canção e inúmeros prêmios.
  • Depois do filme Leonardo DiCaprio foi alçado à condição de ídolo, que tem hoje a defesa do meio ambiente como questão de honra, tendo criado sua própria instituição: DiCaprio Foundation.
  • Kate Winselet foi a atriz mais jovem indicada ao Oscar, até então (22 anos).
  • Antes de fazer o filme, James Cameron pesquisou 5 anos sobre o Titanic, só dando início à produção, após ganhar permissão para visitar seus escombros.
  • As imagens dos destroços do transatlântico mostradas no início do filme são reais, imagens nunca vistas até então.
  • Um tanque com capacidade para 64 milhões de litros de água salgada, no México, foi usado nas cenas do naufrágio.
  • Três maquetes, em diferentes escalas, foram usadas com os efeitos especiais, além de uma maquete completa do cenário dos escombros.
  • A cena em que Jack grita “Eu sou o rei do mundo!” custou um milhão de dólares, pois foi toda gerada por computadores: personagens, golfinhos, mar, e pássaros.
  • Foram gastos trinta milhões de dólares somente com novas câmeras e efeitos especiais, visuais e sonoros. Muitos efeitos especiais foram criados pela primeira vez.
  • Tudo o que gira em torno do romance foi feito com base nos fatos, relatos dos sobreviventes, nas fotos remanescentes, tendo a história do transatlântico como moldura.
  • Para o filme, foram construídas uma metade do navio e três partes separadas dele: a popa (frente), a proa e meia-nau (parte do meio), cada uma com seis metros.
  • As tomadas do transatlântico inteiro vistas durante o filme não são reais, mas feitas digitalmente.
  • Há dezenas de pessoas adicionadas digitalmente em diversas tomadas do navio.

Fonte de pesquisa:
Cinemateca Veja

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RANKING DOS 100 MELHORES FILMES / NOIR

Autoria de Moacyr Praxedes

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Vários amantes do cinema fizeram uma lista dos melhores filmes  de todos os tempos do gênero Noir, dando-lhes uma nota de 1 a 10. E assim surgiu o Ranking dos Melhores Filmes Noir de Todos os Tempos, conforme explica o blog Melhores Filmes:

Para chegar a esta lista de filmes, foi realizada uma pesquisa minuciosa com livros de cinema, em sites e revistas internacionais especializadas, e levou-se em consideração também a premiação em festivais e críticas em importantes veículos mundiais. A cada filme, foi atribuída uma nota, de acordo com a média formulada a partir da pesquisa inicial e do peso que cada obra contém na história do cinema mundial. (http://melhoresfilmes.com.br/generos/noir)

Ranking / Filme / Diretor

1º – Pacto de Sangue  (Billy Wilder)
2º – A Marca da Maldade  (Orson Welles)
3º – O Terceiro Homem  (Carol Reed)
4º – Embriaguez do Sucesso  (Alexander Mackendrick)
5º – Relíquia Macabra  (John Huston)
6º – O Mensageiro do Diabo  (Charles Laughton)
7º – Uma Rua Chamada Pecado  (Elia Kazan)
8º – Interlúdio  (Alfred Hitchcock)
9º – Fúria Sanguinária  (Raoul Walsh)
10º – Pacto Sinistro  (Alfred Hitchcock)
11º – Farrapo Humano  (Billy Wilder)
12º – As Diabólicas  (Henri-Georges Clouzot)
13º – Rififi  (Jules Dassin)
14º –O Segredo das Jóias  (John Huston)
15º – Laura  (Otto Preminger)
16º – Fuga do Passado  (Jacques Tourneur)
17º – O Fugitivo  (Mervyn LeRoy)
18º – A Sombra de uma Dúvida  (Alfred Hitchcock)
19º – À Beira do Abismo  (Howard Hawks)
20º – Os Assassinos  (Robert Siodmak)
21º – A Montanha dos Sete Abutres  (Billy Wilder)
22º – Paixões em Fúria  (John Huston)
23º – Alma em Suplício  (Michael Curtiz)
24º – Punhos de Campeão  (Robert Wise)
25º – O Destino Bate à Sua Porta  (Tay Garnett)
26º – Os Corruptos  (Fritz Lang)
27º – Fúria  (Fritz Lang)
28º – O Último Refúgio  (Raoul Walsh)
29º – Mortalmente Perigosa  (Joseph H. Lewis)
30º – Vive-se Só uma Vez  (Fritz Lang)
31º – Rancor  (Edward Dmytryk)
32º – No Silêncio da Noite  (Nicholas Ray)
33º – Quando Fala o Coração  (Alfred Hitchcock)
34º – Curva do Destino  (Edgar G. Ulmer)
35º – Gilda  (Charles Vidor)
36º – Retrato de Mulher  (Fritz Lang)
37º – O Grande Golpe  (Stanley Kubrick)
38º – Anjo do Mal  (Samuel Fuller)
39º – Amarga Esperança  (Nicholas Ray)
40º – Scarface, a Vergonha de uma Nação  (Howard Hawks)
41º – Força do Mal  (Abraham Polonsky)
42º – Corpo e Alma   Robert Rossen)
43º – Sombras do Mal  (Jules Dassin)
44º – Baixeza  (Robert Siodmak)
45º – O Estranho  (Orson Welles)
46º – Pânico nas Ruas  (Elia Kazan)
47º – Beijo da Morte  (Henry Hathaway)
48º – Uma Vida por um Fio  (Anatole Litvak)
49º – Cidade Nua  (Jules Dassin)
50º – Até a Vista, Querida  (Edward Dmytryk)
51º – Na Teia do Destino  (Max Ophüls)
52º – A Dama de Shangai  (Orson Welles)
53º – Cão Danado  (Akira Kurosawa)
54º – A Morte num Beijo  (Robert Aldrich)
55º – Almas Perversas  (Fritz Lang)
56º – Mercado de Ladrões  (Jules Dassin)
57º – A Carta  (William Wyler)
58º – O Beco das Ilusões Perdidas  (Edmund Goulding)
59º – Prisioneiro do Passado  (Delmer Daves)
60º – The Small Back Room  (Michael Powell)
61º – Passos na Noite  (Otto Preminger)
62º – Amar Foi Minha Ruína  (John M. Stahl)
63º – Rumo ao Inferno  (Richard Fleischer)
64º – Brutalidade  (Jules Dassin)
65º – Chaga de Fogo  (William Wyler)
66º – O Invencível  (Mark Robson)
67º – O Relógio Verde  (John Farrow)
68º – Suspeita  (Alfred Hitchcock)
69º – Com as Horas Contadas  (Rudolph Maté)
70º – Sublime Devoção  (Henry Hathaway)
71º – Alma Torturada  (Frank Tuttle)
72º – O Tempo Não Apaga  (Lewis Milestone)
73º – A Dama Fantasma  (Robert Siodmak)
74º – O Império do Crime  (Joseph H. Lewis)
75º – A Trágica Farsa  (Mark Robson)
76º – Cidade Tenebrosa  (André De Toth)
77º – O Justiceiro  (Elia Kazan)
78º – Anjo Embriagado  (Akira Kurosawa)
79º – Um Preço para Cada Crime  (Bretaigne Windust)
80º – Horas de Desespero  (William Wyler)
81º – A Taverna do Caminho  (Jean Negulesco)
82º – Precipícios D’Alma  (David Miller)
83º – O Homem Errado  (Alfred Hitchcock)
84º – Seu Tipo de Mulher  (John Farrow)
85º – O Demônio na Noite  (Alfred L. Werker)
86º – Capitulou Sorrindo  (Stuart Heisler)
87º – Ninguém Crê em Mim  (Ted Tetzlaff)
88º – Alma em Pânico  (Otto Preminger)
89º – Amor e Sangue  (Josef von Sternberg)
90º – Entre Dois Fogos  (Anthony Mann)
91º – Quem Matou Vicki?  (H. Bruce Humberstone)
92º – Envolto nas Sombras  (Henry Hathaway)
93º – A Máscara de Dimitrios  (Jean Negulesco)
94º – O Caminho da Tentação  (André De Toth)
95º – Os Quatro Desconhecidos  (Phil Karlson)
96º – A Casa da Rua 92  (Henry Hathaway)
97º – Os Assassinos  (Don Siegel)
98º – Espelhos D’Alma  (Robert Siodmak)
99º – A Dália Azul  (George Marshall)
100º – Coração Prisioneiro  (Max Ophüls)
Vejam também RANKING – MAIS 100 BONS FILMES / NOIR

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RANKING DOS 100 MELHORES FILMES / COMÉDIA

Autoria de Moacyr Praxedes qmqm

Vários amantes do Cinema escolheram os melhores filmes de Comédia de todos os tempos, dando-lhes uma nota de 1 a 10. E, assim, surgiu o Ranking dos Melhores Filmes de Comédia de Todos os Tempos, conforme explica o blog Melhores Filmes:

Para chegar a esta lista de filmes, foi realizada uma pesquisa minuciosa com livros de cinema, em sites e revistas internacionais especializadas, e levou-se em consideração também a premiação em festivais e críticas em importantes veículos mundiais. A cada filme, foi atribuída uma nota, de acordo com a média formulada a partir da pesquisa inicial e do peso que cada obra contém na história do cinema mundial. (http://melhoresfilmes.com.br/generos/comédia)

Ranking / Filme / Diretor

1º – Quanto Mais Quente Melhor  (Billy Wilder)
2º – Luzes da Cidade  (Charles Chaplin)
3º – Dr. Fantástico  (Stanley Kubrick)
4º – A General  (Buster Keaton)
5º – Em Busca do Ouro   (Charles Chaplin)
6º – Se Meu Apartamento Falasse  (Billy Wilder)
7º – Tempos Modernos  (Charles Chaplin)
8º – Noivo Neurótico, Noiva Nervosa  (Woody Allen)
9º – Núpcias de Escândalo  (George Cukor)
10º – Aconteceu Naquela Noite  (Frank Capra)
11º – Levada da Breca  (Howard Hawks)
12º – M*A*S*H  (Robert Altman)
13º – Manhattan  (Woody Allen)
14º – A Nós a Liberdade  (René Clair)
15º – As Três Noites de Eva  (Preston Sturges)
16º –
Ladrão de Alcova  (Ernst Lubitsch)

17º – Diabo a Quatro  (Leo McCarey)
18º – Contrastes Humanos  (Preston Sturges)
19º – A Primeira Noite de um Homem  (Mike Nichols)
20º – Jejum de Amor  (Howard Hawks)
21º – O Grande Ditador  (Charles Chaplin)
22º- Cupido É Moleque Teimoso  (Leo McCarey)
23º – Ser ou Não Ser  (Ernst Lubitsch)
24º – Ninotchka  (Ernst Lubitsch)
25º – Tootsie  (Sydney Pollack)
26º – Trainspotting, Sem Limites  (Danny Boyle)
27º – Vamos à América  (Leo McCarey)
28º – Milagre na Rua 34  (George Seaton)
29º – Hannah e Suas Irmãs  (Woody Allen)
30º – Minha Querida Dama  (George Cukor)
31º – Irene, a Teimosa  (Gregory La Cava)
32º – O Fabuloso Destino de Amélie Poulain  (Jean-Pierre Jeunet)
33º – O Galante Mr. Deeds  (Frank Capra)
34º – Sherlock Jr.  (Buster Keaton)
35º – Mulher de Verdade  (Preston Sturges)
36º – Discreto Charme da Burguesia  (Luis Buñuel)
37º – A Loja da Esquina  (Ernst Lubitsch)
38º – Suprema Conquista  (Howard Hawks)
39º – O Mistério da Torre  (Charles Crichton)
40º – Ama-me Esta Noite  (Rouben Mamoulian)
41º – O Milhão  (René Clair)
42º – A Vida de Brian  (Terry Jones)
43º – Meia-Noite  (Mitchell Leisen)
44º – Jovem Frankenstein  (Mel Brooks)
45º – Crimes e Pecados  (Woody Allen)
46º – Sob os Tetos de Paris  (René Clair)
47º – Maridos e Esposas  (Woody Allen)
48º – O Picolino  (Mark Sandrich)
49º – Muito Além do Jardim  (Hal Ashby)
50º – Badaladas à Meia-Noite  (Orson Welles)
51º – Pequeno Grande Homem  (Arthur Penn)
52º – Primavera para Hitler  (Mel Brooks)
53º – A Costela de Adão  (George Cukor)
54º – Papai por Acaso  (Preston Sturges)
55º – Jantar às Oito  (George Cukor)
56º – Quatro Casamentos e um Funeral  (Mike Newell)
57º – Que Espere o Céu  (Alexander Hall)
58º – As Férias do Sr. Hulot  (Jacques Tati)
59º – De Volta para o Futuro  (Robert Zemeckis)
60º – Pigmalião  (Anthony Asquith)
61º – Brazil – O Filme  (Terry Gilliam)
62º – O Homem Mosca  (Fred C. Newmeyer)
63º – Golpe de Mestre  (George Roy Hill)
64º – Uma Noite na Ópera  (Sam Wood)
65º – A Mulher do Padeiro  (Marcel Pagnol)
66º – A Princesa e o Plebeu  (William Wyler)
67º – Pasqualino Sete Belezas  (Lina Wertmüller)
68º –O Guarda  (Edward F. Cline)
69º – Quero Ser John Malkovich  (Spike Jonze)
70º – O Crime do Sr. Lange  (Jean Renoir)
71º – Felicidade  (Todd Solondz)
72º – Boêmio Encantador  (George Cukor)
73º – Tampopo – Os Brutos Também Comem Spaghetti  (Juzo Itami)
74º – Nossa Hospitalidade  (Buster Keaton)
75º – Apertem os Cintos! O Piloto Sumiu   (David Zucker)
76º – A Ceia dos Acusados  (W.S. Van Dyke)
77º – As Mulheres  (George Cukor)
78º – Mister Roberts  (John Ford)
79º – O Bom Pastor  (Leo McCarey)
80º – Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos  (Pedro Almodóvar)
81º – O Homem Invisível  (James Whale)
82º – A Mocinha da Fábrica de Fósforos  (Aki Kaurismäki)
83º – O Dorminhoco  (Woody Allen)
84º – Minha Vida de Cachorro  (Lasse Hallström)
85º – Underground – Mentiras de Guerra  (Emir Kusturica)
86º – Sorrisos de uma Noite de Amor  (Ingmar Bergman)
87º – O Quinteto da Morte  (Alexander Mackendrick)
88º – Os Eternos Desconhecidos  (Mario Monicelli)
89º – Herói de Mentira  (Preston Sturges)
90º – Domícilio Conjugal  (François Truffaut)
91º – Faça a Coisa Certa  (Spike Lee)
92º – Boudu Salvo das Águas  (Jean Renoir)
93º – A Roda da Fortuna  (Vincente Minnelli)
94º – Os Amores de uma Loira  (Milos Forman)
95º – Quem É o Infiel  (Joseph L. Mankiewicz)
96º – O Artista  (Michel Hazanavicius)
97º – Esperança e Glória  (John Boorman)
98º –  (Blake Edwards)
99º – It’s a Gift  (Norman Z. McLeod)
100º – Melhor É Impossível  (James L. Brooks)
Vejam também: RANKING – MAIS 100 BONS FILMES / COMÉDIA

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RANKING DOS 100 MELHORES FILMES / AÇÃO

 Autoria de Moacyr Praxedes

SAC

Vários amantes do Cinema escolheram os melhores filmes do gênero Ação de todos os tempos, dando-lhes uma nota de 1 a 10. E assim surgiu o Ranking dos Melhores Filmes de Ação de Todos os Tempos, conforme explica o blog Melhores Filmes:

Para chegar a esta lista de filmes, foi realizada uma pesquisa minuciosa com livros de cinema, em sites e revistas internacionais especializadas, e levou-se em consideração também a premiação em festivais e críticas em importantes veículos mundiais. A cada filme, foi atribuída uma nota, de acordo com a média formulada a partir da pesquisa inicial e do peso que cada obra contém na história do cinema mundial. (http://melhoresfilmes.com.br/generos/ação)

Ranking / Filme / Diretor

1º – Os Sete Samurais  (Akira Kurosawa)
2º – Apocalypse Now  (Francis Ford Coppola)
3º – O Tesouro de Sierra Madre  (John Huston)
4º – Guerra nas Estrelas: Episódio 4 – Uma Nova Esperança  (George Lucas)
5º – Ran  (Akira Kurosawa)
6º – No Tempo das Diligências  (John Ford)
7º – Sem Novidades no Front  (Lewis Milestone)
8º – King Kong  (Merian C. Cooper)
9º – Os Caçadores da Arca Perdida  (Steven Spielberg)
10º – As Aventuras de Robin Hood  (Michael Curtiz)
11º – Trono Manchado de Sangue  (Akira Kurosawa)
12º – Guerra nas Estrelas: Episódio 5 – O Império Contra-Ataca  (Irvin Kershner)
13º – Alexandre Nevski  (Sergei Eisenstein)
14º – Operação França  (William Friedkin)
15º – Cidade de Deus (Fernando Meirelles)
16º – Platoon  (Oliver Stone)
17º – Rio Vermelho  (Howard Hawks)
18º – O Inimigo Público  (William A. Wellman)
19º – Yojimbo – O Guarda-Costas  (Akira Kurosawa)
20º – Era uma Vez no Oeste  (Sergio Leone)
21º – Aliens – O Resgate  (James Cameron)
22º – Ben-Hur  (William Wyler)
23º –  Spartacus  (Stanley Kubrick)
24º – O Resgate do Soldado Ryan  (Steven Spielberg)
25º – O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final  (James Cameron)
26º – O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei  (Peter Jackson)
27º – Guerra nas Estrelas: Episódio 6 – O Retorno de Jedi  (Richard Marquand)
28º – O Indomado  (Martin Ritt)
29º – Henrique V  (Kenneth Branagh)
30º – De Volta para o Futuro  (Robert Zemeckis)
31º – O Homem Mosca  (Fred C. Newmeyer)
32º – Duro de Matar  (John McTiernan)
33º – Sem Destino  (Dennis Hopper)
34º – Os Vampiros  (Louis Feuillade)
35º – O Exterminador do Futuro  (James Cameron)
36º – O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel  (Peter Jackson)
37º – Por um Punhado de Dólares  (Sergio Leone)
38º – O Mais Longo dos Dias  (Ken Annakin)
39º – Os Doze Condenados  (Robert Aldrich)
40º – 007 Contra Goldfinger  (Guy Hamilton)
41º – O Samurai Dominante  (Hiroshi Inagaki)
42º – Perseguidor Implacável  (Don Siegel)
43º – Somente Deus por Testemunha  (Roy Ward Baker)
44º- O Trem  (John Frankenheimer)
45º – Fugindo do Inferno  (John Sturges)
46º – Corra Lola Corra  (Tom Tykwer)
47º – Por uns Dólares a Mais  (Sergio Leone)
48º – O Ladrão de Bagdá  (Raoul Walsh)
49º – Zulu  (Cy Endfield)
50º – Matrix  (Andy Wachowski)
51º – Batman – O Cavaleiro das Trevas  (Christopher Nolan)
52º – Jornada nas Estrelas II – A Ira de Kahn  (Nicholas Meyer)
53º – Moscou Contra 007  (Terence Young)
54º – Rocky, um Lutador  (John G. Avildsen)
55º – Capitão Blood  (Michael Curtiz)
56º – Auroras Nascem Tranqüilas  (Stanislav Rostotsky)
57º – Bullitt  (Peter Yates)
58º – Kill Bill: Vol. 1  (Quentin Tarantino)
59º – Peking Opera Blues  (Tsui Hark)
60º – O Senhor dos Anéis – As Duas Torres  (Peter Jackson)
61º – Beau Geste  (William A. Wellman)
62º – O Vingador do Futuro  (Paul Verhoeven)
63º – A Marca do Zorro  (Rouben Mamoulian)
64º – O Planeta dos Macacos  (Franklin J. Schaffner)
65º – O Enigma de Outro Mundo  (John Carpenter)
66º – Nikita  (Luc Besson)
67º – RoboCop – O Policial do Futuro  (Paul Verhoeven)
68º – Thelma & Louise  (Ridley Scott)
69º – Os Implacáveis  (Sam Peckinpah)
70º – Tempestade Sobre a Ásia  (Vsevolod Pudovkin)
71º – Indiana Jones e a Última Cruzada  (Steven Spielberg)
72º – Um Tira da Pesada  (Martin Brest)
73º – Agonia e Glória  (Samuel Fuller)
74º – A Fortaleza Escondida  (Akira Kurosawa)
75º – Morte Sem Glória  (Robert Aldrich)
76º – O Despertar dos Mortos  (George A. Romero)
77º – Kill Bill: Vol. 2  (Quentin Tarantino)
78º – O Matador  (John Woo)
79º – Mad Max 2 – A Caçada Continua  (George Miller)
80º – Girl Shy  (Fred C. Newmeyer)
81º – Gladiador  (Ridley Scott)
82º – Carter, o Vingador  (Mike Hodges)
83º – O Vôo da Fênix  (Robert Aldrich)
84º – A Touch of Zen  (King Hu)
85º – Superman – O Filme  (Richard Donner)
86º – Sanjuro  (Akira Kurosawa)
87º – Elegia da Briga  (Seijun Suzuki)
88º – Guerra dos Mundos  (Byron Haskin)
89º – Jurassic Park – Parque dos Dinossauros  (Steven Spielberg)
90º – Asas  (William A. Wellman)
91º – Lone Wolf and Cub: Child and Expertise for Rent  (Kenji Misumi)
92º – Sin City – A Cidade do Pecado  (Robert Rodriguez)
93º – Coração Valente  (Mel Gibson)
94º – À Queima Roupa  (John Boorman)
95º –  (Steven Spielberg)
96º – Homem-Aranha 2  (Sam Raimi)
97º – O Falcão dos Mares  (Raoul Walsh)
98º – Tempo de Glória  (Edward Zwick)
99º – O Pirata Sangrento  (Robert Siodmak)
100º – Up – Altas Aventuras  (Peter Docter)
Vejam também: RANKING – MAIS 100 BONS FILMES / AÇÃO

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RANKING DOS 100 MELHORES FILMES / GÊNEROS DIVERSOS

Autoria de M. Praxedes

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Vários amantes do Cinema escolheram os melhores filmes de todos os tempos, dando-lhes uma nota de 1 a 10, indiferentemente de gênero. E assim surgiu o Ranking dos Melhores Filmes de Todos os Tempos, conforme explica o blog Melhores Filmes:

Para chegar a esta lista de filmes, foi realizada uma pesquisa minuciosa com livros de cinema, em sites e revistas internacionais especializadas, e levou-se em consideração também a premiação em festivais e críticas em importantes veículos mundiais. A cada filme, foi atribuída uma nota, de acordo com a média formulada a partir da pesquisa inicial e do peso que cada obra contém na história do cinema mundial. (http://melhoresfilmes.com.br/generos/gêneros diversos)

Ranking / Filme / Diretor

1º – Cidadão Kane / Orson Welles
2º – A Regra do Jogo / Jean Renoir
3º – Um Corpo Que Cai / Alfred Hitchcock
4º – 8 ½ / Federico Fellini
5º – 2001, uma Odisséia no Espaço / Stanley Kubrick
6º – O Poderoso Chefão 2 / Francis Ford Coppola
7º – O Encouraçado Potekim / Sergei Eisenstein
8º – Cantando na Chuva / Stanley Donen
9º – O Poderoso Chefão / Francis Ford Coppola
10º – Era Uma Vez em Tóquio / Yasujiro Ozu
11º – Os Sete Samurais / Akira Kurosawa
12º – Rastros de Ódio / John Ford
13º – A Aventura / Michelangelo Antonioni
14º – Ladrões de Bicicletas / Vittorio De Sica
15º – A Paixão de Joana D’Arc / Carl Theodor Dreyer
16º – Lawrence da Arábia / David Lean
17º – O Touro Indomável / Martin Scorsese
18º – Acossado / Jean-Luc Godard
19º – A Doce Vida / Federico Fellini
20º – Quanto Mais Quente Melhor / Billy Wilder
21º – O Atalante / Jean Vigo
22º – Luzes da Cidade / Charles Chaplin
23º – Aurora / F.W. Murnau
24º – Psicose / Alfred Hitchcock
25º – Rashomon / Akira Kurosawa
26º – Dr. Fantástico / Stanley Kubrick
7º – Casablanca / Michael Curtiz
28º – A General / Buster Keaton
29º – Crepúsculo dos Deuses / Billy Wilder
30º – Uma Mulher para Dois / François Truffaut
31º – Fanny & Alexander / Ingmar Bergman
32º – Taxi Driver / Martin Scorsese
33º – Contos da Lua Vaga / Kenji Mizoguchi
34º – Pacto de Sangue / Billy Wilder
35º – A Marca da Maldade / Orson Welles
36º – Sindicato de Ladrões / Elia Kazan
37º – A Canção da Estrada / Satyajit Ray
38º – Chinatown / Roman Polanski
39º – Morangos Silvestres / Ingmar Bergman
40º – A Grande Ilusão / Jean Renoir
41º – O Boulevard do Crime / Marcel Carné
42º – Ivan, o Terrível – Parte I / Sergei Eisenstein
43º – Apocalypse Now / Francis Ford Coppola
44º – Ouro e Maldição / Erich von Stroheim
45º – A Grande Testemunha / Robert Bresson
46º – O Sétimo Selo / Ingmar Bergman
47º – Intriga Internacional / Alfred Hitchcock
48º – O Terceiro Homem / Carol Reed
49º – Em Busca do Ouro / Charles Chaplin
50º – O Tesouro de Sierra Madre / John Huston
51º – Soberba / Orson Welles
52º – O Desprezo/ Jean-Luc Godard
53º – Metrópolis / Fritz Lang
54º – A Lista de Schindler / Steven Spielberg
55º – A Palavra / Carl Theodor Dreyer
56º – Matar ou Morrer / Fred Zinnemann
57º – Janela Indiscreta / Alfred Hitchcock
58º – Os Incompreendidos / François Truffaut
59º – Se Meu Apartamento Falasse / Billy Wilder
60º – Guerra nas Estrelas 4 – Uma Nova Esperança / George Lucas
61º – M, o Vampiro de Dusseldorf / Fritz Lang
62º – Um Estranho no Ninho / Milos Forman
63º – O Conformista / Bernardo Bertolucci
64º – Tempos Modernos / Charles Chaplin
65º – Amarcord / Federico Fellini
66º – A Malvada / Joseph L. Mankiewicz
67º – A Estrada da Vida / Federico Fellini
68º – Andrei Rublev / Andrei Tarkovsky
69º – A Ponte do Rio Kwai / David Lean
70º – Os Bons Companheiros / Martin Scorsese
71º – A Felicidade Não Se Compra / Frank Capra
72º – Persona / Ingmar Bergman
73º – Tempo de Violência / Quentin Tarantino
74º – O Intendente Sansho / Kenji Mizoguchi
75º – Viridiana / Luis Buñuel
76º – O Leopardo / Luchino Visconti
77º – Amadeus / Milos Forman
78º – A Batalha de Argel / Gillo Pontecorvo
79º – Ran / Akira Kurosawa
80º – Blade Runner, o Caçador de Andróides / Ridley Scott
81º – Desencanto / David Lean
82º – Embriaguez do Sucesso / Alexander Mackendrick
83º – Relíquia Macabra / John Huston
84º – O Espelho / Andrei Tarkovsky
85º – Napoleão / Abel Gance
86º – O Mágico de Oz / Victor Fleming
87º – Onde Começa o Inferno / Howard Hawks
88º – Laranja Mecânica / Stanley Kubrick
89º – E o Vento Levou / Victor Fleming
90º – Uma Aventura na África / John Huston
91º – Noivo Neurótico, Noiva Nervosa / Woody Allen
92º – Meu Ódio Será Sua Herança / Sam Peckinpah
93º – ET – O Extraterrestre / Steven Spielberg
94º – Núpcias de Escândalo / George Cukor
95º – As Oito Vítimas / Robert Hamer
96º – Rocco e Seus Irmãos / Luchino Visconti
97º – Aconteceu Naquela Noite / Frank Capra
98º – Coronel Blimp – Vida e Morte / Michael Powell
99º – O Mensageiro do Diabo / Charles Laughton
100º – Levada da Breca / Howard Hawks

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Filme – A DOCE VIDA

Autoria de Lu Dias Carvalho

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O filme é uma sucessão de noites e madrugadas e de idas e vindas. É uma alegoria, um grito de alerta sobre um homem sem rumo. (Roger Ebert)

Filme limítrofe entre uma maneira antiga –linear- de fazer cinema e o modo novo de organizar a história em grandes blocos autônomos. A Doce Vida libera o imaginário de Fellini e abre para ele as portas do onirismo e da psicanálise, um mundo em que as certezas se esgarçam. (Jean A. Gill)

A primeira vez que vi Anita Ekberg foi numa fotografia de uma revista americana.  A poderosa pantera se fingia de garotinha, deslizando pelo corrimão de uma escada. Tornei a sentir aquela sensação de maravilha, de estupor, de incredulidade que se experimenta diante de criaturas excepcionais como a girafa, o elefante, o baobá, quando a vi, anos mais tarde. Ela é, além de tudo, fosforescente. (Fellini)

Os filmes do cineasta italiano Federico Fellini sempre foram dissecados pela crítica com suposições muitas vezes absurdas. Uma delas era a de que eles eram autobiográficos, suposição que o deixava muito chateado. Com relação ao filme A Doce Vida (1959), a teoria era a de que o diretor classifica ali os sete pecados capitais, tendo sido rodado nas sete colinas de Roma, num período de sete noites e sete madrugadas. Não acredito que o cineasta tenha se preocupado com isso. O que Fellini deixa claro é que se trata de um filme totalmente inventado, que não se baseia em nada que ele tenha conhecido: “A Roma de que falo é uma cidade do interior, tem uma topografia toda espiritual. Eu, por exemplo, nunca conheci nenhum aristocrata, nunca fui a uma festa de aristocracia, nunca participei de orgias e, algumas vezes, passo de carro pela Via Veneto.”. O filme foi rodado em Roma, na Via Veneto, onde se encontram muitas casas noturnas, cafés na calçada e muita badalação.

Marcello (Marcello Mastraioanni), figura central de A Doce Vida, é um jornalista que escreve uma coluna de sensacionalismo, o que o leva a transitar pelas ruas de Roma à cata de notícias referentes à aristocracia decadente, playboys já fora de forma, estrelas de segunda categoria e mulheres do comércio. Além disso, acompanha uma hipotética aparição de Nossa Senhora a duas crianças, nos arredores da cidade. Marcello tem como trabalho falar sobre a vida dos outros, mas se vê envolvido na sua própria história. Embora bonito, charmoso, cheio de conhecidos e com o hábito de tentar agradar a todos, Marcello mostra-se desiludido e sem direção. Ele se encontra exausto e chateado com a vida que leva, com noites vazias e madrugadas solitárias, mesmo quando se encontra rodeado de pessoas. Não gosta do que faz e tem vontade de escrever um livro. Mas tudo se limita apenas ao sonho, pois parece haver um ímã entre ele e o ambiente em que vive, à procura de mulheres e de histórias. Ele sonha com a felicidade, mas não faz nada para obtê-la, deixando-se levar. Apesar do glamour, é apenas uma vítima de suas próprias escolhas.

A vida do jornalista bonitão já começa complicada em casa, ao lado de Emma (Yvonne Furneaux), sua noiva ciumenta, insegura, temperamental, chantagista, pegajosa e suicida. Outra mulher que aparece em sua vida é Madalena (Anouk Aimée), uma socialite promíscua que o jornalista encontra numa casa noturna, com quem sai logo a seguir, acabando juntos no quarto de uma prostituta. Eles se reencontram no transcorrer da história, quando falam de suas carências, e ela lhe pede que se case consigo, mas, imediatamente cai nos braços de outro. Na sua vida sem rumo certo, Marcello frequenta casas noturnas subterrâneas, bordéis, uma antiga catacumba, sobe no domo da igreja de São Pedro e na galeria do coro, depois de ter sobrevoado a cidade de helicóptero, quando uma estátua de Cristo é transportada.

Sylvia (Anita Ekberg) é uma atriz sueca que chega a Roma para estrelar um filme a cores. Marcello, ao cobrir sua passagem pelo país, vê-se caído de desejos pela atriz que não fala a sua língua. Sobe com ela até o topo da igreja de São Pedro e a leva a vários lugares da cidade. A cena em que ela encontra um gatinho e pede ao jornalista que arranje leite para ele, assim como a que imita o uivo de cachorros são inesquecíveis. Mas a cena primorosa é a que acontece na mesma noite, quando, já alvorecendo, ela entra na Fontana di Trevi e ele, hipnotizado por sua beleza, faz o mesmo. Apesar de seu deslumbramento, nada acontece entre os dois. Ela está sempre fora de seu alcance.

Steiner (Alai Cuny) é um intelectual que recebe poetas, cantores folclóricos e intelectuais em seu luxuoso apartamento, cheio de obras de arte. Possui uma bela mulher e dois filhos lindos. Aparenta ser extremamente feliz com a vida que leva. É superestimado pelo jornalista que o admira e o inveja, e que pretende passar mais tempo em sua companhia. É ele quem o estimula a escrever seu livro. Por isso, quando Steiner mata os dois filhos e suicida, após uma viagem da esposa, Marcello fica decepcionado, pois a paz e a alegria, que o amigo mostrava ter, não passavam de engodos.

O filme A Doce Vida é bem mais profundo do que se pode imaginar, havendo implícitos falha de comunicação, tristeza e desencanto para com a vida. Dizer que causou escândalo quando foi lançado parece até brincadeira, se o compararmos com as produções atuais. O fato é que a Igreja e os conservadores da época viram-no como um desrespeito aos bons costumes e um incentivo à amoralidade. Contudo, não existe a certeza de que Marcello tenha feito sexo com alguém.

A Doce Vida, filme franco-italiano, em preto-e-branco, é uma crítica a algo que conhecemos muito bem: o endeusamento das celebridades, voltadas totalmente para as aparências, que nos dias de hoje são cada vez mais instantâneas, além de fazerem qualquer coisa para permanecerem em cena, ainda que nada acrescentem à história da humanidade. O filme não apresenta uma história com início, meio e fim, mas é montada a partir de uma série de encontros, que vão dando vida à trama. Fellini arranja os episódios com as várias passagens da vida do repórter, cujo resultado final nada mais é do que um retrato da vida de seu país entre os anos de 1950 e 1960.

Cenas imperdíveis:

  • Steiner tocando Bach na galeria de uma igreja;
  • a câmara de eco, quando a rica socialite pede que Marcello case-se com ela;
  • a missa da alvorada;
  • a desesperançada orgia final;
  • o comovente encontro de Marcello com o pai e a sua vontade de tê-lo por perto por mais tempo;
  • o palhaço que leva as bisnagas atrás de si ao tocar seu pistão;
  • a cena do banho na Fontana di Trevi.

A trilha sonora do filme, composta por Nino Rota, é muito rica: jazz, rock e canções populares.

A Doce Vida é visto como um clássico do cinema e uma das obras-primas do diretor Federico Fellini, ao lado de 8 ½ e Amarcord, igualado por muitos a Cidadão Kane. Encontra-se na lista dos 1000 melhores filmes de todos os tempos pelo The New York Times e, segundo o site Melhores Filmes, ocupa o 19º lugar entre os melhores de todos os tempos.  Roger Ebert, falecido crítico de cinema, colocou-o na lista de seus dez filmes favoritos e como o melhor de Fellini.

A famosa cena de abertura, na qual uma estátua de Cristo é transportada sobre Roma por um helicóptero, é associada ao final, em que pescadores encontram dentro da rede um monstro marinho. Dois símbolos de Cristo: a escultura “maravilhosa”, porém falsa, o peixe “horrendo”, mas verdadeiro. (Roger Ebert)

Curiosidades:

A pedido do site de VEJA, José Wilker, ator e cinéfilo, comentou a obra e o que faz dela um clássico:

1. Comece interpretando o título
Uma das coisas mais importantes e significativas é a ironia do título. A “doce vida” é, na verdade, uma vida miserável. Fellini retrata uma cidade absolutamente decadente depois da guerra, tentando agir como metrópole, o que não era mais. No lançamento, o filme provocou sensação, mas também escândalo. Como se alguém revelasse um segredo que só se pudesse contar dentro de casa, para as pessoas mais intimas – a decadência, a falta de direção do que seria considerado um bom comportamento.

 2. Perca-se no labirinto de Fellini
A Doce Vida segue o espírito do diretor, que nunca contou uma história em linha reta. Mas seus emaranhados de ideias em labirinto ganham forma clara ao final. O livro Fellini’s Book of Dreams, que reúne as ilustrações que ele fazia de seus sonhos noturnos, me ajudou a olhar sua obra. Ele filmava os próprios sonhos. E a desordem dos seus sonhos apresentava uma ordem fantástica.

3. Perceba as cores do preto e branco
O uso da fotografia em preto e branco é notável. Você olha uma Roma em p&b que é colorida – na verdade, sempre tive a sensação de que o filme era colorido, ainda que em tons sombrios, ao me lembrar de cenas dele, tempos depois de ter visto.

4. Confira a assinatura da obra
Uma vez perguntaram a Fellini: “Mestre, o senhor improvisa muito?”. Ele respondeu: “Sim, evidentemente. Mas, antes disso, eu ensaio muito”. Tenho a impressão de que ele trabalhava com amigos, mais do que com uma equipe, que era sempre a mesma. Dá para perceber que eles falavam a mesma língua. É por motivos como esse que a obra é precursora de filmes como Blow-up – Depois Daquele Beijo (1966, de Michelangelo Antonioni) e de Taxi Driver (1976, Martin Scorsese), por exemplo.

5. Visite a Roma de Fellini
Fellini lança um olhar singular sobre a arquitetura de Roma. A própria cena da Anita Ekberg se banhando na Fontana di Trevi é isso: a fonte é para tomar banho e não para ser admirada. Faço uma analogia com a minha mãe, que jogou meus bonecos de Vitalino no lixo, pois para ela aquilo eram coisas velhas. Ele olhava pra Roma com grande paixão, mas com grande clareza em relação à cidade se reconstruindo da guerra.

6. Note a atuação
Fellini fez com que seus atores sonhassem os mesmos sonhos que ele. Marcello Mastroiani não era um ator que, segundo consta, gostasse de trabalhar; percebi isso quando filmamos Gabriela, Cravo e Canela aqui no Brasil (1983). Ele dormia! [Risos] Ele pedia para ser acordado, ia lá e gravava. Isso só acontece com quem tem uma profunda formação e uma imensa intuição. Já a Anita Ekberg é uma figura exótica, devastadora. Acho que Fellini foi o único a arrancar dela, ela mesma. E um poder de sedução que provavelmente a atriz não sabia que tinha.

7. “Olhe” para o som
É difícil ver Fellini sem ouvir, mentalmente, o trabalho do compositor Nino Rota, que assina a trilha sonora. Quando ele esteve no Brasil, perguntei-lhe sobre a colaboração com o diretor. A impressão que me deu é a de que ele nem tinha visto o filme, como se já soubesse o que tinha que fazer. Bem, é claro que ele viu… A trilha é genial.

Fontes de Pesquisa:
A Magia do Cinema/ Roger Ebert
Cine Europeu/ Coleção Folha
Site da Veja

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