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Textos, fotos e endereços de vídeos

COLISEU – O MAIOR ANFITEATRO DA ANTIGUIDADE

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Salve, César! Aqueles que vão morrer te saúdam!. (Saudação dirigida ao imperador pelos gladiadores)

Nesse megaestádio, o público consumia espetáculos de crueldade em massa. Mulheres nuas eram amarradas a estacas e estupradas ou dilaceradas por animais. Exércitos de cativos massacravam-se em batalhas simuladas. Escravos personificavam literalmente relatos mitológicos de mutilação e morte – por exemplo, um homem representando Prometeu era acorrentado a uma rocha e uma águia treinada arrancava-lhe o fígado. (Steven Pinker)

O Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano, localizado no centro de Roma, é, sem dúvida, o símbolo do Império Romano mais conhecido mundialmente, não apenas pelo seu tamanho, como pelas atrocidades que ali eram cometidas. Tratava-se de um gigantesco anfiteatro, cujas obras levaram oito anos para serem acabadas. O povo reunia-se ali, com entrada franca, com a finalidade de divertir-se, assistindo, à princípio, às lutas entre gladiadores ou entre esses e animais selvagens (principalmente leões capturados nas colônias africanas do Império). Segundo estudos, somente nos 100 dias comemorativos ao término do anfiteatro, cerca de cinco mil animais selvagens e centenas de gladiadores foram mortos em luta, para grande divertimento dos presentes.

No Coliseu era possível acomodar mais de 50 mil espectadores. O camarote do Imperador ficava vizinho à arena (área central, coberta de areia, onde eram realizadas as lutas), sendo ele saudado pelos gladiadores, antes de lutarem. No início, o combate era travado apenas entre gladiadores, formados por soldados em treinamentos. Depois foram sendo substituídos por criminosos, prisioneiros de guerra e escravos. O cientista Steven Pinker aventa a possibilidade de que os gestos de “positivo” e “negativo”, feitos com o polegar (para cima ou para baixo), que usamos hoje, pode ter tido origem nos gestos que a multidão exaltada dirigia ao lutador vitorioso, no sentido de mandá-lo dar o “golpe de misericórdia” no vencido.

Somente no ano de 404 é que os combates entre gladiadores foram cessados definitivamente, por ordem do imperador Flávio Honório. Aos poucos, o Coliseu foi entrando em decadência. No período da Idade Média, materiais como mármore e bronze foram sendo furtados, com a finalidade de ornar as igrejas e monumentos cristãos. Atualmente encontra-se em ruínas, em estado bem precário, sob ameaça de desmoronar-se. Mesmo assim é intensamente visitado, recebendo milhões de turistas de quase todo o mundo. Nem todos os historiadores aceitam o fato de que o Coliseu também serviu de arena para o sacrifício cristãos. Não existem provas que comprovem isso.

Na imagem do Coliseu, com sua edificação ainda perfeita, é possível ver uma estátua gigantesca de bronze, com 35 metros de altura, denominada “Colosso de Nero”, posicionada ao lado da construção. Alguns historiadores levantam a possibilidade de que o nome Coliseu teria se originado daí, muitos séculos depois.

Imagens: Coliseu quando novo/ Coliseu atual/ Por dentro do Coliseu atual.

Fontes de pesquisa:
Os anjos bons da nossa natureza/ Steven Pinker
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-foi-o-coliseu-de-roma
Wikipédia

O HOMEM DE KENNEWICK

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Muitos leitores ainda devem se lembrar do alvoroço que acometeu a comunidade científica, quando em 1996, pessoas que assistiam a uma corrida de hidroplano em Kennewick, cidade situada no estado norte-americano de Washington, perceberam que havia ossos na margem do rio Columbia. Informados, os arqueólogos resgataram a ossada, analisaram-na e descobriram que se tratatava do esqueleto de um homem que havia vivido 9400 antes da época em que fora descoberto. Tratava-se de um grande achado para a Ciência.

Maior do que a notoriedade de tal descoberta foram as batalhas legais e científicas pela sua posse. Muitas tribos de nativos americanos alegaram que o esqueleto pertencia-lhes, exigindo o direito de sepultá-lo, conforme suas tradições culturais. As contendas só arrefeceram quando um tribunal federal alegou que os ossos não pertenciam a nenhuma tribo, uma vez que “nenhuma cultura teve existência contínua por nove milênios.”, o que levou o esqueleto a descansar em paz, mas não por muito tempo, pois os antropólogos retomaram as pesquisas e chegaram à conclusão de que o o Homem de Kennewick era “anatomicamente muito diferente dos nativos americanos atuais”. Segundo um dos relatórios, ele trazia traços europeus, enquanto outro dizia serem parecidos com aborígenes do Japão. Qualquer uma das duas possibilidades reforça a teoria de que “as Américas foram povoadas por várias migrações independentes”, conclui Steve Pinker.

Fonte de pesquisa
Os anjos bons de nossa natureza/ Steven Pinker

Nota: as imagens foram retiradas de nmnh.typepad.com e www.nbcnews.com

ÖTZI, O HOMEM DE GELO

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Os Alpes suíços são muito procurados por montanhistas e esquiadores, esportes que costumam deixar suas vítimas fatais esquecidas, muitas vezes, embaixo de camadas de gelo e neve. E foi assim que se descobriu um achado precioso, quando em 1991, dois montanhistas alemães (Helmut e Erika Simon) encontraram um corpo numa geleira (Alpes de Ötztal) que estava derretendo. Eles não tiveram dúvidas de que se tratava de uma vítima de um acidente com esqui. Anunciaram a presença do corpo à esquipe de resgate da província do Tirol, na Áustria, que imediatamente tratou de fazer o resgate, mas ao retirar o corpo do gelo, usando marteladas, acabou por danificar-lhe a coxa e a mochila que trazia.

Ötzi (nome originado do local onde foi encontrado), além de um machado, também trazia consigo uma mochila, uma aljava com flechas, uma adaga com cabo de madeira e um âmbar enrolado numa cortiça. Como vestimenta usava um chapéu feito de pele de urso, preso ao pescoço por uma tira de couro, perneiras de couro e sapatos de neve (feitos de couro e fibra trançada e forrados com grama). Trazia tatuagens em suas juntas artríticas, que alguns julgam ser um sinal de acupuntura, e cogumelos com propriedades medicinais. O martelo foi a pista para que um arqueólogo descobrisse tratar-se de uma peça de cobre neolítico, e chegar à idade do corpo: cinco mil anos de idade, o que trouxe grande notoriedade à múmia, recebendo o nome de Ötzi, o Homem do Gelo, comentada em vários veículos de comunicação, tendo também sido tema de livros e documentários.

Pesquisas mostram que Ötzi viveu na pré-história humana, numa época de transição, quando a agricultura começou a substituir a caça e a coleta, e surgiam as primeiras ferramentas de metal. Outra descoberta interessante foi o fato de, 10 anos depois, através de exames radiológicos, descobrir-se que Ötzi tinha uma ponta de flecha fixada em seu ombro, o que prova que fora assassinado. E mais, a equipe de pesquisadores do Neolítico descobriu que ele tinha ferimentos na cabeça e no peito e cortes não cicatrizados nas mãos. Através da análise de DNA foram confirmadas a presença de quatro pessoas naquele instante da vida de Ötzi. A Ciência assim reconstitui seus momentos finais:

1º – era parte de um grupo que atacou e lutou com uma tribo vizinha;
2º – matou um homem com uma flecha, retomando-a;
3º – matou outro homem e pegou a flecha de volta;
4º – carregou um companheiro ferido antes de morrer;
5º – sofreu um ataque e foi derrubado por uma flecha.

Fontes de pesquisa:
Os anjos bons de nossa natureza/ Steven Pinker
Editora Companhia das Letras

Nota: imagens copiadas de news.nationalgeographic.com e de www.acemprol.com

Pierre Verger – SUA FAMÍLIA E SUA ARTE

Autoria de Lu Dias Carvalho

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O francês Pierre Verger (1902-1996) era filho de uma rica família de origem alemã e belga. Seu pai, Léopold Verger, ainda solteiro, mudou-se para a França, ali instalando uma pequena gráfica. Casou-se depois e teve três filhos, sendo Pierre o mais jovem deles. Na foto à direita, o nosso garotinho, com seis anos, encontra-se sentado à direita da mãe, com seu bonequinho de estimação. Atrás, de pé, estão seus dois irmãos. A segunda mostra-o na sua velhice.

A sorte nem sempre sorriu para o jovem Pierre que, antes dos 30 anos, já havia perdido seu pai e os dois irmãos, vindo a mãe a falecer mais tarde, quando ele tinha 32 anos de idade. Sobraram-lhe apenas os parentes distantes, sobre os quais não nutria simpatia alguma, em razão da vida superficial que levavam. Talvez tenha sido por isso que buscou sempre a simplicidade, em toda a sua vida.

Pierre Verger travou amizade com artistas e intelectuais de sua época, em Paris. Dentre esses, tornou-se íntimo do fotógrafo Pierre Boucher, com quem aprendeu as primeiras lições da arte que viria a ser o motivo central de sua vida: a fotografia, responsável por levá-lo a vários cantos do mundo. No início, sem dinheiro, chegou a trocar suas fotografias por alimentação, hospedagens e passagens. Mas, à medida que se firmava como um excelente fotógrafo jornalístico, especializado na fotografia em branco e preto (ainda não havia a colorida na época), passou a vender sua arte para jornais e revistas. Onde quer que fosse, não se apartava de sua amada companheira: uma máquina Rolleiflex (presente hoje na Fundação Pierre Verger), cujo visor era olhado de cima para baixo. Ele mesmo revelava suas fotos.

O fotógrafo deu volta ao mundo, documentando as mais diversas culturas, muitas delas hoje inexistentes, em razão da ocidentalização mundial. Agradava-lhe, sobretudo, as religiões afro-brasileiras, encontrando em Salvador/BA, um celeiro inimaginável para ser fotografado, além da beleza da cidade, suas tradições e hospitalidade das pessoas. E foi essa cidade que escolheu para viver, recebendo influências de Jorge Amado, Mãe Menininha, Mário Cravo, entre outros, e do povo baiano. Ali, ele escolheu um bairro pobre para morar, denominado Engenho Velho de Brotas, numa casa onde não havia luz e água encanada.

O trabalho etnológico de Pierre Verger deu-lhe o título de Doutor em Etnologia pela Universidade de Sorbonne (Paris/França). Recebeu também o título de Babalaô pelo Candomblé. O trabalho de Verger como fotógrafo continua dando frutos, ao influenciar grandes nomes da fotografia brasileira, como Mário Cravo, Sebastião Salgado, Vitória Régia Sampaio, Adenor Godim, Jahbson Borges (que trabalhou como seu assistente), entre outros.

Pierre Verger, cuja fotografia primava por captar o espontâneo e o mais natural possível, deixou um acervo fotográfico que contabiliza cerca de 65 mil negativos, de grande importância, sobretudo para o Brasil. Ali estão fotos dos mais inusitados lugares do mundo, mostrando pessoas no dia a dia, em seus diferentes afazeres e locais.

Fontes de pesquisa
http://www.unicamp.br/~everaldo/bahia/verger/verger.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre_Verger
Fotografando Verger/ Editora Companhia das Letrinhas

NEPAL – O TELHADO DO MUNDO

Autoria de Lu Dias Carvalho

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O Nepal, oficialmente República Democrática do Nepal, conhecido como o “telhado do mundo”, é um país localizado no sul do continente asiático, na encosta da cordilheira do Himalaia. Faz fronteira com a Índia e a China (Tibete). Não é banhado pelo mar, e Kathmandu é a sua capital. Uma de suas cidades mais famosas é Lumbini, lugar onde nasceu Sidarta Gautama (Buda). Além de ser um país muito pobre, sua densidade demográfica é altíssima. Sua economia é baseada na agricultura e no turismo.

A flora do Nepal é bem diferenciada. Estima-se que aproximadamente 5% de suas espécies não nascem em outras regiões do mundo. O norte montanhoso do país possui 8 das 10 montanhas mais altas do mundo, incluindo o Monte Everest, o pico mais alto da Terra. Por isso, trata-se de um país bastante procurado pelos praticantes do montanhismo. Inclusive, o lado nepalês é o mais fácil para se chegar ao cume do tão ambicionado monte, sendo aquela região a mais procurada.

Mais de 80% da população nepalesa professa o hinduísmo, vindo o budismo em segundo lugar. Shiva é considerada a divindade protetora do país, que possui dois pontos famosos de peregrinação: Lord Shiva, templo onde os hindus de todo o mundo acorrem em peregrinação e Lumbini, local de peregrinação budista, Patrimônio Mundial da UNESCO, considerado o berço em que nasceu Sidarta Gautama (Buda). Existe uma excelente convivência entre hindus e budistas, pois as diferenças entre as duas religiões no Nepal são mínimas, em razão da miscigenação cultural e histórico das crenças hindu e budista. Elas possuem até templos em comum e divindades também.

O Nepal foi, durante quase toda a sua história, uma monarquia, mas a insatisfação com o autoritarismo do último rei, acabou transformando o país numa república parlamentarista. A escravidão foi abolida no Nepal em 1924, embora a servidão por dívidas, mesmo em se tratando de devedores crianças, tem sido um problema social persistente. A pena de morte foi abolida em 1997, e em 2008, o governo nepalês aboliu a “Haliya”, sistema de trabalho forçado, libertando milhares de pessoas. Mas, a eficácia de tal medida tem sido questionada, ou seja, o trabalho escravo continua.

O Nepal era uma terra de densas florestas, mas o desmatamento tem sido um grande problema em todo o país, causando erosão e degradação dos ecossistemas. Um dos grandes desafios do governo nepalês é conter a erosão do solo.  Mesmo assim, o país possui paisagens fantásticas e diversificadas e uma cultura extremamente exótica. Se contasse com uma boa infraestrutura, e não tivesse uma política instável, o turismo seria uma grande fonte para sua economia.

A maior parte da população nepalesa vive em vilas, nas montanhas, sendo a maior parte das casas feitas com uma estrutura de bambu, recobertas com barro e com uma mistura de esterco de vaca, o que faz com que sejam frescas no verão e quentes no inverno. A taxa de desemprego e subemprego é muito alta, atingindo metade da população em idade ativa. Muitos nepaleses deixam seu país em busca de outros centros de trabalho. Vão, principalmente, para a Índia, Qatar, Estados Unidos, União Europeia, China e países escandinavos.

Embora a localização geográfica do Nepal, com sua topografia íngreme e seus rios perenes, ofereça grandes condições para se ter as melhores hidrelétricas do mundo, apenas cerca de 1% do país é servido por energia elétrica. Por ordem sequencial, os fornecedores de energia no país são: a lenha, resíduos agrícolas, esterco de animais e combustíveis fósseis importados.  Mesmo assim, em setembro/2012, o Nepal contabilizava 1.828.700 usuários do Facebook. O sistema viário do país também é precário, com pouquíssimas estradas. Além disso, 60% delas tornam-se intransitáveis na estação chuvosa.

A educação ainda é um sério problema no Nepal, cuja taxa de escolarização é baixíssima (24%). Além disso, mais da metade dos alunos, que fazem o primário, não segue para a escola secundária. E apenas metade dos que seguem adiante completam o ensino secundário. As meninas continuam na retaguarda nas escolas secundárias.

A cultura nepalesa é bem diversificada, em razão das várias etnias presentes no país. Como a maioria da população é hinduísta, existem muitos costumes, crenças e tradições hindus. O país é tão influenciado pela Índia que ali vigora também o sistema de castas indiano.  A influência do budismo, segunda religião do país, também é grande. As duas religiões misturam-se, de modo que ritos hinduístas e budistas  que acompanham o nascimento, o casamento e a morte são praticados conjuntamente. O folclore também é muito rico. Existem muitos contos inseridos na realidade dos nepaleses: contos de amor e batalhas, sobre demônios e fantasmas, etc. A dança e a música integram-se à maioria dos contos folclóricos.

A saúde no Nepal é péssima, principalmente nas zonas rurais. Entre as principais enfermidades estão: diarreia, problemas gastrointestinais, bócio, parasitas intestinais, desnutrição, lepra, leishmaniose visceral e tuberculose. Possui também um alto índice de pessoas contaminadas com o vírus HIV. Entre as drogas encontradas no país estão o haxixe, heroína e ópio. Há indícios de que traficantes querem fazer do Nepal um ponto de trânsito.

Um dos problemas sérios no Nepal é o tráfico humano. Mulheres e meninas nepalesas, principalmente, são traficadas no país e forçadas a prostituírem-se, ou a transformarem-se em empregadas domésticas, operárias de fábricas, artistas de circo, etc, em outros países. Os crimes cibernéticos também estão crescendo.

Nota:  Praça da capital Kathmandu / imagem copiada de www.dailymail.co.uk

Fontes de pesquisa:
http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-
BR&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Nepal&prev=/search
National Geographic

GANDHI E O SAL

Autoria de Lu Dias Carvalho

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O Império Britânico continuava explorando as riquezas da Índia. Até o sal indiano só podia ser vendido depois que o império recebesse os tributos inerentes a ele. Em 1930, Gandhi resolveu confrontar o poderio daquele império, ao pegar o sal de seu país, antes que os impostos fossem recolhidos, o que caracterizava uma forma de roubo aos olhos da metrópole.

O gesto de Gandhi, vestindo sua túnica alva, em meio à imensidão das brancas salinas e tendo às costas seus companheiros de luta, também de branco, captado pelas lentes, rodou o mundo todo, através da mídia da época, como se fosse o pequeno desafiando o gigante, o fraco provocando o forte. Aquela imagem ganhou a simpatia do mundo para a causa indiana.

Contudo, revela o escritor Jad Adams em seu livro Gandhi, Ambição Nua, que tal foto foi “uma criação por parte dos jornalistas, produtores de filmes e biógrafos aduladores”. O local, segundo ele, onde Gandhi recolheu um pouco de sal, tratava-se de uma praia lamosa, onde nem era possível divisar o sal. Portanto, a imagem que vemos acima trata-se de uma encenação para a mídia, uma vez que a cena original não fora fotografada. Mas o que importa mesmo foi o gesto de Gandhi.

É sabido que os camponeses da época apanhavam constantemente o sal sem que, por isso, fossem punidos. Então, por que o ato de Gandhi foi tão importante? O pacificador anunciou publicamente que faria uma caminhada de vinte e quatro dias para pegar sal, afrontando as proibições do Império Britânico. A importância de sua ação não estava na infração da lei, mas no longo tempo em que esteve na mídia, que cobria todos os seus passos, espalhando sua causa pelo mundo. O sal, usado como motivo de desobediência, tornou-se um símbolo de sua luta. Gandhi tinha plena consciência do poder de sua imagem e, por isso, usava-a para ganhar a simpatia do mundo.

Fonte de pesquisa:
Gandhi, Ambição Nua/ Jad Adams