Arquivo da categoria: História da Arte

O mundo da arte é incomum e fascinante. Pode-se viajar através dele em todas as épocas da história da humanidade — desde o alvorecer dos povos pré-históricos até os nossos dias —, pois a arte é incessante.

ARTE E DIVISÃO DA EUROPA (AULA Nº 71)

Autoria de Lu Dias Carvalho

Sendo a arte o reflexo de uma determinada época, a divisão da Europa em dois campos religiosos católico e protestante — em razão da reforma, terminou por interferir na arte de pequenos países, a exemplo da Holanda. Os Países Baixos dividiram-se entre os dois credos. A região meridional conhecida hoje como Bélgica — permaneceu católica, enquanto suas províncias setentrionais uniram-se ao protestantismo, afetando drasticamente os artistas que aí viviam, pois viram seus ganhos minguarem.

Já vimos anteriormente que a Igreja cristã continha inúmeros mecenas, responsáveis pela encomenda de obras religiosas, assim como as famílias governantes, numa disputa para ver quem mais embelezava seu Reino. A divisão da Igreja fez com que a arte decaísse nos países protestantes, cuja visão artística contrapunha à de seus vizinhos católicos. Os mercadores protestantes da Holanda — homens extremamente devotos e puritanos — a princípio não aceitavam a exuberância dos costumes de seus vizinhos meridionais — católicos. Contudo, à medida que iam se tornando mais ricos, essa austeridade ia diminuindo.

À época, o estilo Barroco era predominante na parte da Europa que professava o catolicismo. A burguesia do século XVII do lado protestante, porém, não aceitou plenamente esse estilo. Dentre todos os tipos de arte existentes, a pictórica foi a que mais sofreu com as mudanças religiosas. A situação ficou tão caótica que a carreira de um pintor ou de um escultor tanto na Alemanha quanto na Inglaterra não mais seduzia novos talentos. E olhem que nesses países, durante a Idade Média, as artes foram extremamente prósperas, nada ficando a dever a qualquer outro.

No que diz respeito aos Países Baixos, esses possuíam uma tradição tão forte de renomados mestres que esses se viram obrigados a buscar linhas da arte, onde pudessem trabalhar sem que fossem podados em razão do novo credo. A pintura de retratos tornou-se o campo mais propício para eles. Mercadores ricos e burgueses, assim como comissões locais e juntas administrativas importantes, buscavam ter seus retratos pintados. Expunham-nos em suas casas, nas salas de reuniões ou nos salões nobres de suas companhias.

Enquanto o estilo de um mestre agradasse, ele conseguia viver razoavelmente bem, mas a partir do momento em que não mais atraia clientes via-se em estado de penúria. Tanto é que os pintores que não tinham habilidades para o gênero do retrato não conseguiam viver da pintura, pois não recebiam encomendas. O que faziam? Pintavam seus quadros não encomendados e saiam à cata de compradores. Após encontrá-los em mercados e feiras públicas tinham que negociar o preço. Noutras vezes buscavam negociantes de quadros que lhes pagavam uma bagatela para ganharem mais na revenda. E sem falar na competição acirrada, uma vez que muitos artistas encontravam-se em igual situação.

Franz Hals (15801666) foi um dos grandes mestres da pintura holandesa. Apesar de ser um talentoso artista, teve uma vida muito difícil, vivendo sempre endividado. A ilustração acima é obra do artista. Acesse o link: Hals – RETRATO DE UM CASAL

Fonte de pesquisa
História da Arte/ E. H. Gombrich

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A ARTE DO BARROCO NO BRASIL (Aula nº 70)

Autoria de Lu Dias Carvalho

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O Barroco chegou às terras brasileiras no início do século XVII, na época do Brasil Colônia (que compreende o período de 1530 a 1822), no período colonial chamado de “Século do Ouro”, fase em que a exploração desse metal tornou-se a principal atividade econômica em nossas terras, para a alegria da metrópole portuguesa. Fase também em que surgiam as primeiras vilas no território brasileiro. A região de Minas Gerais foi responsável por deter grandes jazidas de ouro, daí a pujança do Barroco nessas terras, tendo na figura de Antônio Francisco de Lisboa — o Aleijadinho — escultor e arquiteto brasileiro, seu maior nome.

O Barroco foi trazido por missionários católicos, especialmente jesuítas, portanto, influenciado pelo estilo que vigorava em Portugal. A preocupação central desses missionários era a doutrinação cristã, ou seja, catequizar e aculturar os povos indígenas, vistos por eles como pagãos, e ajudar os dirigentes portugueses no processo de colonização das terras descobertas. Eles foram um eficiente instrumento pedagógico e catequético.  Inúmeras igrejas foram erguidas nos principais centros de colonização, dentre os quais podem ser destacados Recife, Salvador, Olinda e Vila Rica.

O Barroco em terras brasileiras conseguiu ao mesmo tempo expressar a religiosidade católica do povo e apelar para a emoção, a fim de tocar piedosamente o coração dos devotos, como pode se visto nas esculturas barrocas e nas pinturas que adornam as igrejas. Este estilo foi tão marcante que se mostrou presente na literatura, na pintura, na estatuária e na arquitetura, sendo em sua maior parte ligado à arte sacra. Até mesmo nos primeiros anos do século XX ainda era possível deparar com traços desse movimento artístico em nosso país.

Portugal, sendo um país extremamente católico e monárquico, trouxe para o Brasil Colônia as manifestações artísticas de inspiração religiosa de sua gente. O Barroco brasileiro, contudo, mostrou-se mais sóbrio e menos rebuscado. Mesmo em território brasileiro é possível notar diferenças entre o chamado Barroco do litoral (desde o Rio de Janeiro até Pernambuco) e o Barroco do interior (como o visto nas cidades mineiras de Congonhas, Ouro Preto, São João del Rei e Sabará).

É normal que o Barroco brasileiro tenha divergido do português em alguns aspectos, uma vez que a arte reflete o modo de vida de um povo. Enquanto os portugueses — os grandes navegadores de então — usufruíam das riquezas da nova colônia, aqueles que aqui viviam encontravam-se sob o jugo da escravidão (os negros) ou sob a perseguição dos colonizadores (os índios). Tal estilo chegou a ser classificado como pobre, quando comparado ao europeu, mas esse julgamento necessitava de uma maior compreensão do que se passava em terras brasileiras: instauração da escravatura, resistência indígena à tomada de suas terras, o uso de técnicas ainda rudimentares, etc.

A pintura barroca com o objetivo de ornamentar as igrejas vinha inicialmente de Portugal, sendo que a temática bíblica era executada em azulejos. Dentre as cores mais usadas estavam o vermelho, o azul, o dourado e o uso do claro-escuro (chiaroscuro — palavra italiana para “luz e sombra”). Manoel da Costa Ataíde — o Mestre Ataíde — foi um dos mais importantes pintores do estilo Barroco em terras brasileiras, tendo exercido grande influência sobre os pintores mineiros. A sua função de professor fez com que angariasse muitos seguidores. Também foi parceiro do arquiteto e escultor Aleijadinho, tendo pintado algumas de suas obras, como as esculturas criadas para o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, situado em Congonhas, Minas Gerais (ver ilustração acima).

As esculturas vistas como símbolo de devoção (e era realmente o objetivo delas) também eram encontradas em casas. Os materiais usados no Brasil foram a pedra sabão, o cedro e o barro cozido. Tanto na pintura quanto na escultura, as primeiras obras vieram de Portugal, mas, com o passar dos anos, os franciscanos, beneditinos e jesuítas passaram a ensinar a arte de esculpir no barro. Na época do Brasil Colônia não havia uma corte que atuasse como mecenas, como acontecia na Europa. As elites tampouco se preocupavam em edificar palácios ou em patronear as artes profanas (não sagradas), só restando, portanto, o investimento na arte barroca no que diz respeito às artes sacras (estatuária, pintura e obra de talha para a decoração de igrejas, conventos ou cultos particulares).

O mais curioso na trajetória do Barroco brasileiro é que os índios catequizados pelos missionários portugueses passaram de recebedores a emissores no que diz respeito a tal estilo, ou seja, os mais habilidosos dentre eles foram arregimentados para trabalhar na produção de obras barrocas. A eles se agregaram os negros mais tarde, introduzidos na colônia como escravos, tidos como os principais agentes produtores da arte barroca no Brasil. Segundo estudiosos do Barroco, nasceram daí as novas feições deste estilo, contribuindo enormemente para dar os primeiros passos na formação de uma cultura essencialmente brasileira.

A publicação em 1601 da obra de Bento Teixeira, intitulada “Prosopopeia”, deu origem à presença do Barroco na literatura. O advogado e poeta Gregório de Matos Guerra, apelidado de “Boca do Inferno” em razão de sua língua afiada, é tido como um dos maiores poetas do estilo na língua portuguesa, enquanto o Padre Antônio Vieira foi o maior orador sacro. Intelectuais modernistas, no início do século XX, interessaram-se pela busca do acervo Barroco nacional. Em razão dessa busca, muitas obras foram tombadas. Centros históricos barrocos como os das cidades de Ouro Preto, Olinda e Salvador e conjuntos artísticos como o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos (Minas Gerais) tornaram-se Patrimônio da Humanidade sob a tutela da Unesco.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
Teste – A ARTE DO BARROCO NO BRASIL

Fontes de pesquisa
Manual compacto da arte/ Editora Rideel
https://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/o-barroco-brasileiro.htm

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O AGUADEIRO DE SEVILHA (Aula nº 69 C)

Autoria de Lu Dias Carvalho

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O pintor Diego Velázquez era ainda jovem quando Peter Paul Rubens encontrou-o na Espanha, trabalhando na corte de Filipe IV em Madri. Mesmo não tendo ido à Itália, o artista já se sentia cativado com as descobertas e o estilo de Caravaggio — conhecido através de seus imitadores. Assimilou o “naturalismo” do artista italiano e em sua arte entregou-se à observação imparcial da natureza, sem levar em conta as convenções da época. Seguindo a orientação do amigo Rubens que lhe dizia que era preciso analisar as pinturas venezianas in loco para se tornar um bom pintor, Velázquez conseguiu que o rei Filipe IV liberasse-o para uma viagem à Itália. Após se ausentar por um período de um ano e meio, retornou a Madri a pedido do rei. Na corte de Filipe IV ele exercia atividades artísticas e administrativas. Tinha como função principal pintar retratos da família real, o que fez com grande distinção, transformando tais trabalhos em obras magníficas. O artista era tão fiel em retratar não apenas o passar dos anos no semblante da pessoa, como o que lhe ia pela alma, a ponto de o rei Felipe IV, que atravessava um período de crise econômica e social, relutar durante muito tempo em ser pintado por ele.  Nossa aula de hoje diz respeito a uma de suas primorosas obras, famosa em todo o mundo. Primeiramente é necessário acessar o link Velázquez – O AGUADEIRO DE SEVILHA e ler o texto com muita atenção, sempre voltando a esse quando se fizer necessário.

  1. A composição intitulada O Aguadeiro de Sevilha é uma das obras mais importantes do pintor espanhol Diogo Velázquez e trata-se de uma:

    1. paisagem
    2. pintura sacra
    3. pintura de gênero
    4. pintura histórica

  2. O personagem principal da obra é:

    1. um garoto
    2. uma mulher
    3. uma anciã
    4. um ancião

  3. Todas as afirmativas dizem respeito ao personagem principal, exceto:

    1. Seu rosto mostra-se animado.
    2. Apresenta-se mal vestido.
    3. Carrega uma bilha de barro.
    4. Oferece uma taça com água.

  4. O pintor dignifica o aguadeiro ao:

    1. Vesti-lo com uma capa esburacada.
    2. Representar seu rosto altivamente.
    3. Jogar luz sobre suas roupas e perfil.
    4. Repassar-lhe grande respeitabilidade.

  5. A mão esquerda bem feita do aguadeiro repousa delicadamente sobre:

    1. o copo de vidro
    2. o ombro do garoto
    3. o vaso de louça
    4. a bilha de barro

  6. Entre o aguadeiro e o garoto encontra-se um homem na penumbra, com ………….. à boca.

    1. uma xícara de barro
    2. uma tigela de madeira
    3. um copo de vidro
    4. uma colher de pau

  7. Todos os personagens encontram-se bastante ……………… nesta cena simples.

    1. tristes
    2. sérios
    3. alegres
    4. d.desligados

  8. Sobre o banco de madeira tosca vê-se a superfície vidrada:

    1. do jarro de louça
    2. da bilha de barro
    3. do copo de vidro
    4. do copo de pau

  9. Sobre o copo transparente que tanto o garoto quanto o aguadeiro seguram repousa:

    1. o jogo de luz
    2. um raio do sol
    3. um pingo de água
    4. uma gota de suor

  10. O artista pintou maravilhosamente gotas de água que deslizam, deixando os rastros da água derramada no:

    1. vaso brilhante de louça
    2. vaso grande e bojudo
    3. copo transparente de vidro
    4. banco tosco de madeira

  11. Sobre a luz distribuída na composição pode-se afirmar que:

    1. O lado esquerdo da composição recebe luz.
    2. O lado direito da tela fica em meia sombra.
    3. O quadro não está iluminado por igual.
    4. A luz ilumina fortemente o aguadeiro.

  12. A iluminação na composição parte do cântaro, passa pelo recipiente menor que se encontra sobre a mesa, atinge o pescoço e a face do garoto, passa pelo rosto do aguadeiro, atinge a manga branca de suas vestes e acaba na asa do mesmo cântaro e mão esquerda do ancião, descrevendo uma linha:

    1. retangular
    2. quadrangular
    3. espiralada
    4. ovalada

  13. Os tons ………………………….. são predominantes na composição em que tudo é harmoniosamente suave.

    1. castanho, branco e esverdeado
    2. castanho, cinza e esverdeado
    3. castanho, cinza e azulado
    4. castanho, violeta e esverdeado

  14. Esta pintura lembra, de certa forma, as obras do genial mestre …………… embora se mostre cheia de uma grande calma.

    1. Caravaggio
    2. Peter Paul Rubens
    3. Anthony van Dyck
    4. Claude Lorrain

  15. O aguadeiro era um vendedor de água originário de …………….., tendo se tornado muito conhecido nas ruas de Sevilha.

    1. Madri
    2. Barcelona
    3. Bolonha
    4. Córsega

  16. O figo que se encontra dentro do copo do garoto tinha por objetivo tornar a água mais …………….., conforme pensavam à época.

    1. adocicada
    2. higiênica
    3. fresca
    4. quente

  17. A composição em estudo tornou-se famosa sobretudo pelos elementos citados, excetuando:

    1. o homem presente na penumbra
    2. a transparência do copo de vidro
    3. o brilho do cântaro de louça e do de barro
    4. as gotas de água escorrendo no jarro maior

  18. O pintor Diego Velázquez na composição desta obra usou como técnica:

    1. óleo sobre madeira
    2. óleo sobre tela colado em madeira
    3. óleo sobre papel colado em madeira
    4. óleo sobre tela

Gabarito
1.c / 2.d / 3.a / 4.b / 5.d / 6.c / 7.b / 8.a / 9.a / 10.b / 11.c / 12.d / 13.b / 14.a / 15.d / 16.c / 17.a / 18. b

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SANSÃO E DALILA (Aula nº 69 B)

Autoria de Lu Dias Carvalho

  

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O pintor Anthony van Dyck (1599–1641) foi o mais talentoso discípulo e ajudante de Peter Paul Rubens, sendo 22 anos mais novo do que seu mestre, de quem herdou o talento na representação da textura e superfície das figuras. Também se transformou num dos pintores retratistas mais procurados da Europa.  Aos onze anos, após a morte da mãe, foi estudar com Hendrick van Balen, pintor de figuras. Aos 14 anos já pintava retratos e aos 16 anos tinha a sua própria oficina e um aprendiz. Foi aluno de Rubens por volta dos 18 anos de idade. E, segundo dizem, foi superado apenas por esse mestre, como o mais genial pintor flamengo do século XVII. Pintava seus personagens masculinos e femininos de uma forma muito vívida, do jeito como os via e também como era de seu gosto. Suas mulheres eram gordas, pois em Flandres daquela época a esbelteza não se encontrava na moda. Tornou-se o pintor da corte de Carlos I. É tido como o artista da aristocracia barroca. Hoje estudamos duas de suas obras-primas, conhecidas em todo o mundo. Agucem a observação.

Vários pintores ao longo da História da Arte têm usado esta mesma temática, inclusive o próprio Van Dyck fez duas obras sobre ela, como podemos ver acima, sendo a primeira em 1620 (quadro 1) e a segunda em 1630 (quadro 2)

  1. A temática das duas composições em estudo é:

    1. Histórica
    2. Mitológica
    3. Científica
    4. Religiosa

  2. (Quadro 1) A cena vista entre Sansão e Dalila repassa uma sensação de calmaria, sobretudo para ele.

    Marque a alternativa abaixo que não corrobora com esta afirmação:

    1. Representa o momento antes do fatídico acontecimento.
    2. O cabelo de Sansão que lhe dá força ainda não foi cortado.
    3. Retrata o clímax dessa história contida no Antigo Testamento.
    4. Dalila e Sansão já se encontram preparando para dormir.

  3. (Quadro 2) A cena vista entre entre Sansão e Dalila repassa um clima de grande tensão.

    Marque a alternativa abaixo que não corrobora com esta afirmação:

    1. Representa o momento do fatídico acontecimento.
    2. Mostra o guerreiro ainda sem se ater à ação de Dalila.
    3. O cabelo de Sansão que lhe dá força já foi cortado.
    4. Retrata o clímax dessa história contida no Antigo Testamento.

  4. (Quadro 1) Acerca dos guardas filisteus não se pode dizer que:

    1. Já foram vistos por Sansão.
    2. Encontram-se à espreita.
    3. Vieram prender o guerreiro.
    4. Aguardam a prática do crime.

  5. (Quadro 2) Acerca dos guardas filisteus não se pode dizer que:

    1. Eles já se encontram dentro do aposento.
    2. Trazem cordas para amordaçar Sansão.
    3. Lutam com Sansão temendo sua força.
    4. Vieram para prender o heroico guerreiro.

  6. (Quadro 1) O foco da cena é:

    1. Sansão
    2. Dalila
    3. O barbeiro
    4. As criadas.

  7. (Quadro 2) O foco da cena é:

    1. Sansão
    2. Dalila
    3. O barbeiro
    4. O casal

  8. (Quadro 1) Todas as afirmativas sobre Dalila estão corretas, exceto:

    1. A luz dentro da pintura está focada nela.
    2. Sua cama está coberta com um simples brocado.
    3. Sua pele macia e leitosa contrasta com a de Sansão.
    4. d.Toda a ação dentro da cena parece recair sobre ela.

  9. (Quadro 2) Todas as afirmativas sobre Sansão estão corretas, exceto:

    1. Sua pele morena contrasta com a de sua amante.
    2. Seu olhar está carregado de mágoa e revolta.
    3. Ele avança horrorizado contra a mulher traidora.
    4. Um dos soldados filisteus agarra-o.

  10. (Quadro 1) Todas as afirmativas sobre os personagens estão corretas, menos:

    1. Sansão, deitado sobre o corpo de Dalila, dorme coberto apenas com uma tanga.
    2. Dalila levanta um dedo silenciador, preparando os guardas para a ação.
    3. As duas criadas acompanham a cena com curiosidade e apreensão.
    4. Os guardas assistem a cena com tensão, esperando o comando da criada.

  11. (Quadro 2) Todas as afirmativas sobre os personagens estão corretas, menos:

    1. Sansão é amordaçado pelos soldados furiosos.
    2. Dalila esboça um gesto, como se fosse tocar Sansão.
    3. Um dos soldados está armado com uma lança.
    4. Uma serva idosa encontra-se logo atrás de Dalila.

  12. (Quadro 1) O artista amplia ainda mais a tensão da cena ao pintar ………….. segurando uma tesoura enorme:

    1. a criada mais nova
    2. o barbeiro
    3. Dalila
    4. a criada mais velha

  13. (Quadro 2) As madeixas de Sansão e a tesoura usada no crime ainda se encontram no chão, próximas a ……………… que ironicamente simboliza a fidelidade.

    1. um cãozinho
    2. um gatinho
    3. uma ovelha
    4. uma lebre

  14. (Quadro 1 e 2) Estas duas maravilhosas obras mostram claramente a influência que o pintor …………………………. exerceu sobre Anthony van Dyck:

    1. Guido Reni
    2. Peter Paul Rubens
    3. Claude Lorrain
    4. Nicolas Poussin

Gabarito
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SUSANA E OS ANCIÃOS (Aula nº 69 A)

Autoria de Lu Dias Carvalho   

 

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O pintor Anthony van Dyck (1599–1641) foi o mais talentoso discípulo e ajudante de Peter Paul Rubens, sendo 22 anos mais novo do que seu mestre, de quem herdou o talento na representação da textura e superfície das figuras. Também se transformou num dos pintores retratistas mais procurados da Europa.  Aos onze anos, após a morte da mãe, foi estudar com Hendrick van Balen, pintor de figuras. Aos 14 anos já pintava retratos e aos 16 anos tinha a sua própria oficina e um aprendiz. Foi aluno de Rubens por volta dos 18 anos de idade. E, segundo dizem, foi superado apenas por esse mestre, como o mais genial pintor flamengo do século XVII. Pintava seus personagens masculinos e femininos de uma forma muito vívida, do jeito como os via e também como era de seu gosto. Suas mulheres eram gordas, pois em Flandres daquela época a esbelteza não se encontrava na moda. Tornou-se o pintor da corte de Carlos I. É tido como o artista da aristocracia barroca. Hoje estudamos uma de suas obras-primas, conhecida em todo o mundo. Primeiramente é necessário acessar o link Van Dyck – SUSANA E OS ANCIÃOS e ler o texto com muita atenção, sempre voltando a esse quando se fizer necessário.

  1. Vários pintores ao longo da História da Arte têm usado esta mesma temática. A segunda ilustração acima diz respeito a uma obra de um dos pintores já estudado aqui, chamado:

    1. Tintoretto
    2. Guido Reni
    3. Peter Paul Rubens
    4. Artemisia Gentileschi

  2. A temática da composição em estudo é:

    1. Histórica
    2. Mitológica
    3. Científica
    4. Religiosa

  3. A composição intitulada Susana e os Anciãos foi criada quando Anthony van Dyck encontrava-se na Itália, sendo inspirada na pintura:

    1. romana
    2. florentina
    3. milanesa
    4. veneziana

  4. Nas cores luminosas, com destaque para a capa vermelha de Susana, nota-se a influência de ……………, enquanto ……………… está presente nos contrastes dinâmicos do movimento.

    1. Ticiano / Canaletto
    2. Tintoreto / Vittore Carpaccio
    3. Paolo Veronese / Giorgione
    4. Ticiano / Tintoretto

  5. A história de Susana foi retratada muitas vezes a partir de 1500, muito por conta das possibilidades oferecidas para incluir ……………….. numa pintura de história religiosa.

    1. uma nudez feminina
    2. uma mulher rica
    3. um aposento suntuoso
    4. um ensinamento

  6. Acerca da figura de Susana não se pode afirmar que ela:

    1. Procura se afastar dos dois homens luxuriosos que a assediam.
    2. Não se mostra amedrontada com a presença dos homens maus.
    3. Procura o observador, como se buscasse nele proteção.
    4. Apresenta-se como uma mulher muito bem de vida.

  7. Ao contrário de obras com o mesmo tema criadas por diferentes artistas, as obras do período barroco buscaram enfatizar mais  ……………. de que ………………

    1. o drama / a doutrina
    2. a nudez /o drama
    3. a doutrina / a nudez
    4. a lição / a beleza

  8. Susana encontra-se tomando banho:

    1. na fonte da cidade
    2. no jardim de sua casa
    3. no quarto de casal
    4. no lago de sua herdade

  9. Atrás de Susana estão:

    1. dois velhos libidinosos
    2. dois jovens sedutores
    3. dois criados abusados
    4. dois jovens marginais

  10. Ao tapar os seios e puxar o manto para cobrir seu corpo, Susana demonstra:

    1. coragem
    2. recato
    3. ousadia
    4. força

  11. O mais velho dos dois homens toca o ombro direito de Susana, enquanto o mais novo:

    1. Puxa seus cabelos soltos.
    2. Vira seu rosto para ele.
    3. Tenta puxar seu manto.
    4. Empurra-a para a frente.

  12. As afirmativas abaixo dizem respeito à retratada, exceto:

    1. Susana está tomando banho no jardim da casa de sua irmã
    2. Ela manda suas damas de companhia irem embora.
    3. Ela é acusada por libidinosos observadores escondidos.
    4. Os dois anciãos ameaçam-na, se não se entregar a eles.

Gabarito
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MESTRES DO BARROCO – VAN DYCK E VELÁZQUEZ (Aula nº 69)

Autoria de Lu Dias Carvalho

       

Roma foi o berço do Barroco. Era tida como o centro cultural do mundo civilizado. Ali chegavam artistas de todas as partes da Europa, participando das discussões, estudando os mestres do passado e buscando apreender todas as inovações artísticas. A cidade também oferecia o melhor lugar para observar a pintura nos países que se vinculavam ao catolicismo romano. Não era apenas os artistas estrangeiros que buscavam aquela cidade, mas também os artistas que viviam dentro da própria Itália.

Anthony van Dyck (1599-1641) foi discípulo e também ajudante de Peter Paul Rubens. Sendo 22 anos mais jovem do que seu mestre e muito dedicado, acabou alcançando toda a sua habilidade na representação da textura e superfície das figuras, contudo seus quadros muitas vezes não expressam o temperamento alegre de Rubens. Tornou-se o pintor da corte de Carlos I. Pintava seus personagens masculinos e femininos de uma forma muito vívida, do jeito como os via e também como era de seu gosto, muitas vezes pecando pela bajulação no que diz respeito à realeza. Suas mulheres eram gordas, pois em Flandres daquela época a esbelteza não se encontrava na moda.

Van Dyck, assim como seu mestre, vivia abarrotado de encomendas, principalmente de retratos, tendo que contar com a ajuda de assistentes que pintavam os trajes dos retratados, apresentados em manequins. Muitas vezes nem mesmo pintava toda a cabeça, o que não foi muito bom para a pintura dos retratos. Contudo, seus melhores retratos são admiráveis. Ele foi muito importante — mais do que qualquer outro artista — por sedimentar os ideais da nobreza e o garbo cavalheiresco. A sua obra intitulada Carlos I da Inglaterra (ilustração à esquerda) mostra o rei em toda a sua dignidade, acabando de desmontar de seu cavalo, imbuído de grande elegância, autoridade e cultura, patrono das artes e defensor do direito divino dos reis.

Diego Velázquez (1599-1660) era um jovem pintor quando Peter Paul Rubens encontrou-o na Espanha, trabalhando na corte de Filipe IV em Madri. Mesmo não tendo ido à Itália, já se sentia cativado com as descobertas e o estilo de Caravaggio — conhecido através de seus imitadores. Atendendo o conselho de Rubens, Velázquez conseguiu uma licença para ir a Roma estudar as obras dos grandes mestres. Voltou a Madri e depois fez uma segunda viagem à Itália. Assimilou o “naturalismo” do artista italiano e em sua arte entregou-se à observação imparcial da natureza, sem levar em conta as convenções.

Na corte de Filipe IV Velázquez tinha como principal trabalho pintar retratos do rei e de sua família, criando obras fascinantes. A sua obra denominada O Aguadeiro de Sevilha (ilustração à direita) é uma de suas primeiras criações. Embora se trate de uma pintura de gênero — tipo que os holandeses criaram para mostrar sua habilidade —, encontra-se muito próxima de Tomé, o Incrédulo, obra de Caravaggio. Apresenta um homem idoso e pobre, com uma bilha de barro, destacando-se o jogo de luz no copo de vidro. A sensação repassada pela obra, em que predominam os tons castanho, cinza e esverdeado, é a de que é possível poder tocar nos objetos. Deixando de lado o estilo de Caravaggio, após estudar a técnica de Rubens e Ticiano, passou a focar a natureza à sua maneira. As ilustrações das obras-primas desse genial pintor espanhol somente dão uma tênue noção do que elas realmente são.

O Professor E. H. Gombrich afirma em seu livro A História da Arte que “Ver e observar a natureza com olhos sempre novos, descobrir e deleitar-se nas harmonias sempre renovadas de cores e luzes passara a ser a tarefa essencial do pintor. E nesse novo e fervoroso empenho, os grandes mestres da Europa católica encontraram -se de pleno acordo com os pintores do outro lado da barreira política — os artistas dos Países Baixos Protestantes.

Exercício
1. Quem foi Anthony van Dyck?
2. Quem foi Diego Velázquez?
3. Onde trabalharam esses dois artistas?

Fonte de pesquisa
História da Arte/ E. H. Gombrich

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