Arquivo da categoria: Mestres da Pintura

Estudo dos grandes mestres mundiais da pintura, assim como de algumas obras dos mesmos.

Michelangelo – A ABÓBADA DA CAPELA SISTINA (II)

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Michelangelo dividiu a abóbada em cinco zonas, cada uma delas com uma decoração específica (ver quadro acima).

  • Nove painéis mostram cenas retiradas do Gênesis (cor verde): Embriaguez de Noé, Dilúvio, Sacrifício de Noé, Pecado Original, Criação de Eva, Criação de Adão, Separação da Terra e Água, Criação do Sol e da Lua, Separação da Luz das Trevas.
  • Quatro penachos angulares (cor amarela) apresentam: Davi e Golias, Judite e Holofernes, A Serpente de Bronze, A Punição de Amã.
  • Sobre os tronos (cores azul e rosa) estão assentados doze Videntes: cinco Sibilas (Eritreia, Pérsica, Délfica, Cumana, Líbica) e sete Profetas (Joel, Zacarias, Isaias, Ezequiel, Jeremias, Jonas, Daniel).
  • Nos gomos e lunetas estão representados os antepassados de Cristo (cor lilás): Zorobabel, Josias, Ezequias, Ozias, Asa, Roboão, Salmão, Jessé.

Durante a execução da pintura, Michelangelo passou por muitos contratempos, dentre eles a sua insatisfação com a baixa remuneração e com os desacordos constantes com o papa. A pintura ficou pronta no Dia de Finados, do ano de 1512, depois de o artista ter trabalhado nela por mais de quatro anos, com pequenos intervalos. A posição em que trabalhou era desconfortante, tendo ora que ficar de pé, com a cabeça virada para cima, ora que trabalhar deitado, para aliviar o cansaço. O artista encontrava-se esgotado pelo penoso e gigantesco trabalho, que compreendeu uma imensa superfície, a mais de 20 metros de altura.

Em 1980, uma equipe de renomados restauradores de arte iniciou a restauração do teto da Capela Sistina, levando 12 anos para finalizar o trabalho. O acúmulo de quase 500 anos de poeira e fuligem de velas havia escurecido a superfície dos painéis. Ao ser retirada a sujeira de uma das mais encantadoras expressões do humanismo cristão do Alto renascimento, suas cores tornaram-se mais luminosas e nítidas.

Fontes de pesquisa:
Gênios da Arte/ Girassol
Grandes Mestres da Pintura/ Coleção Folha
Grandes Mestres/ Abril Cultural
Renascimento/ Taschen
Tudo sobre Arte/ Sextante
1000 Obras da Pintura Europeia/ Könemann
Os Pintores mais Influentes/ Girassol
Arte em Detalhes/ Publifolha
Góticos e Renascentistas/ Abril Cultural

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Michelangelo – ABÓBADA DA CAPELA SISTINA (I)

 Autoria de Lu Dias Carvalho

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Todo o Antigo Testamento está aí retratado em centenas de figuras e imagens dramáticas de incomparável vigor e originalidade de concepção. (Góticos e Renascentistas/ Abril Cultural)

Estou aqui angustiado e com grande fadiga de meu corpo. Não tenho amigos de nenhum tipo, e nem os quero; e não tenho muito tempo para comer e para minhas necessidades. (Michelangelo)

A Capela Sistina, situada no Palácio Apostólico, residência oficial do Papa na cidade do Vaticano, Itália, foi construída em 1477, a pedido do papa Sixto IV, daí a origem de seu nome. Suas paredes começaram a ser decoradas três anos após o término da obra, por artistas renomados da geração anterior a Michelangelo, pertencentes ao período do Quattrocento (anos quatrocentos): Sandro Botticelli, Domenico Ghirlandio, Perudino, Cosimo Rosselli e Luca Signorelli. Nelas foram retratadas passagens da vida de Moisés e de Cristo, ao lado de retratos dos pontífices. Já o teto da Capela Sistina foi pintado por Pier Matteo d’Amélia entre 1479 e 1480, que, para imitar o céu, espalhou estrelas douradas sobre um fundo azul.

Alguns anos depois, uma fenda na abóbada comprometeu a pintura, o que levou Júlio II a querer redecorá-la, e a tarefa coube ao genial Michelangelo. Mesmo sabendo que o artista era antes de tudo um escultor ,e, que não era familiarizado com as técnicas do afresco, o caprichoso papa queria que fosse ele o responsável pelo trabalho. O artista recusou a encomenda papal, pois considerava que seria um trabalho que demandaria muito tempo. Ele preferia trabalhar com a escultura, pois achava que a pintura era uma arte menor, se comparada à escultura. Sem conseguir fugir da empreitada, acabou aceitando a gigantesca tarefa. Na verdade, ele queria mesmo era terminar o túmulo do dito papa, onde faria o que mais amava: esculturas. Mas, por extrema ironia, a decoração da abóbada da Capela Sistina acabou por imortalizá-lo, ao assombrar o mundo com a sua monumentalidade e beleza, transformando-se numa das obras mais importantes da arte universal, reverenciada em todo o mundo. A pintura de Michelangelo na abóbada da Capela Sistina repassa uma visão exaltada de Deus e da humanidade.

Michelangelo gastou um ano só para projetar e preparar os desenhos do teto da Capela Sistina. Enquanto pintava a abóbada, o artista ficou recluso, fechando-se na capela, e não aceitando visitas. Ali, trabalhou durante quatro anos sobre altíssimos andaimes, pintando o portentoso afresco com figuras descomunais. Preparava e esboçava as cenas nos mínimos detalhes, e depois as transferia para a abóbada. Deitava-se de costas, olhando para cima, para executar o laborioso trabalho, expondo ali toda a sua genialidade. Enquanto a decoração das paredes mostrava passagens da vida de Moisés e Jesus, a decoração da abóbada ilustrava a história da humanidade desde a criação do mundo. Há uma perfeita harmonia teológica entre os temas das paredes e os apresentados na abóbada da Capela Sistina.

Ficha técnica:
Data: 1508 – 1512 ou 1508
Afresco:
Dimensões: 40 x 13,5 m
Localização: Palácios do Vaticano, Roma

Fontes de pesquisa:
Gênios da Arte/ Girassol
Grandes Mestres da Pintura/ Coleção Folha
Grandes Mestres/ Abril Cultural
Renascimento/ Taschen
Tudo sobre Arte/ Sextante
1000 Obras da Pintura Europeia/ Könemann
Os Pintores mais Influentes/ Girassol
Arte em Detalhes/ Publifolha
Góticos e Renascentistas/ Abril Cultural

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Michelangelo – ESCRAVO AGONIZANTE

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Michelangelo procurou conceber suas figuras, como se elas existissem ocultas no bloco de mármore, em que estava trabalhando, sendo sua tarefa remover a pedra que as cobria. (E.H. Gombrich)

 Ao contrário da criação de Adão, presente no teto da Capela Sistina, o Escravo Agonizante, também conhecido como o Escravo Moribundo ou Escravo Amarrado, do genial Michelangelo, retrata o momento em que a vida está se desvanecendo do corpo do jovem escravo. Ainda assim, é impossível não encontrar beleza nessa entrega final, quando o corpo não consegue mais resistir.

Apesar da morte aparente, o langor que transparece no rosto do escravo e a musculatura trabalhada de seu corpo quase sem vida são de uma beleza incomparável. O personagem nu, com apertadas faixas no peito, é vitimada por um espasmo longo e lento.

O artista não trabalhou o mármore por inteiro, deixando o pé direito do escravo, aprisionado ao bloco. A figura longa e sinuosa  foi executada em três ângulos:  os cotovelos e  o joelho que avança, exprimindo extensão em altura, lagura e profundidade.

Esta escultura, feita para adornar a base do túmulo de Júlio II, não chegou a ser colocada no monumento definitivo, sendo presenteada pelo artista a Roberto Strozzi, exilado na França,  onde se encontra até os dias de hoje. Michelangelo talhou no mármore, ao esculpir o Escravo Agonizante, uma obra de grande sensibilidade e beleza que parece real.

A base do túmulo de Júlio II tratava-se de um esmerado projeto, com fascinantes figuras de Escravos Amarrados. Ainda que tenha trabalhado nele durante quarenta anos, tendo sido muitas vezes interrompido e reduzido, o artista não conseguiu terminá-lo.

Ficha técnica:
Data: 1513 – 1516
Altura: 2, 29 m
Material: mármore
Localização: Museu do Louvre, Paris, França

Fontes de pesquisa:
Gênios da Arte/ Girassol
Grandes Mestres da Pintura/ Coleção Folha
Grandes Mestres/ Abril Cultural
Renascimento/ Taschen
Tudo sobre Arte/ Sextante
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 Obras da Pintura Europeia/ Könemann
Os Pintores mais Influentes/ Girassol
Arte em Detalhes/ Publifolha
Góticos e Renascentistas/ Abril Cultural

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Michelangelo – MADONA NA ESCADA

Autoria de Lu Dias Carvalho manesc

Aos 15 anos de idade, o jovem Michelangelo apresenta o seu relevo marmóreo sobre a Madona na Escada, também conhecido como a Virgem com o Menino. É possível notar pequenos erros no feitio da obra, o que não impede que ela seja o primeiro testemunho de seu talento. As figuras são desproporcionais e sem equilíbrio. Na composição, o relevo é mínimo, a ponto de pouco se distinguir do fundo. Ele aplica uma técnica de Donatello, o sticiatto (achatado). Apesar dos pequenos erros, há na composição uma série de detalhes preciosos.

À época, a temática da Virgem Maria com o Menino Jesus era muito comum não apenas entre os pintores, mas também entre os escultores florentinos. Normalmente, mãe e filho eram ilustrados em atitude lúdica, com a atenção da Virgem totalmente voltada para seu Menino, mas Michelangelo opta por trilhar um novo caminho, ao dar à postura da mãe outra dimensão. Ela está sentada calmamente, de perfil, amamentando sua criança, que é obrigada a fazer uma pequena torção para mamar. A Virgem não direciona para Ele o seu olhar, mas se mostra perdida em seus pensamentos, meditando sobre o destino do filho amado.

O campo do relevo divide-se em duas partes: na primeira está a Virgem e o Menino e, na segunda, em segundo plano, estão quatro crianças brincando descontraidamente e a escada, acentuadamente íngreme, que dá nome à obra. Os meninos estão apenas esboçados.

A Madona e seu Menino avolumam-se no primeiro plano. Maria é uma imensa e robusta personagem, que traz seu bebê assentado em seu colo, com a cabecinha recostada no seu seio esquerdo, protegido por seus braços. A Virgem é tão grande que sua auréola toca na moldura superior. Maria, com a cabeça coberta com um véu, traz o olhar bem distante. O rosto do Menino não é visível ao observador. Ele se aconchega ao corpo da mãe, buscando proteção, com o bracinho direito virado para trás.

As quatro crianças brincam animadamente entre si. Três delas estão no topo da escada. A criança, que se encontra mais abaixo na escada, é mais volumosa, e estende um pano à outra, que se encontra quase escondida detrás da Virgem.

Para alguns críticos, o pano pode ser uma alusão ao sudário da Paixão de Cristo e o relevo é uma referência ao sacrifício de Cristo, levando em conta, também, o bracinho abandonado de Jesus.

Ficha técnica:
Data: c. 1490
Material: mármore
Dimensões: 55,5 x 40 cm
Localização: Casa Buonarroti, Florença, Itália

Fontes de pesquisa:
Gênios da Arte/ Girassol
Grandes Mestres da Pintura/ Coleção Folha
Grandes Mestres/ Abril Cultural
Tudo sobre Arte/ Sextante

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Michelangelo – PIETÀ

Autoria de Lu Dias Carvalho

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É um milagre que o que já foi uma rocha qualquer possa assumir uma forma que a natureza dificilmente cria na carne humana. (Giorgio Vasari) 

As mulheres castas se conservam com fisionomia bem jovem […], quanto mais uma Virgem que jamais apresentou o menor sinal de luxúria. (Michelangelo)

Jean Bilhères de Lagraulas, cardeal francês, embaixador do rei da França na corte do papa, possuía uma capela na Basílica de São Pedro, onde almejava ser enterrado, por isso, era seu desejo que uma escultura de mármore ornamentasse sua capela. Mas antes que selasse o contrato com Michelangelo, o artista foi enviado à cidade de Carrara, para escolher o material de sua obra. Ali, Michelangelo procurou pelo melhor mármore existente, isento de imperfeições ou impurezas. O artista concluiu sua obra no mesmo ano da morte do cardeal.

Pietà ou Piedade foi o tema escolhido para adornar o túmulo de Jean Bilhères de Lagraulas, mostrando o sofrimento de Maria, após a retirada do corpo de seu filho da cruz. Tal tema, embora fosse comum além dos Alpes, era pouco usado na pintura florentina e dificílimo de ser visto na escultura, principalmente em se tratando de uma estátua de mármore feita em tamanho natural. A estrutura do conjunto arquitetônico é piramidal, feita num bloco de apenas um metro de espessura, embora a obra repasse uma sensação de monumentalidade e profundidade.

Para esculpir a Pietà, Michelangelo usou um único bloco de mármore, pois assim haveria uma maior união na composição de Maria e Jesus. Tanto é que há uma relação perfeitamente equilibrada entre Mãe e Filho. Na sua Pietà o artista aborda o realismo doído, visto em outras obras, para esculpir a Virgem e seu Filho, com uma beleza clássica inimaginável. O rosto delicado e sereno da Virgem foge à tradição da iconografia usual em que ela era interpretada com uma expressão de dor extremada. Na época alguns notaram que Maria apresentava-se muito jovem para ter um filho de 33 anos, mas a tradição iconográfica e teológica aceitava tais discrepâncias. O corpo de Jesus em total abandono está contido dentro da figura da Virgem, desde a cabeça até os pés, como se toda ela o envolvesse.

Não existem alterações extremadas no rosto oval da Madona que é retratada como uma jovem mãe, pois sua juventude é a representação de sua castidade. Sua expressão revela aceitação, embora repasse uma profunda tristeza interior que pode ser percebida pela inclinação de seu rosto em direção ao corpo do filho. Sua mão esquerda aberta, como se mais nada pudesse fazer, mostra ao mundo seu filho morto. O estiramento do braço direito de Jesus também repassa um sentimento de abandono. É de tirar o fôlego a maestria do artista florentino no feitio do pregueado dos tecidos, assim como no polimento dado à obra.

Ao dar por terminada a sua obra, Michelangelo ficou tão maravilhado com sua beleza que colocou a sua assinatura na cinta que desce do ombro direito da Virgem, passando por entre seus seios. Essa foi a única vez em que assinou uma obra. Segundo relatos, como alguns não acreditassem que fosse ele o autor da obra, o artista ocultamente lavrou seu nome na faixa.

A Pietà é tida como a primeira obra-prima do gênero e como uma das mais fascinantes esculturas de todos os tempos que retrata a mãe do Salvador com uma pureza jamais vista. De forma o artista cumpriu sua palavra, quando disse que “seria uma obra tal que nenhum mestre da época poderia fazê-la melhor”.

Nota: A Pietà que faz parte de exposições não é a verdadeira que foi danificada por um homem com um martelo. A verdadeira, restaurada, não mais deixa o Vaticano.

Ficha técnica:
Data: c. 1497 – 1499
Dimensões: 1,74 m de altura e 1,95 m de base e 69 cm de profundidade
Localização: Basílica de São Pedro, Vaticano, Itália

Fontes de pesquisa:
Gênios da Arte/ Girassol
Grandes Mestres da Pintura/ Coleção Folha
Grandes Mestres/ Abril Cultural
Renascimento/ Taschen
Tudo sobre Arte/ Sextante
1000 Obras da Pintura Europeia/ Könemann
Os Pintores mais Influentes/ Girassol
Arte em Detalhes/ Publifolha
Góticos e Renascentistas/ Abril Cultural

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Michelangelo – MOISÉS

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Conta-se que após terminar de esculpir a estátua de Moisés, Michelangelo passou por um momento de alucinação diante da beleza da escultura. Bateu com um martelo na estátua e começou a gritar: Perché non parli? (Por que não falas?) (Wikipedia)

Visito diariamente o Moisés, e acho que poderia escrever umas poucas palavras sobre ele. Ao longo de três semanas solitárias de setembro, detive-me diariamente na igreja diante da estátua, estudei-a, medi-a, sondei-a, até que me veio a compreensão que só ousei expressar no papel anonimamente.  (Freud)

Moisés é uma das esculturas realizada pelo genial Michelangelo, para adornar o mausoléu de Júlio II. Esta obra, juntamente com a Pietà do Vaticano e Davi, constitui o ponto mais alto da arte escultural do artista. Embora fosse o sonho de Michelangelo terminar a monumental sepultura do papa, apenas a gigantesca estátua de Moisés de 2,35 de altura foi colocada no túmulo, o suficiente para dar ao monumento grande destaque e fama.

Moisés — profeta israelita da Tribo de Levi — encontra-se grandioso e solene,  sentado, segurando com o braço direito as duas Tábuas da Lei contendo os Dez Mandamentos ou Decálogo, enquanto o braço esquerdo descansa no seu colo. Os dois chifres, representados em sua cabeça, simbolizam os dois raios de luz que a cingem, ao descer do Monte Sinai. Com a cabeça virada para a esquerda, ele tem o olhar perdido ao longe, buscando pela figura de Deus. Sua longa e farta barba desce-lhe pelo tronco, sendo tocada por sua mão direita. Seu pé direito apoia-se firmemente no chão, enquanto o esquerdo apoia-se no chão apenas parcialmente, segurando a perna levantada. Ele se encontra elegantemente vestido, tendo suas vestes dobraduras perfeitas, com destaque para uma delicada tela que lhe cobre a perna direita.

Michelangelo entregou a estátua totalmente acabada, tendo todas as suas partes polidas, incluindo os detalhes, além de ter apresentado uma anatomia perfeita. A escultura fica na Basílica de San Pietro in Vincoli, Roma. Segundo alguns estudiosos de arte, Michelangelo retrata o momento em que o profeta deixa o Monte Sinai, com as tábuas da lei nos braços e depara-se com seu povo adorando um bezerro de ouro. Mas o psicanalista Freud acredita que se trata do momento em que Moisés consegue controlar a sua ira e, em vez de quebrar as Tábuas da Lei, mantém-se calmo e comedido. Freud diz:

“Dessa maneira, [Michelangelo] acrescentou algo de novo e mais humano à figura de Moisés; de modo que a estrutura gigantesca, com a sua tremenda forca física, torna-se apenas a expressão concreta da mais alta realização mental que é possível a um homem, ou seja, combater com êxito uma paixão interior pelo amor de uma causa a que se devotou”.

Curiosidade:
Ao observar a estátua é possível perceber que Moisés tem um par de chifres na cabeça, logo acima dos olhos, nascendo por baixo dos seus cabelos. A explicação para isso pode estar na tradução errada de “karan” (cornos) em vez de “keren” (raios de luz), feita por São Jerônimo para o latim.

Ficha técnica:
Data: 1515
Material: mármore
Altura: 2,35 m
Localização: Basílica de San Pietro in Vincoli

Fontes de pesquisa:
Gênios da Arte/ Girassol
Grandes Mestres da Pintura/ Coleção Folha
Grandes Mestres/ Abril Cultural

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