Arquivo da categoria: Pinacoteca

Pinturas de diferentes gêneros e estilos de vários museus do mundo. Descrição sobre o autor e a tela.

Eliseu Visconti – NU

Autoria de Lu Dias Carvalho

O professor e pintor brasileiro Eliseu d’Angelo Visconti (1866-1944) nasceu na Itália, mas aos sete anos de idade veio para o Brasil com sua irmã Marianella, ao encontro dos irmãos mais velhos que para aqui vieram anos antes. Os dois foram morar na propriedade do barão de Guararema, em Minas Gerais, ganhando a afeição da baronesa Francisca de Souza Monteiro de Barros que os conheceu na Itália, onde estivera em tratamento. A baronesa, apreciadora de arte e colecionadora de pinturas, encarregou-se dos estudos de Eliseu, por quem nutria grande carinho, sendo também sua grande incentivadora nas artes. O garoto foi para a cidade do Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos de música. Mas ao ver um de seus desenhos, a baronesa incentivou-o a estudar artes.

A composição intitulada Nu é obra do artista que usou em sua obra inúmeros nus. Encontra-se no acervo do MASP desde 1966. Uma jovem mulher encontra-se nua, recostada no espaldar de uma cadeira (ou cama), com o dorso inclinado para trás, olhando-se num pequeno espelho oval, enquanto traz a mão direita na cabeça.

Ficha técnica
Ano: 1895
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 165 x 89 cm
Localização: Museu de Arte, São Paulo, Brasil

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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Modigliani – LÉOPOLD ZBOROWSKI

Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor italiano Amedeo Modigliani (1884 – 1920) era o mais novo dos quatro filhos de uma próspera família judia. Ainda na infância, ele foi vitimado pela tuberculose, enfermidade que o acompanhou ao longo de sua curta e conturbada existência de apenas 35 anos. Além da doença, o pintor também fazia uso de álcool e drogas, principalmente do haxixe, e tinha grande atração pelas mulheres. A cultura visual de Modigliani foi grandemente favorecida em sua adolescência, pelas viagens que fazia às cidades italianas, em companhia de sua mãe, na tentativa de encontrar cura para o tifo e a tuberculose que o maltratavam. Apesar da doença, tornou-se um homem charmoso e elegante, dono de uma atração magnética que encantava homens e mulheres. Durante a sua vida, Modigliani teve que conviver com o pouco caso da crítica e do mercado por sua pintura.

A composição acima, denominadas Léopold Zborowski, é obra do artista. Trata-se do retrato do polonês Léopold Zborowski, escritor e negociante de artes, e também grande amigo do artista. Esta obra faz parte do Acervo do MASP desde 1950.

Em toda a obra de Modigliani, assim como neste retrato, é possível captar um grande lirismo que nasce de três características principais da pintura do artista: a sinuosidade dos traços, embebidos na arte de Simone Martini, dentre outros mestres sienenses; a estruturação tonal do grande mestre francês Cézanne; e a influência das máscaras rituais africanas encontradas nos totens.

Ficha técnica
Ano: 1916 a 1919
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 100 x 65 cm
Localização: Museu de Arte, São Paulo, Brasil

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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Van Dyck – A MARQUESA LOMELLINI E…

Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor Anthony van Dyck (1599 – 1641) foi o mais talentoso discípulo e ajudante do pintor francês Peter Paul Rubens, sendo 22 anos mais novo do que o mestre de quem herdou o talento na representação da textura e superfície das figuras. Também se transformou num dos pintores retratistas mais procurados da Europa.

A composição barroca denominada A Marquesa Lomellini e seus Filhos, também conhecida como Marquesa Lomellini e Seus Filhos em Oração, é uma obra do artista. Retrata a Marquesa Lomellini ao lado de seus dois filhos. Apesar do título, apenas o garoto maior se posta em atitude de oração.  O menor ostenta uma batina que vai até o chão, com uma espécie de capa preta, vestimenta comum aos meninos escolhidos para seguirem a carreira eclesiástica. Ele parece trazer na mão direita uma fruta, possivelmente uma maçã, como símbolo do pecado da humanidade.

O local onde se encontram as três personagens é requintado, embora muito pouco dele se possa perceber. Na pintura predominam o preto e o vermelho, este último presente na mesa, onde se encontra um anjo, aparentemente com um globo na mão, na suntuosa cortina acima dos personagens e no tapete. A marquesa também traz uma flor vermelha nos cabelos.

Mãe e filho menor encaram o observador, enquanto o garoto mais velho foca o olhar em algo que se encontra à sua frente, trazendo as mãos em postura de oração. É interessante notar que o dedo indicador da marquesa, onde se encontra um anel, aponta para as duas crianças, como se fossem elas as figuras mais importantes do quadro.

 Esta tela foi pintada quando o artista encontrava-se em Gênova, na Itália. Passou a fazer parte do acervo do MASP desde 1951.

Ficha técnica
Ano: c. 1623
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 221 x 152 cm
Localização: Museu de Arte, São Paulo, Brasil

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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Reynolds – Elisabeth, Sarah e Edward…

Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor inglês Joshua Reynolds (1723 – 1740) era filho do reverendo Samuel Reynolds. Seu pai almejava que ele fosse médico, mas o garoto, já aos oito anos de idade, mostrava sua forte propensão pela arte, reproduzindo pinturas e gravuras. Ao tomar conhecimento do “Ensaio sobre a Teoria da Pintura” anos depois, viu que ser pintor era o que desejava. Prometeu ao pai que seria um pintor de talento. Ele veio a transformar-se no retratista oficial da nobreza e da alta sociedade inglesa, ostentosa e sofisticada, dos fins do século XVIII.

A composição cheia de artifícios e excessivamente rebuscada, intitulada Elisabeth, Sarah e Edward, filhos de Edward Holden Cruttenden é uma obra do artista. Encontra-se no acervo do MASP desde 1952.  Apresenta quatro personagens em atitudes estudadas, desprovidas de qualquer naturalidade, num jardim.

As crianças – duas meninas e um menino – estão na companhia da babá indiana. Eram filhos do diretor da “East India Company”. Quando Calcutá foi saqueada pelo nababo de Bengala, elas foram salvas pela babá, mas seus pais morreram.  Elisabeth, a garota mais velha, traz o avental cheio de flores e um buquê na mão direita. Edward, o menino, também carrega um buquê, e Sarah, a garota mais nova, traz as mãos cruzadas na barriga. As flores colhidas são para homenagear a memória do pai.

A babá indiana, com suas vestes de criada, ajuda as crianças na colheita das flores. Encontra-se de perfil e seus olhos estão voltados para baixo, numa referência à sua baixa classe social, enquanto as duas meninas encaram o observador e o menino fita algo à sua esquerda.

Ficha técnica
Ano: c. 1623
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 179 x 168 cm
Localização: Museu de Arte, São Paulo, Brasil

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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Turner – CASTELO DE CAERNARVON

Autoria de Lu Dias Carvalho

O inglês Joseph Mallord William Turner (1775 – 1851) nasceu em Londres. Aos 14 anos de idade passou a trabalhar com o desenhista arquitetônico Thomas Malton, que chegou a concluir que o garoto jamais seria um artista, sendo no mesmo ano aceito na Escola da Academia Real de Artes, em Londres, onde ganhou a admiração de seus colegas. Aos 15 anos, expôs suas primeiras aquarelas na referida academia. Aos 25 anos já era Membro Associado, período em que visitou, pela primeira vez, outros países do continente europeu, estudando em Paris, no Louvre, os Antigos Mestres, dando destaque às paisagens holandesas e composições de Claude Lorrain. A visita de Turner a outros países, inclusive à Itália, mudou radicalmente seu estilo, quando passou para as criações visionárias.

A composição Castelo de Caernarvon é uma obra do pintor inglês, dono de uma memória visual fora do comum e tido como o maior intérprete de paisagem inglesa, cuja obra vai além da realidade objetiva, ao recriá-la em termos puramente pictóricos. Esta obra faz parte do acervo do MASP desde 1958.

O artista gostava de percorrer os mais diferentes lugares (vales, montanhas, rios…) em busca de inspiração para sua obra. Ele fez inúmeras telas usando o Castelo de Caernarvon como temática. Na pintura acima, exprime-se com poucas pinceladas, enchendo a paisagem com muita luminosidade.

Ficha técnica
Ano: 1830 – 1835
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 94 x 135 cm
Localização: Museu de Arte, São Paulo, Brasil

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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Chamberlain – PONTA DA ARMAÇÃO EM NITERÓI

Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor, desenhista e militar inglês Henri Chamberlain (1796 – 1844) esteve no Brasil como oficial da Marinha britânica, onde pintou várias paisagens urbanas, importantes como registros daquela época. Chegou a publicar em seu país um sugestivo album de águas-tintas chamado “Vistas e Costumes do Rio de Janeiro”, que trazia 36 gravuras de bairros e paisagens da, na época, capital do Brasil.

A composição intitulada Ponta da Armação em Niterói é uma paisagem pintada pelo artista inglês. Faz parte do acervo do MASP desde 1950. Retrata Ponta de Armação, uma península situada na cidade fluminense de Niterói. O nome “armação” diz respeito à pesca, ou seja, tem a ver com o fato de “armar os barcos”. Esta península foi um importante baleeiro no litoral brasileiro, depois substituído pela indústria naval.

A paisagem apresenta a Ponta de Armação no início do século XIX. Trata-se de uma movimentada paisagem com diversas figuras humanas em terra e no mar. Muitas embarcações espalham-se pela água verde-esmeralda da pintura.

 Ficha técnica
Ano: 1819 – 1820
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 75 x 152 cm
Localização: Museu de Arte, São Paulo, Brasil

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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