Arquivo da categoria: Saúde Mental

Fórum para debate sobre problemas de saúde mental, com textos alusivos ao tema.

ANSIEDADE – UM SINAL DE ALERTA

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Ansiedade: sinal de alerta

A ansiedade é um sentimento de apreensão desagradável, vago, acompanhado de sensações físicas como um vazio no estômago ou um frio na espinha, opressão no peito, palpitações, transpiração, dor de cabeça, falta de ar, entre outras queixas. A ansiedade é um sinal de alerta, que adverte sobre perigos iminentes e capacita o indivíduo a tomar medidas para enfrentar ameaças, podendo ser chamado até de o “bom estresse”.

A ansiedade prepara o organismo para tomar as medidas necessárias para impedir a concretização de possíveis prejuízos ou, pelo menos, diminuir suas consequências, como, por exemplo, quando a pessoa for se apresentar em público. Portanto, ela é uma reação natural e necessária para a autopreservação. As reações de ansiedade do dia a dia não precisam ser tratadas por serem naturais e autolimitadas.

Quando se preocupar

A ansiedade anormal ou patológica é uma resposta inadequada a determinado estímulo, em virtude de sua intensidade ou duração. Diferentemente da ansiedade normal, a patológica paralisa o indivíduo, traz prejuízo ao seu bem-estar e ao seu desempenho e não permite que ele se prepare e enfrente as situações ameaçadoras. É como se a pessoa estivesse “amarrada”, sem conseguir enfrentar um determinado problema.

De forma habitual, o indivíduo extremamente ansioso é aquele que se “pré-ocupa” com uma determinada situação, que ainda nem aconteceu e, muita das vezes, nem irá ocorrer. Não podemos confundir o medo com o transtorno de ansiedade. Quando a pessoa tem medo, ela tem um fato ou objeto que realmente existe, como medo de um assalto, por exemplo. Já na ansiedade, não existe esse objeto, sendo que a pessoa encontra-se cronicamente com uma sensação de “desconforto físico”, sem uma justificativa plausível.

Ganho de peso

Casos crônicos de ansiedade não tratada, geralmente associam-se a quadros de angústia, com aquele típico “aperto na garganta”, conhecido pelo nome de globus histericus. Isto tudo pode terminar em quadros de depressão. Isso sem contar que altos níveis de ansiedade geram insônia, fadiga crônica e desânimo geral para o trabalho no dia seguinte, além do temível ganho de peso.

Já se sabe da intrínseca relação entre o estado emocional e o dos distúrbios alimentares. Caso típico é aquela pessoa extremamente ansiosa que, para reduzir estes sintomas desagradáveis, lança mão dos doces, que em geral aumentam, de forma transitória, os níveis de serotonina cerebral, porém, associa-se ao aumento de peso.

Para que as coisas não chequem a este ponto, medidas devem ser tomadas. A pessoa vista de forma globalizada poderá, junto a seu médico, optar por quais caminhos terapêuticos irá trilhar, seja ele alopático, fitoterápico, ortomolecular, acupuntura, ou uma associação destes com outras práticas integrativas. Medidas preventivas como atividades físicas e técnicas de relaxamento, como yoga, meditação, entre outras, podem ser de grande ajuda. Algumas pessoas poderão necessitar de um suporte de terapia comportamental. Seja qual for o caso, se você tem sintomas como o descrito acima, procure ajuda.

Nota: Imagem copiada de www.depressaoansiedade.com

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LIDANDO COM O VAZIO EMOCIONAL

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Você já sentiu um “vazio emocional” ou um oco em seu interior? Se a resposta for positiva, saiba que é difícil de explicar a alguém o que você realmente sente. Não tem a ver com ter ou não dinheiro. Ser mais rico ou mais pobre. Uma pessoa pode ter tudo que necessita e, entretanto, sentir um profundo vazio em seu interior. Sentir-se vazio é pensar que a existência não tem sentido, mesmo quando o nosso ambiente nos mostra exatamente o contrário.

Poucos estados vitais são tão paralisantes quanto o vazio emocional. Apesar do “vazio” ser descrito como ausência de algo, no campo da psicologia esta dimensão se define por um sofrimento, um mal-estar e uma profunda tristeza. A frustração pessoal, a dor de uma infância complicada, o fracasso ou mesmo o estresse e a ansiedade podem evoluir para este buraco negro existencial.

As pessoas tentam preencher este vazio aumentando a gula pela comida, ou enchendo a cara com bebidas alcoólicas, ou aumentando o tempo com compromissos sociais, ou dedicando mais tempo às coisas de que gosta. Ninguém quer parar para pensar neste sentimento que lhe faz mal e angustia. É um vazio quase que insuportável, pois não se pode suportar aquilo que não se compreende. Quando uma pessoa se sente vazia, é como se uma série de emoções negativas decidissem se juntar, ganhar força e, em conjunto, desencadear uma espécie de “engessamento”. Surge então a desilusão, a insatisfação com a vida, a angústia aliada a uma tristeza sem motivo aparente. Esta luta contra o vazio emocional não é fácil. Entretanto, deve ser detectada e ser combatida. Mas como lidar com isso?

Algumas perguntas devem ser feitas inicialmente, como: o que me traz satisfação? Quais atividades me dão prazer? Quais são as minhas vontades ou interesses? Consigo sentir felicidade em algum momento do dia? A dificuldade em responder tais perguntas pode significar que existam bloqueios relacionados à própria vida. Comece a valorizar o que você tem. Não se trata de ser conformista, mas de aceitar a realidade tal como é. Concentre-se naquilo que lhe faz sentir-se bem, potencialize as suas virtudes e não se deixe dominar pelos seus defeitos. Seja consciente de que a perfeição não existe; temos pontos positivos e negativos. Valorize os positivos e vá corrigindo o que não está bom com o tempo.

Uma boa maneira de começar a curar as feridas emocionais é procurando ajuda. Nem sempre temos todas as ferramentas necessárias para solucionar os nossos problemas. Pedir ajuda não significa ser fraco, mas ter a capacidade de entender que precisamos de alguém para enfrentar os problemas. A busca pelo autoconhecimento pode ser difícil de trilhar sozinho, embora alguns consigam. Portanto, um acompanhamento médico e/ou psicoterápico pode ser de grande auxílio.

Para desvencilhar-se deste vazio é também de suma importância cuidar não só do aspecto psicológico, mas também do físico. Portanto, durma no mínimo oito horas; faça as refeições em horários corretos e regulares; hidrate-se bastante e caminhe meia hora por dia. O objetivo final é preencher este vazio interno em um espaço para oportunidades gratificantes.

Ilustração: obra do pintor russo Leonid Afremov

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TRANSTORNOS MENTAIS

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Inúmeras são as palavras usadas para referir-se aos problemas mentais: transtorno, distúrbio, disfunção, perturbação, enfermidade, alienação ou doença, combinadas aos termos: mental, psíquico e psiquiátrico. Tem-se evitado a palavra “doença”, pois são pouquíssimos os casos clínicos mentais, que podem ser diagnosticados como tal, apresentando todas as características relativas a uma doença, no sentido exato do termo. No entanto, pouca gente sabe que, no intuito de padronizar a denominação das enfermidades psíquicas em geral, a Câmara Federal aprovou, em 17/03/2009, o termo “transtorno mental”, em caráter conclusivo. O projeto determina que “transtorno mental” é o termo adequado para designar o gênero “enfermidade mental”, e substitui termos pesados como “alienação mental” e outros equivalentes, diminuindo o preconceito por parte das pessoas.

Segundo o Dr. Galeno Alvarenga, médico formado em psiquiatria e neurociência, os transtornos mentais são condições de anormalidade, sofrimento ou comprometimento de ordem psicológica, mental ou cognitiva. Dentre os fatores desencadeantes de tais transtornos, ele elenca a genética, a química cerebral e o estilo de vida. Acrescenta também que a mente pode ser afetada por doenças de outras partes do corpo, e vice-versa, ou seja, os transtornos mentais também podem provocar doenças em outras partes do corpo, produzindo os chamados “sintomas somáticos”.

O Dr. Galeno Alvarenga lista aqueles tidos como os principais transtornos mentais:

  1. Abuso de drogas: (dependência química e psicológica): Alcoolismo, Alucinógenos, Cocaína, Maconha e Tranquilizantes.
    1. Transtornos Alimentares: Anorexia Nervosa e Bulimia Nervosa.
  1. Transtornos de Ansiedade: Agorafobia, Fobia Específica, Fobia Social, Síndrome do Pânico, Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Transtorno Estresse Agudo, Transtorno de Estresse Pós-traumático e Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).
  1. Transtornos de Personalidade: Transtorno de Personalidade Antissocial, Transtorno de Personalidade Boderline, Transtorno de Personalidade Esquizoide, Transtorno de Personalidade Narcisista e Transtorno de Personalidade Paranoide.
  1. Transtornos Delirantes: Equizofrenia e Transtorno Esquizotípico
  1. Transtornos Dissociativos: Amnésia Dissociativa, Síndrome de Despersonalização-Desrealização, Transtorno da Fuga e Transtorno de Personalidade Múltipla.
  1. Transtornos do Sono: Hipersonia, Insônia, Pesadelos, Sonambulismo e Terror Noturno.
  1. Transtornos dos Hábitos e dos Impulsos: Cleptomania, Jogo Patológico, Piromania, Transtorno Explosivo Intermitente e Tricotilomania.
  1. Transtornos Emocionais (de Humor): Depressão, Distimia, Manias, Transtorno Bipolar e Transtorno Depressivo Recorrente.
  1. Transtornos Sexuais: Aversão Sexual, Compulsão Sexual, Dispareunia, Ejaculação Precoce, Exibicionismo, Fetichismo, Fetichismo Transvéstico, Frotteurismo, Masoquismo, Orientação Sexual Egodistônica, Pedofilia, Sadismo, Transexualismo, Transtorno da Maturação Sexual, Transtorno de Identidade Sexual na Infância, Vaginismo, Voyerismo.
  1. Transtornos Somatoformes: Hipocondria, Neurastenia e Transtorno de Somatização.

Nota: quem quiser a explicação para cada tipo de transtorno mental deverá buscar o site do Dr. Galeno Alvarenga: http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais

Ilustração: obra do artista Edvard Munch

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DEPRESSÃO OU SÍNDROME DE BURNOUT?

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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O termo “burnout”, em melhor tradução livre, seria algo como “consumido pelo fogo”. É uma síndrome que compreende uma condição de estresse ligada intimamente ao trabalho da pessoa. Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônico, provocados por condições de trabalho desgastantes. A pessoa vai literalmente sendo consumida e suas forças vão se exaurindo aos poucos, dia após dia.

A síndrome é muito mais prevalente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso, como entre profissionais das áreas de educação (professores), saúde (médicos, enfermeiros, cuidadores de idosos), assistência social, líderes religiosos, área de recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros e policiais. Caso sua profissão seja lidar diuturnamente com o ser humano, mantendo contato próximo com outros indivíduos, é um potencial candidato de, mais cedo ou mais tarde, vir a desenvolver alguns sintomas desta síndrome.

O indivíduo que “experimenta” a Síndrome de Burnout pode apresentar:

  • fadiga constante,
  • distúrbios de sono,
  • dores musculares,
  • dores de cabeça e enxaquecas,
  • problemas gastrointestinais, respiratórios e cardiovasculares.

Em mulheres, as alterações no ciclo menstrual são comuns. Sintomas psicológicos também estão presentes, como:

  • dificuldade de concentração,
  • lentificação do pensamento,
  • sentimentos negativos sobre o viver e trabalhar,
  • impaciência,
  • irritabilidade,
  • baixa autoestima,
  • desconfiança,
  • depressão,
  • e, em alguns casos, até paranoia.

Geralmente, com toda esta sobrecarga emocional, a pessoa passa a negligenciar suas obrigações, fica mais agressiva nas relações e perde a capacidade de relaxar. Além disso, tende ao isolamento, perde interesse pelo trabalho e em outras atividades que antes eram prazerosas.

As causas da Síndrome de Burnout compreendem um quadro multidimensional de fatores individuais e ambientais, que estão ligadas a uma percepção de desvalorização profissional. O ambiente de trabalho e as condições de realização deste podem também determinar o adoecimento ou não do sujeito. Esta síndrome vai além do estresse comum. É um misto de estresse e depressão, no qual o tema trabalho é a constante principal. Trata-se de uma doença ocupacional, portanto.

É sempre importante ressaltar a relevância de um diagnóstico correto, para que não se cometam erros, como a confusão entre a Síndrome de Burnout e a depressão. A primeira tem vários sintomas de depressão, que estão diretamente ligados e relacionados com o trabalho da pessoa. Portanto, o tratamento passa pelo uso de medicações como antidepressivos e ansiolíticos, além de abordagem psicoterapêutica, em que o profissional irá trabalhar com o paciente uma ressignificação do seu cotidiano e mudança de hábitos de vida, incluindo aí exercícios físicos e atividades de relaxamento. Tenho o costume de perguntar aos pacientes se seu trabalho é um meio de vida ou de morte? Pense nisso!

Nota: ilustra o texto uma pintura de Edvard Munch

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A VITAMINA C COMBATE A DEPRESSÃO

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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O ácido ascórbico, mais conhecido como vitamina C, tem diversas funções em nosso organismo: melhorar o sistema imunológico, conferir resistência ao colágeno da pele, dos ossos, dos tendões e vasos sanguíneos; participar da produção de determinados hormônios e de neurotransmissores cerebrais, dentre várias outras. O que tem então a vitamina C a ver com a depressão? É a relação com estes neurotransmissores que tratarei no texto de hoje.

Substância barata e de fácil acesso a toda a população, a vitamina C tem se mostrado ótima como coadjuvante nos tratamentos dos transtornos depressivos. Pelo menos é o que demonstra recente pesquisa, em modelos animais, que tem sido feita há dez anos por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Esta pesquisa mostra que o uso do ácido ascórbico em associação a três antidepressivos muito conhecidos no mercado – fluoxetina, imipramina e bupropiona – potencializou o efeito dos medicamentos em camundongos com sintomas de depressão. E mesmo a administração desses antidepressivos, em doses menores do que seriam efetivas, conseguiu reduzir os sintomas dos animais, quando foram associados com o ácido ascórbico.

Mesmo moderadamente, baixos níveis de vitamina C têm sido associados à depressão. Um estudo, publicado em janeiro de 2011, da “American Journal of Geriatric Psychiatry”, descobriu que baixos níveis de vitamina C foram correlacionados com depressão e taxas de mortalidade mais elevadas. Embora a correlação não estabeleça causalidade, estes resultados sugerem que é prudente que as pessoas, em especial os mais idosos, devem incluir mais frutas cítricas, mais verduras e saladas em suas dietas. Caso não estejam ingerindo a quantidade necessária, o suplemento poderá ser considerado.

No escorbuto (doença causada pela deficiência de vitamina C), o sintoma mais comum é a depressão. Outros sintomas associados às alterações de humor são o cansaço, a letargia e sangramento das gengivas. A ligação entre a deficiência de vitamina C e a depressão pode ser causada por níveis mais baixos de neurotransmissores. Foi o que concluiu um artigo de agosto de 2003, publicado no “Nutrition Journal”. A vitamina C trabalha em conjunto com a enzima dopamina-beta-hidroxilase para converter dopamina em noradrenalina. Este último neurotransmissor desempenha um papel importante na regulação do nosso humor.

A quantidade diária recomendada varia entre 75 e 90 mg de vitamina C. Alguns autores já falam em até 200 mg ao dia. Esta quantidade poderá ser obtida na alimentação do nosso dia a dia com o consumo regular de frutas e vegetais. Veja bem: é preciso ingerir frutas e vegetais todos os dias. O uso de suplemento deverá ser supervisionado e nunca deverá exceder 2000 mg. Quantidades superiores a estas podem produzir diarreia, náuseas, insônia e formação de cálculos renais. Portanto, se você está angustiado ou mesmo tratando de depressão, não custa incluir a vitamina C em seu cotidiano.

Nota: ilustração de http://www.likepainting.com/pt/fruit-oranges-and-lemons-bedroomkitchen-room-realism-oil-painting-p-213.html

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SÍNDROME DO PÂNICO – O MEDO DO MEDO

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Dentre os transtornos de ansiedade está a cada vez mais conhecida Síndrome do Pânico (SP), que tem atemorizado as pessoas nas mais diferentes idades. De repente, a dita explode sem ser chamada, envolvendo sua vítima nos tentáculos do desespero e do medo, muitas vezes sem motivo algum, como se a pessoa torturada estivesse tendo um ataque cardíaco. A atrevida não respeita lugar ou ocasião. Se cisma de “baixar o santo”, não há reza que a faça mudar de trajeto. Acaba deixando o possuído totalmente amedrontado com a possibilidade de uma nova visita, gerando uma roda viva de tormento e terror. E pior, existem suspeitas de que, o fato de lembrar-se das crises de pânico tidas, pode gerar uma nova crise. O bom mesmo é jogar essa dama abusada no vale do esquecimento, jamais pensando nela.

A Síndrome do Pânico é também uma carcereira cruel e desleal, pois além de atormentar suas vítimas, ainda as aprisiona dentro de casa, numa aflitiva prisão domiciliar. É somente no próprio lar que as pessoas afligidas pela tirana sentem segurança, rodeadas pela família e paredes tão conhecidas. Imaginam as coitadas que a megera possa atacá-las, mal botem os pés na rua. Sozinhas e a céu aberto, elas julgam perder o controle, saírem correndo abiloladas, ou se espatifarem no chão, vitimadas por um infarto. Em razão disso, a Síndrome do Pânico afeta a vida de seus amedrontados servos tanto na escola, como no trabalho e nos passeios. Mas mesmo em suas moradias, os inocentes prisioneiros não se encontram a salvo, pois a opressora chega assim como o grande Zeus, conforme conta o mito da jovem e inocente Dânae.

E a dona Ciência, onde está que não põe um freio nessa criatura petulante, conhecida como Síndrome do Pânico? Verdade seja dita, é fato que ela tem trabalhado muito para combatê-la, mas ainda, coitada, nem sabe direito quais são as reais causas que levam a seu aparecimento. A Ciência enumera a genética, o estresse, o temperamento “destemperado”, propício ao estresse, e até mesmo o modo como a central de computação (cérebro) reage diante de certos acontecimentos. O mais difícil de entender, porém, é como essa fulana agarra suas vítimas, mesmo quando essas se encontram num “bem bom”, sem qualquer evidência de perigo. E, para maiores esclarecimentos, a dita gosta mais da proximidade com o “sexo frágil”, o que não significa que também não aprecie o contato com o “macho”.

O que se deve fazer para impedir uma visita tão indesejada? Alerta geral! Com ela não adianta botar a vassoura atrás da porta. Assim que houver indícios de que essa intrusa ronda por perto, deve-se procurar ajuda médica o mais rápido possível. Pois não adianta à vítima dar uma de valentona, uma vez que os ataques dessa “madama” são difíceis de controlar por conta própria, e a cada visita eles se tornam mais fortes e cruéis. Além do mais, se tal síndrome não for tratada, novas complicações podem surgir, comprometendo seriamente a qualidade de vida da pessoa, tanto no âmbito profissional quanto no social.

Para que as vítimas dessa aterradora figura possam ter um mínimo de alerta quanto à sua chegada, pois a mal-educada não envia aviso algum acerca de sua visita, saibam que ela poderá aparecer quando lhe der na telha, em qualquer horário do dia ou da noite, e em qualquer situação, até mesmo quando a pobre vítima encontrar-se na alcova, nos braços de Morfeu. Suas visitas, no entanto, não são longas, duram normalmente entre 10 e 20 minutos, que parecem eternos. Ela chega, dá o seu recado e pica a mula, deixando um rastro de impotência, medo e desespero atrás de si. Existem também casos em que alguns desses desalentadores sintomas cismam em delongar por uma hora ou mais, ainda que se bote sal no fogo.

Leiam sobre o assunto:
CUIDADOS AO USAR OXALATO DE ESCITALOPRAM
DEPRESSÃO – ESPERANÇA, AINDA QUE TARDIA!
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A DEPRESSÃO PRECISA DE TRATAMENTO
A DEPRESSÃO NÃO ACEITA OU DÁ AMOR

Nota: a ilustração é uma obra de  Munch – O GRITO

Atenção:

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MOLDANDO O NOSSO CÉREBRO

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