Autoria de Lu Dias Carvalho
O artista Andy Warhol (1928 – 1987), cujo nome de batismo é Andrew Warhola, era filho de imigrantes checos. Nos anos 1950 começou a trabalhar como artista publicitário, tendo sido premiado pelo seu trabalho, antes mesmo de tornar-se um artista pop. A temática de sua obra estava voltada para a cultura popular de massa, produtos de consumo e celebridades. Suas imagens tanto podiam ser banais (fileiras de garrafas de Coca-Cola), glamourosas (retratos de astros de Hollywood) ou macabras (colisões de carros e suicídios). Fazia uso da linguagem visual da propaganda moderna, ao usar cores excêntricas, imagens simplificadas e repetições. Retirava deliberadamente os sinais de seu envolvimento, ao usar assistentes para ajudá-lo a pôr em prática suas ideias. Dedicou-se também a carreiras paralelas como as de cineasta, designer de moda, promotor de eventos e de publicitário.
A estrela de cinema Marilyn Monroe já era famosa quando estrelava filmes de Hollywood, mas o fato de supostamente ter se suicidado, transformou-a num mito, ao misturar glamour com tragédia. Andy Warhol, tomando como base uma famosa foto publicitária da atriz, usou-a para produzir muitas variações da técnica radicalmente nova – a serigrafia – produzindo 50 imagens da loira. A condição de estrela famosa de Marilyn Monroe é potencializada pela repetição de sua imagem.
Na composição as imagens à esquerda são cheias de glamour, enquanto as que se encontram à direita possuem tons esmaecidos, repassando a sensação de transitoriedade da vida da estrela. Andy Warhol fez uso de seis cores no lado esquerdo da composição com a ajuda de um estêncil. Em cada painel o retrato da musa vai sofrendo sutis alterações em razão de variações do pigmento, até chegar à oitava coluna, quando se torna esmaecido.
As pinceladas amarelas e cor de laranja são visíveis. A partir da sexta coluna vertical, à direita, os retratos perdem suas cores e o excesso de tinta preta mancha ou destrói a imagem de Marilyn Monroe. As áreas coloridas presentes nas imagens – cabelo, batom, pele, sombra nos olhos, gola do vestido e fundo – foram pintadas à mão em cima de uma camada de tinta branca que aparece nos dentes da retratada.
Ficha técnica
Ano: 1962
Técnica: serigrafia
Dimensões: 1,97 m x 1,16 m
Localização: Acervo particular
Fontes de pesquisa
Tudo sobre arte/ Editora Sextante
Manual compacto de arte/ Editora Rideel
História da arte/ Folio
Arte/ Publifolha
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Lu
O artista americano Andy Warhol, o pai da “pop art “, fez uma linda homenagem à Marilyn Monroe , usou cores fortes e brilhantes, reproduzindo em série o rosto da atriz, personalidade importantíssima da época. O “Díptico Marilyn Monroe” é uma obra alegre, viva e com uma técnica nova, um ícone cultural pop que se transformou em obra de arte, por esse artista muito importante da Pop Art, que soube criar nova técnica se impondo às já existentes. Mto inteligente!
Marinalva
Trata-se de uma obra pop muito importante. A famosa artista ficou imortalizada sob o talento desse artista. Ele fez outras obras muito interessantes para a época.
Abraços,
Lu
Lu
Essa obra,Díptico de Marilyn, é uma das mais notáveis feitas pelo grande artista da serigrafia, Andy Warhol, utilizando elementos da publicidade para elaborar seus trabalhos. Foi baseada na foto de Marilyn, tirada do filme Niágara, protagonizado pela diva do cinema hollywoodiano. Ele utilizou 50 poses da foto da artista, fazendo alterações nas cores e criando seu trabalho artístico. Inclusive teve que negociar com os responsáveis pelos direitos autorais da foto da diva para expor sua obra. Os artistas da serigrafia criam suas obras baseadas em imagens existentes e isso gerou alguns conflitos de interesse.
Hernando
Trata-se mesmo da obra mais importante de Andy Warhol, artista que tinha um cunho extremamente comercial, vendendo suas obras por preços exorbitantes, o que gerou conflito com outras artistas da época, para quem tal tipo de arte deveria criticar a cultura consumista.
Abraços,
Lu
Lu
Penso que a Pop Art não atingiu seu objetivo de “fazer um juízo desdenhoso da sociedade de consumo” apenas porque alguns artistas vendiam suas obras por preços abusivos, mas também pelas transformações tecnológicas surgidas e apelos comerciais. Quanto à composição “Díptico Marilyn” de Andy Warhol, chamou minha atenção os olhos da atriz que parecem estar em movimento, fechando e abrindo lentamente. Isso representa um movimento natural de um corpo com vida. Essa obra não representa apenas a passagem da exuberância da vida para a morte sem cor, mas também uma transição entre glamour (representado pelas telas coloridas) e o esquecimento (representado pelas telas sem cor).
Adevaldo
Quando você relata que “Essa obra não representa apenas a passagem da exuberância da vida para a morte sem cor, mas também uma transição entre glamour (representado pelas telas coloridas) e o esquecimento (representado pelas telas sem cor)”, atinge a essência do objetivo da obra.
Abraços,
Lu