Autoria de Lu Dias Carvalho
A composição denominada A Madona Grega — também conhecida como A Madona e o Menino — é uma obra do pintor italiano Giovanni Bellini. Trata-se de uma obra arcaizante que segue a tradição do ícone. O artista deixou trabalhos apaixonantes relativos a Cristo e a Madona que em sua arte são, sobretudo, humanos.
A Virgem Mãe, de pé, envolta na beleza de seu manto azul-escuro, usado sobre seu vestido vermelho, segura nos braços seu Menino, cujos pezinhos apoiam-se no que parece ser o peitoril de uma janela. O corpo da criança mostra-se inclinado para a esquerda.
A Virgem e o pequeno Jesus têm o rosto voltado para a esquerda. Ambos exprimem uma profunda tristeza. O Menino traz uma pera na mão esquerda. Tal fruta simboliza a Paixão e a Redenção de Jesus Cristo. Mãe e Filho trazem a cabeça cingida por um halo fino dourado que caracteriza a divindade de cada um.
Esta obra recebeu o nome de A Madona Grega em razão da inscrição abreviada, em grego, escrita na parte esquerda da composição. Ali está escrito: “Mãe de Deus”, acima, e “Jesus Cristo”, ao lado. Em razão de tal inscrição presume-se que esta obra foi feita para uma igreja bizantina.
Ficha técnica
Ano: c. 1470
Técnica: painel
Dimensões: 62 x 82 cm
Localização: Museu de Brera, Milão, Itália
Fontes de pesquisa
1000 obras-primas da pintura europeia
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
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Lu
Essa obra executada pelo artista Bellini é lindíssima e representa a arte cristã do Renascimento. A madona é na verdade Nossa Senhora, a Virgem com seu filho Jesus no colo. A simbologia cristã está presente em toda obra. Verifica-se uma grande melancolia nos olhos das duas personagens, talvez para expressar a tristeza presente nos caminhos trilhados pela injustiça e a maldade, presentes na humanidade desde os tempos remotos da civilização. Observa-se que todo esse comportamento nefasto tem imperado na humanidade até os tempos atuais, não tendo ela aprendido com os exemplos dos mestres espirituais! Fica uma dúvida: será que haverá um dia para o despertar da consciência global, ou já é tarde demais?
Hernando
A tristeza vista na Madona e em seu filho Jesus chega a ser tocante. O artista foi capaz de traduzi-la com muita intensidade. Quanto a um despertar global da consciência em relação ao sofrimento humano e à fugacidade da vida penso que não haverá nunca. O ser humano em sua grande maioria é alimentado pelo ego que se alimenta da vaidade, do poder e da ganância. Nem mesmo uma pandemia, como a vivida por todos nós nestes tempos, tem sido capaz de fazer com que alguns evoluam espiritualmente.
Abraços,
Lu