Autoria de Lu Dias Carvalho
Não se sabe muito sobre a vida do artista alemão Hans Baldung Grien (1485-1545), originário, provavelmente, da cidade alemã de Schwabisch Gmünd, tendo se formado em cerca de 1500, com um mestre de Estraburgo, seguindo a tradição de Schogauer. Trabalhou com Dürer em sua oficina, entre 1503 e 1507, em Nuremberg, tornando-se grandes amigos. A palavra “Grien” agregada a seu nome, vem, sobretudo, de sua predileção pela cor verde, pois usava sempre roupas dessa cor. Também tinha por objetivo diferenciá-lo de dois outros Hans (Hans Schäufelein e Hans Suess von Kulmbach).
Hans Baldung é tido como um dos grandes nomes do Renascimento do norte europeu, tendo sido conhecido à época, especialmente pelas inúmeras obras religiosas que pintara. Contudo, nos dias de hoje, tornou-se famoso por seus atemorizantes quadros alegóricos e nus eróticos. Foi pintor do altar-mor da Catedral de Freiburgo, tendo vivido grande parte de sua vida em Estrasburgo, onde se casou com Margarethe Herlin. Ali, ele se tornou um importante artista, abrindo, inclusive, uma oficina, época em que passou a assinar suas obras com o monograma HGB. Ali também veio a falecer.
Segundo estudos, Hans Baldung, embora fosse preocupado com a religiosidade, também sentia grande interesse pelo tema profano alusivo à morte, assim como por cenas com certo cunho de erotismo, sobrenaturais e de bruxaria, tendo sido, portanto, o primeiro pintor a introduzir temas sobrenaturais e eróticos na arte alemã. A sua inclinação por tais temas durou até o final de sua vida. A figura da morte está presente em muitos de seus quadros. A morte exercia uma grande sedução em seu trabalho, assim como o sofrimento e a feitiçaria, como podemos ver aqui no blog em alguns de suas obras estudadas.
Fonte de pequisa
1000 obras-primas da pintura europeia/ Editora Könemann
Arte/ Editora Publifolha
Los secretos de las obras de arte/ Editora Taschen
http://www.ibiblio.org/wm/paint/auth/baldung/
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