Sua arte é um dos conjuntos de obras mais pessoais e expressivas da pintura ocidental. (David Gariff)
O pintor alemão Matthias Grünewald (c. 1475/1480 – 1528), embora dono de uma produção muito pequena, é sem dúvida um dos mais importantes artistas alemães do século 16. Nasceu na cidade alemã de Würzburg. Quase nada se sabe sobre sua formação e início de carreira. Além de talentoso pintor, era também um exímio desenhista, engenheiro hidráulico e arquiteto.
Para Grünewald, o único objetivo da arte era reforçar as verdades ensinadas pela Igreja, como rezava o conceito de arte na Idade Média, embora vivesse na época do Renascimento. Sendo que começou a aparecer como profissional da pintura sacra, quando vivia em Aschaffenburg, e seu primeiro trabalho com data conhecida é o Escárnio de Cristo, de 1503. Anos mais tarde, assumiu o cargo de pintor oficial do arcebispo de Mainz.
O artista alemão não tinha nenhuma preocupação com a beleza. Sua visão artística advinha da arte religiosa do Gótico tardio, que dava ênfase, em suas obras, à dor, ao sofrimento e à tristeza. Embora tenha tido um conjunto de obras relativamente pequeno, a sua arte é uma das mais expressivas da pintura ocidental, com sua visão convincente do sofrimento, o uso de cores fortes e gesticulação dramática.
Quando morava em Issenheim, na Alsácia, Grünewald pintou um retábulo para a Igreja dos Antoninos, obra máxima de seu estilo dramático, de intenso colorido. De sua obra, hoje estão conservadas apenas dez pinturas religiosas e trinta e cinco desenhos. Muitas de suas obras foram perdidas no mar Báltico, a caminho da Suécia, como espólio de guerra.
Matthias Grünewald morreu em 1528, na cidade alemã de Halle, vitimado pela peste. Ficou esquecido até o final do século XIX, quando foi redescoberto, servindo de inspiração para o Expressionismo alemão do início do século 20.
Curiosidade:
Grünewald é homenageado juntamente com Albrecht Dürer e Lucas Cranac, o Velho, com um dia de festa no calendário litúrgico da Igreja Episcopal (EUA) em 5 de agosto. E é comemorado como artista e santo pela Igreja Luterana, em 6 de abril, junto com Dürer e Cranach.
Nota: Representação de Grünewald na Franconiabrunnen, por Ferdinand von Miller, (1824) agora em frente ao Residenz Würzburg.
Fontes de pesquisa:
História da Arte/ E.H. Gombrich
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