Autoria de Lu Dias Carvalho
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Florença foi a cidade italiana — marcante do Renascimento, onde tal estilo ganhou vida e prosperou, espalhando-se pela Itália e pela Europa. Roma, porém, foi o berço do Barroco. Era tida como o centro cultural do mundo civilizado. Ali chegavam artistas de todas as partes da Europa, participando das discussões, estudando os mestres do passado e buscando apreender todas as inovações artísticas. A cidade também oferecia o melhor lugar para observar a pintura nos países que se vinculavam ao catolicismo romano. Não era apenas os artistas estrangeiros que buscavam aquela cidade, mas também os artistas que viviam dentro da própria Itália.
Guido Reni (1575-1642) veio de Bolonha para estudar na escola de Annibale Carracci. Houve um período em que sua fama, assim como a de seu mestre, era bem grande, competindo com a do renascentista Rafael Sanzio. Ao admirarmos a sua pintura — Aurora — (ilustração à esquerda) representando a Aurora e o deus Sol Apolo em seu carro, ao redor do qual as horas, representadas por belas moças, dançam, antecedidas por uma criança com um archote, simbolizando a estrela Matutina, veremos como essa bela representação do nascer do dia lembra certas obras de Rafael, artista que ele tanto admirava. Reni não copiava Rafael, pois dele se diferenciava em sua abordagem final. Ajudou a criar o programa da natureza “idealizada” (embelezada), levando em conta os cânones fixados pelas estátuas clássicas.
Nicolas Poussin (1594-1665) — artista francês que tomou Roma como sua cidade adotiva — foi um dos maiores mestres. Estudou as estátuas clássicas a fim de transmitir a visão da inocência e da dignidade de outrora, como pode ser observado em sua pintura acima — Et in Arcadia ego (E na Arcádia estou) —, ilustração central, representando uma tranquila e ensolarada paisagem meridional. Três jovens homens e uma jovem mulher reúnem-se em volta de uma lápide, buscando decifrar a inscrição epigráfica ali presente. Embora a disposição dos personagens mostre-se simples, a pintura exala um grande conhecimento artístico por parte do artista, capaz de repassar uma visão nostálgica e tranquila sobre a morte.
Claude Lorrain (1600-1682) — artista francês italianizado — foi outro grande nome do Barroco. Dedicou-se ao estudo da paisagem de Roma, estudando as planícies e colinas ao redor da cidade, fazendo uso de belas tonalidades meridionais e agregando os restos do passado clássico. Tornou-se um importante mestre da representação realista da natureza, acrescentando a ela uma visão sonhadora do passado. Sua pintura era embebida numa luz dourada ou numa atmosfera prateada. Foi ele o artista responsável por mostrar às pessoas a beleza sublime que emanava da natureza. Observem acima uma de suas maravilhosas paisagens — Paisagem com sacrifício a Apolo — ilustração à direita.
Exercício
1. O que representa a pintura Aurora de Guido Reni?
2. Quem são os personagens da obra de Poussin e o que observam?
3. Como eram as paisagens de Claude Lorrain?
Fonte de pesquisa
História da Arte/ E. H. Gombrich
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Lu
A arte bucólica, sem dúvida, foi muito interessante para fugir um pouco da temática religiosa, embora importante, mas predominante em quase todas obras à época.
Antônio
Esses também foram grandes mestres do Barroco. Suas obras não trazem o impacto das de Caravaggio, mas são dotadas de grande beleza. Estudaremos algumas delas.
Abraços,
Lu
Lu
Os mestres do Barroco, Guido Reni, Nicolas Poussin e Claude Lorrain são mesmo extraordinários em suas pinturas. Sua concentração nas paisagens, natureza morta ou mesmo em cenas do cotidiano da época eram composições realistas, com muita dramaticidade, possuindo características compostas em diagonal e um contraste acentuado do claro-escuro. A igreja católica pressionava os artistas na busca de um realismo bastante convincente. Observando as paisagens , notamos a união entre os planos e as linhas horizontais, verticais e inclinadas, muito usadas no Barroco. É um privilégio para qualquer um de nós, simples mortais, conhecer obras como essas desses verdadeiros gênios.
Marinalva
O estilo Barroco era realmente dotado de grande realismo, principalmente se pensarmos na época em que foi criado. Por ele passaram grandes mestres que nos legaram trabalhos maravilhosos. Alegra-me muito, minha querida prima, saber como vocês que vêm acompanhando o curso de História da Arte, têm se apaixonado pelo Barroco.
Abraços,
Lu
Lu
Como foi rico e importante o período Barroco para as artes, tendo Roma como o centro cultural do mundo civilizado. Muito interessante as obras dos artistas Guido Reni, Nicolas e Poussin. Chamou minha atenção a pintura “Aurora” de Guido Reni. Também acho que ele não copiou as obras de Rafael Sanzio, mas faz lembrar as obras de seu mestre Annibale Carracci, que foram mostradas nas aulas anteriores.
Adevaldo
O estilo Barroco enriqueceu muito o mundo da arte. Artes fabulosos fizeram parte dele. Iremos estudar obras dos artistas aqui citados, para maior enriquecimento de nosso curso.
Abraços,
Lu
Lu
Como são belas as obras desses notáveis artistas barrocos: Reni,Poussin e Lorrain e que escolheram Roma como cidade inspiradora, ressaltando que dois deles eram franceses, mas a arte é universal, ultrapassa as delimitações, pois é atemporal, não havendo limites para a imaginação do artista.
O Barroco iniciou-se em Roma e Renascimento em Florença, expandindo-se por toda a Europa. Roma sempre teve influência na política, economia e artes, talvez pela sua capacidade de desenvolvimento intelectual e pela sua localização estratégica, no centro da Itália, facilitando o intercâmbio com outras províncias.
Hernando
O Barroco produziu grandes mestres nas artes. Teremos o estudo de obras dos artistas citados na aula de hoje, para melhor entendimento de nosso curso. Realmente não foi surpresa que tal estilo tenha surgido em Roma, cidade de grande importância no contexto da Itália.
Abraços,
Lu