Mit. – TESEU, ARIADNE E O MINOTAURO

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Recontado por Lu Dias Carvalho

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Egeu, rei de Atenas, e Etra, filha do rei de Trézen eram os pais de Teseu. Contudo, em razão da separação desses, antes mesmo de seu nascimento, Teseu foi criado pelo avô materno. Assim que virou homem feito, foi enviado a seu pai, pois esse, antes mesmo de a criança vir a luz do dia, botou sua espada e sandálias debaixo de uma pesada pedra, e exigiu que a esposa enviasse o filho, assim que ele tivesse força suficiente para levantá-la. Como era de esperar, o jovem deu conta do recado, levantando a pedra e apoderando-se da espada e das sandálias.

Durante a viagem até Atenas, feita pelo mar, o jovem Teseu passou por grandes riscos. Um deles foi o encontro com Perifetes, o filho feroz de Vulcano, que sempre trazia consigo uma clava de ferro. Ao atacar o jovem viajante, acabou morto por ele, que ainda levou sua clava como lembrança. Mas ao chegar a Atenas, perigos maiores aguardavam-no. Um deles era a feiticeira Medeia, agora casada com seu pai, que temia que o filho viesse a intrometer-se na influência que ela exercia sobre o rei. Por isso, induziu o marido, usando mil ardis, a dar uma taça de veneno ao jovem viajante. Egeu, porém, ao reconhecer sua espada, viu que aquele era seu filho. Só restou à feiticeira a fuga, após ser desmascarada.

Aqueles tempos não eram bons para os atenienses, pois Minos, o rei de Tebas, coagia-os a pagar pesados tributos. Anualmente eram obrigados a entregar sete rapazes e sete donzelas, para que fossem devoradas pelo Minotauro (monstro feroz formado por um corpo de homem e uma cabeça de touro). Ele vivia preso num labirinto construído por Dédalo, um artífice muito habilidoso, do qual ninguém conseguia sair. Teseu resolveu salvar seu povo daquela perversidade. Por isso, na época do pagamento dos tributos, ofereceu-se para ser um dos sete jovens sorteados, embora seu pai suplicasse para que  não fosse, pois ele já se encontrava muito velho e necessitava do filho para subistituí-lo.

Em Creta, o maléfico Minos vistoriou os chegados, ao lado de sua filha Ariadne, que acabou se apaixonando por Teseu, sendo prontamente correspondida. Para ajudá-lo, ela lhe entregou uma espada e um novelo de linha. Com a primeira, Teseu mataria o Minotauro e com o segundo guiar-se-ia pelo labirinto. E tudo aconteceu de conformidade com o planejado, salvando-se todos, graças à ajuda da filha do malvado rei.

Ao retornar a Atenas, trazendo Ariadne consigo, Teseu e seu grupo pararam para descansar na Ilha de Naxos, onde, levianamente, deixou a mulher que salvara sua vida, dormindo. Usou a desculpa esfarrapada de que obedecera as ordens da deusa Minerva, que lhe foram transmitidas em sono. E já próximo a Atenas, esqueceu-se de alçar as velas do navio, conforme combinara com o pai, levando-o a crer que estivesse morto. O idoso rei, não suportando a dor da ausência do filho, acabou tirando a própria vida, ocasião em que Teseu herdou-lhe o trono.

Nota: Ariadne em Naxos, Abandonada por Teseu, obra de Evelyn de Morgan (1877)

Fontes de Pesquisa
Mitologia/ Thomas Bulfinch
Mitologia/ LM

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