O BARROCO NA EUROPA CATÓLICA (Aula nº 74)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

   

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A Igreja Romana, conforme vimos em estudos anteriores, usou o poder da arte a fim de ganhar seus adeptos através da emoção. O estilo Barroco em especial impressionava pela sua riqueza e dramaticidade. O mais interessante é que reis e príncipes europeus daquele mesmo período chegaram a conclusão semelhante, ou seja, perceberam que a arte poderia colocá-los em destaque, se usassem o poderio que detinham e, dessa maneira, eles poderiam ampliar sua ascendência sobre a mente de seus súditos.  Pensando assim, investiram com fervor nas diferentes formas de arte.

Achavam reis e príncipes que eles eram pessoas diferentes dos mortais comuns, pois representavam o direito divino (ainda vemos isso hoje em certas religiões e políticos). A opulência mostrada pela realeza era uma maneira de ela pairar acima do homem comum, devendo, portanto, ser amplamente usada. Luís XIV é um exemplo de ostentação dessa época. O Palácio de Versalhes (ver ilustração acima), edificado entre os anos de 1660 e 1680, é um exemplo da suntuosidade do monarca francês, sendo também desejado por outros reis e príncipes.

A vaidade e ostentação da nobreza fez com que o período em torno de 1700 fosse áureo para a arquitetura e para as artes de uma maneira geral. Ao serem projetados como edifícios, os palácios e as igrejas contavam com outras categorias de arte para decorá-los (pintores, escultores, decoradores, etc). A seguir vieram as cidades e áreas de campos, sendo impregnadas pelo fausto dos monarcas e suas cortes.  Aos artistas era dada ampla liberdade criativa. Eles eram livres para planejar e construir em pedras e estuque dourado o que lhes vinha pela cabeça.  Os projetos grandiosos muitas vezes engoliam todo o dinheiro orçado, ficando muitos deles inacabados. O fato é que esse surto de edificações grandiosas acabou modificando muitas cidades e paisagens da Europa católica.

As ideias do Barroco francês expandiram-se especialmente para a Áustria, Boêmia e sul da Alemanha. O arquiteto austríaco Lucas von Hildebrandt (1668-1745) foi um grande nome da época. Como os pintores e escultores nos países católicos estivessem quase sempre ligados às decorações de grandes edificações, as artes individuais perderam muito de sua importância particular, o que não foi o caso do mestre Antoine Watteau  (1684-172) que nasceu numa região de Flandres, quando essa já pertencia à França. Ele foi o responsável pelo surgimento do estilo Rococó, sobre o qual falaremos brevemente.  O movimento Barroco na Europa católica teve seu apogeu em torno de 1700 (século XVII).

Fonte de pesquisa
A História da Arte/ E.H. Gombrich

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4 comentaram em “O BARROCO NA EUROPA CATÓLICA (Aula nº 74)

  1. Marinalva Autor do post

    Lu
    O Barroco é um estilo muito importante, com muitas inovações. Surgiu na Itália e se espalhou pelos países europeus. Sofreu forte influência religiosa por causa da Reforma e da Contrarreforma. No Barroco as sombras e a luz dão contrastantes e valor aos movimentos. A arte sacra foi responsável por dar grandes proporções às estátuas, pinturas e decorações, onde as igrejas eram construídas e ricamente decoradas.

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    1. LuDiasBH Autor do post

      Marinalva

      O Barroco foi realmente um estilo muito rico, responsável por grandes inovações na arte. A arte sacra viu-se em destaque com o grande número de igrejas construídas, o que exigia um grande número de artistas. Na pintura destacou-se sobretudo pelo uso de luz e sombra.

      Abraços,

      Lu

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  2. Hernando Martins

    Lu

    Como um pecado capital no caso, a vaidade utilizada pela realeza e a burguesia foi a mola propulsora para desencadear o desenvolvimento artístico na Europa, especificamente no período barroco. Existe uma expressão antiga que diz o seguinte:”Há males que vêm para o bem”. Isso encaixa perfeitamente nesse período da história da humanidade.

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    1. LuDiasBH Autor do post

      Hernando

      A realeza e a burguesia tinham muito dinheiro para gastar e empregou-o de modo a ostentar sua riqueza. Ainda bem que investiram na arte, legado que ficou para a posterioridade. O que poucos bilionários fazem nos dias de hoje, sempre pensando em aumentar o patrimônio da família, à custa do sofrimento do povo.

      Abraços,

      Lu

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