OS MENESTRÉIS E OS TROVADORES

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Façamos um passeio pela longínqua Idade Média, quando até mesmo os livros eram um privilégio dos pouquíssimos afortunados que sabiam ler e podiam comprá-los, pois, por serem copiados a mão, eram raríssimos e também muito caros. Mas o artista, o menestrel, sempre arrumou um jeitinho para entreter e receber algo em troca, principalmente depois que as cortes foram ficando mais refinadas e os menestréis foram sendo substituídos pelos trovadores. Por isso, tornaram-se errantes e passaram a entreter o povo. Foi assim que nos vilarejos da época, aproveitavam a aglomeração das feiras, que normalmente aconteciam uma vez por semana, para se apresentarem e ganharem alguns trocados. Embora compusessem seus próprios contos, também decoravam obras de outros, acrescentando alguns floreios, tornando-se assim os divulgadores das obras de outros autores.

O poeta ambulante, que cantava seus poemas ao som de instrumentos musicais, punha-se a contar os mais variados tipos de história: romances, aventuras, lendas e coisa e tal. Podia ficar horas a fio entretendo o povo. Para guardar de memória tantas histórias, elas eram cantadas em versos, coisa que vinha de bem mais longe, lá da Antiguidade Clássica, como podemos ver nas narrativas épicas, Ilíada e Odisseia, também contadas em verso. As rimas ajudavam na memorização da história.

Os instrumentos usados na época eram a rabeca (designação antiquada do violino) ou o alaúde, assim definido pelo mestre Aurélio: Antigo instrumento de cordas dedilháveis, de origem oriental, com a caixa de ressonância sensivelmente abaulada, sem costilhas e em forma de meia pera, e com a pá do cravelhame inclinada, formando ângulo quase reto com o braço longo. Para muitos, era um parente próximo do violão e da viola de nossos dias.

Os trovadores e menestréis estiveram presentes nas culturas francesa, espanhola e portuguesa. Tinham grande importância na vida do povo, pois falavam da cultura popular, dos acontecimentos e do amor, entre os muitos temas apresentados. Era comum, também, as competições entre eles, acompanhadas por instrumentos musicais.

Diferença entre menestréis e trovadores:

  • Menestréis – eram cantores, músicos, dançarinos, ator, palhaço, acrobatas, dramaturgos e malabaristas que vagavam de um lugar para o outro, entretendo as pessoas. Eram tidos como artistas menores.
  • Trovadores – faziam parte da nobreza e compunham música e poesia tendo o amor como tema preferido. Viviam de favores nas cortes. Suas poesias eram chamadas de cantigas, havendo dois tipos delas: lírico-amorosa (cantiga de amor e cantiga de amigo) e satíricas (além de expressarem o seu eu lírico amoroso, também se preocupavam em ridicularizar os costumes da época, ou seja, os falsos valores morais). As cantigas eram escritas a mão e reunidas em livros conhecidos como Cancioneiros. Pode-se dizer que o trovadorismo foi a primeira manifestação literária da língua portuguesa.

Fontes de pesquisa:
Corda e Viola/ Fábio Sombra
http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/trovadorismo.htm

Nota: Imagem copiada de www.jogospuzzle.com

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