Mestres da Pintura – LEONARDO DA VINCI

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Embora fosse um gênio universal, Leonardo se revela grande, sobretudo como pintor. (W. Goethe – 1816))

Era um gênio cujo intelecto poderoso será eternamente objeto de assombro e admiração para os mortais comuns. (E. H. Gombrich)

Todos os trabalhos artísticos de Leonardo, de qualquer natureza, não passaram de momentos roubados à investigação científica.  (Bernard Berenson – 1897)

Foi o primeiro artista a estudar sistematicamente as proporções dos corpos dos homens e dos animais e a se dar conta das relações mecânicas do andar, do subir, do levantar pesos e do portar objetos. Também é aquele que descobriu as mais distantes características fisionômicas e meditou sobre a expressão dos motivos da alma. Para ele, o pintor é o olho do mundo, que domina todas as coisas visíveis. Era incansável ao observar e insaciável ao aprender.   (Heinrich Wölfflin – 1898)

O italiano Leonardo da Vinci (1452 – 1519) é considerado  uma das mais importantes figuras da arte ocidental. Embora tenha sido conhecido, principalmente, como pintor, era também cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. Era visto por seus contemporâneos como uma pessoa estranha e misteriosa e hoje é visto por muitos como o precursor da aviação e da balística. Concebeu ideias muito à frente de seu tempo como a do helicóptero e o uso da energia solar. Sobre sua polivalência, afirma E. H. Gombrich: “Quanto mais se estudam os papéis deixados por ele, menos se pode entender como um ser humano foi capaz de se destacar de forma tão profunda em todos esses diferentes campos de pesquisa e de dar tão importantes contribuições para quase todos eles”.

A caminhada artística de Leonardo da Vinci estende-se por um período de cinquenta anos, em cenários de fundo histórico e cultural bem diferentes. Passa pela Florença de Lorenzo, o Magnífico, pela Milão da corte de Sforza e vai até o convívio com os dominadores franceses. Apesar de ter permanecido em diversos lugares, foi em Milão que Leonardo passou a maior parte de sua vida. Foi em Florença que trabalhou na prestigiosa oficina de Andrea del Verrocchio, um dos mais importantes e influentes artistas florentinos que também era escultor, ourives e fundidor. Ali permaneceu por um período de dez anos, transformando o aprendizado inicial num fecundo relacionamento de colaboração profissional com o mestre. Não resta a menor dúvida de que a permanência de Leonardo na oficina de Verrocchio estimulou a sua criatividade, cultivando o seu interesse por múltiplas atividades.

Muitos questionam o pequeno número de pinturas creditadas a Leonardo da Vinci, esquecendo-se de que ele não era um artista por profissão, mas um homem da ciência que usava seus conhecimentos advindos da investigação científica do mundo real e dos fenômenos físicos na pintura, como pode ser visto na extraordinária quantidade de escritos e desenhos deixados por ele. Além disso, suas experiências constantes em busca de novas técnicas foram responsáveis para que muitas de suas obras se perdessem. Sem falar que ele tinha dificuldade em terminar os trabalhos iniciados, tamanha era a polivalência de seus dons. Contudo, duas obras das cerca de quinze das que sobreviveram até nossos dias — Mona Lisa e a Última Ceia — estão entre as pinturas mais famosas de todos os tempos, comparadas apenas à Criação de Adão do pintor Michelangelo, seu contemporâneo.

Leonardo da Vinci era canhoto e passou a escrever da esquerda para a direita, é por isso que seus escritos só podem ser lidos  num espelho. Deixou vários cadernos com anotações, contendo desenhos, diagramas científicos e sua visão sobre a natureza da pintura. Esses cadernos formam um grande legado para as novas gerações de artista, o que só pode ser rivalizado com o legado de Michelangelo. Dentre os desenhos deixados por ele, o Homem Vitruviano tornou-se um ícone cultural. Leonardo é o arquétipo do homem universal do Renascimento. É tido como uma das pessoas mais talentosas de todos os tempos. Alguns o têm como o maior gênio da história em razão de sua multiplicidade de talentos tanto para as ciências como para as artes. Num estudo realizado em 1926, seu QI foi estimado em cerca de 180.

Em seus escritos foi encontrada a anotação “O sol não se move”, antecipando as teorias de Copérnico que poriam Galileu em apuros. Pode não ter publicado seus escritos temendo ser tido como herético, assim como pode ter feito pesquisas apenas com o intuito de satisfazer sua infinita curiosidade, não se considerando um cientista, buscando apenas conhecimento. Nutria grande preocupação em relação ao espaço ocupado pelos artistas. Pensava que, ao colocar a arte da pintura, num patamar mais científico, tal arte ocuparia uma posição mais prestigiada.

Quando ouvimos os sinos, ouvimos aquilo que já trazemos em nós mesmos como modelo. Sou da opinião que não se deverá desprezar aquele que olhar atentamente para as manchas da parede, para os carvões sobre a grelha, para as nuvens ou para a correnteza da água, descobrindo, assim, coisas maravilhosas. O gênio do pintor há de se apossar de todas essas coisas para criar composições diversas: luta de homens e de animais, paisagens, monstros, demônios e outras coisas fantásticas. Tudo, enfim, servirá para engrandecer o artista.  (Leonardo da Vinci)

Fontes de Pesquisa:
Grandes Mestres (Abril Coleções)
A História da Arte/ E. H. Gombrich
1000 Obras Primas da Pintura Europeia

2 comentaram em “Mestres da Pintura – LEONARDO DA VINCI

  1. LuDiasBH Autor do post

    Mário

    Ele é tido como o homem mais inteligente que passou pelo planeta.
    Era polivalente.
    Fez inúmeras descobertas.
    Pintura era mesmo um hobe.
    E mesmo assim pintou os dois quadros mais famosos do mundo.

    Abraços,

    Lu

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