A ARTE DA PINTURA NAÏF

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Muitas mudanças aconteceram na arte do século XX, o que contribuiu para que gêneros, antes preteridos ou refugados, fossem revistos e ganhassem destaque, como aconteceu com a pintura naïf, palavra que significa “ingênuo” ou “inocente” em francês e que tem naïve como sua forma feminina. Os pintores que se incluíam em tal gênero não eram levados a sério até então, sob o argumento de que não possuíam formação acadêmica, ou seja, não carregavam em seu bojo a educação formal exigida pelo mundo artístico. Contudo, o que foi visto durante muito tempo como um defeito, tornou-se uma qualidade e a suposta deficiência desses artistas passou a ser vista como espontaneidade e sinceridade. A arte Naïf, portanto, só foi aceita quando houve o florescer do Primitivismo, no início do século XX, quando artistas com ideias mais avançadas se voltaram para culturas não ocidentais e passaram a admirar a inocência presente nesse tipo de arte.

É sabido que sempre existiram artistas sem formação (amadores, artistas populares e de culturas “primitivas”) no que diz respeito à tradição artística ocidental, contudo, a visibilidade do trabalho dos artistas naïfs somente começou a aparecer no final do século XIX, quando Henri Rousseau participou do Salão dos Independentes mediante um pagamento simbólico, em 1886, com quatro pinturas, no qual eram expostas obras rejeitadas pelo júri do Salão oficial. Duas obras chamaram a atenção no evento: “Tarde de Domingo na Ilha La Grande Jatte”, obra de Georges Seurat, e “Uma Noite de Carnaval” de Henri Rousseau, ambas recebendo poucas críticas positivas, principalmente a obra de Rousseau, tido como um pintor ignorante com a capacidade artística de uma criança de seis anos, sendo rejeitado até mesmo entre os excluídos do Salão oficial. Ainda assim, sua arte foi se tornando cada vez mais conhecida. Contudo, personalidades de vanguarda do final do século XIX viram nele muito mais do que um pintor simplório, mas uma espécie de mascote contra a ignorância burguesa e os valores estabelecidos.

A arte Naïf carrega características baseadas na simplificação dos elementos e costuma ser muito rica em cores. Dá destaque à representação de temas do cotidiano e de manifestações culturais do povo. Normalmente é produzida por artistas autodidatas, os seja, aqueles que não possuem conhecimento formal e técnico de arte. Não significa a mesma coisa que a arte Primitiva, embora muitas pessoas façam tal confusão. A arte Naïf diz respeito à obra de artistas com pouca ou quase nenhuma formação artística formal. Após a sua transformação numa tendência dominante nas artes plásticas, mesmo artistas com educação formal passaram a fazer uso da arte Naïf, como foi o caso do pintor L.S. Lowry, cuja classificação condizente com sua formação seria o de “pseudonaïf”. Tal arte acabou abrangendo a Inglaterra e os Estados Unidos nos anos de 1930, quando artistas como Alfred Wallis e Grandma Moses foram descobertos.

Os artistas naïfs, embora vivessem indiferentes às tendências da arte mundial, passaram a impressionar e a inspirar essa mesma arte que os recusara por muito tempo. Suas composições são muito simples e de natureza instintiva, mostrando-se muitas vezes desestruturadas em razão da ausência de perspectivas científicas. Normalmente as pinturas são cheias de detalhes que se contrastam com campos lisos. As figuras são quase sempre grosseiramente desenhadas e há o uso de cores brilhantes e pouco naturais, o que dá a esse tipo de arte um grande vigor e beleza, impregnando-a de uma ingenuidade infantil. Contudo, segundo alguns estudiosos do assunto, a aparência infantil contida na arte Naïf é muitas vezes enganosa no que diz respeito ao uso de cores vivas, ao desprezo pela perspectiva, às camadas de formas e elementos planos e à atenção cuidadosa aos detalhes, como mostra Henri Rousseau, genial autodidata e único pintor de estilo Naïf que conseguiu exercer influência sobre estilos posteriores, como o Surrealismo e o Simbolismo. Dentre os artistas deste gênero podem ser citados: Alfred Wallis, Henri Rousseau, André Bauchant, Séraphine de Senlis, Wilson Bigaud, Gandma Mosese, Beryl Cook e Hector Hyppolite.

Nota: ver abaixo Uma Noite de Carnaval (1886), obra que ilustra este texto.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
Rousseau – A ENCANTADORA DE SERPENTE
Heitor dos Prazeres – FESTA DE SÃO JOÃO
Rousseau – O SONHO
Teste – A ARTE DA PINTURA NAÏF
Rousseau – UMA NOITE DE CARNAVAL

Fontes de pesquisa
Tudo sobre arte/ Editora Sextante
Manual compacto de arte/ Editora Rideel
A história da arte/ E. H. Gombrich
História da arte/ Folio
Arte/ Publifolha

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Teste – A ARTE DA PINTURA NAÏF

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(Faça o curso gratuito de História da Arte, acessando: ÍNDICE – HISTÓRIA DA ARTE)

Muitas mudanças aconteceram na arte do século XX, o que contribuiu para que gêneros, antes preteridos ou refugados, fossem revistos e ganhassem destaque, como aconteceu com a pintura naïf, palavra que significa “ingênuo” ou “inocente” em francês e que tem naïve como sua forma feminina. Os pintores que se incluíam em tal gênero não eram levados a sério até então, sob o argumento de que não possuíam formação acadêmica, ou seja, não carregavam em seu bojo a educação formal exigida pelo mundo artístico. Contudo, o que foi visto durante muito tempo como um defeito, tornou-se uma qualidade e a suposta deficiência desses artistas passou a ser vista como espontaneidade e sinceridade. A arte Naïf, portanto, só foi aceita quando houve o florescer do Primitivismo, no início do século XX, quando artistas com ideias mais avançadas voltaram-se para culturas não ocidentais e passaram a admirar a inocência presente na arte Naïf.

  1. O dicionário Aurélio define a arte ——— como sendo uma “espécie de pintura, desvinculada da tradição erudita convencional e de vanguarda, e que é espontânea e popularesca na forma sempre figurativa, valendo-se de cores vivas e simbologia ingênua.

    1. primitiva
    2. naïf
    3. maneirista
    4. regionalista

  2. Os pintores que se incluíam neste gênero artístico não eram levados a sério até então, sob o argumento de que….

    1. não possuíam formação acadêmica.
    2. eram ingênuos e inocentes.
    3. viviam fora da realidade.
    4. não eram espontâneos ou sinceros.

  3. A arte Naïf só foi aceita quando houve o florescimento do …………., no início do século XX, quando um grupo de artistas voltou-se para culturas não ocidentais e passaram a admirar a inocência presente nesse tipo de arte.

    1. Maneirismo
    2. Regionalismo
    3. Primitivismo
    4. Minimalismo

  4. A visibilidade do trabalho dos pintores naïfs somente aconteceu no final do século XIX, quando o pintor francês …………………  participou do Salão dos Independentes, mediante um pagamento simbólico, em 1886.

    1. Heitor dos Prazeres
    2. Mestre Virgulino
    3. Henri Rousseau
    4. Gandma Mosese

  5.  Duas obras chamaram a atenção na exposição do Salão dos Independentes em 1886 em Paris: “Tarde de Domingo na Ilha La Grande Jatte” e……

    1. O Encantador de Serpente.
    2. Uma Noite de Carnaval.
    3. Festa de São João.
    4. O Sonho.

  6. São características da arte Naïf, exceto:

    1. Os artistas naïfs foram sempre muito respeitados.
    2. Passou a ser vista como espontânea e sincera.
    3. Sempre existiram artistas sem formação acadêmica.
    4. Destaca temas do cotidiano e manifestações culturais do povo.

  7. Tal arte acabou abrangendo ……….. e ………. nos anos de 1930.

    1. Inglaterra e Alemanha
    2. Estados Unidos e França
    3. Rússia e Alemanha
    4. Estados Unidos e Inglaterra

  8. Dentre os artistas deste gênero podem ser citados: Alfred Wallis, Henri Rousseau, André Bauchant, Séraphine de Senlis, Wilson Bigaud, Gandma Mosese, Beryl Cook, Mestre Vitalino e Hector Hyppolite, mas apenas um deles é brasileiro:

    1. André Bauchant
    2. Wilson Bigaud
    3. Mestre Vitalino
    4. Hector Hyppolite

  9. Após a sua transformação numa tendência dominante nas artes plásticas, mesmo artistas com educação formal passaram a fazer uso da arte Naïf, como foi o caso do pintor inglês……..

    1. L.S. Lowry
    2. Georges Seurat
    3. Paul Gauguin
    4. Paul Signac

  10. O artista naïf brasileiro…………….. foi convidado a participar em 1943 da mostra dedicada à Arte Latino-Americana, no Roual Air Force (RAF), em Londres, em benefício das vítimas da Segunda Guerra Mundial. Sua tela Festa de São João chamou a atenção da rainha Elizabeth (à época princesa) que, impressionada com a alegria e a espontaneidade vista no trabalho do artista, acabou comprando o quadro.

    1. Antônio Poteiro
    2. Emídio Poteiro
    3. Heitor dos Prazeres
    4. Chico da Silva

Nota: Mestre Vitalino Pereira da Silva, obra que ilustra este texto foi um outro representante importante da arte naïf regional brasileira, como mostra a ilustração acima.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
A ARTE DA PINTURA NAÏF
Rousseau – A ENCANTADORA DE SERPENTE
Heitor dos Prazeres – FESTA DE SÃO JOÃO
Rousseau – O SONHO
Rousseau – UMA NOITE DE CARNAVAL

Gabarito
1b / 2a / 3c / 4c / 5b / 6a / 7d / 8c / 9a / 10c

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Lichtenstein – MOÇA COM BOLA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

                               

O pintor estadunidense Roy Lichtenstein (1923 – 1997) nasceu numa família de classe média alta. Seu contato informal com a pintura teve início em sua adolescência — em casa —, época em que também passou a demonstrar interesse pelo jazz, como mostram os muitos retratos, pintados por ele, de músicos tocando seus instrumentos. Seu contato formal com arte deu-se quando tinha 16 anos de idade, ao frequentar as aulas da Liga dos Estudantes de Arte sob a direção de Reginald Marsh. Seu objetivo era ser um artista. Foi depois para a School of Fine Arts da Ohio State University — uma das poucas instituições do país que possibilitavam a licenciatura em belas-artes. Ali recebeu influência de seu mestre Hoyt L. Sherman, dando início aos trabalhos expressionistas.

A composição intitulada Moça com Bola é uma obra do artista que admirava a arte comercial de qualidade, sendo o primeiro a reconhecê-la, numa época em que os considerados bons artistas renegavam-na. Ele a admirava, mas não a apoiava, ou seja, não trabalhava com a possibilidade de vender uma nova ideia. Não lhe agradava o fato de criarem um trabalho pago por uma empresa, tanto é que aqueles que faziam esse tipo de criação usavam pseudônimos para ficarem no anonimato, pois o público intelectual da arte torcia o nariz para quem fizesse esse tipo de obra, como se ali não houvesse inspiração ou criação artística. O próprio Andy Warhol — premiado como artista comercial — não foi levado a sério no início de sua carreira, simplesmente por ter sido considerado um artista comercial.

A pintura Moça com Bola é uma das primeiras obras de arte pop de Lichtenstein. Foi inspirada num anúncio de jornal diário (imagem menor) que fazia propaganda de um hotel para se passar a lua de mel. O anúncio mostrava uma jovem alta, de lábios vermelhos entreabertos, usando um maiô que deixava a parte acima dos seios descoberta e também coxas e pernas, levantando uma bola de praia acima da cabeça. O artista faz grandes mudanças em sua obra, levando em conta apenas a parte de cima do corpo da moça, aumentando o seu tamanho, dando mais volume aos cabelos e usando cores — a figura original era em preto e branco.

Um fato curioso na pintura é o uso da mesma tinta azul do maiô para pintar os cabelos da garota, procedimento comum na impressão de uma módica banda desenhada* — maneira que os tipógrafos comerciais usavam para economizar tinta, sem ter que usar uma cor extra. O comportamento do artista a respeito da cor azul do cabelo é na verdade um toque humorístico. A boca vermelha entreaberta da mulher, adornada com uma fileira de dentes brancos, remete aos gomos vermelhos e brancos  da bola de praia. Também contribuem para os jogos de forma: o debrum branco na parte de cima do maiô, os reflexos de luz nos cabelos e a silhueta ondeada, na parte inferior da composição, atrás da garota. A pintura de Roy Lichtenstein transformou-se num ícone da Art Pop.

*A expressão banda desenhada diz respeito a uma forma de arte que conjuga texto e imagens com o objetivo de narrar histórias nos mais variados gêneros e estilos. São, em geral, publicadas no formato de revistas, livros ou em tiras publicadas em revistas e jornais.

Ficha técnica
Ano: 1556
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 153,7 x 92,7 cm
Localização: Museu de Arte Moderna, Nova Yorque, EUA

Fontes de pesquisa
Lichtenstein/ Editora Taschen
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Girl_with_Ball
https://www.roylichtenstein.com/girl-with-ball.jsp

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Mestres da Pintura – ROY LICHTENSTEIN

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Acho que meu trabalho é diferente das histórias em quadrinhos — mas eu não chamaria isso de transformação; não acho que o que quer que seja significado seja importante para a arte. (Roy Lichtenstein)

O trabalho de Roy foi uma maravilha das fórmulas gráficas e da codificação do sentimento que havia sido trabalhado por outros. Os painéis foram mudados em escala, cor, tratamento e em suas implicações. Não há cópia exata. (Jack Cowart)

Eu estou nominalmente copiando, mas estou realmente reafirmando a coisa copiada em outros termos. Ao fazer isso, o original adquire uma textura totalmente diferente. Não são pinceladas grossas ou finas, mas pontos e cores planas e linhas inflexíveis. (Lichtenstein)

O pintor estadunidense Roy Lichtenstein (1923 – 1997) nasceu numa família de classe média alta. Seu contato informal com a pintura teve início em sua adolescência — em casa —, quando começou a desenhar e pintar a óleo como passatempo. Na mesma época também passou a demonstrar interesse pelo jazz, como mostram os muitos retratos, pintados por ele, de músicos tocando seus instrumentos. Seu contato formal com arte deu-se quando tinha 16 anos de idade, ao frequentar as aulas da Liga dos Estudantes de Arte, sob a direção de Reginald Marsh. Seu objetivo era ser um artista. Foi depois para a School of Fine Arts da Ohio State University — uma das poucas instituições do país que possibilitavam a licenciatura em belas-artes. Ali recebeu influência de seu mestre Hoyt L. Sherman, dando início aos trabalhos expressionistas.

Roy Lichtenstein fez parte do exército de seu país por ocasião da Segunda Guerra Mundial, trabalhando na Inglaterra, Bélgica, França e Alemanha, interrompendo seus estudos por um período de três anos — entre 1943 e 1946.Com o término da guerra ele deixou a Alemanha, indo morar na França, onde continuou estudando. Nesse período fez desenhos com aquarela, lápis e carvão. Retornou depois a Ohio, onde concluiu seus estudos de arte, diplomando-se em 1946. Após frequentar o programa de graduação foi contratado como instrutor. Trabalhava à época com abstrações geométricas, vindo depois a pintar obras semiabstratas de inspiração cubista.

A primeira exposição individual do artista aconteceu na Carlebach Gallery em Nova Iorque. Trabalhou com objetos fundidos e gravados em madeira. Sua pintura fica entre o Expressionismo e o Cubismo. Trabalhou como gráfico, projetista, decorador e desenhador em folha metálica. Foi nomeado professor assistente de arte. Sua pintura tende para os temas relacionados ao seu país. Entre os anos de 1957 e 1960 passou a pintar num estilo Expressionista abstrato não figurativo. Suas pinturas Pop tiveram início em 1961. Usava imagens de publicidade que sugeriam consumismo e trabalhos domésticos. Anos depois passou a inspirar-se nos trabalhos de Picasso e Piet Mondrian.

Lichtenstein foi um artista identificado com a Pop Art. Durante a década de 1960, juntamente com Andy Warhol, Jasper Johns e James Rosenquist, dentre outros, tornou-se uma figura de liderança no novo movimento artístico. Tentava criticar a cultura de massa através de sua obra, valorizando os clichês das histórias em quadrinhos.  Muitas de suas ilustrações eram feitas a partir de desenhos em quadrinhos. Suas obras, portanto, receberam influências da publicidade popular e do estilo de quadrinhos. O artista, ao invés de reproduzir seus temas, preferia abordar a maneira como eles eram retratados pelos meios de comunicação de massa. Usava seus característicos pontos de Ben-Day e formas e linhas geométricas. Seu trabalho chegou a ser objeto da crítica da época que o via como vulgar e vazio. A maior parte das obras mais conhecidas do artista são cópias bem próximas, mas não exatas, de quadrinhos. Em 1965 ele deixou de lado esse tema, mas vez ou outra voltava a incorporar quadrinhos em seu trabalho.

O artista, no início dos anos 1960, reproduziu obras-primas de Mondrian, Cézanne e Picasso, vindo depois a trabalhar com a série “Brushstrokes” em 1965. Continuou  revisitando este tema mais tarde com obras como “Quarto de Arles” originadas do trabalho de Vincent van Gogh. Suas pinturas, esculturas e desenhos de Still Life que datam de 1972 ao início dos anos 80 compreendem uma variedade de temas e motivos, incluindo os mais tradicionais, como frutas, flores e vasos. O nu é um elemento recorrente na obra de Lichtenstein da década de 1990. Além de pinturas e esculturas, o artista também fez mais de 300 impressões, principalmente em serigrafia.

O estilo habitual de Lichtenstein no que diz respeito aos quadrinhos compunha-se de: imagens estereotipadas em cores brilhantes, uso de contornos pretos e imitações de pontos de Benday (inventados por Benjamin Day para simular variações de cor e sombreamento) da impressora mecânica. Sobre sua técnica ele comentou: “Eu tomo um clichê e tento organizar suas formas para torná-lo monumental”. Ele morreu em 1997, aos 74 anos de idade, vitimado pela pneumonia, deixando sua esposa Dorothy Herzka e os filhos David e Mitchell, frutos de seu primeiro casamento com  Isabel Wilson de quem se divorciou em 1965. Apesar de sua ausência, a Pop Art continua a influenciar o século XXI.

Obs.: Nos textos sobre Lichtenstein aparecerá a expressão banda desenhada que é uma forma de arte que conjuga texto e imagens com o objetivo de narrar histórias nos mais variados gêneros e estilos. São em geral publicadas no formato de revistas, livros ou em tiras publicadas em revistas e jornais.

Fontes de pesquisa
Lichtenstein/ Editora Taschen
https://en.wikipedia.org/wiki/Roy_Lichtenstein

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A ARTE DO SUPREMATISMO E CONSTRUTIVISMO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O período revolucionário russo produziu um grande dinamismo criativo. Os artistas —pioneiros da arte abstrata não objetiva — colocaram-se a serviço das novas mudanças, deixando de lado a influência mercadológica e dando à arte um papel social mais relevante e acessível. Desse grupo faziam parte: Kasimir Malevich, Liubov Popova, Vladimir Tatlin e Alexander Rodchenko que já traziam na bagagem o conhecimento das últimas tendências culturais e artísticas que aconteciam em Paris (França) e Berlim (Alemanha).

Kasimir Malevich definiu o Suprematismo como a “supremacia do sentimento ou da percepção puros na arte criativa”. Ele fazia uso de formas monocromáticas e geométricas que pareciam flutuar sobre um fundo branco. Sua arte acabou influenciando artistas como Liubov Popova, Ivan Kliun e El Lissitzky.

O Construtivismo, por sua vez, foi desenvolvido de acordo com os objetivos da revolução russa, almejando um tipo de arte menos espiritual que a contida no Suprematismo. Suas sementes foram semeadas em 1914, quando Vladimir Tatlin conheceu o atelier de Pablo Picasso em Paris. O artista russo teve a ideia de modificar os planos pintados, vistos nas obras cubistas do espanhol por “materiais reais em um espaço real”. Tatlin, em seus trabalhos, usou materiais comuns, como barbante, madeira, metal e plástico. É dele o desenho e modelo de uma formidável estrutura espiral conhecida como “Monumento à Terceira Internacional” que não foi construída em razão dos elevados custos.

O destaque dado ao uso de materiais comuns ocasionou um grande impulso na arte construtivista, levando os artistas a identificarem-se com o material usado pelos operários na indústria e, assim, a fortalecer os laços entre eles e os trabalhadores. Dentro daquela visão até mesmo as pinturas não objetivas podiam ganhar uma forma construtivista.

O Construtivismo contou com o apoio do Partido Comunista a partir de 1919, contudo, nos anos de 1920 e 1921 o grupo de artistas responsáveis pelo movimento viu-se dividido em razão de divergentes posturas políticas. Uma parte do grupo rezava que os artistas deviam manter um envolvimento pessoal com o processo criativo, enquanto a outra parte defendia que os artistas eram “trabalhadores intelectuais” e, portanto, deviam trabalhar sob esse ponto de vista. O fato é que alguns artistas deixaram a Rússia, buscando lugares onde pudessem ter um envolvimento pessoal com sua criação, enquanto outros puseram sua arte a serviço das exigências econômicas e políticas de seu país, ali permanecendo.

Nota: a ilustração acima, intitulada O Peixeiro (1913) é uma obra do pintor russo Vladimir Tatlin.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
Teste – A ARTE DO SUPREMATISMO E CONSTRUTIVISMO

Fontes de pesquisa
Tudo sobre arte/ Editora Sextante
Manual compacto de arte/ Editora Rideel
A história da arte/ E. H. Gombrich
História da arte/ Folio
Arte/ Publifolha

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Teste – A ARTE DO SUPREMATISMO E CONSTRUTIVISMO

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(Faça o curso gratuito de História da Arte, acessando: ÍNDICE – HISTÓRIA DA ARTE)

O período revolucionário russo produziu um grande dinamismo criativo. Os artistas — pioneiros da arte abstrata não objetiva — colocaram-se a serviço das novas mudanças, deixando de lado a influência mercadológica e dando à arte um papel social mais relevante e acessível.

  1. Para os artistas comprometidos com a revolução russa a influência mercadológica da arte deveria ser substituída por uma arte que tivesse…

    1. um papel social preponderante.
    2. uma melhor visão de mercado.
    3. apenas temas revolucionários.
    4. total separação do novo regime.

  2. As alternativas relacionadas aos artistas pioneiros desse período estão corretas, exceto:

    1. Colocaram-se a serviço de novas mudanças.
    2. Queriam um papel mais relevante para a arte social.
    3. Já tinham conhecimento de tendências artísticas europeias.
    4. Não tinha nenhuma ligação com a arte fora da Rússia.

  3. Artista que definiu o Suprematismo como a “supremacia do sentimento ou da percepção puros na arte criativa”:

    1. Liubov Popova
    2. Kasimir Malevich
    3. Vladimir Tatlin
    4. Alexander Rodchenko

  4. O …………….. foi desenvolvido de acordo com os objetivos da revolução russa.

    1. Regionalismo
    2. Construtivismo
    3. Sintetismo
    4. Raionismo

  5. As sementes do Construtivismo foram semeadas em 1914, quando Vladimir Tatlin conheceu o atelier de ———– em Paris.

    1. Salvador Dalí
    2. René Magritte
    3. Pablo Picasso
    4. Henri Matisse

  6. O artista russo acima teve a ideia de modificar os planos pintados, vistos nas obras cubistas do espanhol, por:

    1. materiais reais em um espaço real.
    2. figuras retiradas de revista.
    3. tintas feitas em casa.
    4. materiais de boa qualidade.

  7. O destaque dado ao uso de materiais comuns ocasionou um grande impulso na arte construtivista, levando os artistas a …

    1. satisfazer os objetivos do novo regime.
    2. baratear o custo das obras artísticas.
    3. fortalecer os laços com os trabalhadores.
    4. buscar novos temas sociais.

  8. O Construtivismo contou com o apoio do Partido Comunista a partir de 1919, contudo, nos anos de 1920 e 1921 o grupo de artistas responsáveis pelo movimento viu-se dividido em razão de…

    1. divergentes posturas políticas.
    2. diferentes estilos concebidos.
    3. brigas pela liderança da arte.
    4. conceitos pregados pelo regime.

  9. Uma parte do grupo rezava que os artistas deviam manter um envolvimento pessoal com …………….., enquanto a outra parte defendia que os artistas eram “trabalhadores intelectuais”.

    1.  os dirigentes do partido
    2. o desenvolvimento industrial
    3. o processo criativo
    4. a arte de Berlim e Paris

  10. O fato é que alguns artistas deixaram a Rússia, enquanto outros puseram sua arte a serviço das exigências ………………. de seu país, ali permanecendo.

    1. das classes operárias
    2. econômicas e políticas
    3. dos mestres da pintura
    4. dos chefes revolucionários

Nota: a ilustração acima, intitulada Composição Suprematista: Avião Voando (1915) é uma obra do pintor russo Kasimir Malevich.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
A ARTE DO SUPREMATISMO E CONSTRUTIVISMO

Gabarito
1a / 2d / 3b / 4b / 5c / 6a / 7c / 8a / 9c / 10b

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