O CONSUMISMO DOENTIO DE NOSSOS DIAS

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Autoria de Lu Dias Carvalho

doentio

Não restam dúvidas de que precisamos repensar nossa passagem por este planeta, principalmente em relação ao consumismo doentio de que  nos tornamos vítimas. Não mais estamos em busca do necessário, daquilo que nos é útil, pois tal concepção há muito perdeu seu sentido. Atualmente, a maioria de nós não passa de colecionadores disso e daquilo. Seria tal postura uma consequência do vazio que permeia a vida do homem moderno? Ou o “ter” desenfreado vem jogando uma pá de cal no “ser”? Por que passamos a ser medidos pelo que acumulamos? Por que dizer que “fulano é bem de vida” não se refere à sua capacidade de viver bem consigo e com o mundo, mas apenas aos bens materiais acumulados pelo indivíduo ao longo da vida? Para que acumulamos tanto, como se ainda tivéssemos a mesma visão dos povos do Egito Antigo, que pensavam levar consigo suas riquezas, para servi-los no outro mundo? Por que os países ainda medem seu crescimento econômico baseando-se, principalmente, na venda de produtos e não no bem-estar de seu povo?

Caro leitor, apresento-lhe um trecho de um texto de um grande pensador de nossos tempos: Luis Pellegrini, editor da revista digital Oásis, do jornal digital “Brasil 247”.

Uma das pragas que atormentam nossas vidas de cidadãos da moderna sociedade da produtividade e do consumismo é justamente a produtividade e o consumismo, quando insustentáveis. Por insustentável queremos dizer excessivo; demasiado; para além do razoável, necessário e suficiente; sem consciência de limites.

As primeiras grandes vítimas dessa mentalidade que tomou forma desde o advento da Era industrial, nos primórdios do século 19, e cresceu depois, sem parar, de modo obsessivo e avassalador, somos nós mesmos. Por causa dela vivemos hoje uma vida de escravos, acorrentados – muitas vezes sem o perceber – a uma existência de trabalho estafante e contínuo para produzir e consumir, na maior parte dos casos, bugigangas absolutamente desnecessárias.

Condicionados por necessidades artificiais inventadas pelo Sistema, não paramos de comprar e comprar, abarrotando nossos armários e dispensas com toda uma massa de objetos e produtos supérfluos, cujo destino, depois de algum tempo guardados, será certamente o lixo. E não estamos sozinhos no desgaste provocado por esse estado de coisas. A natureza nos acompanha nessa trajetória rumo à falência provocada por um desfrute para além de qualquer possibilidade de reposição. E isso inclui a quase totalidade de bens naturais essenciais, como a água que se bebe, o ar que se respira, as florestas, o petróleo e os minérios, e tudo o mais que existe sobre a Terra.

O escritor Luís Pellegrini está corretíssimo nos pontos levantados. Pobres de nós e coitada de nossa sofrida mãe Natureza. Quando é que o homem irá tomar jeito? Quando é que veremos a vida com outros olhos, que não os da cobiça desenfreada?

Nota: imagem copiada de rosevcba.blogspot.com

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SONHOS – ASPIRAÇÃO E REALIZAÇÃO

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

Construir sonhos – e realizá-los –, muitas vezes não é nada fácil ou glamoroso como nos romances. Construir sonhos exige foco e uma dedicação exclusiva. Você já teve um sonho tão enraizado em sua mente, que simplesmente é impossível abandoná-lo, mesmo contra as piores chances? Pois bem, vá pensando em construí-lo a partir de agora. Tudo é possível, e só depende de você!

Primeiramente, e antes de tudo, para fazer seu sonho acontecer, você tem de ter uma determinação inabalável e deixar de lado todo e qualquer pensamento negativo – inclusive, a companhia de pessoas negativistas. É pesado e difícil conviver com pessoas que lastimam o tempo todo e não movem um dedo para mudar as coisas. E enquanto essas mesmas pessoas choram e lamentam-se, a vida lá fora irá continuar, independentemente do seu estado de humor. O mundo não para quando decidimos não mais caminhar; o mundo não chora quando choramos e não se alegra com a nossa felicidade. O mundo simplesmente segue seu curso. Quando nascemos, ele já existia, e quando partirmos, continuará existindo. Só estamos aqui de passagem. Portanto realize seu sonho contando consigo mesmo.

Todos nós temos a capacidade de mudar algo, de construir nossos sonhos. Mas nem todos possuem a resiliência necessária para o crescimento pessoal e profissional. Boa parte das pessoas carrega consigo um sentimento de menos valia e de que “nada vai dar certo”. Pense bem, ninguém irá exaltar você simplesmente por pena. Ter pessoas negativas por perto acaba influenciando a nossa vida, da mesma forma como a alegria é extremamente contagiosa. Portanto, não espere pelos outros para mudar algo na sua vida. Espere por si! Não cobre dos outros, cobre de si. Movimente-se.

Alguns sonhos estão além do óbvio. O sonho de um músico é tocar música, o sonho de uma bailarina é dançar e o sonho de um inventor é inventar. A maioria de nós, no entanto, vive uma vida de correria e limitação, acabando por perder de vista seus sonhos ao longo do caminho. Pare um pouco e reflita sobre onde você largou seus sonhos, para poder resgatá-los. E se você é dessas pessoas que pensam que não têm sonhos, então comece a construir um. Anote tudo o que gostaria de fazer, ser ou ter antes de morrer. Dê permissão para seu sonho existir. Quando os sonhos são construídos sob bases sólidas, resistentes e planejadas, tudo será superado.

Viver é sonhar, mesmo que seja um sonho distante e inatingível, mas que nos impulsiona a continuar sem pestanejar ou temer os obstáculos. E quando menos esperamos, lá estaremos com os sonhos bem na nossa frente, e realizados. Para isto acontecer, resiliência é a palavra de ordem. Por si só, o titulo do livro de Tony Gaskin já diz tudo sobre o tema: “If you don’t build your dream, someone will hire you to help build theirs”. Em tradução livre, seria: “Se você não constrói seu sonho, alguém vai te contratar para construir o dele”.

Nota: O Pensador, obra do artista francês Auguste Rodin

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COMO MUDAR HÁBITOS

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

Hábitos melhores são o que todos nós gostaríamos de ter em nossas vidas. Manter bons hábitos não é nada fácil para boa parte das pessoas. Então, o que fazer? O que devo mudar? Por onde começar? O que devo priorizar como um bom hábito? Como estabeleço uma rotina? Várias são as perguntas em um cotidiano extremamente turbulento como o nosso. E é para respondê-las que dedico o texto de hoje. Por exemplo, minha vida e rotina atuais estão iguais às do cronista mineiro Rômulo Paes: “é subir Bahia e descer Floresta”.

O hábito é um comportamento que determina o que a pessoa aprende e repete frequentemente, sem pensar como deve executá-lo. Hábito é o uso, um costume, um modo constante de como se comportar e de agir – diferentemente do instinto, que é um comportamento inato, ou seja, que não foi aprendido. Todos têm maus hábitos, seja enrolar demais na cama pela manhã, nunca terminar aquele livro, não começar a academia, roer as unhas, tomar café demais, etc. E todos sabem também o trabalho que dá para mudar ou melhorar um velho hábito.

Existem hábitos que devemos exercitar continuamente e que darão um impulso grande em nossas vidas. Devemos iniciar com pensamentos positivos, pois este é um trunfo poderoso para a motivação e para que possamos concretizar as coisas necessárias ao sucesso pessoal e profissional. Portanto, toda vez que um pensamento negativo surgir em sua mente, pare e anote-o em um papel. Analise de forma objetiva como poderá resolver aquele problema. Pensamentos negativos devem ser prontamente solucionados, pois criam um ambiente perverso ao crescimento.

Exercícios físicos são outro ponto a ser estimulado, pois sabidamente são uma forma de reduzir o estresse e, portanto, uma poderosa ferramenta para o equilíbrio físico e mental. Você, por si só, poderá ver que após uma atividade física nós nos sentimos bem melhor e mais dispostos. Isso leva, invariavelmente, a reforçar nossa confiança, incentivando e potencializando a criatividade. De igual forma, faça uma tarefa por vez. Não tente fazer várias coisas ao mesmo tempo. Isso prejudica o foco e, consequentemente, a produtividade. Para tanto, faça listas de prioridades por escrito e vá executando uma a cada vez. Da mesma forma que executar uma tarefa por vez, o hábito de ter um grande objetivo é também recomendável.

Quem persegue vários objetivos de vida ao mesmo tempo, normalmente não consegue realizar nenhum deles. Portanto, estabeleça seus objetivos de vida, também por prioridades, e vá conquistando um a um. Certamente o final será mais feliz e com menos estresse. Não se esqueça da generosidade, que é um hábito que retorna em dobro a cada ato de bondade. Simpatia, generosidade e compreensão devem ser a mola mestra em hábitos diários. Por fim, estabeleça uma rotina diária, pois é ela que irá aperfeiçoar seu dia, suas semanas, meses e até anos. Somente com rotinas preestabelecidas os sonhos irão se realizar.

A frase que melhor descreve o hábito, a meu ver, foi escrita por Aristóteles: “Somos aquilo que fazemos repetidamente. Por isso, a excelência não é um ato, mas sim um hábito.”

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BENDITO SEJA NOSSO CORPO FÍSICO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Aqueles que abominam a carne são os mesmos que superlotam os hospitais, sob qualquer pretexto, para buscar saúde para a carne, num ato de extrema hipocrisia. (Jason Ferrer)

É difícil entender a preocupação das religiões em sua condenação à carne (o corpo, a matéria em oposição ao espírito, à alma), pouco se reportando ao espírito. O que não deixa de ser um paradoxo, uma vez que a carne denota transitoriedade e o espírito eternidade, segundo a visão religiosa de quase todas as culturas. Se toda carne perece, ao habitar este planeta minúsculo por um tempo passageiro, por que os chamados pecados mortais estão voltados mais para a carne? Não é o espírito que é eterno, segundo pregam? E não é ele que comanda o corpo? Por que, então, não trabalhá-lo melhor, jogando toda a carga de responsabilidade sobre ele? O trato com a carne deveria ser apenas um capítulo da preocupação com o espírito.

Quer queiramos ou não, a nossa existência, para ser completa, precisa conhecer os deleites da carne (a natureza física do homem em oposição à moral), uma vez que nascemos geneticamente preparados para isso. Nem mesmo o mundo animal despreza o contato carnal. É preciso ser hipócrita para subestimar a delicadeza, o som e o prazer da carne. E, para os moralistas de plantão, que fique bem entendido, que não comungo com a exploração ou abuso do corpo humano, ou seja, com a sua transformação em mercadoria. Mas louvo, sim, os corpos que nos envolvem e nos enriquecem num contato permanente de amor, carinho, afeto e prazer.

A grande maioria das religiões em sua falsa moralidade desmerece o corpo físico, como se dele pudéssemos nos privar, vivendo apenas com o espírito. Isso acontece, mesmo quando apregoam que o corpo humano é feito à imagem e semelhança do Criador, a quem devotam a vida. Pesquisas mostram que o descaso para com o próprio corpo denota baixa autoestima, pois carecemos do corpo carnal para existirmos. Logo, ele é primordial para cada um de nós. Se assim não fosse, bom seria que jogássemos um véu roxo sobre a medicina. A nossa carne é frágil, preciosa e importante para a nossa existência na Terra. Todo carinho e cuidado com ela vêm de bom grado. Temos que amar e cuidar do corpo, nosso mais belo instrumento existencial. É a nossa “casca” responsável pelo peso e pela marca das alegrias e tristezas que carregamos durante a vida. Ignorá-lo, a pedido das religiões, é loucura total.

A existência da morte serve para nos acordar quanto à importância de nosso corpo carnal em vida. E a ele devemos devotar todo o nosso amor. Sempre me pareceu triste uma convivência forçada, onde os corpos não se encontram. Onde eles perderam a voz, e o espírito encontra-se mofado numa caixa sem vida. O contato espiritual e mental com o outro é muito mais forte quando há sintonia de pele, empatia carnal que não significa apenas “sexo”, mas também quando um sente prazer na presença e no contato com o outro.

A carne é tão importante, a ponto de algumas religiões terem como dogma a encarnação ou a reencarnação, o que é um paradoxo. Contudo, certas Igrejas tratam-na como se fosse a coisa mais suja do mundo. De modo que certos religiosos melhor fariam, se meditassem sobre a expressão que pregam: “a Palavra se fez carne” ou “o Verbo se fez carne”, em vez de blasfemarem contra o corpo humano – esta dádiva maravilhosa e tão necessária para nos manter vivos. Muitas culturas têm sido envenenadas contra o corpo carnal, principalmente o da mulher. E isso de longas datas. É deste desequilíbrio que nascem o exibicionismo sexual e a indústria pornográfica, pois tudo o que é proibido traz também a sua cota de curiosidade, encontrando fácil penetração na mente humana. Portanto, abaixo a crueldade religiosa para com o corpo.

A vida dos índios, que ainda não se aculturaram, é imensamente rica, pois não carrega o peso do suposto “pecado da carne”, já embutido em nós, ainda pequeninos, pelas religiões, que tinham e têm como objetivo o controle da vida humana. O homem controlando o homem. O homem controlando os bens do homem, através de ameaças mentirosas contra o “pecado da carne”. E como isso dá dinheiro! O maior dos mandamentos cristãos é: “Ame o próximo como a si mesmo”. Logo, se o nosso próximo é feito de carne que respira e transpira como a nossa própria, não há como torná-la satânica. O corpo carnal não pode ser tratado como réu de todos os deslizes da espécie humana. Este desvio estúpido  somente favorece os vendilhões dos templos.

Nota: ilustração mostrando Vênus e Adônis, obra de Ticiano

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ONDE ENCONTRAR A FELICIDADE?

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

O que realmente nos faz felizes na vida? A busca pela felicidade é um desejo de todos nós. Sensação plena de felicidade é a procura incessante da imensa maioria das pessoas. Então, qual é a chave para esta tão buscada felicidade? Há 76 anos, pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, têm procurado uma resposta para o tema.

O Estudo sobre o Desenvolvimento Adulto (Study of Adult Development, em tradução livre) começou em 1938, analisando 700 rapazes, entre estudantes universitários e moradores de bairros pobres de Boston. A pesquisa acompanhou esses jovens durante toda a vida, monitorando seu estado mental, físico e emocional. O estudo continua agora com mais de mil homens e mulheres, filhos dos participantes originais. Imagine só quanto material foi coletado durante todo esse tempo! Isso em busca de respostas para a felicidade.

Um ponto em comum, durante toda a pesquisa, é da importância da qualidade sobre nossos relacionamentos interpessoais. Uma relação de qualidade é aquela na qual você se sente seguro, podendo ser você mesmo, sem o teatro da vida real. Do lado oposto vem a solidão como forma máxima de exclusão da sociedade, o que leva, invariavelmente, à infelicidade, angústia e depressão. De igual forma, durante a pesquisa, foi observado que pessoas que mantêm boas relações sociais vivem mais e por mais tempo. Ter alguém para compartilhar tristezas, alegrias e segredos ajuda a espantar a ansiedade, o estresse e outros sentimentos negativos que abalam o organismo como um todo. O número de amigos, porém, não importa muito. O grande diferencial na pesquisa era a qualidade dos relacionamentos, não a quantidade. Você pode ter poucos amigos, mas estes devem ser leais.

A pesquisa também fez o comparativo entre pessoas com mais dinheiro com aquelas com menos recursos financeiros. A conclusão a que se chegou, até o momento, é que realmente dinheiro não traz felicidade. Existem milionários infelizes e pessoas de baixa renda que vive em um estado pleno de felicidade. Podemos ganhar dinheiro e ter uma vida mais confortável? Claro que sim! Mas não pense que, com isso, irá ter mais felicidade.

O quarto chefe da pesquisa (pois já se passaram décadas desde o seu início) fala sobre sua experiência com a mesma: “Percebi que meus relacionamentos me dão energia quando invisto neles, quando lhes dedico tempo. Tornam-se mais vivos e não desgastantes”. E acrescentou: “A tendência é nos isolarmos, ficarmos em casa para ver televisão ou nas redes sociais. Mas na minha própria vida percebi que sou mais feliz quando não estou fazendo isso”. Isso aponta, mais uma vez, no sentido de que a relação direta (e não virtual) com o próximo é que traz felicidade.

Investir em um relacionamento significa estar presente. Ofertar atenção total ao outro, seja na família ou no trabalho, deixa-nos mais próximos e, portanto, mais contentes. Como os animais têm seus grupos, nós também necessitamos de ter, cada um, nosso grupo e interagir com ele. Interação social, essa parece ser a chave para a felicidade. Portanto, amplie seus contatos e ajude o próximo sempre que lhe for possível.

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O SOFRIMENTO E ESPERANÇA

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Autoria de Danilo Vilela Prado

Em momentos de dificuldade, o sofrimento conduz naturalmente as pessoas a procurarem o contato com Deus. Quase todos nós, quando passamos por dificuldades graves, fortalecemos a nossa crença em um ser superior que possa aliviar o fardo que carregamos. O receio de perder a vida provoca transformações profundas no ser humano, porque ninguém quer deixar este mundo. Transformações ocorrem entre os aflitos, porque há anseios de purificação da alma, na tentativa de evitar o pior. Nessas situações, o perdão dos erros é buscado com mais intensidade, com a finalidade de reverter a desgraça.

Quando estamos desesperados, ficamos perdidos em meio a um turbilhão de pensamentos desconexos. O medo se apodera de nós, retirando-nos a capacidade de concentração. É um estado de caos que precisa ser revertido para que possamos estabelecer o contato com Deus. Para agravar ainda mais a situação, muitos se sentem castigados pelo fato ruim que lhes acontece.  Ao ter diagnóstico de câncer, por exemplo, é comum que as pessoas tenham a impressão de que estão pagando por erros cometidos. A sensação de culpa muitas vezes é forte e causa dor. O sentimento do que é certo ou errado, se existe culpa ou não, é praticamente impossível de descobrir. Então, é preciso exercitar o autoperdão para nos livrarmos da culpa e recuperarmos a serenidade para entrar em contato com Deus.

Não existe uma lógica quando somos abatidos por infortúnios. Em vários casos, tentar descobrir as causas normalmente é perda de tempo e não trará resultados positivos. Crianças recém-nascidas manifestam doenças gravíssimas, mesmo não tendo cometido erros. Por isso, estabelecer relações de causa e efeito em determinados acontecimentos pode não ajudar. Mas como sentir a sensação de que Deus irá aliviar quaisquer sofrimentos? A aproximação Dele acontece por força da fé, da esperança de que nossas dores serão passageiras. Não existe uma fórmula única para que nos aproximemos de Deus, mas é sempre possível, por meio de orações, rituais e correntes de energia formada por grupos de pessoas, termos a certeza de que estamos mais próximos de sua bondade.

O diálogo interior de uma pessoa em dificuldades poderia ser assim:

Reconheço e aceito que estou doente. Entre os mistérios que não posso desvendar está este momento de dor e apreensão. Sei que errei, falhei muitas vezes com as pessoas, causei sofrimentos, seja consciente ou inconscientemente. Farei tudo o que puder para reverter as situações em que agi errado. Não posso ficar me culpando e recriminando pelos atos cometidos. Por isso, tenho o firme propósito de mudar meu comportamento, para me tornar uma pessoa melhor e ajudar aqueles que precisam de apoio e solidariedade.

 Aceito a minha condição de ser humano imperfeito, mas que tenta acertar e contribuir para melhorar este mundo. Peço a Deus sabedoria, compreensão e forças necessárias para superar esses momentos de intensa dor. Que minhas energias, com a ajuda de Deus, se transformem no poder de curar. Terei disciplina suficiente para manter o otimismo, mesmo nos momentos mais difíceis, pois sei que a bondade de Deus é.”

As palavras acima são poderosas porque representam o ato de alguém em dificuldade, que está lutando bravamente para vencer a fase difícil. Alguns contratos íntimos são firmados nessas situações: a) aceitar a dificuldade; b) compreender a própria imperfeição; c) admitir erros; d) exercitar o autoperdão; e) firmar a intenção de mudar com o fim de ser melhor; f) tentar a aproximação com Deus.

Todas as vezes que o nosso espírito e mente se unem com o objetivo firme de mudanças, iremos alterar a nossa condição. Os resultados podem ser rápidos ou mais demorados. O certo é que todas as pessoas, que tentam com fé, obtêm resultados positivos. Precisamos ter a coragem de enfrentar a nós mesmos nesses momentos difíceis, reconhecendo nossas fraquezas, mas sempre bem intencionados no objetivo a que nos propomos. Dessa forma, seremos ajudados e nos aproximaremos ainda mais de Deus e de sua bondade infinita.

Nota: São Pedro em Lágrimas, obra do artista espanhol El Greco

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