MEU PRIMEIRO REVÉS NA VIDA

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Autoria do Prof. Rodolpho Caniato

Meu pai havia comprado uma linda vaca, a “Pombinha”, que vinha acompanhando a carroça onde estava sua recente cria, uma linda bezerra marrom de longas orelhas. A “Pombinha” era uma vaca de meio sangue holandês, branca com manchas de um marrom quase vermelho e de chifres curtos e curvados para frente. Parecia uma vaquinha de reclame de chocolate suíço. Eu e minha mãe havíamos gasto grande parte do dia no preparo para a recepção desses novos integrantes de nossa família. A cocheira de sapé estava toda limpa e arrumada para receber as novas moradoras, mãe e filha. Foi uma grande recepção e muito nos alegramos em ver a bezerrinha mamar sofregamente e depois deitar em seu pequeno “quartinho” limpo e macio, com cerquinha de bambu e cobertura de sapé.

Antes que o sol raiasse era preciso fazer a ordenha e pôr a bezerra a mamar para que vaca “soltasse o leite”. Eu e meu pai fomos como ajudantes, peiando e amarrando o rabo da vaca e fazendo os preparativos para a ordenha. Embora minha mãe nunca tivesse lidado com uma vaca, sua disposição e empenho compensaram sua falta dessa experiência. Em poucos dias ela já o fazia, senão com perfeição, mas com destemor, total segurança e eficiência. Todos os dias nós tínhamos dez litros de leite, além do que a bezerra mamava. Em nossa inexperiência, logo nos afeiçoamos a esses animais quase como se fossem pessoas da família.  Ainda mais que o precioso leite, naqueles rincões, longe de tudo, era de importância vital. E assim foram se passando os dias, as semanas.

A bezerrinha, batizada de “Mocinha”, crescia a olhos vistos, e prometia ser uma bela novilha para aumentar nosso plantel. Já se passavam dois ou três meses, quando na ordenha matinal, minha mãe notou que ela teve dificuldade para mamar e apresentou uma espuma na boca. Não sabíamos o que era aquilo. Consultados os vizinhos mais próximos veio o “diagnóstico”: aftosa. Não se dispunha de veterinários, nem se tinha acesso a esse tipo de informação. Havia um único remédio, que em toda vizinhança se usava para todos os “males” dos animais. Chamava-se Benzocreol. Era aplicado tanto para uso interno quanto para bicheiras, feridas e outros males. Só variava a dose.

A bezerra estava triste e já não queria mamar. O jeito era aplicar o tal de Benzocreol, única coisa que se podia fazer. Feita a mistura com água, o problema era fazer o animal engolir aquele “remédio”. Segundo os “entendidos” aconselhavam, devia ser uma dose de mais ou menos meio litro. Quando tentamos fazer ir goela abaixo, a bezerra esperneou e foi com muito custo que conseguimos fazê-la engolir parte do “remédio”. Pouco depois, deitada, a bezerra virou os olhos, estrebuchou e morreu. Sua morte abrupta deve ter sido provocada pelo efeito do remédio ou por sufocamento, se o líquido invadiu seus pulmões.

Perder aquele animal foi um desespero para nós todos; quase como se tivesse morrido alguém da família. Meus pais chegaram a falar em ir embora, de volta para a cidade. Minha mãe chorou de tristeza com a perda daquela bezerra que, além de querida, representava nossas esperanças de muito leite e progresso. Vizinhos nos aconselharam a tirar seu couro para “enganar” e “consolar” a vaca. Nós não tivemos coragem.

Nossa “mocinha” foi enterrada com profundo sentimento de perda e quase com nossas esperanças na nova vida de sítio. Era nosso primeiro revés na vida rural. Mas o pior ainda estava por vir. A vaca mugiu sem parar, dia e noite, durante muitos dias na cocheira que ficava ao lado de casa. Além da perda, o triste lamento repetido sem cessar pela “Pombinha” não nos deixava dormir, além de manter viva a ideia da perda. Sem a bezerra a mamar, provavelmente a vaca “secaria” o leite.

O zelo e os cuidados especiais de minha mãe para com a sofrida vaquinha de estimação devem ter ajudado. Fui mobilizado a ajudar num super tratamento, tanto de capim fresco quanto de escovação e bom trato para a “Pombinha”. Embora tenha diminuído muito sua produção, ela continuou a nos dar seu precioso leite.  Com o passar das semanas, embora abalados, fomos em frente.

Nota: Extraído do livro “Corrupira”, ainda inédito, do autor.
Imagem: obra de Candido Portinari

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Ambrogio Figino – ZEUS, HERA E IO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

zeuherio

A composição denominada Zeus, Hera e Io é uma obra do pintor italiano Ambrogio Figino, baseada no mito que conta o envolvimento de Zeus com a ninfa Io.

Ao perceber que Zeus (Júpiter) estava a traí-la, escondido atrás de uma nuvem escura, Hera (Juno) afastou-a, mas o que viu foi seu marido perto de uma novilha, que de fato era a ninfa Io, de linhagem mortal, que fora transformada pelo deus em um animal, para não causar ciúmes à sua mulher. É fato que Hera não descansou, enquanto não tirou tudo a limpo.

A pintura de Ambrogio mostra o encontro de Hera, sentada sobre uma nuvem, com seus esposo Zeus, na terra, questionando-o sobre a presença daquela novilha próxima a ele. O deus está coberto por um manto avermelhado, com as pernas cruzadas, tendo um pequeno cupido atrás de si. À sua direita encontra-se uma ave negra. A posição de sua mão esquerda indica que ele está a dar explicações à esposa. Indiferente à discussão, a novilha olha para o observador, como quem diz: – Eu não tenho nada com isso!

Uma paisagem descortina-se ao fundo, com um arco-íris e dois pavões na parte superior esquerda da tela.

Ficha técnica
Ano: 1599
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: (?)
Localização: Pinacoteca Malsapina, Paiva, Itália

Fontes de pesquisa
Mitologia/ Thomas Bulfinch
Mitologia/ LM

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DEMÊNCIA: PROBLEMA SÉRIO E PRIORITÁRIO

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

As demências estão aumentando a passos largos no decorrer das últimas décadas. Não vejo, no Brasil, políticas públicas voltadas para o tema e um plano de enfrentamento para o problema, como ocorre nos casos de obesidade, nas epidemias virais, nas doenças cardiovasculares, etc. É como se nada estivesse acontecendo. A cada dia surgem mais casos de demência e as famílias simplesmente não sabem como lidar com o drama.

A publicação americana Alzheimer’s Disease International estima que 135 milhões de pessoas em todo o mundo estarão vivendo com demência até 2050. Essa previsão já é 17% acima das previsões anteriores e tende a aumentar, em grande parte, pelo aumento na expectativa de vida da população. Se de um lado está sendo bom viver mais, por outro, a qualidade está deixando a desejar – demência à vista. O  impacto das demências na sociedade atual e num futuro bem próximo será muito amargo e difícil para as famílias que lidam ou venham a lidar com o problema.

O Mal de Alzheimer é a causa mais comum de demência, e seus sintomas incluem perda de memória, mudança de humor, problemas com a comunicação e de raciocínio. O relatório norte-americano diz que a doença de Alzheimer e outras formas de demência representam “uma epidemia global”. Você, caro leitor, deve ter um parente ou conhecido portador desta doença. E se vivenciou um pouco, sabe dos transtornos e dificuldades que os familiares enfrentam.

Os atuais tratamentos são caros e pífios. Observa-se uma melhora com as medicações no início da doença, entretanto, nos casos moderados a graves, a situação pode ficar caótica para os cuidadores no dia a dia. É essencial que nos preparemos. Na verdade, o Brasil já está atrasado. A Organização Mundial de Saúde (OMS) já encara o problema como “sério” e o tem como prioridade. Segundo a britânica Alzheimer’s Society, a demência é a maior crise na área de saúde que o mundo enfrenta atualmente. Um alerta para governos mundo afora sobre a urgência de investir mais em cuidado e apoio.

Amanhã poderemos ter um ente querido portador de demência em casa, confuso, perdido no tempo, com falsos reconhecimentos e às vezes agressivo. Até que tratamentos efetivos venham à tona, pesquisadores do King’s College de Londres sugerem que, à medida que a população envelhece, o sistema tradicional de cuidar, feito de maneira informal pelas famílias, amigos e comunidade, precisará de um apoio muito maior. Inclusive do Estado, o que, no Brasil, é falho e feito com descaso.

Segundo a pesquisa, pouco mais que uma em cada dez pessoas acima de 60 anos precisa de cuidados de longo prazo, como ajuda diária em tarefas como tomar banho, alimentar-se, vestir-se e usar o banheiro – as chamadas atividades da vida diária (AVDs). Isso pode ser um fardo para a família, já que muitos dos parentes que cuidam do idoso precisam deixar o trabalho e outros afazeres do dia a dia. Também sugere maior profissionalização dos residenciais para idosos, o que pode ser uma opção de escolha em tempos de famílias pequenas e atarefadas.

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Robert Campin – TRÍPTICO DA ANUNCIAÇÃO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

tripanun

O Tríptico da Anunciação, também denominado Retábulo de Mérode, obra do pintor flamengo Robert Campin, apresenta três ambientes: um jardim murado, uma sala  e uma oficina. Esta peça não foi projetada para ser exposta numa igreja, mas num lar, em razão de suas pequenas dimensões. As cenas deste tríptico (obra constituída de um painel central e de duas meias-portas laterais capazes de fecharem-se sobre ele, recobrindo-o completamente) acontecem em um ambiente relativamente rico.

O painel central apresenta Maria e o anjo no interior de uma sala, onde se destacam uma mesa, um banco com almofadas azuis, duas pequenas janelas redondas e uma janela de madeira, semiaberta, através da qual se vê o céu com nuvens brancas. As duas figuras estão ricamente vestidas, sendo as dobras de suas vestes um espetáculo à parte. A presença de uma cena da Anunciação em um ambiente burguês foge à tradição da época, assim como a ausência de auréola nas duas figuras divinas. Mas a presença das asas no anjo e a de uma pequenina figura nua, acima da cabeça desse, demonstram a divindade das personagens.

A pequenina figura, entrando por uma das janelas circulares, carregando uma minúscula cruz, e deslizando-se sobre sete raios que incidem sobre Maria, é Jesus Cristo, em miniatura. Sua presença significa que salvará todos os homens através do sofrimento pelo qual passará. Ao contrário de outras pinturas da Anunciação, esta não apresenta o Espírito Santo em forma de pomba.

O artista reproduz os objetos com tamanha precisão que é possível notar os mínimos detalhes, com destaque para o banco, o telhado e as dobras das vestes, na parte central do tríptico. Há também muitos detalhes que aludem à pureza de Maria e sua vida de orações: os lírios brancos dentro de um vaso de cerâmica sobre a mesa, a toalha branca e a bacia; o ambiente sem portas e a janela aberta aludem à vida caseira que a Virgem levava; o fato de ela se sentar no chão diz respeito à sua humildade; ao segurar a Sagrada Escritura com um pano, ao invés de tocá-la com as mãos, a Virgem demonstra seu respeito pelo livro; os quatro pequenos leões nas extremidades do banco, sendo dois de cada lado, aludem ao trono de Salomão e, portanto, à sabedoria; a vela sobre a mesa acaba de ser apagada, como mostra a fumaça, provavelmente por um lampejo de vento, como uma alusão ao sopro divino.

A meia-porta da direita do tríptico apresenta a figura de São José, o artesão, pai putativo de Jesus, trabalhando na sua oficina de madeira. Próximas a ele estão inúmeras ferramentas e cravos, feitas com muita precisão. Ele está concentrado, usando a broca num pedaço de madeira. Do interior da oficina, através da janela entreaberta, é possível enxergar uma vista da cidade com praça e ruas, e com as mulheres vestindo casacos pretos com capuz e saias vermelhas, e os homens usando chapéus altos à moda da época. É inverno.

A meia-porta da esquerda mostra três figuras: um homem e uma mulher em primeiro plano, e um homem barbudo com um chapéu de palha na mão e uma carta na outra, em segundo. A mulher, possivelmente, é a esposa do cliente do tríptico. Ela traz o cabelo e o pescoço cobertos, como convinha às mulheres casadas, à época. Encontra-se ajoelhada atrás do marido e traz nas mãos um rosário feito de contas de coral vermelho. O casal está ajoelhado diante de uma porta entreaberta, como se observassem o encontro entre Maria e o anjo Gabriel.

Ficha técnica
Ano: entre 1422 e1430
Técnica: óleo sobre carvalho
Dimensões: trípitico com 120 x 64 cm
Localização: Coleção Os Claustros

Fonte de pesquisa
Los secretos de las obras de arte/ Editora Taschen

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A IMPORTÂNCIA DAS MARÉS (I)

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Autoria do Prof. Rodolpho Caniato

Você já deve ter ouvido falar em marés.  Maré é a subida e descida do nível do mar que acontece de maneira regular e periódica. Por que nos pode interessar saber sobre isso? Há várias razões de ordem prática muito importante. A primeira tem a ver com a operação de todas as embarcações que estão operando próximo da costa e que podem encalhar se estiverem navegando em lugar cuja profundidade é menor ou igual que o seu calado (distância vertical entre a linha de flutuação e a parte inferior da embarcação). É uma questão de segurança, tanto mais importante quanto maior o tamanho da embarcação. Para um pequeno barquinho, que você pode arrastar, isso pode não ter nenhuma importância. Para uma embarcação comum isso pode significar, pelo menos, sofrer sérias avarias, além de encalhar. Para um grande navio isso pode frequentemente condená-lo a morte. Se você imagina o enorme peso de um grande petroleiro carregado, bem pode imaginar e dificuldade de arrastá-lo se encalhado. Mais grave ainda é o comprometimento de sua estrutura, projetada e feita para que seu peso seja uniformemente distribuído ao longo de todo seu corpo. É por essas razões que as autoridades marítimas publicam todos os anos uma tábua das marés com as horas e alturas da maré em todos os portos de seus países e em muitos outros.

Essas publicações que se chamam tábuas das marés são publicadas para o ano seguinte e preveem a hora e o minuto tanto da preamar (maré cheia) quanto da baixa-mar. Essa previsão é feita para a hora e o minuto do ano seguinte e com uma precisão de decímetro. Isso quer dizer que a tábua das marés prevê para cada porto, um ano antes, se a preamar  vai ser, por exemplo, de 1,5m ou 1,6m. Em relação à hora, a previsão tem a precisão do minuto: se vai acontecer às 11:52h ou 11:53h, por exemplo. Esses dados só importam quando se está  navegando em águas cuja profundidade pode ser igual ou menor que o calado de nossa embarcação. Quando se está navegando em águas oceânicas e muito profundas não se percebe nem importam as marés. Se estamos navegando em águas que tem centenas ou milhares de metros de profundidade não se percebe nem importa a alteração de profundidade devida às marés.

Todos os seres vivos, que habitam a orla marítima, sempre sentiram a forte influência das marés. Há uma grande quantidade de vida que habita os limites entre o mar e a terra e que se desenvolve em função do fluxo (avanço) da maré e de seu refluxo (recuo). A amplitude desse movimento e sua duração condicionam a sobrevivência de muitas espécies. Os pescadores e sua relação de intimidade com o mar e com o comportamento dos peixes tem tudo a ver com as marés. Todos os povos que têm vivido na orla do mar têm seus costumes e sua cultura muito ligados aos ciclos das marés. Em algumas desembocaduras de grandes rios, como no Amazonas, as marés produzem também um ruidoso e violento embate entre as águas do rio e do mar: é a pororoca.

Todos os nossos ancestrais que viveram a beira-mar sempre conheceram o fenômeno das marés. Desde a antiguidade também se havia percebido uma estreita relação entre as marés e as fases da Lua. No entanto, a explicação científica só se tornou possível a partir da equação da gravitação de Newton (Isaac Newton (1642-1727). Essa equação diz: dois corpos se atraem na razão direta de suas massas e na razão inversa do quadrado da distância que os separa. Essa foi a mais retumbante de todas as descobertas feitas pelo gênero humano. Nenhuma outra teve tantas consequências e desdobramentos. Com ela ficavam explicados muitos fatos até então misteriosos e não entendidos. Ficava claro, física e matematicamente um grande número de fenômenos importantes para se entender o funcionamento do Mundo. A partir daí se podia entender a queda dos corpos, a razão por que os copos celestes são esféricos, porque a Lua se mantém em órbita da Terra, porque a Terra e os planetas orbitam ao redor do Sol, porque cometas têm órbitas tão excêntricas e muitas outras coisas. Entre essas outras coisas estava também a explicação para o fenômeno das marés.

Nota: leia também: (links)

TERRA E LUA BRINCANDO DE CORRUPIO (II)

A LUA EXERCE EFEITO SOBRE OS SERES VIVOS? (III)

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Kooning – MULHER III

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Autoria de Lu Dias Carvalhokoo1

Alguns artistas atacaram-me por pintar mulheres, mas eu acho que isso era problema deles, não meu. Não me sinto nada como um pintor não-objetivo. (Kooning)

Nada é certo sobre a arte, exceto de que é uma palavra. Toda a arte se torna literária. Ainda não vivemos num mundo em que tudo é evidente. É muito interessante verificar que muitas pessoas, que querem saber o que diz uma pintura, nada mais fazem que falar sobre ela. Porém, não é uma contradição. A arte é eternamente muda e dela se pode falar eternamente. (Kooning)

A composição denominada Mulher III é uma obra do artista figurativista holandês Willem de Kooning, pintor do expressionismo abstrato. Ele era também escultor e desenhista. Radicado nos Estados Unidos, e um dos principais nomes do abstracionismo naquele país, a temática favorita de sua obra era a mulher.

A pintura Mulher III, que posa de pé, faz parte de uma série de seis pinturas, feitas entre 1950 e 1953, cujo tema central é a figura feminina. Entre 1970 e 1994, esta obra fazia parte de um museu de arte contemporânea em Teerã (Irã), mas, a partir da revolução islâmica, em 1979, ela foi proibida de ser exibida. Em 1994 foi negociada debaixo dos panos. E em 2006, seu novo dono vendeu-a para um bilionário, transformando-a na quarta pintura mais cara, à época, até então vendida no mundo.

Quando a série foi exposta por Kooning, em 1953, vários artistas e críticos de arte não gostaram do que viram, alegando que o pintor havia “traído os ideais da abstração”. O artista argumentou que havia sido inspirado pelas figuras da Mesopotâmia, com seus seios fartos, olhos arregalados e boca sorridente.

Ficha técnica
Ano: 1953
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 172.7 x 123,2 cm
Localização: coleção particular

Fontes de pesquisa
http://www.nytimes.com/2006/11/18/arts/design/18pain.html
http://www.thelovelyplanet.net/woman-iii-by-william-de-kooning/
http://nga.gov.au/international/catalogue/Detail.cfm?IRN=47761

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