SAIBA O QUE É DISBIOSE INTESTINAL

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Autoria do Dr. Telmo Diniz bi6

Disbiose intestinal

A disbiose intestinal significa, literalmente, uma disfunção colônica (do cólon) devido à alteração da flora bacteriana intestinal.

No nosso organismo, 100 trilhões de bactérias de mais de 400 espécies diferentes vivem em um delicado balanço. A nossa flora intestinal tem funções importantes como a síntese de algumas vitaminas e a defesa do nosso corpo. Quando esta flora é abalada, nosso organismo fica sujeito à passagem de fungos e toxinas para a circulação. É a disbiose intestinal, transtorno no qual as bactérias da flora normal ficam em minoria e o organismo torna-se debilitado já que a capacidade de defesa diminui. Doenças que podem ser causadas pela disbiose:

  • Artrite reumatoide e outras doenças autoimunes,
  • acne,
  • urticárias
  • depressões
  • celulite
  • fadiga crônica
  • enxaquecas

Portanto, atenção! As doenças citadas podem não ser causa e, sim, consequência de um mal maior e não diagnosticado.

Desequilíbrio

Várias situações podem gerar a disbiose intestinal:

  • uso de medicamentos (principalmente antibióticos e anti-inflamatórios),
  • uso de medicações que alteram o PH gástrico (tipo antiácidos e omeprazol) por longo tempo,
  • estresse crônico,
  • uso abusivo de laxantes,
  • infecções intestinais,
  • dieta inadequada com consumo de alimentos processados em detrimento aos alimentos “in natura”,
  • alergias alimentares,
  • constipação intestinal,
  • diverticulose, entre outros.

Várias são as causas que podem fazer com que haja um desequilíbrio desta população bacteriana. Os sintomas são usualmente intestinais, como:

  • flatulência (alta formação de gazes),
  • alteração do ritmo normal do intestino e distensão abdominal, muito comumente associa-se a um quadro de irritabilidade (pessoa enfezada – “cheia de fezes”) e desânimo geral.

O diagnóstico é basicamente clínico, porém, pode ser reforçado pela solicitação de pesquisa quantitativa e qualitativa de bactérias e fungos nas fezes. Existe uma íntima relação entre a permeabilidade da membrana da mucosa intestinal e a flora bacteriana. Portanto, a presença no cólon de fezes putrefativas, gerando placas duras e aderentes à mucosa intestinal, liberam toxinas para o organismo, podendo gerar as diversas patologias citadas anteriormente.

Tratamento
O tratamento da disbiose consiste, primeiramente, na detecção dos possíveis fatores que podem estar causando o problema:

  • a automedicação deve ser revista;
  • o estresse psíquico, se identificado, deve ser tratado;
  • a constipação e/ou a diarreia devem ser controladas;
  • “cuidar bem do intestino” com hidratação abundante,
  • aumentar a quantidade de fibras na alimentação;
  • aumentar o uso de pró-bióticos e pré-bióticos, que são, respectivamente, lactobacilos e fruto-oligossacarídeos (alimentos dos lactobacilos), com o intuito de que a flora bacteriana “do bem” possa combater as bactérias patogênicas e os fungos;
  • o hábito alimentar deve ser revisto, reduzindo o consumo de carnes vermelhas e leite de vaca, retirando ou reduzindo os alimentos processados (açúcares e produtos provenientes da farinha branca), aumentando as porções de frutas, legumes e vegetais.

A correção da disbiose melhora sensivelmente as doenças a ela associadas, com consequente melhora da qualidade de vida dos pacientes.

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