CINQUENTA TONS… – E.L. JAMES

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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As mulheres não querem e não devem ser submissas. Mas estamos falando aqui do que acontece no quarto, a portas fechadas. (E.L. James)

O livro trata de uma relação consensual entre dois adultos. Não me incomoda que apliquem a palavra “porn” a ele, porque ela perdeu todo o sentido de pornografia de fato, no seu cunho abjeto e explorativo. Hoje em dia tudo é “porn”. (E.L. James)

Não quero nem imaginar meus garotos lendo Cinquenta Tons. Nem eles, claro: mãe e sexo são duas ideias que não vão bem juntas. (E.L. James)

Os livros fazem parte de um universo bem complexo em que muitas vezes não sabemos o que leva esse ou aquele a fazer um tremendo sucesso. E por falar nisso, trazendo alguns sucessos mais recentes, quem não se lembra da febre infantojuvenil de Harry Porter, de J.K. Rowling? Ou das conspirações de O Código Da Vinci, de Dan Brown? Ou ainda do romantismo adolescente gótico de Crepúsculo, de Stephenie Meyer? A trilogia erótica Cinquenta Tons (Cinquenta Tons de Cinza, Cinquenta Tons Mais Escuros, Cinquenta Tons de Liberdade), que mescla romantismo com sadomasoquismo, é um desses fenômenos inexplicáveis, pelo menos para quem gosta de uma boa leitura.

E.L. James é uma escritora londrina, filha de mãe chilena e pai escocês, que ainda não chegou aos 50 anos. É casada e possui dois filhos adolescentes. Ela mesma está surpresa com o sucesso que se iniciou como uma brincadeira na internet, inspirada na série Crepúsculo que tem como alvo o público adolescente. Ela explica que começou escrevendo sobre dois personagens que lhe vieram à cabeça, por mero acaso, e foi sendo conduzida pela história deles.

A hoje escritora da trilogia Cinquenta Tons era antes gerente de produção de TV onde, segundo ela, estava se sentindo muito infeliz e, ao ver o primeiro filme da série Crepúsculo, ficou tão encantada que pediu ao marido o livro de presente, e acabou ganhando toda a série. Foi então que começou a escreverpara se consolar da insatisfação no seu trabalho. E o que era apenas uma válvula de escape foi ganhando forma. Mas esses livros ainda não foram publicados. O primeiro trata-se de um romance erótico e o segundo tem como tema elementos sobrenaturais, bem diferentes de Cinquenta Tons.

Segundo E.L. James, ela descobriu na internet sites em que fãs de determinado livro (fan fiction) escrevem contos ou livros tomando o original como inspiração. E foi aí que nasceu a sua vontade de escrever Cinquenta Tons, somente como passatempo. O primeiro livro, Cinquenta Tons de Cinza, foi publicado em forma de “e-book” ou de edição impressa sob encomenda, por uma pequena editora australiana. O sucesso chegou sem que ela se desse conta, sendo hoje disputada pelas editoras gigantescas do mercado.

Cinquenta Tons, escrito de uma forma bem simples e de fácil compreensão, sem nenhuma preocupação para com as convenções literárias, conta a história do jovem milionário Christian Gray que se apaixona pela estudante Anastasia Steele (ou Ana), que ainda é virgem. Mas, ao contrário de Crepúsculo, os protagonistas da trilogia são responsáveis por cenas de sadomasoquismo, descritas nos mínimos detalhes, em que Christian domina Ana sexualmente. A combinação estranha de romantismo e sadomasoquismo deu origem ao novo termo inglês “mommy porn” (pornô para mamães).

Uma das críticas feitas à trilogia reside no fato de que na relação a dois é o macho, Christian, quem submete a fêmea, Ana, à dominação sexual. Mas a escritora rebate que a submissão da personagem só se dá no quarto, a quatro paredes, com Ana experimentando coisas diferentes com seu companheiro. Ela não aceita o rótulo de que esteja contribuindo para um atraso na condição da mulher, como vem sendo dito. Segundo ela, as mulheres ainda não estão preparadas para lidar com o sadomasoquismo, que ainda é um tabu dentro da sociedade. E alude a isso como um dos fatores de sucesso de seus livros.

A escritora reclama de que a imprensa norte-americana e o público veem a trilogia Cinquenta Tons como “escandalosamente pornográfica”, como se o sexo não fosse descrito na ficção romântica americana. Para ela, isso se deve à presença do sadomasoquismo na obra, embora ela se refira ao assunto ligeiramente, bem distante do que acontece na realidade.

Os fãs de Cinquenta Tons de Cinza já podem aguardar o filme que será feito com a supervisão da autora.

Sinopses da trilogia:

Cinquenta tons de cinza
Quando Anastasia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja — mas em seus próprios termos. Chocada e ao mesmo tempo seduzida pelas estranhas preferências de Grey, Ana hesita. Por trás da fachada de sucesso — os negócios multinacionais, a vasta fortuna, a amada família —, Grey é um homem atormentado por demônios do passado e consumido pela necessidade de controle. Quando eles embarcam num apaixonado e sensual caso de amor, Ana não só descobre mais sobre seus próprios desejos, como também sobre os segredos obscuros que Grey tenta manter escondidos.

Cinquenta tons mais escuros
Assustada com os segredos obscuros do belo e atormentado Christian Grey, Ana Steele põe um ponto final em seu relacionamento com o jovem empresário e concentra-se em sua carreira, trabalhando numa editora de livros. Mas o desejo por Grey domina cada pensamento de Ana e, quando ele propõe um novo acordo, ela não consegue resistir. Em pouco tempo, Ana descobre mais sobre o angustiante passado de seu amargurado e dominador parceiro do que jamais imaginou ser possível. Enquanto Christian tenta se livrar de seus demônios interiores, Ana se vê diante da decisão mais importante da sua vida.

Cinquenta Tons de Liberdade
Quando a ingênua Anastasia Steele conheceu o jovem empresário Christian Grey, teve início um sensual caso de amor que mudou a vida dos dois irrevogavelmente. Chocada, intrigada e, por fim, repelida pelas estranhas exigências sexuais de Christian, Ana exige um comprometimento mais profundo. Determinado a não perdê-la, ele concorda. Agora, Ana e Christian têm tudo: amor, paixão, intimidade, riqueza e um mundo de possibilidades a sua frente. Mas Ana sabe que o relacionamento não será fácil, e a vida a dois reserva desafios que nenhum deles seria capaz de imaginar. Ana precisa se ajustar ao mundo de opulência de Grey sem sacrificar sua identidade. E ele precisa aprender a dominar seu impulso controlador e se livrar do que o atormentava no passado. Quando parece que a força dessa união vai vencer qualquer obstáculo, a malícia, o infortúnio e o destino conspiram para transformar os piores medos de Ana em realidade.

Fonte de pesquisa:
Revista Veja/ 9-01-2013
Sinopses da Editora Intrínseca

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4 comentaram em “CINQUENTA TONS… – E.L. JAMES

  1. Patricia

    Ei Lu!

    Acredito que tenha muito mais de cinquenta tons de cinza… rsrsrsr. Foi a melhor explicação do livro que já li.Tenho curiosidade para ler o livro, mas não é o tipo de leitura que me prenderia no momento. Continuarei a ler as criticas e comentários.

    Bjs

    Responder
    1. LuDiasBH

      Devas

      Pois saiba que os tons são a pedida do momento… risos.
      A escritora é inglesa, logo, o cinza é a cor dos dias frios londrinos.

      Abraços,

      Lu

      Responder

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