A África Ocidental enfrenta o maior surto do vírus ebola já registrado desde a descoberta da doença, em 1976. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), trata-se da maior epidemia de febre hemorrágica em termos de pessoas afetadas, número de mortos e extensão geográfica. O surto atual começou na República da Guiné, em março deste ano, e se espalhou para os países vizinhos, Serra Leoa e Libéria. E no Brasil, será possível que o vírus possa chegar até aqui?
Nos países africanos, é tradição lavar o corpo de uma pessoa que falece. E isto aumenta de forma significante a exposição, pois a transmissão se dá pelos fluidos corpóreos. O membro da família, que lavou o corpo, pode também preparar a refeição para a celebração do funeral, piorando a situação ainda mais. Se a pessoa morrer em uma tenda médica, o corpo normalmente será queimado e, logo após, enterrado. Isso traz uma enorme agonia para as famílias, o que faz com que eles escondam a doença das entidades de ajuda médica internacional. Portanto, cultura, tradição e falta de recursos locais têm influência determinante na disseminação da doença.
Para um melhor entendimento do leitor, a transmissão ocorre pelo contato de sangue, secreções e outros fluidos corporais dos doentes, não pelo ar. Inclusive por secreções das roupas da pessoa infectada. Por esse motivo, quem corre mais risco de contaminação são os familiares e os profissionais de saúde. Quando a pessoa é infectada, o vírus pode ficar no organismo de dois a 21 dias, até o início dos sintomas.
A possibilidade da chegada do vírus ebola ao Brasil é considerada baixa pelo Ministério da Saúde. Especialistas brasileiros defendem que um dos motivos é que a gravidade dos sintomas dificulta a locomoção de doentes e o contato com muitas pessoas. Os sinais da doença são perceptíveis e o paciente fica extremamente debilitado, pois a doença começa a se manifestar com febre, fraqueza, dores musculares, de cabeça e de garganta. Em seguida, vêm vômitos, diarreias, feridas na pele, problemas hepáticos e hemorragia interna e externa. É um quadro clínico extremamente visível, o que, teoricamente, impediria uma pessoa de viajar ou, de outra forma, logo seria detectada pelas autoridades médicas do país.
Quando uma pessoa é infectada pelo vírus ebola, em até dez dias ela morre ou o organismo começa a combater o vírus. É como uma gripe. Não tem remédio para matá-lo. É nosso sistema imunológico que reage e mata o vírus. A diferença é que o vírus do ebola é muito mais agressivo que o da gripe. Pacientes graves recebem cuidados intensivos, que incluem reidratação oral e intravenosa. Eles devem ser isolados e receber a visita apenas de profissionais de saúde. Até agora não há nenhuma confirmação do ebola no país. Apenas algumas especulações não confirmadas. Seguindo as informações do MS, nada de pânico! Entretanto, no mundo globalizado em que vivemos, todo cuidado é pouco.
Nota: Imagem copiada de www.topmidianews.com.br
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Lu,
não é o primeiro surto do vírus ebola e não será o último. Como você muito bem escreveu “cultura, tradição e falta de recursos locais têm influência determinante na disseminação da doença….”
Seremos sempre vulneráveis a várias doenças, enquanto a saúde pública for um descaso para as autoridades.
Beijos
Pat
É muito triste saber que o ebola voltou ao continente africano, o mais pobre de todos.
Faz pena ver o sofrimento daquela gente.
Ali, não existe nem mesmo saúde pública, na imensa maioria dos países.
Abraços,
Lu
O avanço desse vírus é assustador.
Matê
Matê
Tem sido preocupante a disseminação do vírus ebola.
Ao ler as notícias, ponho-me a lembrar da peste negra que quase destruiu a humanidade.
Abraços,
Lu
Rui
A ciência ainda precisa dar muitos passos no controle dos vírus.
O vírus ebola parece ter voltado com força total.
Como sempre, as maiores vítimas são os países atrasados.
Vamos torcer para que uma vacina seja descoberta.
Grande abraço,
Lu
É verdade, o vírus ebola está a se alastrar; até já chegou a Portugal, onde há um doente e temos pouca informação sobre como ele se encontra. A situação na África está fora do controle do homem. Espero que não evolua mais e o que os governos responsáveis ponham um travão nisso. Obrigado por me trazeres este tema, que é muito preocupante.
Abraços e que não chegue aí.
Rui Sofia
Estas informações são importantes para nos acalmar e estarmos em alerta!
Muito obrigado!
Luiz
Só podemos nos precaver daquilo sobre o qual temos informação.
As explicações do Dr. Telmo são bem úteis.
Abraços,
Lu