Autoria do Dr. Telmo Diniz
Que obesidade e sedentarismo são fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, todos sabemos. Porém, que a falta de exercício físico pode matar o dobro de pessoas se comparada à obesidade, ainda não. É o que sugere um estudo realizado durante 12 anos, que incluiu centenas de milhares de pessoas em toda a Europa.
O estudo foi conduzido na Universidade de Cambridge, publicado no “American Journal of Clinical Nutrition”, e tenta trazer à tona os perigos da inatividade e da obesidade. Os pesquisadores acompanharam centenas de milhares de europeus por 12 anos e avaliaram os níveis de exercício das pessoas, medidas como peso, altura e a medida da circunferência abdominal. Registraram-se cerca de 670 mil mortes ao ano por inatividade, contra 330 mil por conta de excesso de peso.
Obesidade e sedentarismo, muitas vezes, ocorrem juntos. No entanto, sabe-se que as pessoas mais magras têm um maior risco de problemas de saúde, se forem inativas. E as pessoas obesas, que se exercitam, têm melhores condições de saúde do que pessoas inativas. Em outras palavras: é melhor um gordinho que faz alguma atividade física do que um magrelinho sedentário. Uma citação de Platão, filósofo grego diz que “para o homem se manter sadio não basta se alimentar, mas também praticar algum tipo de movimento”.
Outro dado de grande relevância deste estudo é que uma caminhada de 20 minutos por dia pode ser suficiente para reduzir o risco de morte precoce de um indivíduo. A mensagem é simples: apenas uma pequena quantidade de atividade física por dia pode ter benefícios substanciais para as pessoas que são sedentárias. Hipócrates, pai da medicina, já dizia: “a falta de atividade física destrói a boa condição de qualquer ser humano, enquanto o movimento e o exercício físico metódico salvam-no e preservam-no”.
Os autores do estudo estimam que, fazer o equivalente a apenas 20 minutos de caminhada por dia, queima, em média, 100 kcal (“quilocalorias”). Isto levaria um indivíduo do grupo inativo a moderadamente inativo a reduzir o risco de morte prematura em até 30%. O impacto foi maior entre os indivíduos com peso normal. E, mesmo naqueles com maior IMC, o benefício foi verificado. O autor do estudo afirma que eliminar a inatividade na Europa cortaria as taxas de mortalidade em cerca de 7,5%, mas eliminar a obesidade reduziria a mortalidade em apenas 3,5%.
Apesar de saber dos ganhos que se tem ao frequentar uma academia, muitas pessoas não gostam muito do ambiente. Para ajudar, indico uma lista de exercícios para fazer fora da academia:
• caminhe na esteira;
• troque o elevador pelas escadas;
• faça pequenas pausas no trabalho e caminhe;
• estacione o carro mais longe para caminhar um pouco mais;
• a bicicleta pode ser uma ótima opção para quem aprecia a prática;
• troque a escada rolante pela convencional;
• saia para caminhar com seu cão.
A ideia é se movimentar. Então, mexa-se!
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Eu subo e desço escadas e tá bom! Afff….
Beijo, Lu!
Clara
E faz muito bem, pois quem fica parado enferruja.
Abraços,
Lu
É verdade, sem algum exercício as pessoas têm tendência a piorar. Os conselhos do Dr Telmo são muito fáceis praticar.
Eu faço caminhadas por 2 horas,todos dias. Pois à minha mãe aconselhei que fizesse essa caminhada comigo e com a Sandra, ela aceitou e tem lhe feito muito bem. Eu já fazia essa caminhada com a Sandra, tanto eu como a ela somos magros, mas temos essa necessidade de caminhar e nos sentimos bem. Tenho um parque perto de casa, é onde andamos e, quando está bom tempo vamos para a praia. Aconselho todos a fazer caminhadas e todos os conselhos que o Dr Telmo nos dá. Com isso também vou fazendo amizades, o que também é saudável.
Abraços
Rui Pedro
Rui
O nosso corpo precisa de estar em movimento para que nossos músculos não se atrofiem. Mas tudo deve ser feito na medida certa, sem trazer danos para os mesmos. Os exercícios de alto impacto são muito perigosos, pois danificam as articulações. A caminhada é o melhor de todos os exercícios. E, ao caminhar, como você diz, acabamos travando muitas amizades. É isso mesmo, meu amigo.
Grande abraço,
Lu
o que mata mesmo é o que há no mundo de hoje. As pessoas vão à academia e ficam neuróticas só pensando no bem-estar físico sem se darem conta de quanto emburrecem e pensam estar no topo da sociedade. Mais uma vez a propaganda dos EEUU ganha com aparelhos caríssimos como esteiras, aparelhos para Pilates, aparelhos para musculação,etc. É uma sociedade patética, não conheço pessoas felizes por fazerem ginástica . Todo ser humano tem sua identidade própria, ele pode ser raivoso, preguiçoso, guloso, avarento, invejoso, luxurioso ou soberbo. Isso só veio para ficar por causa da Medicina que ganha de todos os lados.
Tahia
Em primeiro lugar quero agradecer a sua visita ao blog. Seja sempre bem-vinda!
Também concordo plenamente com você quanto ao culto doentio às academias e, em consequência, ao corpo. Eu não as suporto. O excesso de exercícios de alto impacto é extremamente ruim para o nosso corpo. Como prega o Budismo, em tudo deve haver equilíbrio, que se encontra no célebre caminho do meio. Para mim, o ideal é a caminhada, pois tudo que não é usado emperra. O mesmo acontece com os nossos músculos. Eu, quando faço uma hora de caminhada, sinto-me bem mais revigorada e disposta ao trabalho. Mas tudo dentro dos limites, sem nenhuma preocupação com medidas, como fazem os fanáticos.
Um grande abraço,
Lu
LuDias
Com certeza!
Abraços,
Mário Mendonça
Mário
Confesso que recebi meio cética tal pesquisa, pois sempre imaginei que a obesidade estivesse muito à frente da inatividade. O negócio então é botar sebo nas canelas… andar e andar… risos.
Estou nessa, pois tenho pavor de academias.
Abraços,
Lu