Autoria de Lu Dias Carvalho
A composição Vênus Reclinada é uma obra do pintor italiano Giorgione Barbarelli. É tida como uma das mais belas e importantes pinturas do Renascimento, tendo servido de inspiração para vários artistas.
Giorgione inova na pintura, ao mostrar, pela primeira vez na história, uma nova forma de arte: uma figura humana nua, quase em tamanho natural, em primeiro plano, preenchendo quase toda a superfície horizontal da parte inferior da tela. Segundo estudos, inicialmente esta composição trazia um pequeno Cupido, que fora pintado por Ticiano, e a quem se atribui a pintura da cidadela ao fundo.
A deusa é maravilhosamente representada como um elemento da natureza, tão vital como o relvado, uma montanha ou uma árvore. Assim como ilumina a paisagem, uma luz dourada banha seu corpo, destacando a suavidade de suas formas onduladas. A tela é admirada, sobretudo, por sua harmonia. Chama a atenção, em especial, as dobras do manto dourado sobre o qual se encontra Vênus, e a forma como se dá a integração entre figura e natureza.
Segundo o mito, Vênus (Afrodite) filha de Júpiter (Zeus) e de Dione, era a deusa do amor e da beleza. Existe também o mito de que ela tenha nascido da espuma do mar, tendo sido levada por Zéfiro, o deus dos ventos, até a ilha de Chipre. Ali foi tratada pelas Estações que, posteriormente, levaram-na até a assembleia dos deuses, onde a sua beleza encantou a todos. O deus Vulcano ganhou-a, como presente de Júpiter, por ter dado forma aos raios. Tinha como aves preferidas os pombos e os cisnes, sendo-lhe dedicadas a rosa e a murta, como plantas.
Ficha técnica
Ano: c. 1550
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 108 x 175 cm
Localização: Gemäldegalerie Alte Meister, Dresden, Alemanha
Fontes de pesquisa
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
Mitologia/ Thomas Bulfinch
Giorgione/ Abril Cultural
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