Arquivo da categoria: Cinema

Artigos variados sobre cinema e a análise de filmes que se tornaram clássicos.

Filme – A SEPARAÇÃO

Autoria por Lu Dias Carvalho

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O iraniano “A Separação” é um desses filmes excepcionais que só de muito em muito tempo surgem – e põem a nocaute. (Isabela Boscov)

Eu gostaria de agradecer à Academia e a Sony Pictures Classics e a meus queridos amigos Michael Barker e Tom Bernard. Neste momento muitos iranianos em todo o mundo estão nos assistindo e eu imagino que devem estar muito felizes. Meu povo não está feliz só por conta de um importante prêmio, ou filme, ou diretor, mas porque em um momento quando discursos de intimidação de guerra e agressões são trocadas entre políticos em nome de seus países, o Irã é falado aqui através de sua cultura gloriosa, uma cultura rica e antiga que vem sido escondida sob a poeira da política. Eu orgulhosamente ofereço este prêmio para o povo do meu país, o povo que respeita todas as culturas e civilizações e despreza hostilidade e ressentimento. Muito obrigado. (Asghar Farhadi)

A Separação (2011), filme iraniano do cineasta Asghar Farhadi, que ganhou o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, em 2012, depois de ter recebido o Urso de Ouro no Festival de Berlim e o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro é realmente imperdível tanto por seu roteiro excepcional quanto pelo trabalho dos atores e pela direção competentíssima de Asghar Farhadi.

O filme, que é um drama, traz como enredo a história da médica Simin (Leila Hatami) e seu marido, o bancário Nader (Peyman Moadi) que conseguem um visto para sair do país, levando a filha Termeh (Sarina Fahadi) de 11 anos. Eles querem dar melhores oportunidades para a garota que é muito inteligente. Tudo vai muito bem até o momento em que Nader descobre que é impossível partir, deixando seu pai que está com Alzheimer. A única opção que resta ao casal é se divorciar para que a mulher e a filha possam partir. E Simin tem pressa de sair do país com a garota.

A primeira cena do filme mostra o casal num tribunal, diante de uma câmara, que faz a vez do juiz, para resolver o problema do divórcio. Contudo, Nader volta atrás quanto a permitir que a garota parta na companhia da mãe. Sente que não lhe é possível ficar longe da filha, tamanho é o seu amor por ela. Por sua vez, Simin não entende a grandeza desse amor, incapaz de dar à filha tão inteligente e crítica um futuro melhor, mesmo que no estrangeiro.

Assim, o que era apenas uma separação simulada, vai se tornando real, com o casal totalmente dividido quanto ao futuro de Termeh. Outras questões mais delicadas vão sendo trazidas à tona, como se tivessem o intuito de ajudar o espectador a tomar partido na trama: Simin, a mãe, amedronta-se com facilidade, enquanto Nader, o pai, é quem estimula a filha a ser ela mesma. Mas, por outro lado, a postura da mãe não seria um reflexo da cultura de seu país, onde a mulher vive em estado permanente de submissão? E o pai estimulador não o é pelo poder que, como homem, recebe num país islâmico?

Vivendo num clima de grande conflito, Simin acaba se divorciando do marido e vai morar na casa da mãe, deixando sua filha Termeh com o pai. Nader, sem a esposa, precisa contratar alguém para cuidar de seu pai doente. É nessa parte da trama que entra Razieh (Sareh Bayat), a empregada e o pivô dos acontecimentos que virão.

Razieh, extremamente radical em relação ao islamismo que professa, já assume o emprego amedrontada com a possibilidade de que seu marido Hodjata (Shahab Hosseini), que se encontra desempregado, venha a descobrir que ela está trabalhando na casa de um homem praticamente solteiro. Amedronta-lhe também o fato de que possa estar se desvirtuando dos caminhos de sua fé. Ela se encontra numa situação de tanto medo e insegurança que tem dúvidas até quanto a dar banho ou trocar as calças do pai de Nader, tendo que ligar para um líder religioso para obter sua anuência.

Como se já não bastassem os problemas de Nader com sua família, ele acaba se atritando com Razieh, a empregada, ao encontrar o pai sozinho e amarrado à cama. Ele a coloca para fora sem saber que ela está grávida, empurrando-a. Acaba sendo processado como agente responsável pelo aborto de sua empregada. É quando o mundo desaba sobre as duas famílias, que se veem às voltas com um julgamento moral e religioso, em que Somayeh (Kimia Hosseini), filhinha de Razieh que a acompanha ao trabalho e Termeh, ingênuas em relação ao mundo que as rodeia, são as duas únicas testemunhas do fato.

Fontes de pesquisa:
Revista Veja/ 25 de janeiro de 2012
Wikipédia

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Filme – 2001: UMA ODISSEIA NO ESPAÇO

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Transformamo-nos em seres humanos quando aprendemos a pensar. Nosso cérebro nos deu os instrumentos para entender onde vivemos e quem somos. Agora chegou a hora de dar o próximo passo, de saber que vivemos não num planeta, mas entre as estrelas, e de que não somos carne, mas inteligência.(Roger Ebert)

A fascinação que a maioria de nós nutre pela quinta arte, deve-se ao fato de que os filmes abrem janelas para um mundo, muitas vezes desconhecido, oferecendo-nos a oportunidade de conhecer outras culturas, posturas e visões diferentes daquelas que possuímos. Durante o tempo de projeção de um filme, o espectador praticamente abandona o próprio corpo com seus problemas temporais, para se envolver com outras vidas, numa sintonia quase que perfeita. Contudo, os bons filmes apresentam um diferencial: tornam-nos pessoas melhores. É fato que as produções de hoje têm como objetivo um grande retorno financeiro. De modo que todo o trabalho é feito para atrair o maior número possível de pessoas, sem uma preocupação maior com a arte, o que acaba nivelando as obras por baixo.

A avaliação de um filme depende de nossa maturidade, por isso, nem sempre apreendemos o seu conteúdo num determinado tempo. Daí a necessidade de revermos os bons filmes que compõem a história do cinema. Embora não seja nenhuma crítica de cinema, mas meramente uma apaixonada pela arte e uma curiosa no assunto, quero convidar os leitores para fazermos juntos, uma viagem pelo mundo dos grandes clássicos do passado. Farei pesquisas que me ajudarão nesta empreitada e contarei, como sempre, com os ricos comentários dos participantes deste blog.

O nosso trabalho começa com a ficção científica 2001: Uma Odisséia no Espaço, obra-prima do genial diretor Stanley Kubrick, cujo roteiro foi escrito em parceria com Arthur C. Clarke, e filmado em 1968. O filme analisa a evolução do ser humano, desde os primeiros hominídeos capazes de usar instrumentos até a era espacial e para além disso, cobrindo cerca de quatro milhões de anos a.C. até o ano de 2001. Aborda a evolução humana, a influência da tecnologia no seu desenvolvimento e, sobretudo, levanta o perigo da inteligência artificial.

Ainda na pré-história da raça humana, um monólito negro cai na Terra, na savana africana, e dá indícios de que existe uma civilização interferindo no nosso planeta. Quatro milhões de anos se passam, até se chegar a 1999, quando um segundo monólito é descoberto na Lua. Geólogos, em serviço no satélite da Terra, descobrem que o monólito emite alarmantes sinais de ondas curtas para o planeta Júpiter. Embora o filme não deixe claro, tem-se a impressão de que extraterrestres são os responsáveis pelos acontecimentos.

Em 2001, dois anos depois, uma equipe internacional, sob o comando dos astronautas David Bowman e Frank Poole, é enviada ao planeta Júpiter, na nave Discovery, numa primeira missão fora da Terra, com o objetivo de investigar quais são as intenções dos supostos alienígenas. Mas a nave é controlada pelo computador inteligente denominado HAL 9000, que se transforma num importante personagem do filme, quando, no meio da viagem, sofre uma pane, ficando descontrolado. Tenta assumir o controle da nave, eliminando os tripulantes um a um, e se torna o maior vilão do filme. Quase destrói a nave ao tentar matar Bowman, que sobrevive e desliga HAL 9000.

O astronauta David Bowman faz contato com outro monólito na órbita de Júpiter, atravessa com ele um túnel “cheio de estrelas” através do tempo e do espaço, para envelhecer, morrer e renascer numa nova fase da existência, no futuro da Terra.

Em 2001: Uma Odisséia no Espaço, o diretor levanta questões, mas as deixa em aberto, para que o telespectador chegue às suas próprias conclusões. À frente da humanidade são colocadas indagações sobre o futuro e o Universo, bem condizentes com o tempo em que vivemos, quando a interação entre homem e máquinas é cada vez maior. Seria a criatura capaz de destruir o seu criador? É o primeiro filme a levantar a hipótese da inteligência artificial.

Vejamos algumas passagens especiais:

• A chegada da nave à estação espacial é acompanhada com a valsa Danúbio Azul (Johann Strauss). A música lenta mostra, com perfeição, a morosidade que a nave precisa para aterrissar, com manobras cautelosas, sem falar que no espaço, pela falta de gravidade, tudo se passa como em câmara lenta. O espectador sente-se como se estivesse observando o espaço sideral. A grandiosidade da música passa a importância do momento em que uma nave espacial acopla à estação espacial.

• Mais adiante, o diretor utiliza a música Assim Falou Zarathustra (Richard Strauss). A sua importância está associada à primeira tomada de consciência do homem em relação ao Universo, numa visão filosófica sobre sua posição nele.

• A cena com os macacos pré-históricos, ao serem confrontados com o misterioso monólito negro é magistral. Eles apreendem que ossos podem ser utilizados como armas. Descobrem, assim, as primeiras ferramentas.

• O homem é confrontado com o monólito, assim como aconteceu com os macacos e chega à mesma conclusão: Isto é obra de alguém! Assim como o primeiro monólito conduziu à descoberta de ferramentas, o segundo conduz ao uso da mais elaborada ferramenta humana: a nave espacial Discovery, manipulada pelo homem com a ajuda da inteligência artificial do computador de bordo HAL 9000.

• Durante a viagem, tudo transcorre rotineiramente dentro da nave. HAL quebra um pouco a rotina ao jogar xadrez com os tripulantes. Há um momento em que os astronautas mostram-se preocupados com a possibilidade de ter ocorrido uma falha no sistema de HAL, pois ele foi programado para acreditar que não pode permitir que a missão entre em perigo. Os astronautas tentam conversar confidencialmente, sem que o computador tenha conhecimento do assunto. Mas, enquanto falam reservadamente, HAL faz leitura de lábios e se informa de tudo. E “entra” em pânico com medo de ser desligado.

• O filme possui pouquíssimos diálogos e esses têm apenas a intenção de mostrar que as pessoas se interagem, pois a personagem principal é a própria humanidade, passando com sucesso de Homo Sapiens ao que Bowman se transforma. A complexidade técnica da obra deixa o espectador assombrado, principalmente quando se sabe que na época ainda não havia computadores para trabalhar com os efeitos especiais.

• O espectador deve ficar atento para as cenas: a moça que sai, em rotação, de cabeça para baixo por uma das portas da nave; a caneta flutuante; a academia rotacional; o túnel de luz; o osso atirado para o espaço, considerado o mais longo flash-forward do cinema; o banheiro com gravidade zero; a cena em que HAL lê os lábios; o impecável trabalho de mímica; a maquiagem fantástica para a época; o alinhamento do Sol e da Lua diretamente na beirada do monólito; a valsa orbital na estação espacial e o pouso da nave; o habitat circular da tripulação da Discovery, etc.

2001: Uma Odisséia no Espaço foi indicado em quatro categorias para o Oscar: Melhor Diretor, Direção de Arte, Roteiro Original e Efeitos Especiais. Ganhando a última.

• Embora possa parecer contraditório é HAL que mostra os melhores sentimentos, quando apela por sua vida e diz “Daisy”.

• Cada cena do filme é um espetáculo à parte, acompanhada por uma trilha sonora composta por música clássica, cujo duo transporta-nos ao sublime.

• É fato que o filme exige muita atenção para ser entendido. E o nosso trabalho fará com que seja mais facilmente compreendido. A título de história, conta-se que o ator Rock Hudson deixou a sua poltrona antes de terminar o filme, reclamando alto: Alguém pode me dizer do que se trata isso? Ou seja, não entendeu bulhufas.

Apesar dos mais de 40 anos de seu lançamento, 2001: Uma Odisséia no Espaço é tão atual como antes. Continua sendo uma obra de ficção científica atual, que ainda é discutida em qualquer lugar, onde se fala sobre obras primas do cinema. É um filme a frente de seu tempo, pois, na época em que foi feito, o homem ainda não havia pisado na Lua. Fato que se daria um ano após o seu lançamento. A preocupação do diretor foi a de levar as pessoas a refletirem sobre a história da humanidade, desde seus primórdios aos dias de hoje. É um filme que merece ser visto com muita atenção e mais de uma vez.

Segundo o crítico americano de cinema, Roger Ebert, 2001: Uma Odisséia no Espaço nos ensina que:

Fontes de pesquisa:
A Magia do Cinema/ Roger Ebert
Wikipédia
1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer

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Filme – A COR PÚRPURA

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Toda a minha vida eu tive que brigar. (Sofia)

Não sei como lutar. Só o que sei fazer é continuar viva. (Celie)

Deus deve ficar furioso quando alguém passa pela cor púrpura dos campos e nem nota. Deus quer ser amado. Todo mundo quer ser amado. (Shug Avery)

Até então conhecido por seus filmes de ficção, em que encanta crianças, jovens e adultos, o diretor Steven Spielberg deu uma guinada em seu trabalho, ao escolher o comovente e sombrio romance epistolar da escritora Alice Walker (1982), que trata de questões de discriminação racial e sexual, como roteiro do filme A Cor Púrpura (1985). O filme conta o drama de uma comunidade negra e pobre no sul dos Estados Unidos no início do século XX, envolta com o machismo e a severidade do patriarcalismo.

A personagem central do filme é Celie (num trabalho brilhante de Whoopi Goldeberg), uma mocinha triste, tímida e assustada com o seu cotidiano, cuja vida consiste em ser violentada e surrada. Celie é uma personagem grandiosa, cheia de graça e ternura, que resiste às agruras de sua vida e nos diz que, apesar de tudo, é possível ser feliz. Celie é a vitória da esperança.

Ainda adolescente Celie é violentada pelo homem que imaginava que fosse seu pai. Aos 14 anos já tinha dois filhos dele, mas os seus bebês foram arrancados de seus braços e dados para adoção. Ela sabe que não pode mais ter filhos. Depois é forçada a se casar com um fazendeiro impiedoso, a quem trata por Sinhô, um homem que acredita que a melhor maneira de se conviver com uma mulher é debaixo de pancada. Ele a maltrata física e moralmente. Não perde oportunidade de zombar dela, dizendo-lhe que é feia. Apesar da timidez e dos maus tratos sofridos, Celie tem medo de machucar as pessoas.

Nettie é a irmã querida de Celie, o amor maior de sua vida. Ela foge em busca de Celie, deixando para trás o pai que tenta atacá-la, mas não imagina que terá à sua frente um cunhado azedo e cruel – o Sinhô. Ela vai à escola e ensina Celie a ler e escrever. Mas também é perseguida pelo marido da irmã que, posteriormente, expulsa a garota da fazenda por não o ter aceitado e jura que a mulher jamais terá notícias dela. Celie sofre miseravelmente com o afastamento de sua irmã, que parte para a África com um casal missionário. E, coincidentemente, é justamente esse casal que adotou os seus dois filhos.

Harpo é o filho do primeiro casamento do Sinhô. A situação complica, quando ele volta para casa com uma mulher grávida a tiracolo – Sofia (Oprah Winfrey). Ela se rebela contra o tratamento dado pelo sogro às mulheres e exige que Harpo escolha entre ela e o pai, mas ele é um homem fraco e não consegue fazer tal escolha, de modo que tenta agradar a um e outro, até que Sofia deixa-o. Ele tem um cabaré às margens do rio, perto da igreja.

Sinhô, na sua rudeza e revolta, só preza Shug Avery, uma cantora de jazz, o único amor de sua vida. Embora Shug tenha dito ao chegar, que Celie era mesmo feia, ela consegue descobri a sua beleza oculta sobre o medo. Shug Avery é responsável pelo renascer de Celie e de sua vitória sobre o Sinhô. Também luta pelo amor do pai pastor, que fala sobre o amor em seus sermões, mas não perdoa a vida livre da filha cantora.

O filme acompanha Celie durante quatro décadas, numa trajetória de submissão e carências. Ela só encontra alento na leitura, na espera pelas cartas da irmã Nettie que nunca vêm e na força que vê nas mulheres de sua comunidade. Mas durante anos Sinhô escondeu as cartas de Nettie para Celie, até que um dia Shug recebe uma carta e ajuda Celie a descobrir as outras. Celie descobre que a irmã ainda vive e que se encontra ao lado de seus dois filhos.

Sofia é também uma personagem forte no filme. Por desafiar o prefeito branco, que acha que ela não respondeu bem à sua mulher, é encurralada por um grupo de brancos e presa. Ela paga a suposta afronta com um olho cego e anos de cadeia, de onde volta abatida e perturbada. Torna-se empregada da esposa amalucada do referido prefeito e ainda lhe ensina a dirigir.

A Cor Púrpura é um filme que arrebata o espectador, fazendo-o sentir parte da trama, levando-o a torcer pela vitória não só de Celie, mas também de Sofia e Shug. Finalmente Celie encontra o respeito próprio, o amor e a alegria de viver. Por isso, o filme comoveu profundamente o público da época, porque fala diretamente ao coração. É muito mais do que um filme, pois é capaz de tocar no âmago das pessoas.

Cenas imperdíveis:

• O momento em que Celie é instigada a sorrir é o ponto mais importante da história e também o mais belo, em que a condição humana fala mais alto.

• A delicada e quase silenciosa cena em que Shug Avery ensina Celie como a pessoa se sente, quando é beijada com amor.

• A cena em que a esposa do prefeito, que estava tomando aula de direção com Celie, oferece-se para levá-la de carro, a fim de passar o Natal com os filhos.

• A cena em que a mulher do prefeito sente-se amedrontada com um grupo de negros que só queria ajudá-la a manobrar o carro.

• O momento em que Celie fica sabendo que a irmã e os filhos estão vivos.

• O momento em que Sofia reencontra os filhos e os amigos.

• O desabafo de Celie contra o marido, antes de deixá-lo e a participação de Sofia.

Curiosidades:

A Cor Púrpura recebeu 11 indicações ao Oscar: melhor filme, melhor atriz, melhor atriz coadjuvante, melhor direção de arte, melhor fotografia, melhor figurino, melhor maquiagem, melhor trilha sonora, melhor canção original e melhor roteiro adaptado, embora não tenha recebido nenhuma estatueta. Fato que só aconteceu com o filme Momento de Decisão.

• O maior plantio da fazenda do Sinhô parece ser campos floridos de cor púrpura, razão do nome do filme.

• A trilha sonora, assinada por Quincy Jones, é fantástica pelos blues na voz de Shug.

• Celie é considerado o melhor trabalho da atriz Whoopi Goldberg.

• A Cor Púrpura foi a estréia de Oprah Winfrey no cinema.

• A cantora Tina Turner chegou a ser convidada para interpretar a personagem Shug Avery, mas recusou o papel.

• O choro do bebê de Celie, logo no início do filme, é de Max, filho de Spielberg com Amy Irving.

• Steven Spielberg entrou em pânico, antes de iniciar as filmagens, sentindo-se incapaz de dirigir um filme sobre negros, vivendo no sul dos Estados Unidos no início do século XX. Era uma realidade muito diferente da sua. Quincy Jones (empresário e produtor musical que detinha os direitos do livro de Alice Walker) convenceu- o a ir em frente: Você não é de outro planeta e contou a história de um extraterrestre.

• Segundo alguns críticos, o filme passa a impressão de que as mulheres afro-norte-americanas são fortes, corajosas, verdadeiras e acabam vencendo, enquanto os homens da mesma raça são fracos, cruéis ou caricaturas cômicas. Harpo perde-se em meio a tanto drama. O pai de Shug, o pregador, repete truísmos de sua Bíblia, mas não é capaz de perdoar. Sinhô é um monstro e seu pai, o Velho Sinhô, é um homenzinho vil e desagradável que emite comentários egoístas em meio a baforadas de cigarro.

Fontes de Pesquisa
Grandes Filmes / Roger Ebert
1001 Filmes que…
Wikipédia
Cinemateca Veja

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Filme – A MALVADA

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Diálogos inteligentes, personagens extraordinárias, direção perfeita e uma das melhores produções da 20 th Century Fox.

A Malvada (1950), filme do diretor americano Joseph L. Mankiewicz, é tido como um dos filmes mais sagazes e sombrios feitos sobre o mundo do show business. O diretor capta com sensibilidade e crueza o que ocorre nos bastidores, bem distante dos olhos do público. Mankiewicz combina admiravelmente um roteiro cínico e espirituoso, com um elenco altamente afiado, o que deixa a trama totalmente atual.

Bette Davis interpreta Margo Channing, uma famosa e temperamental atriz de teatro, que mostra a vitória da personalidade e da vontade sobre a força superficial da beleza. Segundo os críticos, esse foi o melhor papel da estrela e que, de certa forma, era uma autobiografia. Margo é uma atriz em fase de envelhecimento, 40 anos, consciente de que a indústria do entretenimento sempre opta pela juventude e beleza, em detrimento da qualidade. Por seu magnífico trabalho Davis foi indicada para o Oscar de melhor atriz.

O filme começa focando a entrega do prêmio principal, Sarah Siddons, à jovem atriz Eve Hanrrigton e, aos poucos, vai revelando um salão cheio de convidados do show business. Então entra em cena a narração do cínico e manipulador crítico de teatro, Addison DeWitt, que observa as pessoas e vai enumerando todos os responsáveis pelo sucesso de Eve, incluindo Margo. Enquanto isso, o velho mestre-de-cerimônias, alheio aos acontecimentos, tece loas à grande atriz, ganhadora do prêmio. Mas o que se vê no rosto das pessoas que conviveram com ela é uma história bem diferente.

No momento em que Eve vai receber o prêmio máximo, a imagem congela. A partir daí a sua história começa a ser contada em flashback por Addison. Ele revela como ela conseguiu chegar até ali e conquistar aquele prêmio, desde quando conheceu e foi contratada como secretária de Margo. Antes disso, ela era totalmente desconhecida. O sucesso da nova estrela deu-se apenas em oito meses.

Eve, para se aproximar de Margo, passa por uma fã excitada, com olhos cheios de sinceridade. Diz ter verdadeira adoração pela atriz e não perder uma só de suas apresentações. Conta uma história muito triste sobre sua vida a ponto de fazer Margo se comover e a levar para morar consigo. Ela acredita piamente na história da mocinha a respeito da adoração que tem por ela e na sua falta de sorte. Mas a sua rude camareira, Birdie, logo desconfia da história contada por Eve. Ela percebe a falsa humildade da moça e não embarca na sua história de vida. Eve Harrington, na verdade, é uma garota ambiciosa, manipuladora e fria.

Aos poucos, Eve vai assumindo tudo que diz respeito à existência de Margo, infiltrando em sua vida profissional e sentimental, através de uma série de mentiras. Margo e seus amigos, a princípio, veem tudo como se fosse excesso de devotamento. Engano que fará da vida de todos eles um inferno, pois Eve, depois de se imiscuir no círculo de Margo, transforma-se em sua secretária, depois em sua substituta e, finalmente, em sua rival.

Eve consegue machucar todas as pessoas que a acolheram. Tentou roubar o marido de Karen, escritor de peças de teatro; fracassou na tentativa de roubar o noivo de Margo, mas caiu nas teias do poderoso Addison DeWitt que, como ela, tinha a mesma índole leviana. Enquanto ela tentava roubar os homens das mulheres que a ajudaram, Addison, calmamente, vai atrás de sua história e descobre todas as suas mentiras. Vale-se disse para que ela passe pertencer somente a ele, comendo na sua mão. Ele lhe diz:

Merecemos um ao outro. Está ouvindo?

Curiosidades:

• O crítico Addison DeWitt não apenas introduz o espectador à história de Eve Harrington, mas também funciona como uma espécie de observador onipresente das ações dos demais personagens.

• Marilyn Monroe, ainda uma desconhecida, tem uma rápida aparição no filme, quando se apresenta na festa de Margo como namorada do crítico DeWitt.

• “Srta. Caswell” foi um dos primeiros papéis de destaque de Marilyn Monroe.

• A atriz Zsa Zsa Gabor, que era casada com George Sanders (Addison DeWitt) na época, invadiu o set de filmagens porque ficou com ciúmes da novata Marilyn Monroe.

• Na festa, Margo desiludida com a traição de Eve e deprimida com seu quadragésimo aniversário exagera na bebida. A atuação de Davis é em magistral em tais cenas.

• Bette Davis fuma durante todo o filme e traga compulsivamente. Ela é sempre vista envolta numa nuvem de fumaça.

A Malvada recebeu 14 indicações para o Oscar, feito que só foi igualado 47 anos depois com Titanic.

• Conquistou os seguintes Oscar: melhor filme, melhor roteiro, melhor direção, melhor ator coadjuvante, melhor figurino e melhor som.

• Protagonista e antagonista foram indicadas ao prêmio de melhor atriz.

• Apertem os cintos. Vai ser uma noite turbulenta. – é considerada uma das 10 citações mais famosas do cinema.

• No Brasil, o filme serviu de base para Gilberto Braga criar a telenovela Celebridade.

• Bette Davis foi escolhida em 1999 pelo American Film Institute como a segunda maior estrela de todos os tempos. A primeira foi Katharine Hepburn.

• Algumas musas do cinema, conscientes de sua capacidade para atrair o público e ajudar os estúdios a lucrar, começaram a ser cada vez mais exigentes. Chegavam a influenciar nos mais variados aspectos da produção do filme: desde o figurino ao destino de seus personagens na história. Mantinham roteiristas particulares nos sets de filmagem para reescrever as falas que não fossem de seu agrado. Acabaram sendo conhecidas como “divas”. Com o tempo, o termo passou a designar atrizes arrogantes, difíceis de conviver ou trabalhar, ávidas pela luz dos holofotes. Bette Davis era uma delas.

Fontes de pesquisa:
1001 Filmes que….
Cinemateca Veja
A Magia do Cinema/ Roger Ebert
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Filme – A PRIMEIRA NOITE DE UM HOMEM

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Tínhamos um excelente roteiro, mas sabíamos que sem o ator certo poderíamos morrer na praia. Quando vimos Dustin na tela, pensamos: é ele. (Mike Nichols)

Cresci pensando que um astro de cinema tinha que ser como Rock Hudson ou Tab Hunter. Certamente ninguém, de nenhuma maneira como eu. (Dustin Hoffman)

The Graduate, primeiro romance do escritor Charles Webb, agradou em cheio ao jovem produtor Lawrence Turman, que comprou os direitos autorais do livro. O diretor Mike Nichols aliou-se a ele. Por um período de dois anos, a dupla perambulou de estúdio em estúdio, tentando encontrar algum que aceitasse produzir o filme, mas era sempre rejeitada. Mas, como um caminho sempre acaba levando a outro e nos trazendo respostas inesperadas para aquilo que procuramos, o diretor Mike Nichols foi escolhido pela poderosa Elizabeth Taylor para dirigir o filme Quem Tem Medo de Virgínia Woolf? (1966). E, para sorte de Nichols, a bela de olhos cor de violeta ganhou seu segundo Oscar por sua atuação, trazendo grande prestígio ao diretor. Assim, o projeto de filmar A Primeira Noite de um Homem encontrou um caminho.

Foram entrevistados muitos candidatos para a escolha do jovem e tímido Benjamin. Dentre eles encontravam-se Robert Redford, Steve McQueen, Anthony Perkins, mas foi Dustin Hoffman o escolhido. Fora indicado por um roteirista para fazer o teste, embora ele não se achasse adequado para o papel. Ele mesmo conta que seu teste foi um desastre. Mas não foi isso o que pensaram os responsáveis pelo filme. Embora Benjamin tivesse 21 anos no filme e Hoffman já se encontrasse na casa dos 30, o personagem caiu para ele como uma luva. Ele parece ter menos de 20 anos no filme.

Para fazer a sensual Sra. Robinson, foram levadas em conta atrizes como Geraldine Page, Lana Turner, Susan Hayward, Candice Bergen, Ava Gardner e Doris Day, embora o diretor Mike Nichols afirme que Anne Bancroff foi a única atriz a ser convidada.

A Primeira Noite de Um Homem (1967) tem muito a ver com o cinema de arte europeu. Nele misturam-se comicidade, ousadia sexual e uma trilha sonora bem ao gosto do público jovem. As salas de cinema ficaram lotadas de jovens, já descontentes com os valores vigentes à época. O filme prenunciava a mudança de costumes sociais e sexuais que viriam a marcar a década.

O filme foi um grande sucesso, tornando-se a 18ª bilheteria na história do cinema. Teve sete indicações ao Oscar, incluindo melhor filme e melhor diretor, mas acabou só levando o Oscar de melhor diretor, mas foi consagrado por outras instituições, recebendo vários prêmios. Na listagem da AFI (American Institute) ele se encontra na 17ª posição entre os 100 melhores filmes de todos os tempos. Sendo, inclusive, escolhido para figurar na National Film Registry, da Biblioteca do Congresso americano, por ser “cultural, histórico e esteticamente significante”.

Sinopse

Benjamin Braddock (Dustin Hoffman) volta para casa após a sua primeira formatura na universidade. É filho único e tem apenas 21 anos. Embora seus pais encontrem-se entusiasmados com a conclusão de seu curso e esperem muito dele, o pobre rapaz vê-se totalmente desnorteado quanto a seu futuro. Seu baixo-astral é visível. Ao ser homenageado pelos pais materialistas e superficiais com uma festa, para a qual são convidados os amigos da família, a sua irritabilidade e constrangimento diante dos acontecimentos tornam-se patentes, mas a euforia do casal não lhe permite entender o estado de ânimo do filho.

Depois de dar uma desculpa, o jovem Benjamin exila-se em seu quarto. É quando aparece a Sra. Robinson (Anne Bancroft), aparentando estar perdida. Ela praticamente exige que o rapaz leva-a para sua casa. Tímido, Benjamin tenta escapulir do pedido, mas não encontra alternativa senão atender ao pedido da mulher do sócio de seu pai. Ele tenta deixar a Sra. Robinson na porta de sua casa, mas ela lhe pede para entrar, até que acenda as luzes, alegando ter medo de escuro. Daí para frente, ela passa a seduzi-lo abertamente, deixando-o visivelmente constrangido. Chega a lhe perguntar se aquela seria a sua primeira vez. O jovem é salvo pela chegada do marido da sedutora. Mas Benjamin parece ter ficado com aquela cena na cabeça, ou talvez sua vaidade tenha ficado ferida, pois, dias após o ocorrido, ele telefona para a Sra. Robinson e marca um encontro entre os dois. Daí para frente tem início um relacionamento constante entre eles. Mais tarde, ele deixa bem claro que aqueles encontros clandestinos funcionam apenas como uma escapatória para sua falta de objetivo, suas angústias e medos.

A história entre Benjamin e a Sra. Robinson complica-se quando a filha dela, Elaine, também retorna para sua casa. Os dois jovens acabam se apaixonando, apesar de o rapaz ter prometido à amante que jamais se envolveria com sua filha. É interessante acompanhar a saída de Benjamin da apatia para a ação. Daí para frente as coisas tornam-se cada vez mais difíceis para ele, que precisa reverter situações delicadas e complexas para ficar com Elaine.

Curiosidades:

• Juntamente com Al Pacino e Robert de Niro, Hoffman definiu o estilo que mudaria a história do cinema a partir de 1970.

• Hoffman foi datilógrafo, zelador, garçom e vendedor de brinquedos. Alega que viveu abaixo da linha oficial da pobreza até os 31 anos. O sucesso de A Primeira Noite de Um Homem transformou sua carreira. Recebeu, inclusive, uma indicação ao Oscar. Anos depois ganhou o Oscar por sua participação em Kramer versus Kramer e Rain Man.

• Anne Bancroft recebeu a terceira indicação ao Oscar por sua atuação em A Primeira Noite de Um Homem. Ela quase recusou o papel, pois alguns amigos tentaram convencê-la de que a personagem era perigosa. Ela acabou imortalizada como Mrs. Robinson. Sua personagem foi o ponto alto do filme.

• Katharine Ross (Elaine) foi a professora de Butch Cassidy. Ela é hoje escritora de livros infantis.

• A trilha sonora é de Simon&Garfunkel. Suas músicas pontuam e definem todos os momentos do filme. A primeira música a ser tocada é The Sound of Silence. Outra que fez muito sucesso foi Mrs. Robinson, que se encontra na 6ª posição entre as 100 melhores músicas do cinema.

• Dizem que Doris Day rejeitou o papel de Mrs. Robinson alegando: – Isso ofende os meus valores morais.

• Robert Redford não foi escolhido porque não passava a imagem de um bobinho que nunca houvesse dado bem com uma garota.

• A perna que aparece nos cartazes promocionais do filme não pertence a Anne Bancroft, e sim a uma então desconhecida modelo, Linda Gray.

• Apesar de no filme parecer bem mais velha, na época das filmagens a atriz Anne Bancroft tinha 37 anos, apenas seis a mais que Dustin Hoffman.

• O carro utilizado por Dustin Hoffman, um Alfa Romeo Spider, teve com o sucesso do filme uma série especial nos Estados Unidos chamado de The Graduate (nome do filme em inglês).

• O sucesso do filme transformou a carreira de Dustin Hoffman e abriu as portas para todos os atores étnicos de Nova Iorque.

• Na época em que o filme concorreu ao Oscar, a competição configurava-se como: A Nova Hollywood com Bonnie e Clyde e A Primeira Noite de um Homem contra a Velha Hollywood com No Calor da Noite e Advinhe Quem Vem para Jantar.

• Em 2005, a Warner Bros. Pictures lançou o filme Dizem por aí…, que conta a história de A Primeira Noite de um Homem como se fosse verdadeira, através da personagem Sarah Huttinger (Jennifer Aniston) que acredita que sua família seja os Robinson de Pasadena descritos no livro de Charles Webb e no filme de Mike Nichols.

Cenas Imperdíveis:

• O visível aborrecimento de Benjamin durante a festa com as perguntas e os conselhos sobre seu futuro que lhe dirigem os amigos dos pais.

• As investidas da Sra. Robinson sobre o ingênuo Benjamin. Ela age como uma profissional da arte da sedução, uma voraz predadora. O rapaz acaba cedendo.

• A descoberta feita por Benjamin de que Elaine está se casando, sua luta para encontrá-la antes do casamento e a ansiedade para que ela o veja na Igreja.

A Primeira Noite de um Homem é importante por várias razões. Faz parte da Era de Ouro do Cinema e foi, acima de tudo, um filme corajoso para o seu tempo. Não conseguimos imaginar o quanto foi avançado para a época. Quando estreou, em 1967, a revolução sexual ainda não estava nas ruas, encontrava-se a caminho. Os críticos são unânimes em afirmar que nenhum outro filme sério, até então, ousara mostrar o sexo de forma tão honesta, abordando um triângulo amoroso, em que a mãe alcoólatra é a rival da filha boa moça. Abriu caminhos para que muitas coisas mudassem, de modo que a sociedade com seus padrões sufocantes jamais voltaria a ser a mesma. Também é impossível desvincular do filme a trilha sonora, que foi muito importante para o seu sucesso estrondoso.

Fontes de Pesquisa:
Cinemateca Veja
1001 Filmes para …
Tudo Sobre Cinema/ Sextante
Como a Geração Sexo-Drogas- e …/ Peter Biskind
Wikipédia

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RANKING DOS 50 MELHORES FILMES / EFEITOS ESPECIAIS

Autoria de Moacyr Praxedes

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Quando se trata de definir cinema, as opções ficam entre entretenimento, arte ou indústria. A verdade é que temos filmes que contemplam uma definição específica e outros que englobam as três opções. Prefiro os que são, ao mesmo tempo, arte e entretenimento e tragam dividendos para a indústria, de modo que todos saiam ganhando.

Os filmes de ficção científica vêm dando show no mercado cinematográfico, aliados a efeitos especiais cada vez mais fantásticos, sendo responsáveis pelo alto lucro das indústrias do ramo e pela satisfação do espectador ávido por coisas novas. Está aí Avatar, filme de James Cameron, que fez uso de tecnologias desconhecidas, criadas especialmente para seu filme, que se tornou o maior recordista de bilheteria de todos os tempos, batendo Titanic, também sob sua direção. Segundo JC, Avatar foi o filme mais complicado que já fez no cinema.

Lista dos 50 mais influentes filmes, em efeitos especiais, de todos os tempos. Segundo a Visual Effects Society, a entidade que promoveu a eleição, e seus 1500 membros, o filme Guerra nas Estrelas, de George Lucas, encabeça a lista.

1º –  Star Wars  (1977)
2º –  Blade Runner  (1982)
3º –  2001: Uma Odisséia no Espaço  (1968)
4º –  Matrix (1999)  (Matrix)
5º –  Jurassic Park  (1993)
6º –  Tron  (1982)
7º –  King Kong  (1933)
8º –  Contatos Imediatos do Terceiro Grau  (1977)
9º –  Alien  (1979)
10º –  O Abismo  (1989)
11º –  O Império Contra-Ataca  (1980)
12º –  Metropolis  (1927)
13º –  Uma Viagem à Lua  (1902)
14º –  Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final  (1991)
15º –  O Mágico de Oz  (1939)
16º –  Roger Rabbit  (1988)
17º –  Os Caçadores da Arca Perdida  (1981)
18º –  Titanic  (1997)
19º –  O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel  (2001)
20º –  Jasão e os Argonautas  (1963)
21º –  E. T. o Extraterrestre  (1982)
22º –  Toy Story  (1995)
23º –  Piratas do Caribe: O Baú da Morte  (2006)
24º –  Os Dez Mandamentos  (1956)
25º –  A Guerra dos Mundos  (1953)
26º –  Forrest Gump  (1994)
27º –  Cidadão Kane  (1941)
28º – Voyage of Sinbad O Sétimo  (1958)
29º –  20. 000 Léguas Submarinas  (1954)
30º –  O Exterminador do Futuro  (1984)
31º –  Aliens  (1986)
32º –  Mary Poppins  (1964)
33º –  O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei  (2003)
34º –  Planeta Proibido  (1956)
35º –  Babe  (1995)
36º –  O Dia que a Terra Parou  (1951)
37º –  O Senhor dos Anéis: As Duas Torres  (2002)
38º –  King Kong  (2005)
39º –  Planeta dos Macacos  (1968)
40º –  Viagem Fantástica  (1966)
41º –  Tubarão  (1975)
42º –  Os Caça-Fantasmas  (1984)
43º –  Sin City  (2005)
44º –  Superman: O Filme  (1978)
45º –  Branca de Neve e os Sete Anões  (1937)
46º –  O Mundo Perdido  (1925)
47º –  Retorno de Jedi  (1983)
48º –  What Dreams May Come  (1998)
49º –  Um Lobisomem Americano em Londres  (1981)
50º –  Darby O’Gill e os Little People  (1958)
51º –  O Quinto Elemento

Fontes de pesquisa:
Revista Veja/ 16 de dezembro de 2009
Wikipédia

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