Arquivo da categoria: Estilos da Arte

A Arte possui vários estilos ou tendências, cada um com uma filosofia ou objetivo comum, seguido por um grupo de artistas durante um certo período de tempo. Eles são classificados separadamente pelos historiadores de arte para facilitar o entendimento.

A ARTE DO EXPRESSIONISMO (I)

Autoria de Lu Dias Carvalho

No início do século XX um movimento artístico, cuja maioria dos artistas era alemã, no qual predominavam os valores emocionais sobre os intelectuais, brotou na Alemanha, tendo por objetivo expressar as emoções humanas através de linhas distorcidas e de cores extremamente fortes num veemente contraste com os movimentos anteriores. Trazia como temática a miséria e a solidão, ou seja, externava as angústias e as amarguras do indivíduo enclausurado dentro da sociedade industrializada moderna, dura e tirânica. O dramaturgo e ensaísta austríaco Hermann Bahr acreditava que o Expressionismo era um movimento que atribuía importância principal ao mundo das emoções internas, contrastando com o Impressionismo que se via sob o jugo do mundo exterior da natureza e dos sentidos.

A Alemanha contou com dois grupos de artistas expressionistas. O Die Brücke (A Ponte) era mais ligado aos temas políticos e seus trabalhos eram mais contundentes, sendo formado por um grupo de quatro amigos, estudantes de arquitetura de Dresden, que tinha por líder Ernst Ludwig Kirchner. Dele faziam parte, além de Kirchner, Karl Schmidt-Rottluff, Fritz Bleyl e Erich Heckel (o mais intelectual deles). O nome escolhido dizia respeito à ideia do filósofo alemão Nietzsche, para quem “o homem é a ponte para um mundo melhor”, e também porque Dresden era conhecida por suas pontes. O segundo grupo chamava-se Der Blaue Reiter (Cavaleiro Azul) que era mais direcionado aos temas espirituais, tendo dado origem à escola Bauhaus e ao Abstracionismo. Quanto ao nome, Kandinsky escreveu: “Nós dois gostamos da cor azul: Marc, dos cavalos, e eu, dos cavaleiros. Portanto, foi inventado dessa forma”.

Os artistas expressionistas iniciaram seu movimento dando vida a um estilo inspirado em Vincent van Gogh, Edvard Munch e na antiga arte alemã da época dos artistas Matthias Grünewald e Albrecht Dürer. Através de estudos feitos, eles foram convencidos pelo poder persuasivo do preto e do branco e acabaram por revitalizar a técnica medieval da impressão numa matriz de madeira (xilogravura). Rottluff também pesquisou sobre a arte tribal e as máscaras africanas. Pintavam inicialmente paisagens e nus, mas, quando se mudaram para Berlim, os artistas do grupo de Dresden passaram a pintar o cotidiano de suas ruas. Faziam uso de cores ácidas e brilhantes — usadas umas próximas às outras com o objetivo de criar uma ilusão de limites. Seus contornos muito distorcidos distanciavam fortemente da arte do Naturalismo.

A mudança de Dresden para Berlim levou os artistas a focarem em novos temas. Começaram a buscar especialmente os aspectos mais sofridos da vida urbana: o mundo dos artistas de cabarés, das prostitutas e dos bêbados. Desse grupo apenas Kirchner tinha treinamento formal em arte, o que não foi um empecilho, pois seus membros estavam convencidos de que a “nova arte” a que dariam vida não poderia ser aprendida de forma alguma, pois era necessário que primeiro fosse inventada.  Emil Nolde juntou-se ao grupo entre 1906 e 1907, aprendendo com ele a arte da xilogravura e ensinando-lhe a arte de gravar com água-forte.  Já Max Pechstein — reconhecido por seus retratos decorativos e naturalistas no estilo Pós-impressionista — juntou-se ao grupo em 1906. O fato é que os expressionistas deixaram de lado a sociedade convencional e repeliram a imitação cuidadosa da natureza. Esse grupo tão aguerrido dissolveu-se em 1913.

O grupo dos Der Blaue Reiter apareceu em Munique alguns anos depois. Dele faziam parte Wassily Kandinsky, Franz Marc e Alexei von Jawlensky. O nome do almanaque lançado por eles deu nome ao grupo. Certos de que a criatividade não se encontrava na arte acadêmica, esses artistas imprimiram imagens de antigos objetos manufaturados egípcios, desenhos infantis e apresentaram uma sequência de novidades artísticas. Eles queriam devolver à sociedade o estado de harmonia que ela perdera no processo de modernização. Wassily Kandinsky — pintor e advogado russo morando em Munique — concluiu que a melhor maneira de aprender sobre arte era ensinando-a, o que realmente fez, vindo a tornar-se cofundador do grupo que se dissolveu com o início da Primeira Guerra Mundial.

Os dois grupos — Die Brücke e Der Blaue Reiter — cultivaram muitas influências e objetivos em comum, embora se possa dizer que os artistas do Die Brücke fossem mais nietzscheanos em sua filosofia, mais naturalistas na busca do tema e mais compenetrados com a parte prática, enquanto os do Der Blaue Reiter, filosoficamente falando, encontravam-se mais perto de Schopenhauer e eram mais ligados à teoria do que à prática, resvalando-se para a abstração. Ambos os grupos desejavam se distanciar da sociedade urbana, tanto é que alguns dos artistas expressionistas foram viver em comunidades rurais, onde criaram um grande entusiasmo pelas sociedades “primitivas”, o que os levou ao trabalho do artista francês Paul Gauguin que viveu na Bretanha e nas Ilhas do Pacífico, tendo deixado de lado o uso de cores realistas, criando cenas quase sempre imaginárias, com formas simples e planas que mais tarde vieram a caracterizar a pintura expressionista.

Nota: a composição que ilustra este texto, intitulada Dois Homens à Mesa, obra de Erich Heckel, criada em 1911, é um óleo sobre tela da fase expressionista. Foi inspirada no romance “O Idiota”, do russo Dostoiévski. O artista faz uso de desenhos angulares e cores sombrias para compor uma cena amedrontadora.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
A ARTE DO EXPRESSIONISMO (II)
Anita Malfatti – ESTUDANTE RUSSA
Franz Marc – O DESTINO DOS ANIMAIS
Kandinsky – IMPROVISAÇÃO III
Kirchner – DUAS MULHERES NA RUA
Munch – O GRITO
Portinari – RETIRANTES
Segall – NAVIOS DE EMIGRANTES
Teste – A ARTE DO EXPRESSIONISMO

Fontes de pesquisa
Tudo sobre arte/ Editora Sextante
Manual compacto de arte/ Editora Rideel
A história da arte/ E. H. Gombrich
História da arte/ Folio
Arte/ Publifolha

Views: 10

A ARTE DO EXPRESSIONISMO (II)

Autoria de Lu Dias Carvalho

Os artistas expressionistas punham grande ênfase na forte reação psicológica e emocional de seus temas e não no tema em si. O que almejavam era atingir o observador através de seu lado emocional. O que mais retratavam eram paisagens, a vida cotidiana, o nu feminino e a vida das ruas de Berlim. Como as obras refletiam a visão interior de cada artista, o movimento jamais poderia ser homogêneo, pois cada artista possuía uma visão de mundo. O escritor e crítico alemão Paul Fechter considerava que havia dois tipos de Expressionismo: um “intensivo” — inspirado na experiência interior, sendo Kandinsky seu principal representante — e outro “extensivo” que procedia de uma relação enriquecida com o mundo exterior, tendo em Max Pechstein seu maior representante.

No que diz respeito ao Expressionismo, o alemão Kurt Pinthus — escritor e crítico — dizia que “na arte, o processo de criação deve ir do interior para o exterior, não do exterior para o interior, pois o importante é retratar a realidade interior mediante os recursos do espírito”. Dentre as características da arte expressionista estão presentes, como elementos essenciais, a distorção linear, a reavaliação do conceito de beleza artística, a simplificação radical de detalhes e o uso de cores intensas. Os artistas expressionistas eram de acordo que, se havia a presença do mal no mundo, ele não poderia ser ignorado, mas, sim, deveria ser retratado.

Os primeiros trabalhos artísticos dos expressionistas foram em geral influenciados por Van Gogh, Edvard Munch e pelos pós-impressionistas, contudo, nos anos de 1905 a 1908 eles acabaram por encontrar um estilo expressionista próprio, quando passaram a pintar, fazendo uso de cores brilhantes e vivas, usando empastamento grossos com pinceladas rápidas e explosivas, criando um efeito tremido. Mesmo trabalhando quase sempre ao ar livre, os expressionistas faziam uso de uma perspectiva limitada e, aos poucos, foram abrindo mão de imitar a natureza.

Os nazistas, ao chegarem ao poder em 1933, coibiram o Expressionismo, assim como outras artes de vanguarda que, para eles, eram vistas como “degeneradas”. Vários artistas europeus exilaram-se nos EUA, permitindo que, a partir dos meados de 1930, o Expressionismo influenciasse inúmeros jovens artistas naquele país. Contudo, essa guerra levou consigo muitas vidas expressionistas, pois muitos desses artistas tiveram que ir para o front. Dentre os mortos podem ser citados os nomes de August Macke (morto em 1914) e Franz Marc (morto em 1916), autor da ilustração acima, intitulada “O Destino dos Animais”.

O Expressionismo alemão atingiu o seu ápice com o Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul), mesmo o grupo tendo se desintegrado com o início da Primeira Guerra Mundial. Mesmo assim, a arte expressionista espalhou-se por toda a Alemanha após o final do conflito. No início dos anos 1920, o Expressionismo, ou o que sobrevivera dele, já se encontrava muito mudado. Muitos artistas passaram a tomar um novo rumo. Uma famosa frase do compositor austríaco Arnold Schoenberg que veio a tornar-se um dos slogans do Expressionismo diz que “A arte surge por necessidade, não por habilidade”.

Não se pode esquecer também o nome de outros artistas expressionistas que trabalharam independentemente, não se unindo a nenhum grupo. Em Viena pode ser citado o jovem Egon Schielle que chocou os burgueses com o erotismo carregado de seus trabalhos, sendo inclusive preso sob a pecha de “divulgar desenhos indecentes”. Os trabalhos do austríaco Oskar Kokoschka, outro artista independente, também desagradaram os críticos, por acharem que ele era um “superfovista”.

O Expressionismo influenciou várias artistas no Brasil, contribuindo para estimular o Movimento Modernista. À época houve um grande interesse em expor as realidades social, cultural e espiritual do povo brasileiro. A segunda exposição da artista Anita Malfatti já apresentava traços expressionistas. Lasar Segall — pintor e escultor de origem lituana — tem como destaque sua obra “Navio de Imigrantes”. Candido Portinari criou quase cinco mil obras abordando questões sociais (ver as obras desses artistas presentes aqui neste site).

Nota: a composição que ilustra este texto, intitulada Cavalo na Paisagem, obra de Franz Marc, criada em 1910, é um óleo sobre tela da fase expressionista. É tida como uma das obras mais maduras do artista, na qual são vistas duas de suas principais características: animais como tema e o uso não convencional de cores primárias brilhantes.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
A ARTE DO EXPRESSIONISMO (I)
Anita Malfatti – ESTUDANTE RUSSA
Franz Marc – O DESTINO DOS ANIMAIS
Kandinsky – IMPROVISAÇÃO III
Kirchner – DUAS MULHERES NA RUA
Munch – O GRITO
Portinari – RETIRANTES
Segall – NAVIOS DE EMIGRANTES
Teste – A ARTE DO EXPRESSIONISMO

Fontes de pesquisa
Tudo sobre arte/ Editora Sextante
Manual compacto de arte/ Editora Rideel
A história da arte/ E. H. Gombrich
História da arte/ Folio
Arte/ Publifolha

Views: 58

Franz Marc – O DESTINO DOS ANIMAIS

Autoria de Lu Dias Carvalho

Existe coisa mais misteriosa para um artista do que a ideia de como a natureza se espelha nos olhos dos animais? Como será que um cavalo, uma águia, uma corça, um cachorro veem o mundo? (Franz Marc)

 O pintor expressionista alemão Franz Marc (1880–1916) estudou teologia e filosofia, ingressando no mundo da arte em 1900, dedicando-se à pintura de paisagens tradicionais. Tornou-se conhecido por usar animais como tema e pelo uso incomum que fazia das cores primárias brilhantes. Justificava a sua predileção pelos temas animais, dizendo que a beleza e a espiritualidade desses lhe pareciam superiores às humanas. 

Franz Marc foi apaixonado pela obra de Van Gogh e pelo trabalho dos impressionistas. Fez amizade com o pintor August Macke, quando passou a simplificar seu estilo e a usar a cor de um modo não naturalista. Conferia significado às cores que usava. Fez parte do grupo simbolista Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul). Influenciado pelo Futurismo de Robert Dalaunay, assumiu o estilo abstrato nos últimos anos de sua vida.

A composição intitulada O Destino dos Animais é uma obra do artista, na qual ele apresenta os cavalos verdes. Uma égua está chorando, ao ver sua cria correndo aterrorizada em direção a uma árvore de tons sanguíneos caída, o que para ele era o símbolo do domínio material e da ruína. A égua e sua cria são verdes e adentram no quadro da esquerda para a direita.

Um desacompanhado cervo azul, com a parte inferior amarelada, ocupa a parte central da composição. Segundo a simbologia do artista, ele representa a gentileza. Suas cores dizem respeito a determinados atributos psicológicos:

  • azul – masculinidade, austeridade e intelecto;
  • amarelo – feminilidade e alegria;
  • vermelho – materialidade e dominação.

O cervo curva a cabeça ao receber o golpe que o abate, representado por um fino raio de luz alaranjada que vem em diagonal, da direita para a esquerda e atravessa a composição. A árvore tombada também atravessa em diagonal a composição, em sentido contrário ao do raio.

Ficha técnica
Ano: 1913
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 1,96 m x 2,66 m
Localização: Kunstmuseum, Basileia, Suíça

Fonte de pesquisa
Tudo sobre arte/ Editora Sextante

Views: 10

Kandinsky – IMPROVISAÇÃO III

Autoria de Lu Dias Carvalho

A composição intitulada Improvisação III é uma obra expressionista do artista russo Wassily Kandinsky em que ele mostra grande liberdade no uso de cores intensas, contornos arrojados e sombras fortes. Suas inflamadas e amplas pinceladas diagonais, feitas de cores vivas, refletem a influência adquirida do Fauvismo. O cavaleiro em seu cavalo azul, sob a forma de São Jorge que derrotou o dragão, remete a uma figura de adoração nos ícones da Igreja Ortodoxa russa que teria influenciado o artista em sua infância.

As áreas de cor recebem contornos escuros, dando à pintura uma firmeza especial. É possível notar que à medida que o artista encaminha-se para a abstração, vai modificando a maneira de empregar o contorno, transformando-o num modo de desenhar formas abstratas dentro de uma área de cor.

As duas figuras verdes que se mostram conversando, à esquerda, continuam sendo um segredo do artista, mas elas, com certeza, dizem respeito a algumas particularidades do mundo dos homens, pois é comum encontrar em muitas das “Improvisações” de Kandinsky a separação entre o lado esquerdo e o direito da pintura, sendo que o primeiro remete ao mundo material e o segundo ao mundo espiritual.

Kandinsky em várias obras relativas à série “Improvisações” deixa o tema em segundo plano, a fim de que a cor alcance o ápice de seu potencial expressivo. Nesta obra ele apresenta um cavalo e um cavaleiro (figuras comuns à sua obra), sendo que o cavaleiro azul transforma-se num símbolo da procura do artista pelo renovamento espiritual, quer diga respeito à arte, quer diga respeito à sociedade.

Entre os anos de 1009 e 1914 Kandinsky criou 35 “Improvisações” numeradas e mais outras tantas que não receberam numeração. Para muitas delas ele criou desenhos e variações preparatórios. Assim, ele as definiu: “Especialmente inconscientes, na maior parte despertando, de repente, expressões de eventos de um caráter interior e, portanto, impressões da natureza interna”.

Para o pintor todas as cores traziam um significado espiritual, pois, a cor, assim como os sons da música, explicava ele, é o acesso para a alma. O vermelho, por exemplo, de acordo com a sua nuança, poderia remeter a uma chama ou a pensamentos de uma flauta e, quando escuro, aludia ao de um violoncelo.

Ficha técnica
Ano: 1909
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 94 cm x 130 cm
Localização: Museu Nacional de Arte Moderna, Centro Pompidou, Paris, França

Fonte de pesquisa
Tudo sobre arte/ Editora Sextante

Views: 0

Teste – A ARTE DO EXPRESSIONISMO

(Faça o curso gratuito de História da Arte, acessando: ÍNDICE – HISTÓRIA DA ARTE)

No início do século XX um movimento artístico de caráter germânico, no qual predominavam os valores emocionais sobre os intelectuais, brotou na Alemanha, tendo por objetivo expressar as emoções humanas através de linhas distorcidas e de cores extremamente fortes, num veemente contraste com os movimentos anteriores. Trazia como temática a miséria e a solidão, ou seja, externava as angústias e as amarguras do indivíduo isolado dentro da sociedade industrializada moderna, dura e tirânica. O dramaturgo e ensaísta austríaco Hermann Bahr acreditava que o Expressionismo era um movimento que atribuía importância principal ao mundo das emoções internas, contrastando com o Impressionismo que se via sob o jugo do mundo exterior da natureza e dos sentidos.

  1. O Expressionismo surgiu no início do século XX, tendo como berço a…

    1. França.
    2. Inglaterra.
    3. Espanha.
    4. Alemanha.

  2. Este movimento artístico que se preocupou em expressar as emoções humanas, traduzindo-as em linhas distorcidas e cores muito fortes, buscava retratar…

    1. a natureza e o belo.
    2. a miséria e a solidão.
    3. As três fases da vida.
    4. as alegrias do dia a dia.

  3. O dramaturgo e ensaísta austríaco Hermann Bahr acreditava que o Expressionismo era um movimento que atribuía importância principal…

    1. ao mundo das emoções internas.
    2. ao mundo exterior da natureza e dos sentidos.
    3. à vida nas grandes cidades europeias.
    4. às maravilhas oferecidas pela tecnologia.

  4. Os artistas expressionistas punham grande ênfase na forte reação psicológica e emocional de seus temas e não no tema em si. Queriam atingir o observador…

    1. pelo lado do conhecimento
    2. através da racionalidade
    3. pelo lado emocional.
    4. através de sua vivência.

  5. Na Alemanha surgiram dois grupos de artistas expressionistas. O Die Brücke (A ponte) era mais ligado a temas políticos, apresentando trabalhos mais agressivos, enquanto o Blaue Reiter (Cavaleiro Azul) era voltado para temas mais…

    1. econômicos.
    2. espirituais.
    3. itológicos.
    4. históricos.

  6. O pintor e advogado russo ——————– concluiu que a melhor maneira de aprender sobre arte era ensinando-a, o que realmente fez, vindo a tornar-se cofundador do grupo “Cavaleiro Azul”.

    1. Wassily Kandinsky.
    2. Franz Marc.
    3. Erich Heckel.
    4. Ernst Ludwig Kirchner.

  7. Dentre as características da arte expressionista estão presentes, como elementos essenciais…

    1. a distorção linear e cores intensas.
    2. a reavaliação do conceito de beleza.
    3. a simplificação radical de detalhes.
    4. Todas as respostas são verdadeiras.

  8. Os artistas expressionistas eram de acordo que, se havia a presença do mal no mundo, esse …

    1. não poderia ser ignorado.
    2. jamais deveria ser exposto.
    3. deveria ser retratado ao lado do bem.
    4. deveria ser transformado pelos artistas.

  9. Alguns artistas expressionistas trabalharam independentemente, ou seja, não se uniram a nenhum grupo, como:

    1. Wassily Kandinsky e Egon Schielle.
    2. Egon Schielle e Oskar Kokoschka.
    3. Franz Marc e Erich Heckel.
    4. Oskar Kokoschka e Franz Marc.

  10. No Brasil o Expressionismo influenciou artistas e impulsionou o movimento modernista. A professora, gravadora, desenhista e pintora ___________ foi a responsável por introduzi-lo no Brasil:

    1. Yara Tupinambá
    2. Tarsila do Amaral
    3. Anita Malfatti
    4. Camille Claudel.

Nota: a composição que ilustra este texto, intitulada Menino e Menina Nus na Praia, obra de Ernst Ludwig Kirchner, criada em 1913, é um óleo sobre tela, típico da fase expressionista. As duas figuras em formas alongadas e exageradas, com rostos semelhantes a máscaras, aventam ao mesmo tempo, drama e espiritualidade, ao representar uma juventude, num cenário bucólico, que não carrega o senso de vergonha.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
A ARTE DO EXPRESSIONISMO (I)
A ARTE DO EXPRESSIONISMO (II)
Anita Malfatti – ESTUDANTE RUSSA
Franz Marc – O DESTINO DOS ANIMAIS
Kandinsky – IMPROVISAÇÃO III
Kirchner – DUAS MULHERES NA RUA
Munch – O GRITO
Portinari – RETIRANTES
Segall – NAVIOS DE EMIGRANTES

Gabarito
1d / 2b / 3a / 4c / 5b / 6a / 7d / 8a / 9b / 10c

Views: 14

A ARTE DO FAUVISMO

Autoria de Lu Dias Carvalho

O início do século XX primou por transformações sociais e tecnológicas, período em que aconteceram invenções como a do rádio, do automóvel e a acessibilidade da eletricidade a um número maior de pessoas. Foi nessa época que surgiu o Fauvismo (ou Fovismo), movimento contemporâneo do Expressionismo. O Fauvismo surgiu em Paris em 1905, por ocasião de uma exposição coletiva no Salão de Outono. O grupo de fauvistas ali presente tinha por objetivo uma revisão crítica da arte. Foi o primeiro e um dos mais passageiros movimentos de vanguarda da arte moderna, surgidos no século XX, tendo como ápice os anos entre 1905 e 1907.

Naquela exposição estavam presentes pinturas de artistas jovens que chamavam a atenção pelo uso de cores vivas e pela simplificação exagerada das formas. A esse pequeno e despretensioso grupo — formado por Henri Matisse, André Derain, Henri Manguin, Albert Marquet, Georges Rouault e Maurice de Vlaminck — interessava apenas encontrar um jeito mais dinâmico de representar a natureza.  Foi nessa ocasião que o crítico francês Louis Vauxcelles, ali presente, chamou-os de “Les Fauves” (As Feras/Animais Selvagens), ao censurá-los por suas pinceladas fortes, falta de nuance e o uso agressivo e não naturalista das cores.

O grupo de fauvistas era liderado, não oficialmente, pelo pintor francês Henri Matisse, cuja proposta era a libertação da cor de seu papel descritivo tradicional, distorcendo intencionalmente o espaço pictórico. Dentre as características do Fauvismo estavam: cores puras e brilhantes, perspectiva aplainada e detalhes simplificados. Apesar da impressão de selvageria que os fauvistas repassavam através de sua obra, não tardaram a interessar mais por uma estrutura sólida e permanente do que pela fugacidade do movimento que acabou abrindo espaço para outros estilos artísticos, como o Cubismo e Expressionismo.

As pinturas fauvistas caracterizavam-se por experimentos feitos com cores e com o espaço pictórico. Os artistas desse movimento inspiraram-se em Vincent van Gogh, Paul Gauguin, Paul Cézanne (pós-impressionistas) e em Georges Seurat e Paul Signac (neoimpressionistas). Ao ignorar antigas regras de pintura, Matisse comparou a experiência de pintar “como crianças diante da natureza”.

Aos artistas fauvistas interessava seguir o instinto, fazendo uso de linhas e cores, sem se preocupar com o resultado — à maneira dos povos primitivos e das crianças. Eles não estavam ligados a uma sociedade ou associação. Os anos de 1906 e 1907 marcaram o auge do Fauvismo. A evolução dos artistas fauvistas levou-os a trocar os pontos semirregulares e a mistura de cores que usavam por pinceladas audaciosas espontâneas e manchas de cores puras.

Henri Matisse e André Derain faziam uso das cores com a finalidade de, através da imaginação, criar harmonia e desarmonia, sem jamais usá-las como imitação da natureza. Ao invés de criar uma ilusão realista do espaço, eles optaram por dar destaque à superfície plana da tela. Assim pintavam retratos e paisagens. Já artistas como Georges Rouault, Alberte Marquet, Raoul Dufy, Kees van Dongen e, por algum tempo, Georges Braque, também participaram de exposições como fauvistas, mas não seguiam nenhuma doutrina em comum. O Fauvismo, apesar de ser uma influência, era visto apenas como uma fase, tanto é que Braque veio a desenvolver um estilo clubista, sendo ele, ao lado de Pablo Picasso, um de seus fundadores.

A tela que ilustra este texto, intitulada Ponte sobre Riou, é uma obra do fauvista de André Derain. Apresenta uma composição complexa que mostra o espaço achatado e comprimido. O artista fez uso de uma paleta de cores não naturais, como se vê no tronco da árvore à direita, pintado com tons de rosa e azul.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
Matisse – A DANÇA
Matisse – A TRISTEZA DO REI
Teste – A ARTE DO FAUVISMO

Fontes de pesquisa
Tudo sobre arte/ Editora Sextante
Manual compacto de arte/ Editora Rideel
A história da arte/ E. H. Gombrich
História da arte/ Folio
Arte/ Publifolha

Views: 49