Arquivo da categoria: História da Humanidade

Esta categoria tem por objetivo mostrar aspectos e costumes sociais da vida humana em tempos idos.

OS JOVENS E O SEXO NO IMP. ROMANO

Autoria de Lu Dias Carvalho

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No Império Romano, ao completar 14 anos de idade, o adolescente, que pertencesse a uma família rica, passava a usar roupas de adulto e ficava liberado para agir como qualquer outro jovem, época em que começava a ter vida sexual ativa com as escravas e a frequentar o bairro romano de prostituição. A medicina da época, também se punha a favor da sexualidade masculina, pois certos médicos diziam que a epilepsia curava-se logo que as meninas tivessem a primeira menstruação e os meninos fizessem amor pela primeira vez. Esse paradoxo apenas reafirmava a virgindade das mocinhas e a iniciação sexual precoce dos mocinhos, podendo esses viverem os prazeres do sexo com prostitutas e amantes, até se casarem, mas vedando às garotas comportamento semelhante. Os jovens também se ajuntavam em grupos que promoviam arruaças, agredindo burgueses e destruindo propriedades públicas, e faziam parte da torcida dos gladiadores. Escudavam-se no nome da família e na sua posição social.

No decorrer do século II de nossa era, uma nova moral foi se fazendo presente. Segundo pesquisas, a medicina mudou o seu modo de encarar a sexualidade: a virgindade, tanto para homens e mulheres, deveria durar até o casamento, e aos pais cabia vigiar filhas e filhos para que permanecessem virgens até suas núpcias. Os médicos de então alegavam que, assim como o álcool, o sexo era prazeroso, porém fazia mal à saúde, sendo necessário diminuir seu uso, ou, prudentemente, eliminá-lo por completo, até o casamento. Tal conselho não estava ligado a nenhuma forma de moral ou puritanismo, como podem pensar alguns, mas tão somente à higiene e à saúde, conforme eles acreditavam. Achavam que, ao se guardarem puros, as forças da juventude permaneceriam fortes até que homens e mulheres contraíssem núpcias. Segundo contam, o próprio imperador Marco Aurélio regozijava-se dizendo “haver salvaguardado a flor de sua juventude, por não ter feito cedo demais ato de virilidade e, até mesmo, passado do tempo.”.

Fontes de pesquisa:
História da Vida Privada I / Comp. das Letras
Nossa Herança Ocidental/ Will Durant/ Editora Record/ 4ª edição

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EDUCAÇÃO DE MENINOS E MENINAS NO IMP. ROMANO

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Na época do Império Romano, somente as famílias muito ricas ofereciam a seus filhos uma educação de qualidade, contratando preceptores, embora nas cidades e nos burgos houvesse professores encarregados de ensinar os rudimentos da escrita. A escola era vista como uma instituição, cujas aulas aconteciam no período da manhã, obedecendo a um calendário religioso, responsável pela marcação das férias escolares.

Grande parte das crianças romanas, tanto meninos quanto meninas, frequentavam a escola, em salas mistas, antes de chegarem aos 12 anos de idade e, ao que parece, sem separação de classes sociais. Mas assim que completavam 12 anos, tudo mudava para elas. Somente os garotos que faziam parte de famílias ricas continuavam estudando, sob a tutela de um gramático ou professor de literatura. A eles cabia estudar os clássicos e a mitologia, que à época era tida como verdadeira.

As garotas, mesmo as de família abastadas, eram proibidas de continuar estudando. Com raras exceções, algumas tinham um preceptor em casa, que lhes ensinava os clássicos. Até porque aos 12 anos, a garota já era considerada em idade casadoura, estando algumas delas prometidas em casamento e, aos 14 anos já era considerada adulta. Quando  atingia a idade núbil, se fosse filha de família rica, ficava encerrada em casa, fazendo alguns trabalhos, inclusive o de fiar, demonstrando que era recatada e honesta. Ao marido caberia a sua educação, escolhendo ele próprio o que ela deveria estudar. A mãe do filósofo Sêneca, por exemplo, não teve, por parte do marido, permissão para estudar filosofia, sob a alegação de que tal matéria era um caminho para a licenciosidade.

A educação dada aos meninos, pelas famílias abastadas, não tinha objetivo outro senão instruí-los nas belas-letras (gramática, eloquência,  poesia,  literatura, etc.), adornando-lhes o espírito. Não havia nenhuma preocupação com a formação ou com a adequação social. Não estudavam matérias formadoras ou utilitárias, mas as citadas acima, com ênfase para a retórica. Contudo, a educação ensinada nas regiões gregas do Império Romano diferenciava em vários pontos, a começar pelo fato de que a escola romana era isolada da rua, nada tinha a ver com a atividade política ou religiosa, enquanto a grega fazia parte da vida pública, dando grande destaque ao esporte. O ensino durava até os 16 anos, vindo depois um ou dois anos de efebia (preparação dos adolescentes para receber o título de cidadão).

O ensino grego era superior ao romano, pois os alunos de bom nascimento só eram considerados cultos se falassem o grego e conhecessem sua literatura, ao passo que os estudantes gregos não aprendiam o latim (língua romana) e tampouco estudavam seus literatos. Somente no final da Antiguidade é que os gregos passaram a aprender latim, interessados em servir como juristas ao Império Romano.

Leia também o  texto anterior desta série: A INFÂNCIA NO IMPÉRIO ROMANO

Fontes de pesquisa:
História da Vida Privada I / Comp. das Letras
Nossa Herança Ocidental/ Will Durant/ Editora Record/ 4ª edição

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A INFÂNCIA NO IMPÉRIO ROMANO

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Nos seus primórdios, as mulheres romanas e gregas amamentavam os próprios filhos, depois veio uma época em que as de famílias aristocráticas e abastadas confiavam-nos  a uma “nutriz”, que não apenas os alimentava como os criava até a puberdade, juntamente com o “nutridor” (espécie de pedagogo). As crianças ficavam o tempo todo com eles, juntando-se aos pais e convidados somente durante o jantar, carregado de cerimonial. À nutriz e ao nutridor era permitido bater nas crianças. A primeira deveria ser grega, pois as crianças necessitavam aprender, ainda no berço, a língua da cultura, e ao segundo era atribuído o encargo de ensiná-las a ler. Quando se tratava de uma família aristocrática ou rica, a nova família morava no campo, sob a direção de uma parenta mais velha e rigorosa. Ela era responsável por todas as crianças sob sua custódia, cabendo-lhe fiscalizar seus estudos, deveres e distrações.

A segunda família, ao final, juntamente com o irmão de leite, acabava tendo muita influência na vida de seus educandos. Os laços eram tão fortes que, ao se casar, tanto a mãe biológica quanto a nutriz acompanhavam a garota na noite de núpcias, a fim de aconselhar seu esposo. Essa nova família também se envolvia na vida das crianças, quando adultas, e com elas tramava. Nero, por exemplo, ao assassinar sua mãe Agripa, contou com a cumplicidade de seu nutridor, e sua nutriz sepultou-o, após ser abandonado por todos e ter se suicidado.

No que diz respeito aos parentes, por norma, a avó paterna devia ser rígida, enquanto a materna era compassiva. O mesmo se dava com os tios. A severidade na educação da criança e do pubescente era tão cultivada, que o filósofo Sócrates dizia que o caráter maleável do bebê deveria ser forjado com severidade, ainda que esse chorasse e esperneasse. O pai era responsável pela aspereza, sendo sempre chamado pelo rebento de “senhor”, enquanto à mãe cabia protegê-lo contra a ociosidade. A moral da época exigia que os pais vissem os filhos como a continuidade deles próprios, enaltecendo a linhagem da família. Achavam que o amor excessivo, regado a ternura e compaixão, tornavam –nos fracos. Tal conduta entre pais e filhos criava uma grande distância entre eles. É claro que tais costumes eram inerentes às famílias aristocráticas e ricas.

A educação dada na casa dos pais era vista como de péssima qualidade, pois a criança ali se tornava preguiçosa; passava a preocupar-se com o luxo, como os adultos; indolentes, não praticavam exercícios, querendo andar só em liteiras; seus pais não lhes corrigiam o linguajar despudorado; ouviam o que não deviam durante os jantares e ainda tomavam conhecimento da presença de concubinas e favoritos na casa.

A visão de família no Império Romano era muito complexa para nós, cidadãos do século XXI. Enquanto os filhos podiam ser rejeitados pelos pais, a adoção era regra comum. Portanto, os filhos tanto podiam ser gerados quanto adotados. E a família, que dava um filho para adoção, sentia-se imensamente gratificada, como se tivesse casado uma filha com alguém de grande importância. O adotado passava a usar o nome de sua nova família, sendo considerado continuador de sua linhagem, podendo, inclusive, preceder o pai adotivo na linha sucessória. Um exemplo conhecido é o de Otávio Augusto que, adotado, tornou-se filho de César, vindo a ser imperador de Roma.

Como podemos deduzir, as crianças eram usadas a bel prazer de suas famílias, educadas com excessiva rigidez, onde o amor e o carinho ficavam aos cuidados  da criadagem.

Leia também o  texto anterior desta série: O PAI DEFINIA: VIVER OU MORRER

Fontes de pesquisa:
História da Vida Privada I / Comp. das Letras
Nossa Herança Ocidental/ Will Durant/ Editora Record/ 4ª edição

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O PAI DEFINIA: VIVER OU MORRER

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Durante o Império Romano, o chefe de família era o responsável por bater o martelo no que diz à sorte do filho recém-nascido. Era ele quem decidia se sua cria deveria continuar vivendo ou não. Práticas tidas hoje como inaceitáveis, como o aborto e a rejeição do bebê eram comuns à época. Aliadas a essas estavam o infanticídio de filhos de escravas e a rejeição às crianças de nascimento livre, sob ordem do pai. Tais fatos não eram apenas comuns, como legais.

Assim que o bebê nascia, era colocado no chão pela parteira. Se o pai levantasse-o, significava que estava sendo aceito por ele. Se, ao contrário, deixasse-o no chão, seria, a seguir, deixado na frente da casa ou jogado num depósito de lixo público. Se alguém se interessasse por ele, levá-lo-ia, se não, morreria ali mesmo.

Mesmo ausente de casa, o chefe de família poderia ordenar que sua mulher, ao parir, ficasse ou não com sua criança. Embora os romanos e os gregos soubessem que os povos egípcios, germanos e judeus aceitavam todas as suas crianças nascidas, eles não abriam mão de seus cruéis métodos.

A rejeição às meninas era muito maior do que aos meninos, fato que ainda perdura em muitas civilizações nos dias atuais. As crianças nascidas com má formação eram enjeitadas ou afogadas. O próprio filósofo Sêneca apregoava que “É preciso separar o que é bom do que não pode servir para nada.”. Eram muitas as causas que levavam à rejeição de recém-nascidos:

• as famílias pobres rejeitavam-nos por elas serem incapazes de criá-los;
• os que tinham uma situação um pouco melhor, enjeitava-os por não poderem lhes dar uma educação de qualidade;
• os que pertenciam à classe média, preferiam poucos filhos, de modo a oferecer-lhes mais cuidados e recursos financeiros;
• os ricos, enjeitavam-nos, muitas vezes, para que não influíssem em testamentos já prontos.

Em razão dos fatos dispostos acima, dificilmente um recém-nascido repudiado conseguia sobreviver. Havia casos esporádicos em que a mãe entregava o bebê a vizinhos ou servos, que dele cuidavam sigilosamente, como se fosse seus. Mais tarde, ele se transformava num escravo livre, em relação a seus criadores.

Os filhos nascidos fora do casamento não eram reconhecidos pelos pais (chefes de família), pois o que importava era o nome da família legítima e não aquilo que chamamos de “a voz do sangue”, tanto é que o escravo liberto passava a carregar o sobrenome de seu senhor, responsável por sua libertação, o que prolongava o nome da família. Outros motivos também contribuíam para que o recém-nascido fosse rejeitado:

• caso o marido duvidasse da lealdade de sua esposa;
• nas manifestações político-religiosas, alguns pais repudiavam os filhos como forma de      protesto contra alguma causa, como a morte de uma pessoa poderosa.

O aborto e os mais diferentes métodos contraceptivos, incluindo a esterilização através de drogas, eram usuais naqueles tempos. Era muito comum a mulher lavar-se após o ato sexual, como forma de impedir a gravidez. Há também, nas pesquisas, uma menção a uma droga espermicida. Apenas à mulher cabia a tarefa de evitar ou interromper uma gravidez. O homem não participava de nada, nem mesmo se dava ao trabalho de interromper o coito (coitus interruptus).

Até três filhos era permitido por lei, que considerava tal número mais do que necessário para dar continuidade à perpetuação da espécie. Contudo, a partir do final do século II de nossa era, quando a moral cristã passou a vigorar, não mais se levou em conta o número de filhos.

Leia também o texto seguinte desta série:    A INFÂNCIA NO IMPÉRIO ROMANO

Fontes de pesquisa:
História da Vida Privada I / Comp. das Letras
Nossa Herança Ocidental/ Will Durant/ Editora Record/ 4ª edição

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A HIGIENE NA PARIS DE ANTIGAMENTE

Autoria de Lu Dias Carvalho tina

Este é mais um daqueles e-mails interessantes que a gente recebe, mas não sabe quem é o autor, o que é uma pena, e que merece ser repassado. Vejam como a água é de suma importância para nós, viventes dos tempos de hoje:

Os fatos narrados abaixo referem-se aos costumes dos moradores do Palácio de Versalhes, Paris/França, lá pelos idos de 1600 a 1700. Normalmente, a História só nos conta os feitos dos monarcas, deixando para trás o que acontece debaixo dos bastidores. E, se você gostaria de ter vivido naquela época, penso que doravante irá pensar duas vezes, a menos que tenha alergia à água. Vamos aos fatos:

  • O quarto do rei não tinha banheiro.
  • Não havia banheiros, escova de dente, perfume, desodorante ou papel higiênico.
  • Os excrementos humanos eram despejados pelas janelas do palácio.
  • Mesmo no inverno, as pessoas eram abanadas para espantar o mau cheiro que delas exalava, pois não se tomava banho devido ao frio.
  • O primeiro banho do ano era tomado em maio.
  • Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente, e o chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa. Depois, sem trocar a água, vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as mulheres também por idade, e por fim, as crianças, coitadinhas.
  • Os bebês eram os últimos a tomar banho. Quando chegava a vez deles, a água já estava tão suja que era possível “perder” um bebê lá dentro.  Por isso, a expressão “Don´t throw the baby out with the bath water”, literalmente “Não jogue o bebê fora junto com a água do banho”.
  • A maioria dos casamentos acontecia em maio e junho, porque o cheiro das pessoas ainda estava suportável. Mas, para esconder o mau cheiro, as noivas carregavam buquês de flores junto ao corpo, tentando disfarçar o odor que vinha das partes íntimas. Daí ser maio o “mês das noivas” e essa é a origem do buquê que carregam.
  • As festas! Nesses dias, a cozinha do palácio conseguia preparar um banquete para 1.500 pessoas, sem água encanada e sem a mínima condição de higiene.
  • Nas salas, com telhados sem forro, as vigas de madeira que os sustentavam eram o melhor lugar para os cães, gatos, ratos e insetos se aquecerem.  Quando chovia, as goteiras forçavam os animais a pularem para o chão e assim, a nossa expressão popular “Está chovendo canivete” é o equivalente, em inglês, a “It´s raining cats and dogs” (Está chovendo gatos e cachorros).
  • A nobreza e os ricos utilizavam pratos de estanho, e certos tipos de alimentos oxidavam o material, fazendo com que muita gente morresse envenenada. Também usavam copos de estanho para cerveja ou uísque e essa combinação, às vezes, deixava o indivíduo “no chão”, numa espécie de narcolepsia induzida   pela mistura de bebida alcoólica com óxido de estanho. Pensando que o sujeito  estivesse morto, os convivas preparavam o enterro.
  • O corpo era colocado na mesa da cozinha e, por alguns dias, a família ficava em volta dele, comendo e bebendo e esperando para ver se acordava ou não. Daí surgiu o velório, que é a vigília junto ao caixão. E, curiosa, resolvi pesquisar um pouco sobre o assunto. Repasso ao leitor o que encontrei:

Na Idade Média, a higiene não era tão absurda assim. As mudanças ocorreram a partir do século XVI, quando o aparecimento de grandes surtos epidêmicos trouxe consigo a falsa ideia de que a água, em razão da pressão e do calor, abria os poros, deixando-os propícios para a entrada de doenças e tudo mais. Os próprios médicos defendiam a teoria de que:

  • Depois do banho, a carne e o hábito do corpo amolecem e os poros abrem-se e, assim, o vapor empestado pode entrar prontamente no corpo e provocar a morte súbita. ( O Limpo e o Sujo).

Em razão disso, a corte, a partir do século XVI, chegou à conclusão de que “lavar” era antes de tudo, friccionar, logo, a limpeza poderia ser feita a “seco”. Determinou então que:

  • As crianças limparão o rosto e os olhos com um pano branco, que desengordura e deixa a pele na sua constituição e tom natural. A água prejudica a vista, provoca dores de dentes e catarro. (O Limpo e o Sujo).

Nota:
O livro, O Limpo e o Sujo, do escritor Georges Vigarello, trata da história da higiene corporal naqueles tempos, sendo muito interessante conhecer as crendices da época.

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A MULHER FOI SEMPRE A VÍTIMA

Autoria de Lu Dias Carvalho

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As religiões, de um modo geral, sempre procuraram limitar as mulheres, talvez porque sejam dominadas por homens que procuram impor suas regras e ideologias. (Geraldo Magela Cordeiro)

A mulher foi sempre a grande vítima na história da humanidade, perseguida pela maioria das religiões e pelos governantes ginofóbicos. Por detrás de tal domínio sempre existiram interesses escusos, dentre eles o manejo da família, que sempre circundou a fêmea. Adestrando-a, pensavam e ainda pensam alguns, todo o resto viria junto na rédea curta, excetuando o macho.

Posto aqui algumas passagens retiradas de certa religião para a apreciação do leitor e indignação da leitora.

  • A beleza em uma mulher vazia é como uma argola de ouro no focinho de um porco.
  • É natural que seja o homem que corteje a mulher e não a mulher o homem. Porque a mulher foi uma parte do homem e aquele que perdeu busca a sua parte.
  • Uma mulher virgem deve se casar na quarta-feira e uma viúva na quinta, porque o tribunal de justiça reúne duas vezes por semana nas cidades: nas segundas e quintas-feiras. De modo que se o noivo tiver alguma reclamação a respeito da virgindade da mulher, pode ir à manhã seguinte ao tribunal.
  • Para escolher uma esposa, desça um degrau. Porém, suba um degrau para escolher o amigo.
  • Quando um homem divorciado se casa com uma mulher divorciada, há quatros pessoas neste leito conjugal.
  • Um homem tem o direito de divorciar-se da sua mulher simplesmente por ela estragar a comida.
  • Se a mulher chegar ao prazer antes do homem, conceberá um menino. Porém, se o homem chegar ao prazer antes, ela conceberá uma menina. Portanto, aqueles, que se controlam na relação, adquirem grande mérito, por permitir que suas esposas fiquem satisfeitas. E quem deseja que todos os seus filhos sejam homens, deve fazer o sexo com sua mulher, duas vezes seguidas, em sequência imediata.
  • A mulher prefere pobreza com amor, a riqueza sem amor.
  • O homem deve ser rápido para comprar um terreno, mas lento para escolher a  mulher.

A Lei (da época) exigia que o homem cumprisse com os seus deveres conjugais da seguinte maneira:

  • os ociosos: todos os dias;
  • os trabalhadores: duas vezes por semana;
  • os carregadores: uma vez por semana;
  • os cameleiros: uma vez a cada trinta dias;
  • os marinheiros: uma vez a cada seis meses.

E assim caminhou a humanidade até os dias de hoje.

 Nota: imagem do Artesanato do Vale do Jequitinhonha

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